2.07.2015

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse que o esquema de corrupção na Petrobras vem desde o governo Fernando Henrique (1997)


Informações usadas pela Justiça estão no depoimento de novembro do ano passado, feito no acordo de delação premiada.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco detalhou o que seria a atuação dos operadores no desvio de dinheiro da empresa. As informações usadas pela Justiça estão no depoimento de novembro do ano passado, feito no acordo de delação premiada.
Nos pedidos que levaram à nona fase da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal argumentou que havia um imenso esquema criminoso para desviar bilhões da Petrobras. E que foi colocado em prática com a ajuda de intermediários.
Segundo os procuradores, as empreiteiras pagavam propina a então diretores da Petrobras para conseguir os contratos. E para receber o dinheiro sem deixar rastros, os diretores precisavam dos chamados operadores. Eram pessoas ligadas a construtoras que abriam contas no exterior, principalmente na Suíça, e também faziam pagamentos em dinheiro vivo.
Segundo o Ministério Público, um dos operadores era o tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto. Era ele quem viabilizava o repasse de propina à legenda a partir de contratos da Petrobras. A investigação relaciona duas construtoras nas negociações diretas com o PT.
O documento afirma que os então presidentes da OAS, Leo Pinheiro, e da Queiroz Galvão, Idelfonso Collares, tratavam sobre pagamento de propinas diretamente com Joao Vaccari.
Na delação premiada, o ex-gerente executivo da Petrobras, Pedro Barusco, revelou que João Vaccari não era a única pessoa que operava para o PT. Havia também Zwi Skornicki, representante oficial do estaleiro Keppel Fels, entre 2003 e 2013. Ele era responsável pelas transferências bancárias de propina ao PT e a Barusco, em uma conta no Banco Delta, na Suíça.
O Ministério Público acusa os 11 operadores de oito crimes. Entre eles, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e fraude em licitações. O Ministério Público Federal chegou a pedir o bloqueio de contas do tesoureiro do PT, João Vaccari, e dos outros dez operadores. Mas a Justiça negou, alegando que ainda é cedo.
A investigação revelou, ainda, que o operador Zwi Skornicki tinha bens de alto valor em casa, como joias e carros. E que ele também pagou propina ao ex-diretor de serviços Renato Duque, mesmo depois de ele ter saído da Petrobras. Foram US$ 14 milhões.
Desse total, US$ 12 milhões foram transferidos para Suíça e divididos entre Duque e seu então auxiliar, Pedro Barusco. Barusco também revelou na delação premiada que ele e Duque receberam propina em outro caso de corrupção na Petrobras.
O suborno da empresa holandesa SBM em contratos para fornecer plataformas. Barusco confessou que começou a receber propina da SBM em 97 ou 98, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. E que os pagamentos se tornaram sistemáticos no ano 2000, ainda no governo FHC. Barusco disse que recebia, nessa época, de US$ 25 mil a US$ 50 mil por mês.
Mas, na delação, Barusco não esclareceu se o dinheiro recebido naquela época era destinado ao PSDB, partido do então presidente da República, ou a alguma aliança que o apoiava.
A defesa de João Vaccari negou as acusações de que seria um operador no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. E afirmou que faz parte da atribuição do tesoureiro do PT a solicitação de contribuições à legenda. E que elas, quando feitas, foram todas de forma regular, com as contas prestadas às autoridades competentes.
A defesa de Vaccari negou que ele tenha se recusado a receber a polícia na quinta-feira (5). Disse que ele não ouviu as palmas. E que só escutou a movimentação quando os agentes já tinham pulado o muro da casa dele.
O Partido dos Trabalhadores afirmou que recebe apenas doações legais, declaradas à Justiça Eleitoral.
A Queiroz Galvão afirmou que não comenta investigações em andamento que todos os seus contratos seguem a legislação e que está à disposição das autoridades.
A OAS refutou veementemente as alegações.
Zwi Skornicki não quis se manifestar sobre a reportagem. O Jornal Nacional não conseguiu contato com a empresa Kepell Fels.
A SBM Offshore afirmou que as questões estão sob análise e, por isso, não poderia comentar. Mas alegou que está cooperando com as autoridades brasileiras.
A defesa de Renato Duque afirmou que ele nega todas as acusações e que nunca trabalhou ilicitamente na Petrobras ou fora dela.
O PSDB alegou que a posição do partido é sempre em defesa das investigações da Operação Lava Jato. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está viajando e não foi localizado.
Barusco disse que recebia, nessa época, de US$ 25 mil a US$ 50 mil por mês.
Mas, na delação, Barusco não esclareceu se o dinheiro recebido naquela época era destinado ao PSDB, partido do então presidente da República, ou a alguma aliança que o apoiava.
A defesa de João Vaccari negou as acusações de que seria um operador no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. E afirmou que faz parte da atribuição do tesoureiro do PT a solicitação de contribuições à legenda. E que elas, quando feitas, foram todas de forma regular, com as contas prestadas às autoridades competentes.
A defesa de Vaccari negou que ele tenha se recusado a receber a polícia na quinta-feira (5). Disse que ele não ouviu as palmas. E que só escutou a movimentação quando os agentes já tinham pulado o muro da casa dele.
O Partido dos Trabalhadores afirmou que recebe apenas doações legais, declaradas à Justiça Eleitoral.
A Queiroz Galvão afirmou que não comenta investigações em andamento que todos os seus contratos seguem a legislação e que está à disposição das autoridades.
A OAS refutou veementemente as alegações.
Zwi Skornicki não quis se manifestar sobre a reportagem. O Jornal Nacional não conseguiu contato com a empresa Kepell Fels.
A SBM Offshore afirmou que as questões estão sob análise e, por isso, não poderia comentar. Mas alegou que está cooperando com as autoridades brasileiras.
A defesa de Renato Duque afirmou que ele nega todas as acusações e que nunca trabalhou ilicitamente na Petrobras ou fora dela.
O PSDB alegou que a posição do partido é sempre em defesa das investigações da Operação Lava Jato. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está viajando e não foi localizado.

O segredo do caixa 2 de FHC

Morrem com Andrade Vieira os detalhes da campanha do ex-presidente tucano
Rodrigo Trevisan
José Eduardo Andrade Vieira
Seu Bamerindus acabou liquidado
A morte, no domingo 1°, do ex-ministro e ex-senador José Eduardo Andrade Vieira, aos 76 anos, por causa de uma parada cardíaca, mantém na penumbra alguns episódios importantes da política e da economia na década de 1990.
Em 2000, o titular da Agricultura entre 1995 e 1996 revelou detalhes do caixa de campanha de Fernando Henrique, alimentado com significativo volume de aportes em espécie feitos por empresas e indivíduos para driblar a identificação dos doadores à Justiça Eleitoral.
O ex-presidente acompanhava minuciosamente a arrecadação e cerca de 100 milhões de reais nunca apareceram na contabilidade oficial da campanha, declarou Andrade Vieira ao Ministério Público.
Ele participou ativamente do esquema de arrecadação e isso, provavelmente, aumentou o seu ressentimento em relação a FHC quando o Banco Central, em 1997, liquidou o Bamerindus, uma das maiores instituições financeiras do País, controlado por sua família. Atribuiu a intervenção do BC às preocupações do tucano em relação às suas ambições políticas.
Em 1994, o ex-banqueiro tentou lançar-se candidato à Presidência, nas eleições vencidas por FHC. O Bamerindus, desmembrado pelo BC, foi adquirido parcialmente pelo HSBC.
O negócio, facilitado pela intervenção, foi ruim para a família Andrade Vieira, controladora da instituição, e não pareceu bom para Brasil. Em 2008, o lucro das operações locais do HSBC, devidamente remetido à matriz, foi o quarto maior no mundo, atrás de Hong Kong, China e Reino Unido

Nenhum medicamento é livre de efeitos colaterais; veja mitos e verdades


Rosana Faria de Freitas
Do UOL, em São Paulo
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Conheça alguns mitos e verdades sobre os remédios15 fotos

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As pessoas se automedicam achando que têm conhecimento suficiente. VERDADE: automedicação significa tomar remédios por conta própria, sem orientação de um profissional especializado. Apesar de ser claramente uma atitude errada, é extremamente comum. "Vários fatores podem levar a isso. Talvez dois sejam os principais: o fácil e enganoso acesso a informações e a praticidade da conduta", acredita o psiquiatra e professor da Unifesp Moacyr Alexandro Rosa, diretor do Ipan (Instituto de Pesquisas Avançadas em Neuroestimulação). A internet, a televisão e outros meios de comunicação têm um papel importante para informar sobre como cuidar da saúde, mostrando notícias sobre novidades e avanços na medicina. "Contudo, não podem de forma alguma servir para um autodiagnóstico e muito menos a automedicação. Consultar um médico pode ser trabalhoso, tomar tempo e dinheiro. Muitas vezes não se consegue uma consulta rápida; em outras, o doutor pede exames que demoram para dar um resultado. Com isso, a terapia é lenta e 'adeus' àquela sonhada solução rápida. Não importa, nenhuma dessas dificuldades justificam a automedicação" Thinkstock/Arte UOL
Não são poucas as pessoas que se tornam adeptas habituais de remédios ditos 'inofensivos', em busca de respostas rápidas para problemas corriqueiros de saúde. E correm riscos, pois a automedicação, na maioria das vezes, é perigosa. Embora alguns remédios apresentem, de fato, poucos riscos, e sua compra é facilitada por estarem 'do lado de fora' do balcão da farmácia, é preciso cautela.

"Tal conjunto de fatores acaba predispondo ao uso até mesmo abusivo de algumas drogas. Todavia, como nenhuma é de fato isenta de ameaças, eventualmente acontecem adversidades", salienta o cirurgião geral Lucas Zambon, diretor do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente. Ele explica que, como esse tipo de acontecimento fica "diluído" entre o grande número de pessoas que tomam tais remédios, há uma falsa sensação de segurança.

Com ele concorda o neurologista da USP (Universidade de São Paulo), Flávio Augusto Sekeff Sallem, alegando que fármacos são drogas que agem em vários sistemas do corpo. "Remédios não são produtos", enfatiza.

No Brasil, de acordo com a IMS Health, consultoria especializada em dados de saúde, o item mais comercializado em 2012 foi o descongestionante nasal Neosoro (cloridrato de nafazolina), que contém até página em redes sociais como o Facebook ("Clube dos viciados em Neosoro").

Embora não esteja associado a nenhuma enfermidade grave como o câncer, o descongestionante pode aumentar a carga sobre o coração. Por isso, deve ser utilizado com precaução em pacientes que usam determinados medicamentos ou que apresentam deficiências cardíacas – hipertensão, arritmias, disfunções no coração. Não é livre de riscos e não deve ser empregado por períodos prolongados sem orientação médica.
Os dez mais
Depois do Neosoro vem Puran T4 (hormônio tireioidiano levotiroxina sódica), Salonpas (analgésico e anti-inflamatório salicilato de metila), Ciclo 21 (anticoncepcional, genérico etinilestradiol + levonorgestrel), Microvlar (anticoncepcional, etinilestradiol + levonorgestrel), Buscopan Composto (analgésico e antiespasmódico, escopolamina), Rivotril (anticonvulsivante e ansiolítico, clonazepam), Dorflex (analgésico, cipirona ou orfenadrina), Glifage (antidiabético metformina) e Hipoglós (pomada para assaduras).

Sallem ainda cita outros bastante usados como Neosaldina (combinação de mucato de isometepteno, dipirona e cafeína, utilizada no alívio das dores de cabeça), Cialis (disfunção erétil, tadalafila,) Dipirona sódica (analgésico e eficaz na febre) e Metoclopramida (náuseas e vômitos).

Dados 'internacionais'

Em relação ao consumo mundial, em uma lista de janeiro de 2012, Neosoro (descongestionante nasal) aparece encabeçando a lista como o remédio mais vendido no planeta. Porém, atualmente, há quem diga que outro, desta vez empregado para redução dos níveis de colesterol, é o campeão: Lipitor, fabricado pela farmacêutica norte-americana Pfizer. Seu princípio ativo é a atorvastatina.

Importante: há diferença na lista de medicações mais consumidas sem receita médica, e as com prescrição médica, explica Sallem.  "Em vários países do mundo, como nos Estados Unidos e no Canadá, há necessidade da receita para drogas tão comuns como a atorvastina, já que a legislação é mais severa".

Há também variações entre as nações pesquisadas. De acordo com o site The Richest, as mais comercializadas sem receita, as chamadas OTC, ou over-the-counter (medicações de balcão, em tradução livre) nos EUA são: xarope para gripe (princípio dextrometorfan), descongestionante nasal (hidrocloreto de pseudoefedrina), antialérgico (cetirizina), Nicorette (usado como substituto do cigarro para se parar com o vício), ibuprofeno + relaxante muscular, dimenidrato (para vertigem e tontura), TruBiotics (suplemento probiótico restaurador da flora intestinal bacteriana), vitaminas (suplemento nutricional masculino), codeína (para dor) e comprimidos de cafeína (para pacientes com sonolência excessiva durante o dia).

Thinkstock

Você é hipocondríaco?

Se você é do tipo que está sempre às voltas com consultas e exames médicos, sem que o doutor identifique algo de errado com sua saúde, além de se medicar por conta própria, é bom fazer este teste. Assim, descobrirá se seu comportamento é normal ou preocupante
Soluções a curto prazo

Sobre o ansiolítico Rivotril,  trata-se de uma das medicações mais consumidas no Brasil, mas não se encontra nas listas das mais usadas no mundo. "Sua fama se deve, entre outros fatores, à propaganda feita sobre o produto, ao conhecimento médico a respeito do mesmo e aos seus efeitos. É usado no tratamento da ansiedade e da insônia, situações comuns entre nosso povo. Seus principais concorrentes são o Lexotan (bromazepam), Frontal (alprazolam) e Olcadil (cloxazolam)".

Já a obesidade se tornou uma epidemia mundial e preocupa os órgãos de saúde pública, sendo considerada uma doença multifatorial. O aumento da oferta de alimentos processados, o estresse e o sedentarismo estão entre outros fatores causadores do problema.

"Em geral, as mulheres são consumidoras em potencial de medicamentos para emagrecer, nunca estão satisfeitas com o corpo e desejam sempre perder um ou dois quilos. No Brasil, sendo um país tropical onde existe uma exposição maior do corpo, estar em forma é uma questão de aceitação social", observa a farmacêutica bioquímica Fernanda Chalabi, com título de especialista em Manipulação Alopática pela Anfarmag (Associação Nacional das Farmácia de Manipulação) e farmacêutica Coordenadora Técnica de Marketing da Farmácia de Manipulação Officilab.

"O Brasil é um dos países onde o consumo de moderadores de apetite bate recordes", destaca Sallem. Ele lembra que existem três principais grupos de remédios para emagrecer: anorexígenos, sacietógenos e inibidores de absorção de gorduras. Os anorexígenos inibem o apetite, e têm em sua composição substâncias conhecidas como anfetaminas (que podem ser perigosas). O segundo grupo age no estímulo da sensação de saciedade: o indivíduo sente fome, mas com uma porção menor de alimentos fica satisfeito.
Já o terceiro atua na inibição da absorção intestinal de cerca de 30% da gordura ingerida, entretanto só ajuda se a pessoa come pouco (se come muito, os 30% que deixam de ser absorvidos podem não ser suficientes para a perda de peso).

"Trata-se de mais uma consequência do estilo de vida atual e de uma sociedade que quer soluções milagrosas e de curto prazo", destaca o clínico geral Lucas Zambon, do Hospital das Clínicas de São Paulo (HCSP). "Para controlar a ansiedade e perder peso, por exemplo, o ideal é você mudar seu estilo de vida, adequando sua alimentação e realizando atividade física periódica. O problema é que a maioria ou não quer ou não consegue impor tais alterações em seu cotidiano, optando por uma alternativa que ofereça, supostamente, um resultado mais rápido. Aí, quando querem perder peso, correm para alguma medicação 'facilitadora'".

Em relação aos 'emagrecedores' de uma maneira geral, há risco de gerarem efeitos colaterais cardíacos, como arritmias, além de predisposição ao desenvolvimento de quadros depressivos ou de psicose, entre outros. "O Xenical é bastante procurado para uso ainda, pois até pouco tempo podia ser comprado sem receita. Recentemente, porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) obrigou a necessidade de receita para compra. As vantagens do Xenical são mais do ponto de vista médico, dado o perfil de efeitos colaterais menos graves do que de outros medicamentos utilizados para emagrecer. Seus sinais se referem mais ao próprio trato digestivo, como diarreia, flatulência e dores abdominais", diz Zambon.

Dependência química

Quando há dependência química, o medicamento começa a fazer parte do metabolismo do indivíduo. "Geralmente, são remédios ou drogas ilícitas que conferem sensação de prazer e bem-estar agindo no Sistema Nervoso Central, mas com grandes danos ao organismo. A retirada de uma droga desse tipo promove sintomas característicos de abstinência e deve ser tratado como doença", enfatiza Fernanda Chalabi.

Para o neurologista Flávio Sallem, algumas medicações podem se relacionar com algum grau de dependência química, como os opiáceos e opioides (morfina, dolantina e meperidina). Já outras, como antidepressivos, antipsicóticos e esteroides, trazem o perigo de sintomas muitas vezes graves com sua parada abrupta, o que não caracteriza dependência química.
"Não deve ser confundida a dependência com o fenômeno de tolerância, observado com os benzodiazepínicos (famosos 'faixas preta'). Neste caso, com o passar do tempo e uso do fármaco, o paciente vai necessitando de doses cada vez maiores para conseguir o mesmo efeito que antes ocorria com porções menores da medicação. Isso ocorre por alterações químicas na membrana da célula", afirma Sallem.

Existem dois tipos principais de dependência química: a que se refere a drogas lícitas e a relacionada a drogas ilícitas. "Apesar de ser um aspecto importante, a diferença não é apenas de cunho legal. No caso das drogas lícitas, o efeito entorpecente existe em graus variados, mas tende a ser menor do que o das drogas ilícitas. Como exemplo, dificilmente alguém comete um crime devido ao uso de ansiolíticos (medicações que podem causar dependência com uso prolongado)", salienta o psiquiatra e professor da Unifesp Moacyr Alexandro Rosa, diretor do Instituto de Pesquisas Avançadas em Neuroestimulação (Ipan).

Já o uso de cocaína e similares mais facilmente se incorpora a comportamentos inadequados ou criminosos. "Novamente chamo a atenção de que não é uma questão de legalidade. O álcool (substância lícita) também se associa a atitudes perigosas", diz Rosa, acrescentando que a automedicação com substâncias que causam dependência é mais rara, pois a compra destas requer receita médica especial. Isso não impede, mas limita bastante o problema.

Problemas emocionais

O indivíduo liga a sensação de conforto ao seu uso e, por isso, deixá-lo provoca quadros de ansiedade, sensação de vazio, dificuldade de concentração e mal-estar. "É a dependência psicológica agindo, sem dúvida", diz a bioquímica Fernanda Chalabi. O nível educacional parece ter influência significativa, porém há outros gatilhos.

"Muitas pessoas com nível elevado têm o hábito da automedicação. Achar que a pessoa que atende na farmácia sabe diagnosticar e orientar é um erro gravíssimo. Muitas vezes nem é farmacêutico e, mesmo este, apesar de seu conhecimento em farmacologia, não tem formação médica", alerta Rosa.

Importante: existe um quadro psiquiátrico clássico chamado de hipocondria, no qual as pessoas acreditam ter uma doença grave. "Nestes casos, pode haver automedicação ou não. Muitas vezes, procuram diversos médicos, pois nenhum consegue 'descobrir' sua doença", afirma Rosa.

Fernanda Chalabi completa dizendo que, num país carente como o nosso, com saúde pública deficiente e planos de saúde caros e sem padrão de atendimento, o estado psicológico é muito importante. "É como se as condições do paciente melhorassem só porque ele está 'tomando alguma coisa'. É o chamado efeito placebo, ou seja, mesmo que o fármaco não seja indicado corretamente ou na dose certa, o simples fato de estar ingerindo já produz um efeito positivo".
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Conheça alguns mitos e verdades sobre os fitoterápicos15 fotos

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Como são 100% naturais, os fitoterápicos não apresentem efeitos colaterais. MITO: efeito colateral, como o próprio nome indica, é algo que aparece por ação do fármaco em outra área que não a desejada. E isso acontece não apenas com elementos sintetizados em laboratório (remédios alopáticos) como também com itens extraídos de plantas. A erva de São João, ou hipérico (foto), por exemplo, é um vegetal com propriedade antidepressiva que pode causar fotossensibilidade e contrações uterinas, com risco de aborto; além disso, há o perigo de hipertensão se combinado com alguns alimentos como queijo, repolho, picles e vinho. Já a cáscara sagrada, conhecida por seu efeito laxante, se ingerida em exagero detona problemas gastrointestinais Leia mais Creative Commons

Veja também

ENXAQUECA

 

O que é Enxaqueca?

Sinônimos: dor de cabeça, cefaleia
A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia (dor de cabeça). A enxaqueca se caracteriza por uma dor pulsátil em um dos lados da cabeça (às vezes dos dois), geralmente acompanhada de fotofobia e fonofobia, náusea e vômito. A duração da crise varia de quatro a 72 horas, podendo ser mais curta em crianças. Segundo o Ministério da Saúde, de 5 a 25% das mulheres e 2 a 10% dos homens tem enxaqueca. A enxaqueca é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45 anos, sendo que após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir, principalmente em mulheres. A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo feminino após essa fase. A enxaqueca pode ser divida entre com aura ou sem aura, e essas em episódica ou crônica. Segundo dados do Ministério da Saúde, 64% do total desses pacientes apresentaram enxaqueca sem aura, 18% com aura e 13% com e sem aura. Os restantes 5% apresentaram aura sem cefaleia.
A enxaqueca crônica se caracteriza por cefaleia em 15 ou mais dias do mês, sendo oito dias com crises típicas de enxaqueca, por mais de três meses, na ausência de abuso de medicamentos.

Causas

As causas exatas da enxaqueca são desconhecidas, embora se saiba que elas estão relacionadas com alterações do cérebro e possuem influência genética. A enxaqueca começa quando as células nervosas, já em estado de hiperexcitabilidade, reagem a algum gatilho frequentemente externo, enviando impulsos para os vasos sanguíneos, causando sua constrição ( relacionado a aura) seguida de uma dilatação (expansão) e a libertação de prostaglandinas, serotonina e outras substâncias inflamatórias que causam a dor. O padrão de crise é sempre o mesmo para cada indivíduo, variando apenas em intensidade. O espaçamento entre crises é variável. Sabe-se também que o gatilho para as crises em enxaqueca variam de indivíduo para indivíduo, sendo que em alguns a pessoa pode não apresentar nenhum gatilho específico. Os gatilhos de enxaqueca mais comuns são:

  • Estresse
  • Jejum prolongado
  • Dormir mais ou menos do que o de costume
  • Mudanças bruscas de temperatura e umidade
  • Perfumes e outros odores muito fortes
  • Esforço físico
  • Luzes e sons intensos
  • Abuso de medicamentos, incluindo analgésicos
  • Fatores hormonais: é comum mulheres portadoras de enxaqueca apresentarem dor nas fases pré, durante ou após a menstruação. Esse tipo de migrânea é chamado de enxaqueca menstrual. Esse tipo de enxaqueca tende a melhorar espontaneamente na menopausa. Muitas mulheres têm as crises pioradas, ou ate melhoradas, a partir do momento que iniciam o uso de anticoncepcionais orais
  • Alimentos e bebidas: queijos amarelos envelhecidos, frutas cítricas (principalmente laranja, limão, abacaxi e pêssego), carnes processadas, frituras e gorduras em excesso, chocolates, café, chá e refrigerantes à base de cola, aspartame (adoçante artificial), glutamato monossódico (tipo de sal usado como intensificador de sabor, principalmente em comida chinesa), excesso de álcool.

Sintomas

Sintomas de Enxaqueca

Entre os sintomas de enxaqueca estão:

  • Crise de cefaleia durando de quatro a 72 horas, unilateral e pulsátil
  • Náusea
  • Vômitos
  • Bocejos
  • Irritabilidade
  • Sensibilidade à luz
  • Sensibilidade ao som
  • Sensibilidade ao movimento do corpo ou do ambiente.
  • Tontura
  • Fadiga
  • Mudanças de apetite
  • Problemas de concentração, dificuldade para encontrar as palavras

Enxaqueca com aura

A manifestação mais comum da enxaqueca com aura é a chamada aura visual, que pode se apresentar como flashes de luz, manchas escuras em forma de mosaico ou imagens brilhantes em ziguezague - como quando estamos andando em uma estrada e vemos aquele ziguezague de calor que emana do chão. Em outros casos, a enxaqueca com aura pode se manifestar como dormências ou formigamentos em apenas um lado do corpo - dependendo da gravidade da enxaqueca com aura, a pessoa pode começar com um formigamento em uma das mãos e ele se espalhar por todo o lado do corpo, chegando a adormecer apenas metade da língua. No entanto, essas manifestações sensitivas da enxaqueca com aura são mais raras. Geralmente, a aura começa da cefaleia na crise de enxaqueca, podendo persistir ou não depois que a dor começa.
Diagnóstico e Exames

Diagnóstico de Enxaqueca

No Brasil, é estimado que apenas 56% dos pacientes com enxaqueca procuram atendimento e, destes, apenas 16% se consultam com especialistas em cefaleias. Um estudo feito em duas Unidades Básicas de Saúde (SUS), encontrou prevalência de 45% de enxaqueca nos pacientes com queixa de cefaleia. O diagnóstico de enxaqueca é basicamente clínico. O médico neurologista fará perguntas como:
- Você sente dor em qual lado da cabeça?;Quais os sintomas relacionados à dor?;Qual a duração desses sintomas?;Eles acontecem em ambos os lados do corpo?;Se foram sintomas visuais,como são e em que momento os apresenta?;Algum desses sintomas aparece antes de a dor começar?.
Seu médico pode querer ter certeza de que não existem outras causas para sua enxaqueca. Assim, é provável que ele faça exames físicos e neurológicos. Além disso, o médico irá perguntar sobre seu histórico familiar, incluindo questões como:

  • Os outros membros da família têm enxaqueca ou outros tipos de dores de cabeça?
  • Você usa medicamentos como pílulas anticoncepcionais ou vasodilatadores?
  • Sua dor de cabeça começa depois que você faz muito esforço, ou após tossir ou espirrar?.
O diagnóstico da enxaqueca é feito clinicamente, seguindo os seguintes critérios, com base nas diretrizes da Headache International Society. Para ser diagnosticada a enxaqueca, o paciente precisa apresentar pelo menos cinco crises com essas características:

  • Crise de cefaleia durando de quatro a 72 horas (tratamento fracassado ou não realizado)
  • Cefaleia tendo pelo menos duas das seguintes características: unilateral
  • pulsátil
  • dor de intensidade moderada a intensa
  • dor agravada ou impedindo atividade física rotineira (caminhada, subir escadas, etc)
  • Durante a cefaleia, ocorrência de pelo menos um destes sintomas: náusea e vômitos, fotofobia e “fonofobia”.
  • Nenhum outro diagnóstico que explique a cefaleia.

Enxaqueca com aura

  • Pelo menos duas crises com a presença de sintomas da aura, como pontos luminosos ou perda e embaçamento da visão, formigamento, dormência e fraqueza no corpo e dificuldade na fala.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Enxaqueca

Antes de iniciar o tratamento para enxaqueca, é necessário saber se o diagnóstico está correto e qual o fator desencadeante dela. No geral, o melhor é evitar esses desencadeantes e tomar o medicamento indicado pelo médico quando uma crise aparecer. Os medicamentos para prevenção da enxaqueca incluem neuromoduladores, betabloqueadores, antidepressivos, antivertiginosos. A indicação, no entanto, dependerá de cada caso.

Convivendo/ Prognóstico

Durante uma crise de enxaqueca, siga essas recomendações:

  • Tome o medicamento: pessoas que tem enxaqueca frequente devem sempre andar com seus medicamentos. Isso porque algum tempo após a dor de cabeça se iniciar, ocorre um processo de sensibilização central, que mantém a dor e a torna mais rebelde aos analgésicos
  • Entenda o que alivia a sua dor: como os desencadeantes da enxaqueca são diferentes para cada um, a forma de aliviar essa dor também varia. Alguns dos tratamentos não medicamentosos mais comuns incluem compressas quentes ou frias, massagens, terapia de biofeedback, homeopatia e acupuntura
  • Trate os sintomas separadamente: como o analgésico trata apenas a dor da enxaqueca, os outros sintomas devem ser tratados de forma tópica. Esse cuidado é redobrado com aqueles que sofrem com vômitos, pois ele pode golfar os analgésicos, precisando ir ao pronto socorro para receber drogas injetáveis
  • Descanse em um local escuro e silencioso: durante uma crise de enxaqueca, o paciente não suporta ambientes barulhentos e com muita luz. Por isso, o ideal é se sentar o deitar - o que for mais confortável - em um local com pouca luz e sem barulhos, evitando ao máximo atividades que o tirem do repouso
  • Faça refeições leves e hidrate-se: beba muito líquido, tanto água quanto soluções hidratantes disponíveis no mercado. Caso haja vômito, o melhor é não ingerir alimentos sólidos e, em casos graves, procurar um pronto atendimento para receber medicações injetáveis mais potentes.

Complicações possíveis

O episódio de enxaqueca é autolimitado e raramente resulta em complicações neurológicas permanentes. Enxaqueca crônica pode causar incapacitação por dor e afetar a execução de atividades diárias e a qualidade de vida. Quando uma crise intensa se prolonga por mais de 72 horas, diz-se que o paciente está em status enxaquecoso (ou migranoso).

Prevenção

Prevenção

Além dos medicamentos para enxaqueca e cuidados no momento da crise, você pode adotar alguns hábitos que ajudam na prevenção da enxaqueca:
- Manter um diário da enxaqueca: isso pode ajudar a identificar qualquer coisa que possa desencadear enxaquecas com aura. Inclua no diário a data e a hora da enxaqueca, todos os alimentos que você comeu, atividades que você participou e medicamentos ingeridos;Evite alimentos, medicamentos e fatores ambientais desencadeantes;Fique atento aos gatilhos psicológicos, como estresse e ansiedade.;Procure um especialista que lhe indique o medicamento preventivo mais apropriado para você.

Fontes e referências

  • Ministério da Saúde

OS 12 MAIORES ATRIBUTOS DE UM LÍDER



Por Luiz Almeida Marins Filho

"Liderança" é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo homem. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das organizações. Aqui vão alguns resultados de pesquisa feitas na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de indústria. Essa pesquisa é muito interessante. Ela mostra coisas simples, objetivas e fornece conselhos úteis para todos nós que desejamos vencer, alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Espero que a leitura atenta destas descobertas e seus comentários possam trazer benefícios reais aos leitores.


DISPOSIÇÃO PARA TENTAR O QUE NÃO FOI TENTADO ANTES

Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a
quem falte coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele eu ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentadas anteriormente.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.

AUTO MOTIVAÇÃO


O Gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser capaz de motivar os outros.


UMA PERCEPÇÃO AGUDA DO QUE É JUSTO

Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.


PLANOS DEFINIDOS

O líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano coma participação de seus subordinados.


PERSEVERANÇA NAS DECISÕES

O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.

Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente.


O HÁBITO DE FAZER MAIS DO QUE AQUILO PELO QUAL SE É PAGO

Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois deles é um exemplo deste atributo de liderança.


UMA PERSONALIDADE POSITIVA

As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e mantém uma equipe com entusiasmo.


EMPATIA

O líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se sentem e compreender seus pontos de vista.


DOMÍNIO DOS DETALHES

O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua posição.


Disposição para assumir plena responsabilidade

Outros ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: "A
responsabilidade é minha".


DUPLICAÇÃO

O líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar suas habilidades em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz de "estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo".
Talvez este seja um dos maiores atributos de um líder: ser capaz de desenvolver outros lideres. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu os seus talentos e fez evoluir.

    UMA PROFUNDA CRENÇA EM SEUS PRINCÍPIOS
A expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual valha a pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que surjam pelo caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua realização.

Minha sugestão é a de que você leia uma, duas ou três vezes cada um desses atributos e medite cada um deles à luz de sua própria realidade como um profissional que tem a função de gerenciar, comandar, liderar pessoas. Detenha-se sobre cada um dos atributos e dê a você mesmo uma nota de zero a 10 em cada um deles, fazendo um propósito de auto–aperfeiçoamento. Repita essa auto-avaliação semanalmente.


VÍDEO SOBRE VEGETARIANISMO ( 7 minutos com som).

PERFIL LIPÍDICO


                 LIPÍDEOS

- São moléculas apolares.

- Servem como armazenamento de energia, no caso os triacilglicerídeos (3 grupos acila = ácidos graxos e 1 glicerol) participam do metabolismo sendo transformados em glicose pela gliconeogênese.

- Servem para a fabricação química de substâncias e como componentes estruturais.

O colesterol é precursor da vitamina A, D e K.

- Têm poder aterogênico, promovem a aterosclerose.

Quando não faz jejum antes da análise do soro sanguíneo, ele fica leitoso, pela presença de lipídeos no sangue


  Digestão e Absorção

A digestão de lipídios ocorre no duodeno pela ação das enzimas da bile, como a lipase pancreática que tem esse nome por ser produzida no pâncreas (junta-se a secreção da bile com a do pâncreas na Ampola de Vater).

Os ácidos e sais biliares emulsionam a gordura, fazendo que maior parte das partículas esteja exposta as enzimas.
Quebram a gordura em micelas, permitindo a ação das enzimas sobre elas.
Transformando-as em moléculas menores como ácidos graxos e colesterol.

O colesterol pode ser proveniente da ingestão de gorduras ou da metabolização do fígado que dá origem a molécula.
O colesterol faz parte inclusive da composição da bile, sendo ela a principal forma de eliminação de colesterol do corpo.


Transporte de Lipídeos no Sangue

- Lipoproteínas: Fazem o transporte de lipídeos.

Proteína conjugada: a parte proteica, que se liga a lipídeos.
É formada por fosfolipídeos, triacilglicerídeos, colesterol e apolipoproteínas.

Elas fazem o transporte de colesterol e triacilglicerídeos (TG).


Apolipoproteínas

Promovem o reconhecimento da lipoproteína pelo o tecido alvo e ativação de enzimas.

Os quilomícrons são formados por:


- Apo C II,
- Apo E,
- Apo B48.

O VLDL é formado por:


- Apo C II,
- Apo E.


O HDL é formado por:


- Apo A I e Apo A II.

O LDL é formado por:


- Apo B100.


Tipos de Lipoproteínas

* Quilomícrons:


Produzidos por células intestinais (os enterócitos), após refeições.
São compostos por cerca de 85 a 95% de triacilglicerídeos e que foram provenientes da dieta, possuem uma pequena quantidade de colesterol e proteínas.

Saem dos enterócitos por exocitose e caem no sistema linfático, vasos de grande calibre.

Distribui triacilglicerídeos para o tecido adiposo e muscular.
Para entrada desses lipídeos nas células, necessita da ação das lipases lipoproteicas no sangue que têm sua ativação proporcionada pela insulina e rompem os triacilglicerídeos da lipoproteína, liberando-os da estrutura.

Essa lipase também pode ser ativada e agir por reconhecer a apolipoproteína Apo C II.

Quando perdem seus lipídeos diminuem de tamanho e são chamados de remanescentes, são encaminhados para o fígado que faz sua degradação.


Em casos de problemas hepáticos esses quilomícrons remanescentes não são degradados e permanecem na circulação podendo ter a quebra de seus lipídeos mais do que necessária, aumentando os níveis de triacilglicerídeos e de colesterol do sangue.

* VLDL: Lipoproteína de muito baixa densidade.


São transportadores grandes, porém menores que os quilomícrons. 

São fabricados no fígado, a partir de colesterol e apolipoproteínas e liberados por exocitose.

Transportam triacilglicerídeos, colesterol e fosfolipídeos como os quilomícrons, porém transportam quantidades maiores de colesterol (por mais que a quantidade de triacilglicerídeos dos VLDL ainda é maior do que de colesterol), tendo grande quantidade de colesterol ligado às suas proteínas.

Esse transporte é destinados aos tecidos periféricos onde esses lipídeos serão utilizados para armazenamento ou produção de energia.
A apolipoproteína Apo C II também ativa a lipase proteica, promovendo a distribuição desses lipídeos pelos tecidos.

Quando diminui de tamanho se transforma em IDL. IDL são lipoproteínas de densidade intermediária, depois que os VLDL perdem parte dos triacilglicerídeos por terem distribuídos para as células, ele aumenta a quantidade de proteínas em relação aos lipídeos.

50% da IDL formada vai para o fígado e é degrada, o outro 50% de transforma em LDL por se enriquecer com colesterol livre no corpo.

* LDL: Lipoproteína de baixa densidade.


É um transportador de colesterol e triacilglicerídeos, porém grande quantidade desses lipídeos é colesterol, tendo baixa densidade de lipoproteínas.

A quantidade de colesterol que transporta é muito grande em comparação ao resto de seus componentes e por fazer esse transporte pelas artérias, pode ficar retido nelas e dar origem a uma placa de ateroma.

Na distribuição de colesterol para os tecidos essa lipoproteína é fagocitada pelas células, o LDL é degradado no citoplasma e o colesterol liberado.

Têm origem do IDL, que se transformou em IDL pelo VLDL. O VLDL que recebe apolipoproteínas do HDL e perde parte de seus triacilglicerídeos durante o transporte, se transforma em IDL (densidade intermediária de proteínas). 
Esse IDL pode dar origem ao LDL pela perda de proteínas ou ligação a colesterol.

É o chamado de colesterol ruim.

* HDL: Lipoproteína de alta densidade.


É um transportador de colesterol, com baixas quantidades de colesterol ligado as proteínas.

Ele transporta lipídeos dos tecidos para o fígado, recolhe colesterol das artérias e de outras lipoproteínas que o tem em grande quantidade e doa apolipoproteínas para o VLDL e o LDL.

Para se ligar ao colesterol livre a HDL desencadeia um processo que começa pela ativação da LCAT (lecitina acil-transferase).
É uma enzima que é ativada pela Apo A I e Apo A II.
Ela esterifica o colesterol com ácido graxo, deixando a molécula de colesterol mais apolar, tendo que se ligar a HDL.
A HDL leva o colesterol para o fígado onde os hepatócitos farão a transformação dele em sais biliares, sendo encaminhado a excreção pelo duodeno.
Ou os hepatócitos podem fabricar substâncias de necessidade endógena, como hormônios e vitaminas lipossolúveis.

É chamado de colesterol bom.

- Cálculos biliares ocorrer por excesso de colesterol, sendo formado por 80% de colesterol.
Quando a quantidade de colesterol é maior do que a de bilirrubina direta nos sais biliares.

Dislipidemias

  • Hiperlipidemia e/ou Hiperlipoproteinemia

A hiperlipidemia é caracterizada pelo aumento do total de colesterol e triacilglicerídeos livres no plasma.

A hiperlipoproteinemia é o aumento do total de lipoproteínas.

* Manifestações clínicas:


Xantomas = são bolhas amareladas principalmente nas extremidades das articulações.
Essas bolhas são formadas por deposição subcutânea de lipídeos rico em colesterol.

* Consequências:


- H.A.S. (Hipertensão arterial sistêmica).

- Aterosclerose que leva a doenças cardiovasculares como infarto, A.V.E. (acidente vascular encefálico), trombose, aneurisma.

- Esteatose hepática: Acúmulo de lipídeos nas células hepáticas, por excesso de lipídeos. Não conseguindo haver metabolização normal deles.

  • Essa Hiperlipidemia e/ou Hiperlipoproteinemia pode acontecer:

* Tipo I:


É caracterizada pelo aumento de quilomícrons, pode ocorrer por necessitar de maior transporte de triacilglicerídeos ou:

- Diabetes mellitus tipo 1 ou pancreatite: Na DM 1 as células do pâncreas não produzem insulina e a insulina ativa a lipase pancreática, liberando os lipídeos das lipoproteínas e diminuindo o seu tamanho.
Quanto a pessoas com pancreatite também podem ter a diminuição na produção de insulina.

- Alteração da Apo C II ou da lipase proteica. Não conseguindo ativar a lipase.

* Tipo II A:


É caracterizada pelo aumento de LDL. (Leva a aterosclerose).

Pode ocorrer por:

- Defeito no receptor da Apo B 100 das células, não identificando a presença de LDL para fagocitá-la e receber o colesterol.

- Hipertiroidismo: Excesso de liberação de T3 e T4 faz com que tenha ativação metabólica e a LDL não consegue se ligar aos seus receptores nas células.

* Tipo II B:


Aumento da LDL e VLDL.

* Tipo III:


Caracterizada pelo aumento de VLDL e de remanescentes de quilomícrons.

Resulta em aumento de triacilglicerídeos e de colesterol.

Ocorre por defeito na Apo E, se liga nos receptores nas células do fígado para que ele faça a degradação dessas lipoproteínas.

* Tipo IV:


Aumento de VLDL.

Por defeito da Apo C II ou lipase lipoproteica.


* Tipo V:


Aumento de VLDL e de quilomícrons.

Ocorre por defeito da Apo C II e lipase proteica.



Diagnóstico

Para diagnóstico de dislipidemia deve-se quantificar o total de colesterol, de triacilglicerídeos e HDL.

Pode ser feito pelo método colorimétrico enzimático.

* A equação de Friedwald estima o nível plasmático de LDL:


LDL mg/dl = Colesterol total - HDL - (Triacilglicerídeos/5)

Normal abaixo de 70 mg/dl.


 Fonte: 

Infarto Agudo do Miocárdio (I.A.M.)


Agudo, pois é um evento que ocorre rapidamente.

* Importância:


60% dos pacientes na U.T.I. é por dor torácica e 15% dos pacientes com dor torácica tiveram um infarto agudo do miocárdio.

* Angina Instável e Angina Pectoris:


Dor no peito, na região precordial e ocorre pelo baixo abastecimento de oxigênio ao músculo cardíaco.

Patogenia

Hipóxia que ocorre muitas vezes por isquemia (diminuição do fluxo sanguíneo).

Leva a morte celular que quando essas células morrem liberam substâncias que servem como marcadores.

Essa morte celular pela hipóxia ocorre por alteração do metabolismo energético, onde essas células musculares do coração não conseguem produzir ATP suficiente para continuarem suas funções vitais.

* A hipóxia pode ocorrer por:


Obstrução dos vasos:

- Aterosclerose

- Trombose:
Formação de trombos por excesso de coagulação sanguínea.

* Fatores de Riscos para I.A.M.


- Dislipidemia: Excesso de LDL aumenta as chances de ter placas de ateroma, criar trombos, soltarem-se e obstruir artérias coronarianas.
Diminuição de HDL: Fazem o transporte reverso de colesterol, tirando-os dos tecidos e levando ao fígado.

- H.A.S.:
Aumento da pressão arterial, aumenta a obstrução dos vasos, passando menos sangue.
Excesso de glicose aumenta a pressão arterial e favorece os fatores de risco.

- Tabagismo:
A nicotina aumenta os níveis de LDL, por aumentar os níveis de colesterol.

- Histórico familiar.

- Idade:
Maior que 45 anos.

- Relação cintura/quadril
(grande quantidade de tecido adiposo, indica alta quantidade de lipídeos)

- Obesidade

- Sedentarismo.


* Sinais e Sintomas:


- Dor precordial: dor que começa no peito e se espalha para as costas, ou para os braços, principalmente esquerdo, podendo ir até as pontas dos dedos.
Ou começa no peito e se espalha para o pescoço, queijo, pode provocar náuseas, vômitos e tonturas.

- Aumento dos marcadores cardíacos
: principalmente enzimas presentes nas células do coração que são liberadas quando ocorre lesão nessas células.

- Supradesnivelamento do segmento ST
do eletrocardiograma.



O complexo QRS do eletrocardiograma mostra o evento elétrico relacionado a despolarização do ventrículo, então ele contrai e abre-se os canais de potássio para as células cardíacas repolarizarem pela saída de potássio voltando a ficar com o interior negativo.
Mas por excesso de potássio que ocorre: quando há lesão celular ou por outros motivos, essa repolarização fica defeituosa e o intervalo ST e a onda T são captadas no E.C.G. de maneira anormal.

Marcadores Cardíacos
* AST (Aspartato transaminase) ou TGO (transaminase glutâmica oxalacética):


Não é cárdioespecífica, pois está presente em células de diversos tecidos como:

- Fígado;

- Coração;

- Músculo estriado esquelético;

- E Hemácias.
A AST (TGO) é indicador de lesão crônica, sendo liberada em casos de lesão constante desses tecidos (como uma inflamação), estará sempre aumentada.
Diferente da ALT (TGP) que é liberada em caso de uma lesão e depois seu nível diminui e mesmo que a lesão continue acontecendo, os níveis dessa enzima não voltam a ficar aumentados.

Deve ser associada AST (TGO) com a ALT (TGP), diferenciando assim lesão hepática, pois a ALT (TGP) é um marcador de lesão hepática específico, sendo encontrada com abundância nos hepatócitos.

- Detecção da AST aumentada no sangue já pode ser feita dentro de 6 a 8 horas depois que o coração sofreu o infarto.

- O pico de AST será entre 18 e 24 horas depois que a lesão nessas células do coração ocorreu.

- Os níveis de AST normalizam após 72 horas do infarto (infarto é definido como lesão tecidual irreversível causada por hipóxia e falta de nutrientes).

* Mioglobina


 Marcador não específico do miocárdio.

A mioglobina é uma reserva de oxigênio que fica nos músculos, seus níveis então aumentam no sangue em casos de lesão muscular.

Tem alta sensibilidade, pois pode ser detectado o aumento dela de 1 a 3 horas depois de ocorrido o infarto.
Seu pico é entre 4 e 12 horas e normaliza em até 24 horas.

Então pode ser feita uma detecção rápida se houve alguma lesão.

* Creatino Quinase (CK)


Enzima encontrada em musculatura esquelética e do coração, como também em células de diversos outros tecidos.

É uma enzima que fosforila a creatina, com a passagem de um grupo fosfato de um ATP.

Possui subclasses, pois é formada por um dímero, a junção de dois monômeros (o B e o M), que dependendo de como ocorre gera uma enzima diferente.

Tipo de enzimas CK:

- CK1: CKBB (é a isozima presente no cérebro).

- CK2: CKMB (presente em maior concentração no miocárdio).

- CK3: CKMM (presente no músculo esquelético)

Os níveis aumentados dessas enzimas podem ser detectados no sangue dentro de 4 a 8 horas depois que ocorreu a lesão.

Tem o pico entre 12 e 24 horas e normalização dentro de 3 a 4 dias

Níveis aumentados da creatinoquinase tem relação com o re-infarto, coração já infartado que teve mais outra lesão.

* CKMB


Esse exame mede a quantidade da isozima CKMB que é a que existe em maior quantidade no coração, sendo um marcador específico de lesão cardíaca.

Pode ser identificado aumentado em 3 a 4 horas depois que o infarto ocorreu.
Seu pico é dentro de 24 horas e normaliza em 2 a 4 dias.
  •  Troponina
É um complexo de três proteínas que participam da contração muscular, com a actina e miosina, menos nos músculos lisos.

- Existem 3 tipos de troponinas:


Troponina C;
Troponina T;
Troponina I.

* Troponina I:


- 100% específica do miocárdio.


A sensibilidade é menor do que a mioglobina sendo detectável entre 4 a 6 horas depois do infarto.

O pico de troponina no plasma é por volta de 12 horas depois da lesão e normaliza em 7 a 16 dias.

* Troponina T:


Para um diagnóstico mais precoce que a troponina I, sendo como a mioglobina de alta sensibilidade, porém ainda assim é mais baixa do que a mioglobina que é detectável 1 horas depois.

A troponina T pode ser detectada entre 2 a 4 horas do infarto, indicando que houve lesão, porém não é específica do coração (para caso de suspeita)

Hormônios Tireoidianos

É uma glândula que pesa aproximadamente 20 gramas.

É ricamente vascularizada e produz hormônios iodetados.

Seus hormônios participam de diversas funções fisiológicas, inclusive da contração muscular.

* Estruturas precursoras dos hormônios tireoidianos:


São derivados da tirosina mais o iodo, que se ligam e formam duas substâncias:

 Monoiodotirosina e Diiodotirosina.

- 1 Monoiodotirosina + 1 Diiodotirosina:
Quando se ligam resultam no T3 formado por 2 tirosinas e 3 iodos.

- 1 Diiodotirosina + 1 Diiodotirosina:
Quando se ligam formam o T4, também chamado de tiroxina, é formado por 2 tirosinas e 4 iodos.

Síntese dos Hormônios Tireoidianos

O iodo tem que ser proveniente da dieta, então ele entra nos folículos tireoidianos por transporte ativo.

O TSH (hormônio tireoide estimulante) é produzido pela adeno-hipófise e promove a entrada do iodo nas células da tireoide.

Uma enzima chamada de tireoperoxidase que fica dentro da tireoide faz a peroxidação do iodo, para que ele fique dentro das células ele precisa ganhar oxigênio na sua estrutura.

O iodo se liga a tireoglobulina que é uma enzima rica em tirosina.

- A tireoglobulina é uma proteína formada por várias tirosinas ligadas umas às outras, o iodo se liga a elas e então ocorre proteólise, de duas em duas tirosinas, e dependendo de onde partir formará ou T3 ou T4.

Se a proteólise ocorrer onde tem uma tirosina ligada em 2 iodos e uma tirosina ligada em 1, formará o T3.

Então esses hormônios são liberados na circulação.

* Transporte no sangue:


De 70 a 80% desses hormônios quando liberados no sangue são transportados se ligando a globulina ligadora de tirosina.

De 20 a 30% se liga a albumina.

E por volta de 1% fica livre para ser consumido e é rapidamente consumido, então na falta de albumina e globulina não ocorre armazenamento do hormônio.

* Há a produção de duas vezes mais T4 do que T3.


T4 é a forma de armazenamento e T3 eh a forma ativa, ele eh rapidamente consumido, então o T4 quebra a ligação com um iodo (deionidase) e se torna ativo também.


Por isso o medicamento contém é tiroxina, que é o T4, pois é a forma de armazenamento e será utilizado somente a quantidade necessária, podendo tomar o medicamento menos vezes por dia.

* Regulação do processo:


O TSH e o TRH participam de todo o processo:


O Hipotálamo fabrica TRH (hormônio liberador de tireotrofina) que estimula a hipófise a produzir e liberar TSH (hormônio tireoestimulante).

O TSH age sobre a tireoide estimulando a produção de T3 e T4, além desses hormônios tireoidianos agirem sobre seu alvo e terem muita influência no metabolismo celular, eles também servem como reguladores do feedback negativo
Agindo sobre o hipotálamo quando há grande aumento deles no sangue que faz o hipotálamo diminuir a liberação de TRH. 

Hipertireoidismo

Pode ocorrer por:

* Tumor de TSH (tumor na hipófise):

Aumento de células que têm sua produção desregulada, aumentando assim a produção de TSH e consequentemente de estimulação da glândula tireoide a produzir mais T3 e T4.

Esse aumento de T3 e T4 por mais que inibam a produção de TRH pelo hipotálamo diminuindo o estímulo na hipófise, essas células cancerígenas do tumor na hipófise não respondem a regulação do feedback negativo, continuando a produção de TSH.

Esse caso de câncer causa aumento de TSH e T3 e T4 no corpo.

* Doença autoimune (Doença de Graves):

Presença de anticorpo análogo ao TSH (chamado de TRAB).

Esse anticorpo se liga aos receptores que o TSH se liga e consegue desencadear a mesma resposta.

Então eles estimulam a tireoide que produz mais T3 e T4, esse aumento dos hormônios tireoidianos faz o hipotálamo diminuir a estimulação da hipófise pelo TRH cada vez mais.
Porém a produção da tireoide de T3 e T4 não diminui.

* Mutação Ativadora:

Nesse caso o nódulo ocorre na tireoide.

Ocorrendo surgimento de células cancerígenas que são autônomas na produção de T3 e T4.

Assim há aumento de T3 e T4, por mais que se diminua a quantidade de TRH e TSH.

Para diferenciar esse câncer na tireoide da Doença de Graves, pois nos dois casos há baixa produção de TSH, porém alta produção de T3 e T4.
Então deve-se fazer um exame para detecção de TRAB, se houver ausência do anticorpo, é pelas células da tireoide estarem produzindo altas quantidade de T3 e T4 sem repeitar a regulação por conta própria.
Indicando o tumor.

A metástase de tireoide ocorre muito rapidamente por ser altamente vascularizada.

Também existe um exame chamado de P.A.A.F. = Punção aspirativa por agulha fina.
Ele serve para diagnosticar câncer de tireoide.
  • Sintomas e Sinais do Hipertireoidismo:
- Perda de peso (pois os hormônios tireoidianos estimulam o consumo de carboidratos e lipídeos), 

- Taquicardia (Eles participam do controle da frequência cardíaca, em excesso ela aumenta), 

- Bócio (hipertrofia que ocorre nas células da tireoide, elas aumentam de tamanho, como consequência da alta produção), 

- Insônia, 

- Exoftalmia (olhos esbugalhados), 

- Dermopatias,

- Sudorese.

Hipotireoidismo

Pode ocorrer por:

- Hipotireoidismo Terciário (deficiência de TRH - hormônio liberador de tireotrofina):


Se o problema for de produção de hormônios pelo hipotálamo, a produção de todos os hormônios da hipófise também ficarão comprometidos.

Mas caso o problema seja somente na produção de TRH, somente o estímulo de produção e liberação de TSH pela hipófise, ficará falho.

O que caracteriza o hipertireoidismo terciário é a baixa de TSH e T3 e T4 no organismo.

- Hipotireoidismo Secundário (deficiência de TSH):

Caracterizado pela baixa quantidade de TSH e T3 e T4.

Porém os níveis de TRH estão normais. 

* Pode ser causado por:

Tumor na hipófise bloquear a liberação de TSH.

Então para diferenciar hipertireoidismo secundário de terciário é necessário fazer análise da quantidade de TRH, se estiver baixa é terciário, pois o hipotálamo que está com problema de falta de produção.

- Hipotireoidismo Primário (Doença de Hashimoto):

Doença autoimune, onde anticorpos bloqueiam o receptor de TSH da tireoide, mas não os ativam (agem como antagonistas competitivos).

Caracterizada por níveis elevados de TRH e TSH, porém baixos níveis de T3 e T4.
  •  Sintomas e Sinais do Hipotireoidismo:
Metabolismo baixo, não elimina gordura:

- Ganho de peso.
- Letargia.
- Alteração da frequência cardíaca, torna-se irregular.
- Bócio (as células que conseguem produzir têm que aumentar sua produção, com maior fabricação sofrem hiperplasia).
- Prisão de ventre.

Pai pede dinheiro na Internet para criar filho com Down rejeitado pela mãe

Mulher pediu divórcio após Samuel dizer que o filho era 'perfeito' e lutar para ficar com o bebê

O Dia
Armênia - Um pai cujo filho nasceu com Síndrome de Down na Armênia revelou devastado que a mãe do bebê o deixou após rejeitar o filho. Segundo o jornal britânico The Telegraph , a mulher de Samuel Forrest pediu que ele escolhesse entre ela e o filho. Ruzan Badalyan pediu o divórcio após ele se recusar a abandonar o menino portador da síndrome, nascido em 21 de janeiro deste ano. Samuel recorre agora à Internet para levantar dinheiro e voltar ao seu país natal, Nova Zelândia, onde quer criar o bebê Leo, rejeitado pela mãe.
"O pediatra entrou no quarto com aquele pequeno embrulho que era o Leo. Ele havia coberto seu rosto. O hospital não deixava que eu o visse ou à minha mulher", disse em entrevista à ABC News . "Quando o médico saiu, disse: Há um problema sério com o seu filho", contou.
Samuel Forrest recusou abandonar filho portador de Síndrome de Down mesmo após ultimato da mulher
Foto:  Reprodução Facebook
Quando ficou sabendo que Leo tinha Síndrome de Down, Samuel disse ter tido um "momento de choque", mas que nunca pensou em abandonar o filho. "Ele é lindo, é perfeito e eu definitivamente vou ficar com ele", disse ao médico. A reação de sua esposa, porém foi diferente. Ruzan deu um "ultimato" ao marido. "Ela me disse que se ficasse com o bebê pediria o divórcio", contou.
Segundo Samuel, é comum que bebês com Síndrome de Down sejam rejeitados pelos pais na Armênia. Em sua página na Internet, Samuel declara: "Como um pai solteiro, o alvo de Sam é levantar dinheiro para criar seu filho por ao menos um ano e dar todo o carinho, amor e devoção de que ele precisa em tempo integral".
Em 24 hora a história de Samuel e o pequeno Leo viralizou e ele já recebeu mais de $170 mil (cerca de R$ 460 mil), muito mais do que os $60 mil que almejava. Ele já declarou que quer ajudar outras família na Armênia que têm filhos que nasceram com alguma deficiência.