Quem nunca passou por fases de turbulência vida pessoal
ou profissional? Há momentos em que a situação fica tão ruim que tudo
começa a dar errado, a sorte foge da gente e dá vontade de sumir daqui
para uma ilha vazia ou para um planeta em outra galáxia. Como
provavelmente a NASA não irá vender uma passagem para que você conheça
outro planeta, o melhor é ficar por aqui e decidir se enfrenta os
obstáculos e vence ou desiste.
Desistir vai acarretar uma série de consequências bem
piores, como frustração, medo de mudanças, raiva de perder tempo por
nada, raiva de não arriscar mais, perda de oportunidades, autoestima
baixa, falta de coragem e um futuro incerto.
Como uma situação negativa pode fazer tanto estrago se
não a enfrentamos? Acredite, isso deixa muitas marcar. Em cada obstáculo
que surge em nossa vida que nos faz parar, perdemos muitas vezes a
realização de uma meta ou sonho.
Quem nunca perdeu um emprego num momento que estava
planejando trocar de carro ou fazer aquele curso tão importante para a
carreira? Ou aquela moça que sonhava e planejava o casamento e o
namorado pediu um tempo na relação. Exemplos de obstáculos que vão
afetar uma meta maior.
Num primeiro momento é inevitável sofrer com o impacto
do fato, chorar ou frustrar-se por alguns minutos. Em seguida, o ideal é
começar a procurar saídas e soluções, até superar o problema e
vencê-lo. É como sempre digo: “olhe o problema de frente. Ele é feio,
mas dá para vencê-lo”.
Você tem que acreditar que há saída e vai superar os
problemas e obstáculos. Se acreditar e tiver muita fé, pode conquistar o
que quiser.
Um bom exemplo é a escola de samba Mocidade Alegre. Com o
enredo "Andar Com Fé Eu Vou, Que a Fé Não Costuma Falhar!", a escola
venceu pela terceira vez consecutiva o Grupo Especial de São Paulo no
Carnaval 2014. Foi um desfile perfeito, mas poucos lembram ou sabem que
esta mesma escola passou por grandes problemas nas vésperas do Carnaval.
Em novembro de 2013, a sede administrativa foi destruída
por um incêndio, que além de queimar documentos, destruiu os troféus e
premiações da escola de samba. Na época, a presidente da escola, Solange
Bechara, uma mulher de muita garra e fé, pediu ajuda à comunidade e foi
campeã quatro meses depois.
A história de superação é uma marca registrada da
Mocidade. No ano de 2012, a escola enfrentou outro incêndio que destruiu
o barracão da agremiação e muito do material do desfile. A escola
provou que é capaz de superar os problemas, fez bonito na avenida e
levou o título de campeã naquele ano.
E por que superou? Há muitas respostas, mas uma das mais
prováveis é que é mais fácil trabalhar para ser feliz e vencer na vida
do que ficar o ouvindo a lamuriados derrotados.
Alimento
auxilia em inflamações e úlceras, promove a sensação de saciedade e
colabora com a longevidade - por conter vitamina A que é antioxidante
Você
já ouviu falar da manteiga ghee? Bom, a manteiga ghee nada mais é do
que o óleo purificado da manteiga, onde há remoção de qualquer toxina da
gordura, bem como da lactose. A preparação vai resultar em um
óleo dourado, límpido e transparente. Um produto que pode ser utilizado
para elaborar qualquer prato do dia-a-dia, principalmente para
preparação de legumes e verduras, uma vez que possui grande resistência
ao calor. O processo de preparação é bem simples: basta colocar a
manteiga sem sal para derreter em uma panela de fundo grosso, de forma
lenta, em fogo baixo. A superfície ficará com uma camada espessa de
espuma (gordura saturada) que deverá ser retirada quantas vezes forem
necessárias até que toda a água evapore e reste apenas o óleo.
Este óleo deve ser coado em um tecido fino (voil,
algodão, ou mesmo o coador de pano que é usado para preparação do café
são exemplos de tecidos úteis para esse fim). Depois de coado, o óleo
deve ser guardado em um recipiente fechado, em um local fresco, para
melhor conservação.
Se for preparada de forma adequada, a
manteiga ghee não possuirá sal e lactose. Também não produzirá fumaça em
altas temperaturas, devido a isenção de toxinas que provocam a reação. O
alimento também dispensa refrigeração, não contém corante ou
conservante, auxilia em inflamações e úlceras, promove a sensação de
saciedade e a longevidade - por conter vitamina A que é antioxidante. Algumas sugestões de uso são na preparação de arroz, legumes, verduras, sopas, saladas e para refogar temperos. No
entanto, é importante lembrar que, mesmo sendo mais saudável, a
manteiga ghee ainda é uma gordura. Logo, preconiza-se seu uso moderado.
Além disso, por ser mais saborosa que os outros óleos, uma pequena
quantidade já é suficiente para ser utilizada em receitas culinárias.
É o óleo purificado da manteiga, onde
toda a água e os elementos sólidos e toxinas da gordura do leite e
lactose são completamente removidos. Embora seja inteiramente preparado
a partir da manteiga, suas propriedades, de acordo com a ayurveda,
diferem muito da manteiga em si. Quando o ghee é preparado através do
método tradicional de aquecimento e coação, toda a água é evaporada e os
elementos sólidos da gordura do leite são completamente removidos. O
resultado é um óleo dourado e brilhantemente transparente que não fica
rançoso. Este é o ouro líquido que aparece nas antigas escrituras
indianas. E este é o ghee que encontrará um lugar em todos os alimentos
que você preparar.
O ghee preparado adequadamente apresenta
as seguintes qualidades: não contém sal, não contém lactose, não produz
fumaça em temperaturas altas, não necessita de refrigeração. É
utilizado por naturopatas em diversas culturas, que extraem seus poderes
curativos e rejuvenescedores. E para aqueles com alergias graves a
laticínios, é uma parte integral da dieta com alto grau de restrição.
Durante este processo, a manteiga sem
sal é derretida, devagar, e as gorduras saturadas vêm para a superfície
em blocos, formando uma camada de espuma densa. Esta espuma é retirada
várias vezes, até que se eliminem todos os resíduos da manteiga, até que
toda a água evapore e reste apenas o óleo, que é então coado em um
tecido fino. O processo de clarificação da manteiga dura em torno de 1 a
2 horas, dependendo da quantidade usada.
Embora isso não esteja mostrado nesta
imagem, é melhor que seja preparado em panela de vidro ou inox, em banho
Maria. Coloque água numa panela, com um pano no fundo, e o recipiente
com a manteiga dentro. Desta forma, a manteiga não queimará.
Na Ayurveda, o Ghee é considerado
Rasayana, ou seja, um alimento rejuvenescedor e regenerador, um
tonificante que aumenta a força e a expectativa de vida, de propriedades
emolientes, que serve de base para diversas preparações medicinais – é
considerado um ótimo “portador” para todas as ervas que são tomadas com
ele. Além disso é utilizado em técnicas de massagens, pois nutre tecidos
profundos, sendo muito bom para peles secas e para prevenir rugas. Ele é
bom para todo o tipo de pessoas.
Também é extremamente benéfico para o
fígado, útil para inflamações gastrointestinais e no combate a úlceras,
ajuda a equilibrar o fogo digestivo no organismo, fortalece o sistema
imunológico, ajuda no tratamento dos pulmões, a melhorar a memória e é
utilizado em algumas técnicas para refrescar e nutrir os olhos. É um
ótimo purificador dos canais e condutos do organismo, não apenas os
físicos, mas também os energéticos e sutis. É um tônico que fortalece e
regenera os fluidos, e é lubrificante, aumentando a flexibilidade.
Tem um sabor maravilhoso e é um ótimo
óleo para cozinhar. Além de seu aroma refinado e sabor delicado, tem
alto nível de resistência ao calor, e não queima facilmente. Legumes,
verduras, tortas e outros alimentos preparados com Ghee são muito
saborosos e nutritivos.
OBSERVAÇÕES:
1- Quando dourar temperos no ghee, tenha-os à mão, pois, uma vez aquecido, ele atinge rapidamente temperaturas bem altas.
2- Evite deixar cair água no ghee quente, pois esta combinação pode respingar gordura quente de forma perigosa.
3- A temperatura do ghee para frituras deve ser médio baixo e estará no
ponto quando dourar o alimento em 1 minuto. Não coloque muitas porções
de uma só vez, pois isto fará com que ele se esfrie e o resultado pode
não sair satisfatório.
4- Pode-se utilizar o ghee para frituras várias vezes, sem saturar. Basta filtrá-lo após o uso.
5- Depois de pronto o ghee pode ser temperado, misturado a ervas,
aromatizado a gosto ou simplesmente puro. É delicioso para passar no
pão, adicionar a pratos frios, para o preparo de massas, refogados e
frituras.
Rio - Jovens do estado de Tamaulipas,
no México, têm ingerido álcool pelas vias anal e vaginal para não serem
pegos no bafômetro, segundo o portal mexicano Excelsior. Segundo
informações da imprensa local, os jovens utilizam objetos de higiene
íntima feminina para ingerir a bebida.
"Não temos dados oficiais reportados,
mas é uma certeza que essa prática [ingestão de bebida pelas vias anal e
vaginal] vem acontecendo entre os jovens da região", afirmou Soraya
Sánchez, chefe do departamento de dependentes da Secretaria de Saúde
local.
Médicos consideram que a prática é de
altíssimo risco, pois os locais por onde as bebidas são ingeridas
proporcionam fácil absorção causando efeito similar ao da ingestão por
via oral. A prática, porém, pode levar a infecções nos locais por conta
do álcool das bebidas. Por conta disso, podem ocorrer infecções
generalizadas nos adeptos destas práticas.
Leonardo do Nascimento Mendes saia de uma festa na Rua Tenente Palestrine e conversava com amigos na calçada
Luarlindo Ernesto
Rio - O soldado da UPP da Rocinha
Leonardo do Nascimento Mendes, 27 anos, morreu após ser baleado por
desconhecidos em Cordovil, na Zona Norte da cidade, na madrugada deste
sábado. Ele saía de uma festa na Rua Tenente Palestrine, 433, e
conversava com amigos na calçada.
O policial teria sido reconhecido por
um dos desconhecidos que passavam em um carro. Um dos homens gritou
para Leonardo "perdeu, ô políça". Muitos tiros foram disparados e o
soldado caiu baleado. Uma segunda pessoa também foi baleada.
Leonardo foi levado para o Hospital
Getúlio Vargas, na Penha, mas, de acordo com médicos, chegou morto. A
identidade da segunda vítima ainda é desconhecida. Uma mulher, ferida
quando caiu tentando se proteger dos tiros, também foi medicada no mesmo
hospital. Nota: Rio não pode importar a criminalidade sem freios e sem limites que ocorre em São Paulo
Aprenda a se alimentar corretamente antes dos treinos
Uma alimentação inadequada pode reduzir a qualidade do seu rendimento
na hora da malhação. Comer demais, além de causar sensação de
estufamento, aumenta o tempo da digestão. Isso não ajuda num bom
resultado durante os treinos. “Antes de malhar, o músculo precisa ter
energia suficiente disponível para poder trabalhar com eficiência”,
explica o nutricionista funcional e esportivo Renato França.
O tipo de nutriente que não pode
faltar na refeição pré-malhação é o carboidrato. “Ele vai fornecer
energia para o músculo crescer e consumir a gordura corporal”, diz
França. Alimentos ricos em fibra e gordura podem ser dispensados. “A
digestão deles é muito demorada, pode acontecer de faltar força para
manter o ritmo do treino”, completa.
Quem malha pela manhã, normalmente
não tem uma ou duas horas disponíveis para esperar a absorção dos
alimentos ingeridos. E é por isso que o nutricionista indica uma opção:
“Existe um suplemento ideal para esse caso, à base de carboidratos
extraídos do milho. Ele fornece energia ao corpo em apenas quize ou
vinte minutos”, diz o nutricionista.
À tarde ou à noite, você pode
combinar carboidratos com proteínas. “Os alimentos proteícos devem ser
consumidos em menor quantidade, pois demoram mais para fornecer
energia”, acrescenta o nutricionista. Caso você opte por um sanduíche de
queijo branco para o lanche, por exemplo, precisa esperar um pouco mais
para iniciar as atividades. “Indico uma espera de 60 a 90 minutos antes
do treino. Se a agenda está muito corrida, uma opção mais rápida é
consumir uma barra de granola com suco de frutas 40 minutos antes de
malhar”, completa.
E nada de malhar de barriga cheia.
“Durante o processo disgestivo, uma grande quantidade de sangue vai para
o estômago. E ao treinar, braços e pernas também precisam ser
irrigados. Esse desquilíbrio pode causar desconfortos como tontura e
queda no rendimento”, ressalta o especialista.
Beber muita água também é importante e ajuda a melhorar o desempenho; veja dicas de nutricionista
Perder peso e
deixar o corpo mais definido são os principais objetivos de quem investe
na malhação. Mas sem uma alimentação adequada, os resultados podem
ficar comprometidos. Saber o que comer antes e depois do treino faz toda
a diferença.
O que comer antes de malhar?
A nutricionista Gisele Dallazen, da Twit Academia, em Florianópolis (SC), diz que a primeira regra é nunca praticar exercícios em jejum.
"A refeição que antecede o treino deve ser à base de carboidratos como
pães, biscoitos integrais e frutas, já que esses nutrientes irão
fornecer energia e oxigênio aos músculos, evitando a fadiga. Essa
refeição é de extrema importância para o bom desempenho no exercício, e
deve ser feita cerca de 40 minutos antes da atividade", recomenda.
Ela reforça também a importância de
se consumir bastante água, pois um corpo bem hidratado ajuda a melhorar o
desempenho nos treinamentos e diminui o risco de lesões.
O que comer depois de malhar?
A alimentação após o treino deve
incluir novamente os carboidratos, além de proteínas magras, como
carnes brancas, clara de ovo, leite e derivados. “Os carboidratos irão
repor o que foi perdido durante o treino e manter o atleta disposto ao
longo do dia. Já as proteínas terão papel fundamental na recuperação e
construção dos músculos”, explica.
Carboidratos ajudam a repor o que foi perdido durante o treino (Crédito: Thinkstock)
A quantidade e cada alimento irá
variar de acordo com a intensidade do treino e com a composição corporal
de cada pessoa. Por isso é importante buscar um acompanhamento
nutricional, com um profissional que saberá indicar a melhor dieta.
O que comer antes e depois de malhar?
Nutricionista ensina o que ingerir para melhorar os resultados da academia
Alimentar-se bem antes do treino aumenta o rendimento durante a malhação. E comer a coisa certa depois de ir à academia
pode ajudar a atingir os objetivos com mais eficiência. Para saber
quais são os alimentos ideais para esses dois períodos, fomos atrás de
algumas dicas com a nutricionista Thatyana Freitas, da clínica Stesis.
Antes do treino, não abuse das
quantidades. Além de aumentar o tempo da digestão, comer demais causa a
sensação de estufamento, que acaba por diminuir o desempenho no treino.
Independente do objetivo, o ideal antes de malhar é consumir
carboidratos, que fornecem energia para o músculo crescer e ajudam a
queimar a gordura corporal. É indicado também que essa alimentação seja
feita duas horas antes para garantir a absorção dos alimentos ingeridos.
Os alimentos proteicos demoram mais para fornecer energia e por isso
não são indicados nesse momento.
Depois de chegar à academia, a dica dos nutricionistas é unanime: tome bastante água para se hidratar!
Após o exercício físico o corpo
costuma entender que tem que repor o que foi perdido e é aí que mora o
perigo. A principal dica para o pós-treino é não abusar! A nutricionista
Thatyana Freitas faz um resumo de que tipo de nutrientes cada um deve
ingerir para acertar na alimentação antes e depois do treino!
Para quem quer ganhar massa muscular:- Carboidrato, como fruta e mix de cereais, antes de dormir - Carboidrato – como macarrão integral e suco de fruta – 30 minutos antes do exercício - Carboidrato e proteína – como leite, queijo e peito de peru e omelete – 30 minutos após o exercício
Para quem quer emagrecer:- Carboidrato, como pão integral e barrinha de cereal, 30 minutos antes do exercício - Carboidrato, como arroz, milho e mandioca, e proteína 1 hora após o exercício
Para quem quer perder medidas, como a indesejada barriguinha:- Carboidrato – como bolachas integrais – 30 minutos antes do exercício - Carboidrato, como feijão e ervilha, e proteína 30 minutos após o exercício
Nozes diminuem 33% de risco de um dos cânceres mais letais,o do pâncreas, diz estudo
Comer
um punhado de nozes duas vezes por semana pode reduzir mais de um terço
do risco de desenvolver câncer no pâncreas, uma das formas mais letais
da doença, de acordo com pesquisa da Harvard School of Public Health, em
Boston, nos EUA. As informações são do Daily Mail.
O
estudo levou em consideração os diferentes tipos de nozes comestíveis e
sugeriu que o alimento deve ser ingerido regularmente. Os resultados,
publicados no British Journal of Cancer, oferecem esperança na prevenção
de uma doença com alta taxa de mortalidade. Todos os anos, cerca de 8
mil pessoas no Reino Unido são diagnosticadas com câncer de pâncreas. A
função do órgão é produzir enzimas que ajudam a “quebrar” a composição
da comida e liberar insulina para controlar os níveis de açúcar no
sangue.
A
causa permanece em grande parte desconhecida, embora os fumantes possam
ter risco ligeiramente maior, assim como aqueles que sofrem de
pancreatite crônica - uma infecção persistente, muitas vezes provocada
por pedras na vesícula.
O
câncer no pâncreas mata cerca de 97% de suas vítimas dentro de cinco
anos. Muitos vivem apenas meses com a doença. Para o estudo, foram
usados dados de uma investigação longa nos EUA. Os pesquisadores
avaliaram uma amostra de mais de 75 mil mulheres e estudaram a
incidência da doença.
A ex-ginasta e esquiadora Lais
Souza apareceu publicamente, pela primeira vez, na quinta-feira 13,
desde que sofreu o acidente de esqui no qual lesionou uma vértebra
cervical nos treinos para os Jogos Olímpicos de Inverno, na Rússia. Em
tratamento no hospital da Universidade de Miami, Lais se deixou
fotografar na cadeira de rodas que movimenta com o queixo e os braços e
agradeceu aos que rezam por ela. “Estou me sentindo melhor e preparada
para encarar o que vem pela frente”.
Equipado com sistemas redundantes para
evitar catástrofes, o Boeing 777 era uma das aeronaves mais modernas e
seguras do mundo até o sumiço do voo 370 na Ásia
Mariana Queiroz Barboza (mariana.barboza@istoe.com.br) e Lucas Bessel (lucasbessel@istoe.com.br)
O
desaparecimento de um avião comercial da Malaysia Airlines, que partiu
de Kuala Lumpur, na Malásia, na madrugada do sábado 8 com destino a
Pequim, na China, já é o maior mistério da história da aviação. Como uma
aeronave dotada de tecnologia ultrassofisticada é capaz de sumir sem
deixar vestígios? Num mundo coberto por radares e satélites, o caso é
ainda mais intrigante. Segundo especialistas consultados por ISTOÉ, um
Boeing 777 é equipado por diversos sistemas redundantes. Só para a
comunicação, existem cinco rádios independentes em frequência VHF e HF.
Se um deles falha, o outro continua funcionando. A aeronave também é
equipada com sistemas de satélite, comunicação por texto e transponder,
que responde a sinais automáticos de radares em solo sobre sua
identificação, localização e altitude. No caso do voo MH370, relatos
apontam que o transponder parou de funcionar 40 minutos depois da
decolagem. Mas, numa situação adversa, comunicar-se com o mundo externo é
apenas uma das prioridades do piloto. Antes disso, ele precisa
estabilizar a aeronave, determinar sua localização para desviar de
obstáculos ou procurar locais para pousar. “Isso me leva a crer num
evento inesperado, de grandes proporções e tão rápido que os pilotos não
tiveram tempo hábil de se comunicar”, afirma Dag Hammarskjoeld, piloto
de Boeing 777 e diretor de assuntos técnicos da Associação Brasileira de
Pilotos de Aviação Civil.
Aeronaves modernas como o Boeing 777 só
caem depois de uma sucessão improvável de acontecimentos (não à toa,
pilotos gostam de repetir a frase “avião não cai, é derrubado”). Por
isso mesmo, pouco tempo depois de a notícia do desaparecimento do MH370
se espalhar, começaram a surgir hipóteses que vão desde falhas
catastróficas até sequestro e terrorismo. Informações dadas pelas
autoridades malaias indicam que a aeronave perdeu contato com os
controladores de tráfego aéreo uma hora depois da decolagem, quando
entrava no espaço aéreo vietnamita. Naquele momento, o piloto disse
“tudo bem, boa noite”. As condições climáticas eram boas. No caso de uma
explosão repentina, as partes do avião teriam sido encontradas por lá,
na região do Golfo da Tailândia. Na quinta-feira 13, uma reportagem
publicada pelo jornal americano “Wall Street Journal” sugeriu que a
aeronave voou por mais quatro horas ou cerca de quatro mil quilômetros,
chegando ao Índico, à fronteira do Paquistão ou até o Mar Arábico. Isso
descartaria as possibilidades de falhas mecânicas, erro do piloto e
eventos catastróficos e reconduziria as investigações para terrorismo ou
sabotagem.
As buscas por vestígios do Boeing 777, que
levava 239 pessoas a bordo, mobilizaram 12 países, entre eles China,
Estados Unidos e Austrália, mas nem assim houve resultados promissores
até a manhã da sexta-feira 14. Objetos flutuantes suspeitos encontrados
por satélites chineses, um possível bote salva-vidas no Golfo da
Tailândia, uma mancha de óleo em águas malaias, nenhuma dessas pistas
provou ser real. Ampliada diversas vezes, a área vasculhada pelas
equipes de resgate chegou ao tamanho do território de Portugal (cerca de
92 mil quilômetros quadrados). Por mais impressionante que seja seu
tamanho, o avião responsável pelo voo MH370 é, afinal, um pequeno
detalhe perto da imensidão das águas de uma região que começa no Mar do
Sul da China e vai até o Oceano Índico. No início da semana passada, foi
dito às famílias dos passageiros e tripulantes que esperassem pelo
pior.
As falhas de comunicação não foram
exclusivas do avião da Malaysia Airlines. Representantes da companhia
aérea, autoridades da aviação civil do país e policiais caíram em
contradição em diversas situações e entraram numa crise global de
desconfiança. Um dos iranianos que embarcaram com passaportes
falsificados, por exemplo, foi inicialmente descrito como parecido com
Mario Balotelli, jogador de futebol italiano negro. As imagens
divulgadas depois descartaram qualquer semelhança. Houve discordâncias
sobre o número de pessoas que fizeram check-in e não embarcaram. Na
China, berço de 153 passageiros, se popularizou a teoria de que o
Exército malaio abateu o avião por engano depois da mudança de rota e
por isso o país esconde informações. Para especialistas em segurança, o
compartilhamento de dados entre nações vizinhas pode ter sido
comprometido pelo temor de revelar fragilidades em sua cobertura de
radar. Diante do desafio de solucionar tal enigma, mais de dois milhões
de pessoas participaram de uma plataforma online colaborativa,
organizada pela empresa americana Digital Globe, para buscar sinais do
avião em imagens de satélite. Mais de 650 mil objetos suspeitos foram
encontrados. Nenhum deles capaz de revelar o que realmente aconteceu com
o voo MH370.
Foto: She Ling Xinhua/Eyevine/Glow Images, AFP Photo/Mark Ralston
Projeto do Ministério da
Educação, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, que prevê inclusão
de habilidades sócio emocionais na grade curricular. Estudos mostram como
elas melhoram o desempenho escolar
Camila Brandalise (camila@istoe.com.br)
A sala de aula é a mesma. Alunos em
carteiras enfileiradas se esforçam para prestar atenção ao que diz a
professora, estrategicamente posicionada em frente à lousa. Mas no lugar
de questões envolvendo temas tradicionais, como raiz quadrada ou uso da
crase, o debate entre os estudantes, adolescentes na faixa dos 13 anos,
suscita outras discussões. “Como você se vê hoje?” e “O que espera da
vida adulta?” são algumas das perguntas feitas durante uma aula de
formação social do Colégio Pentágono, em São Paulo. Além de
autoconhecimento, os jovens desenvolvem conceitos como respeito e
responsabilidade. Apesar de esses não serem temas frequentes no
cotidiano do ensino brasileiro, as chamadas competências não cognitivas
ou socioemocionais estão no centro do debate de como melhorar a educação
no País e devem transformar a forma como o ensino é ministrado nas
instituições públicas e privadas do Brasil. Tanto que várias escolas as
incluíram em seus projetos – seja com aulas específicas ou com propostas
pedagógicas gerais. Em levantamento inédito, o Instituto Ayrton Senna
(IAS) concluiu, por meio de uma avaliação aplicada a cerca de 25 mil
estudantes da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro em outubro de
2013, que o ensino dessas qualidades impacta direta e positivamente o
aprendizado de língua portuguesa e de matemática. A intenção é que a
ferramenta, elaborada em parceria com a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), seja usada para medir o
desenvolvimento dessas competências nas escolas.
CLASSE
Aula de formação social do colégio Pentágono, em São Paulo:
alunos trabalham respeito e responsabilidade
Os resultados parciais desse trabalho, ao qual ISTOÉ teve acesso com
exclusividade, serão divulgados no Fórum Internacional de Políticas
Públicas, realizado pelo Instituto Ayrton Senna, a OCDE e o MEC nos dias
24 e 25 de março, em São Paulo. A intenção do IAS ao elaborar um
sistema de medição das chamadas habilidades socioemocionais foi fomentar
o desenvolvimento dessa área, para que possam ser criadas políticas
públicas específicas. A esse projeto somam-se ainda esforços do
Ministério da Educação para desenvolver novas propostas sobre o tema.
Uma delas, que também deve ser anunciada durante o encontro, diz
respeito à formação de especialistas brasileiros com foco nessas
habilidades sócio emocionais. “O governo já se posicionou a favor da
criação de um programa em processo de formulação, e não será difícil
implementá-lo rapidamente. Pode ser, por exemplo, um braço do Ciência
sem Fronteiras”, afirma Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional
de Educação (CNE), que faz parte do MEC, e diretor de articulação e
inovação do Instituto Ayrton Senna, referindo-se ao programa de bolsa de
estudos no Exterior para alunos da graduação. “Para nos aprofundarmos
no tema, precisamos de profissionais com formação específica na área, o
que exige conhecimentos multidisciplinares em educação, economia e
psicologia.” Outro projeto diz respeito à comissão especial do CNE voltada para
discutir a importância das habilidades sócio emocionais no sucesso
escolar. O conselheiro Francisco Cordão afirma que até meados deste ano
haverá um parecer, a ser aprovado pelo conselho, com orientações de como
trabalhar essas competências na escola. Essas diretrizes, ainda em fase
de estudos, serão enviadas às instituições de ensino do País para que
sejam formuladas maneiras de trabalhar as habilidades sócio emocionais na
educação básica (ensino infantil, fundamental e médio). “Já discutimos,
por exemplo, recomendações para a formação de professores, que precisam
estar alinhados a uma perspectiva mais ampla, mobilizando não apenas o
aprendizado de conteúdos das disciplinas, mas habilidades, atitudes e
emoções que são importantes no processo de ensino”, diz Cordão.
A ferramenta de avaliação criada pelo Instituto Ayrton Senna visa a
orientar o trabalho dos gestores educacionais. A prova consiste em 62
questões para o quinto ano do ensino fundamental e 92 questões para o
primeiro e terceiro ano do ensino médio e traz perguntas referentes à
percepção do aluno sobre seu próprio comportamento e sobre quem ele é.
Com os resultados em mãos, é feito um cruzamento relacionando desempenho
escolar e situação socioeconômica. Os dados obtidos no projeto-piloto,
aplicado em escolas públicas do Estado do Rio em 2013 e feito em
parceria com a secretaria estadual de Educação, mostram que pelo menos
três grupos de competências socioemocionais tem um impacto bastante
relevante no desempenho dos estudantes em língua portuguesa e em
matemática (leia quadro na pág. 54). Entre outros resultados, chama a
atenção ainda o impacto negativo da extroversão no ensino de língua
portuguesa. “O que notamos é que a escola não está preparada para
canalizar a energia dos jovens extrovertidos para o aprendizado”, afirma
Tatiana Filgueiras, coordenadora da área de avaliação e desenvolvimento
do Instituto Ayrton Senna.
Outro dado interessante foi o fato de que alunos de famílias de
melhor condição socioeconômica apresentaram graus mais baixos na
competência conscienciosidade, que engloba responsabilidade e tem
relação com o aprendizado de matemática, segundo Tatiana. Presidente do
Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna ressalta esse caráter democrático
das competências sócio emocionais. “Desenvolver foco, persistência,
responsabilidade, curiosidade, criatividade e outras características
depende mais das atitudes dos adultos que convivem com esses alunos, em
casa ou na escola, do que de condições específicas e não replicáveis,
como a condição socioeconômica da família”, diz. Essa é uma excelente
notícia para uma estratégia de redução das desigualdades intoleráveis,
por meio de ações educativas intencionais, segundo Viviane. “E o Brasil
de hoje, com o desafio de dar um salto expressivo na qualidade da
educação, não pode deixar passar despercebido um acelerador da qualidade
tão importante quanto esse.”
MODELO
Vinicius Pereira e Juliana Gomes, ambos de 16 anos, alunos do colégio
Chico Anysio, no Rio, que passou pelo projeto-piloto do IAS
A ideia é que seja estabelecida uma agenda na área das não
cognitivas. A partir desses esforços, tanto do terceiro setor quanto do
governo, o objetivo é inserir essas questões no projeto pedagógico das
escolas com delimitações específicas. Não é necessário criar uma
disciplina para passar esses conceitos. As medidas podem ser trabalhadas
de maneira transversal, em todas as aulas. Em língua portuguesa, por
exemplo, em vez de pedir aos alunos que escrevam sobre as férias, o
professor pode solicitar uma redação em que as crianças falem sobre um
problema que conseguiram enfrentar. “Há várias possibilidades para o
futuro. O primeiro grande desafio era aprender a medir. Agora o tema
precisa ser desenvolvido”, afirma Daniel Santos, professor de economia
da Universidade de São Paulo e especialista em desenvolvimento infantil e
socioemocional na escola. No atual sistema de avaliação tradicional,
diz o especialista, se uma escola não atinge bom desempenho, a conclusão
é de que não há planejamento ou falta preparo dos professores. “Mas
será que não é a parte não cognitiva que está influenciando esse
resultado?”
No Pentágono, tanto as aulas de formação social quanto as de tutoria,
ambas dadas a partir do sexto ano, trabalham conceitos relacionados às
habilidades não cognitivas há cerca de cinco anos. “Não abandonamos o
rigor, temos todas as aulas tradicionais. Mas nos preocupamos com a
formação do indivíduo, porque a escola é um espaço de socialização”, diz
Américo Francisco dos Santos, coordenador-geral do ensino fundamental 2
da rede Pentágono. No Rio de Janeiro, uma das escolas que participaram
do piloto do projeto do IAS foi o Colégio Estadual Chico Anysio. “Em
nossa grade, temos um projeto chamado Núcleo. Os alunos têm oito
encontros de 50 minutos por semana em que trabalham autogestão, projeto
de vida, autoconhecimento, entre outros temas”, diz Willmann Costa,
diretor da instituição. Colégio que ficou em terceiro lugar no último
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Elite Vale do Aço, em Ipatinga
(MG), estuda incluir essas competências no projeto pedagógico. “O
objetivo é acrescentar na grade curricular do ano que vem outras
habilidades além das cognitivas”, afirma o diretor Átila Zanone.
Alguns educadores, porém, ainda se mostram receosos em relação a
essas medidas. “A escola não pode absorver tudo. Acredito que
determinada formação é responsabilidade da família”, diz Rosângela
Fonseca Napoleão do Rego, coordenadora geral pedagógica do colégio
Lerote, de Teresina. “Se ensinamos conceitos no colégio e em casa a
realidade é outra, não tem sentido.” Apesar de ser uma crítica comum,
especialistas afirmam que não se trata de ensinar valores ou tomar o
lugar dos pais. Essas competências e habilidades podem e devem ser
trabalhadas no ambiente educacional. “A escola é a primeira chance de a
criança se confrontar com a realidade social, é o lugar onde ela
descobre outra maneira de viver com seus semelhantes. Por isso,
precisamos incluir essas capacidades sócio emocionais”, afirma a
psicóloga infantil Ana Olmos. “Ainda existe desconhecimento sobre o
tema, e incorporar isso de maneira intencional no ambiente escolar vai
exigir que a instituição aprenda a apresentar aos pais como determinados
projetos podem contribuir para formar cidadãos”, diz Mozart Neves, do
Conselho Nacional de Educação. Uma coisa é certa: se o mundo e os jovens
mudaram, o caminho natural e necessário é que a escola também mude.
Como o deputado Eduardo Cunha acumulou
força política para esfacelar a base de apoio de Dilma e impor derrotas
em sequência ao Planalto no congresso
NOME PARA ESQUECER NA HORA DE VOTAR
Claudio Dantas Sequeira (claudiodantas@istoe.com.br) e Izabelle Torres (izabelle@istoe.com.br)
Francis J. Underwood, o protagonista da
série “House of Cards” interpretado pelo ator Kevin Spacey, é um
ambicioso senador que, sentindo-se traído pelo presidente dos EUA,
inicia um ardiloso plano de vingança. O jogo bruto de Underwood, que se
tornou o símbolo máximo de político inescrupuloso, parece ter se
materializado em Brasília nas últimas semanas. Na versão nacional, o
papel de vilão vem sendo desempenhado, sem o charme do ator Kevin
Spacey, pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Desde o início
do ano, Cunha cumpre uma rotina parlamentar dedicada unicamente a
esgarçar a aliança com o PT, engessar o governo de Dilma Rousseff e,
quem sabe, inviabilizar sua reeleição. “Se ela não sabe o que é
respeito, vai aprender da pior maneira”, repete Cunha a qualquer
interlocutor que o aborda nos corredores do Congresso Nacional. Se a
série americana virou mania entre líderes políticos, como Barack Obama e
Fernando Henrique, a novela de Cunha promete manter em alta a audiência
do noticiário político-eleitoral. Para suspender seu roteiro, Cunha
cobra uma fatura alta: mais cargos, com mais poder e mais verbas.
PROTAGONISTA
Eduardo Cunha: sem o charme do ator Kevin Spacey, que interpreta
Francis Underwood, de House of Cards, mas com o mesmo jogo bruto, conseguiu
impor uma enorme derrota à presidenta Dilma no plenário da Câmara, na terça-feira 11
Usando uma escala de valores nada republicanos, parecida com a de
Underwood, o deputado carioca vem colecionando sucessos. Na última
semana, depois de não ser atendido em mais um pedido por postos na
máquina pública – o que foi encarado por Dilma e seus auxiliares como
crua chantagem –, Cunha articulou um levante no Congresso. Emparedou a
presidenta e jogou o governo petista numa crise política sem
precedentes. Além de comandar os rebeldes da bancada do PMDB na Câmara,
dona de 75 assentos, conseguiu atrair insurgentes de outras legendas
aliadas do PT, que também acumulam queixas contra o estilo Dilma de
governar. Cunha impôs sucessivas derrotas ao Planalto. Na principal
delas, por 267 votos a 28, o chamado “blocão”, que reúne as siglas
rebeldes, conseguiu instalar na Comissão de Fiscalização e Controle da
Câmara uma investigação sobre denúncias na Petrobras. Como não tem
status de CPI, a apuração não irá muito longe, mas pode momentaneamente
se refletir sobre o valor das ações da estatal, o que é ruim para o
País.
ÁGUA NA FERVURA
Depois de se reunir com o vice Michel Temer, Dilma Rousseff
antecipou o anúncio de seis novos ministros
Outro revés forçado pela turna de Cunha tem um potencial maior para
gerar dores de cabeça a Dilma. Nas comissões da Casa, os peemedebistas,
com o apoio da oposição e aliados queixosos, conseguiram aprovar a
convocação de quatro ministros e o convite a mais seis, a fim de prestar
esclarecimentos sobre questões que, na melhor das hipóteses, podem
constranger o governo. Entre eles a presidenta da Petrobras, Graça
Foster, e o delegado Romeu Tuma Jr., que acusa o PT de implantar no País
um estado policialesco. Foram convocados os ministros Gilberto Carvalho
(Secretaria-Geral da Presidência), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Jorge
Hage (CGU) e Manoel Dias (Trabalho), este denunciado por ISTOÉ por
suspeita de envolvimento em esquema de cobrança de propinas por cartas
sindicais e desvio de verba por meio de ONGs. Na sexta-feira 14,
meditando sobre as feridas institucionais, um cacique petista definiu
assim o atual cenário político: “Este é o pior momento dos três mandatos
do PT.”
O ARTICULADOR
Eduardo Cunha em ação na quarta-feira 12 na Câmara:
ele liderou os insurgentes contra Dilma
A metodologia de Cunha
Eduardo Cunha já demonstrou inúmeras vezes sua capacidade de
articulação, ao apadrinhar indicações de ministros, dirigentes de
estatais e funcionários do segundo ao quarto escalão. Quando é
contrariado, tenta dar o troco lançando mão do que há de pior nas
práticas políticas: a ameaça e a chantagem. No governo Lula, cansou de
utilizar esse expediente. Mas, normalmente, era driblado por uma
articulação política eficaz. Desta vez, Cunha se aproveitou da
fragilidade dos operadores políticos do governo para obter sucesso em
sua empreitada.
No Rio de Janeiro, Eduardo Cunha controla o PSC,
partido que, durante a semana, anunciou oficialmente
o desembarque do governo Dilma
O líder do PMDB não se move por instinto. Metódico, ele cultiva há
anos o mesmo modo de operar. Diariamente, recebe líderes empresariais e
autoridades no apartamento da SQS 311 ou no número 50 da avenida Nilo
Peçanha, no Rio, onde funciona seu escritório político. Chega a gastar
R$ 15 mil da conta parlamentar só em telefonia. Os pedidos que atende
são ecléticos: vão desde os de empreiteiras e empresas de telefonia até
os de companhias prestadoras de serviço no setor elétrico. Dependendo da
negociação, e do desejo do freguês, Cunha providencia a anulação de
normas, inclui nas Medidas Provisórias as emendas-submarino (como são
chamados no Congresso os adendos oportunistas que nem sequer precisam
tratar do mesmo assunto da MP) e agiliza a aprovação de leis. É o
trabalho de uma espécie de despachante com mandato parlamentar. Em troca
desses favores, Cunha obtém apoio financeiro para suas campanhas e
também as de quem o apoia no Rio de Janeiro, seja do PMDB, seja de
legendas aliadas. Assim, cria uma bancada própria. Na política carioca
Cunha controla o PSC, partido que, durante a semana, anunciou
oficialmente o desembarque da aliança governista, e outras legendas
nanicas. Em Brasília, seu poder amplia-se como nunca.
Efeito dominó
Quando perdeu os cargos que controlava na diretoria internacional da
Petrobras e em Furnas, no primeiro ano do governo Dilma, Cunha lançou
ameaças públicas que não se concretizaram. Ele mesmo avaliou que as
baixas dos apadrinhados poderiam ser recompensadas mais adiante, uma vez
que vários setores do PMDB perderam indicações na primeira dança das
cadeiras. Mas, para sua irritação, isso acabou não acontecendo. Com o
aval do ex-presidente Lula e de Rui Falcão, presidente do PT, Dilma
bloqueou dinheiro de emendas e impediu a aprovação de dispositivos
legislativos que atendessem aos interesses do deputado carioca. No
embalo, os articuladores políticos do governo, tendo o chefe da Casa
Civil, Aloizio Mercadante, à frente, também deixaram de atender a muitos
pleitos de outros aliados, evitando reuniões e audiências solicitadas
reiteradamente pelas legendas da base. Dessa forma, criou-se uma legião
de insatisfeitos. “Por várias vezes a ministra Ideli Salvatti (de
Relações Institucionais) reunia os líderes para dizer que não haveria
acordo. Ora, então para que convocá-los?!”, lembra um deputado do PMDB.
Depois da confusão armada na semana passada, Rui Falcão comentava com
interlocutores que ia propor à presidenta a troca de toda a articulação
política do governo. A ideia é buscar uma saída honrosa para Ideli, que
poderá se lançar candidata a deputada federal. Também para tentar jogar
água na fervura da crise, na quinta-feira 13 a presidenta Dilma
antecipou o anúncio de seis ministros. Após conversar com o
vice-presidente Michel Temer, indicou Vinícius Nobre Lages, ligado ao
senador Renan Calheiros, para o Ministério do Turismo; Gilberto Occhi,
do PP, para as Cidades; o petista Miguel Rossetto para o Desenvolvimento
Agrário; Neri Geller, da cota do PMDB, para a Agricultura; Clélio Diniz
(PT) para a Ciência e Tecnologia; e Eduardo Lopes, do PRB, para a
Pesca.
ARMISTÍCIO
No PMDB do Senado, o clima por ora é de paz com o governo,
depois das novas nomeações. Resta saber até quando
As mudanças podem servir de atenuante, mas não é certo que resolverão
de vez os problemas, pois eles ultrapassam as fronteiras do Congresso.
Uma das raízes da querela com o PMDB é a falta de acordo para a montagem
dos palanques regionais. Desde o domingo 9, a presidenta Dilma iniciou
gestões para reverter essa situação. Primeiro reuniu-se com o vice,
Michel Temer, a quem expressou a vontade de chegar a um acordo. Na
segunda-feira 10, recebeu os demais caciques da legenda, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (AL), e os líderes no Senado, Eduardo Braga
(AM) e Eunício Oliveira (CE). Também participaram do encontro Temer e o
ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Mais tarde, juntaram-se ao
grupo o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), e o presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Nas conversas, Dilma sinalizou
apoio do PT a candidatos do PMDB em seis Estados: Maranhão, Pará,
Sergipe, Alagoas, Tocantins e Paraíba. Avisou, porém, que o cenário no
Rio de Janeiro é inegociável e que entregaria o sexto ministério à
legenda, caso Eunício Oliveira desistisse de lançar-se candidato ao
governo do Ceará contra os irmãos Cid e Ciro Gomes, fechados com o PT e o
Palácio.
O problema é que as promessas eleitorais não chegaram a entusiasmar o
PMDB. Para piorar, depois da reunião com os líderes, quando tentou
isolar Eduardo Cunha, a presidenta declarou, no Chile, que “o PMDB só
lhe traz alegrias”. A afirmação foi tida como provocativa e ajudou Cunha
a reunir insatisfeitos. “Ela verá quantas alegrias o PMDB ainda lhe
trará”, disse o deputado em tom ameaçador. Não há ânimo para um
rompimento total, mas o clima de tensão não tem prazo para se dissipar.
Ao justificar uma ruptura com o governo, Eduardo Cunha diz que o PMDB
exige respeito. Relação desgastada
O fato é que o governo tanto resistiu a se curvar aos desejos de aliados
que quando o fez já era tarde. A dificuldade de relacionamento entre
Legislativo e Executivo vinha se evidenciando ao longo dos últimos
meses, mas atingiu seu ponto mais crítico no início deste ano, com o
anúncio de que dos mais de R$ 19 bilhões prometidos para emendas
parlamentares sobrarão pouco mais de R$ 6 bilhões. Os cortes atingem a
alma da política eleitoral, pois as emendas são o cartão de visita de
quem tem mandato. Ao tesourar as emendas, Dilma comprou uma briga com
todos os partidos. Eduardo Cunha soube enxergar esse flanco e passou a
trabalhar nos bastidores para ampliar o coro dos descontentes.
Dilma sinalizou apoio do PT a candidatos do PMDB em
seis estados: Maranhão, Pará, Sergipe, Alagoas, Tocantins
e Paraíba. Mas as promessas não entusiasmaram
Para piorar, a tentativa do governo de se aproximar do PMDB do
Senado, aquele que não age sob a orientação de Eduardo Cunha, fracassou.
Foram dois os principais motivos. O primeiro é que os senadores,
orientados por Temer, não toparam isolar a bancada da Câmara e ignorar o
descontentamento generalizado dentro do partido. Além disso, os
senadores demonstram insatisfação com o governo desde outubro, quando
Dilma vetou, sem se preocupar com afagos, a indicação do senador Vital
do Rego (PMDB-PB) para comandar o Ministério da Integração Nacional. A
pasta é desejada por senadores do Nordeste pelo forte apelo político e
por concentrar obras grandiosas e eleitoreiras, como o Canal do Sertão e
a distribuição de recursos para obras emergenciais.
DENÚNCIA
Entre os convocados para prestar explicações na Câmara está o ministro
do Trabalho, Manoel Dias, acusado de favorecer uma indústria de sindicatos no órgão
Como não conseguiu isolar o PMDB da Câmara, cujo porta-voz do
descontentamento é Eduardo Cunha, o governo se enfraqueceu ainda mais.
Com o aval dos colegas para seguir empatando a vida do governo no
Congresso, Cunha se aproximou de integrantes de outros partidos
dispostos a mandar recados de insatisfação ao Planalto. O blocão
multipartidário que ele criou para reunir e ampliar o coro dos
descontentes mostrou sua força ao longo da semana e, quem diria,
transformou a oposição ao governo em coadjuvante nos ataques à atuação
dos ministros. “Se os próprios aliados estão querendo convocar todo
mundo do governo, nos poupa trabalho. Estamos assistindo a uma implosão e
ao movimento de independência dos parlamentares. Até aliados dizem que
há corrupção em ministérios”, disse o líder do DEM, Mendonça Filho (PE),
ao perceber que todos os requerimentos da oposição recebiam apoio de
partidos da base. Cientes da existência de um artefato com potencial para explodir às
vésperas das eleições, os oposicionistas comemoraram a convocação de
quatro ministros e o envio de convites a outros seis, que terão de
enfrentar a fúria dos insatisfeitos com o governo em sessões especiais
de diferentes comissões da Casa. Na avaliação de parlamentares do
próprio PT, é hora de promover uma mudança de cultura. “Acho que
precisamos rever os erros e procurar saídas”, teoriza o líder do
governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), desgastado com o Planalto e prestes a
jogar a toalha da liderança do governo Dilma na Câmara. Não se sabe ao
certo como e quando a crise política terá um desfecho. No ano eleitoral,
ainda há cartas a serem baixadas em tempos de House of Cunha. Fotos: montagem
sobre fotos: Roberto Castro/AG. ISTOÉ; Pedro Ladeira/Folhapress, Beto
Barata/Folhapress, Sergio Lima/Folhapress; Givaldo Barbosa/ag. O Globo
Mau humor, desânimo e falta de memória são sintomas comuns a ambos.
Do G1, em São Paulo
Você fica irritado, desanimado e tem sinais de falta de memória? Esses
sintomas indicam que há algo errado com o corpo, mas como eles são
comuns a vários problemas, pode ser difícil identificar o que é.
Geralmente, esses sinais são comuns, por exemplo, em pacientes que têm
distúrbios do sono ou depressão. Como explicou o ginecologista José Bento
no Bem Estar desta sexta-feira (14), esses problemas são mais comuns
nas mulheres, por causa do estresse e jornada dupla de trabalho e também
por causa das variações hormonais, inclusive na menopausa.
A neurologista Andrea Bacelar alerta, no entanto, que é fundamental
fazer um diagnóstico correto para que o paciente inicie o tratamento
adequado. Para isso, é importante procurar um médico e explicar as
queixas – segundo a médica, cerca de 30% dos adultos, por exemplo, têm
apneia do sono, mas nem todos buscam ajuda.
A falta do tratamento pode piorar até mesmo a depressão, se o paciente
tiver - mesmo que ele cure a depressão, se não tratar o problema do
sono, há três vezes mais chances de a doença voltar.
O mesmo pode acontecer do outro lado – quem tem depressão tem 70% mais
chances de perder o sono. Por isso, é importante prestar atenção aos
sinais que o corpo dá, que podem ajudar muito a detectar o problema
exato.
De acordo com a médica, quem tem algum distúrbio do sono geralmente
tem, além dos sintomas descritos inicialmente, indisposição física,
indecisão, falta de energia e cansaço ao longo do dia. Já quem tem
depressão pode ter associados sinais como desinteresse, isolamento
social, choro fácil e pessimismo.
Apesar das diferenças, não é fácil detectar esses problemas – para o
aposentado Lazaro Gilberto Guimarães, de 62 anos, por exemplo, o cansaço
e irritação no meio do dia foram causados por um distúrbio bastante
comum em homens obesos e com mais de 40 anos: a apneia do sono.
Por causa disso, ele acordava várias vezes durante a noite e passava o
dia cansado e desanimado. Porém, após o diagnóstico, ele iniciou um
tratamento no Instituto do Sono e passou a dormir embalado por um
aparelho que auxilia a entrada de ar pelo nariz durante a noite, como
explicou a reportagem da Natália Ariede (veja no vídeo acima).
Já para o Floriano Rodrigues Marinho, de 47 anos, a história foi
contrária – o cansaço, a insônia e o afastamento do trabalho por causa
de um acidente começaram a desanimá-lo e o alívio só veio quando ele
descobriu que o principal problema não era a falta de sono, mas sim a
depressão.
Depois do diagnóstico, ele passou a tomar remédios, a dormir melhor e a ter mais energia, como mostrou a reportagem (confira no vídeo).
Bope ocupa Conjunto de Favelas do Alemão e da Penha, no Rio
Ação é permanente e por período indeterminado, diz comandante-geral. Coronel Frederico Caldas disse que 20 pontos dos complexos terão PMs.
Do G1 Rio
Agentes
da Polícia Militar do Rio de Janeiro passam por treinamento com o Bope
para aperfeiçoar o trabalho no Conjunto de Favelas do Alemão (Foto:
Guito Moreto/Agência O Globo)
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) ocupou os Conjuntos de Favelas
do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, no início da tarde deste
sábado (15), e não tem data para sair das comunidades. A ação acontece
após os ataques de criminosos às regiões, embora ambas já tivessem
instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) há anos.
Vinte pontos críticos dos dois complexos estão ocupados por policiais
de UPPs, segundo a Polícia Militar. Na sexta, o comandante-geral da PM
antecipou a chegada e disse que a tropa de elite vai ficar nos locais
até "quando for necessário". Um dia depois, o coordenador das UPPs,
coronel Frederico Caldas, deu mais detalhes da operação.
"Foi formado um cinturão de segurança nas duas comunidades", disse o
coronel, que acrescentou ainda que diariamente recebe informações sobre
ataques às UPPs. "A presença do Bope dá apoio operacional e psicológico.
Qualquer que seja o recurso que nós precisamos, todas as forças de
segurança darão uma resposta dura e imediata. É um momento de alteração
da escala de alguns policiais . É um momento de sacrifício",
acrescentou.
A previsão inicial era que o Batalhão de Operações Especiais (Bope)
entrasse no Alemão às 10h, mas a tropa de elite só chegou à comunidade
por volta de 12h10.
Ainda de acordo com Caldas, a presença do Bope será permanente na
região. Ele informou que recebeu R$ 50 mil do comando da PM pra
recuperar os carros da Polícia Militar. De acordo com ele, 300 policiais
de outras unidades de policia pacificadora vão reforçar, a partir da
tarde deste sábado, as áreas da Penha e do Alemão.
Bope chega ao Conjunto de Favelas do Alemão,
no Rio (Foto: Reprodução / TV Globo)
Bope ficará 24h no Alemão', diz coronel da PM
O comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,
coronel José Luís Castro Menezes, disse nesta sexta-feira (14), em
entrevista ao RJTV, que o Bope ficará no Alemão por período
indeterminado. A operação se estende ao Conjunto de Favelas da Penha,
que também teve ataques de traficantes à UPP, e onde o subcomandante da
Unidade de Polícia Pacificadora da Vila Cruzeiro, Leidson Acácio, foi
morto na quinta-feira (13) por criminosos.
"Nos reunimos hoje [sexta, 14] e decidimos, a partir de amanhã [sábado,
15], deslocar uma companhia de instrução do Batalhão de Operações
Especiais para o Alemão, reforçar o efetivo com mais 100 policiais
militares que vão passar diariamente por estes treinamentos com o Bope,
aperfeiçoando seu treinamento."
Frederico Caldas falou com a imprensa em frente à
sede da Coordenadoria de Polícia Pacificadora no
Alemão. (Foto: Mariucha Machado / G1)
Treinamento
Caldas informou também que policiais mais experientes e com mais tempo
na corporação foram os escolhidos para serem treinados pela equipe do
Bope. "A tropa de intervenção será preparada para intervir em casos de
situações extremas. Eles terão uma qualificação maior, mas a ideia é que
eles não sejam uma tropa especial. Os policias de pacificação não
perderão sua concepção", garantiu Caldas.
"O treinamento dos 100 policiais pelo Bope é para dar uma capacidade de
reação maior, um reflexo maior durante o patrulhamento nas comunidades.
Na medida que o processo de pacificação vai avançando, há um prejuízo
para o tráfico, há uma perda de poder. A gente persiste nestes desafios,
mas esses ataques é uma reação a perda nos negócios", afirmou. Falha na formação
O coronel declarou ainda que não é possível afirmar se houve falha na
formação dos policiais. "Não da para dizer que houve falha na formação
dos policiais e por isso esses policiais morreram. Nós estamos vivendo
um momento diferente". A companhia de instrução do Bope será instalada
no Alemão neste sábado.
Subcomandante da UPP Vila Cruzeiro foi morto na
quinta-feira (13) (Foto: Reprodução/TV Globo)
Menezes pediu à população que aposte no trabalho da polícia militar e
faça denúncias sobre o crime organizado. "O risco [que corremos] é pela
sociedade. É importante que [as pessoas] confiem no nosso trabalho,
fornecendo informações e ligando para o disque-denúncia", afirmou.
A permanência do Bope no Alemão foi confirmada também pelo secretário
de segurança pública, José Mariano Beltrame, em cerimônia de formatura
de novos soldados da polícia militar. De acordo com Beltrame, os
policiais ficarão no local por 24h até que seja necessário.
Na ocasião, ele disse também que alguns dos ataques às UPPs foram
ordenados de dentro de presídios. No entanto, descartou que a morte do
subcomandante da UPP DA Vila Cruzeiro tenha partido de dentro de alguma
cadeia.
"Nós estamos levando a Companhia de Instrução do Bope para o Alemão e
uma série de operações em lugares que têm ligação direta e indireta com o
Complexo do alemão e [Vila] Cruzeiro", afirmou.
O comandante geral das Unidades de Polícia Pacificadora, Coronel
Frederico Caldas, afirmou que o Conjunto de Favelas do Alemão, no
Subúrbio, e a Rocinha, na Zona Sul, receberão reforço no policiamento.
Ele revelou que a polícia vai realizar operações na comunidade.
"Teremos reforço de 100 policiais no Alemão e 20 na Rocinha. Vamos
antecipar essas medidas para amanhã. Serão treinados para fazer
intervenções nas áreas da UPP. Mesmo os cursos de ações táticas serão
feitas no Alemão. Serão desencadeadas várias operações previstas para
semana que vem, nós estávamos aguardando informações. As operações serão
desencadeadas com o apoio Bope e Choque. A resposta será extremamente
dura", disse o comandante. Segundo Caldas, a Rocinha também terá
operações. Subcomandante é morto na Vila Cruzeiro
A declaração foi dada no dia seguinte à morte do tenente Leidson Acácio
Alves Silva, subcomandante da UPP Vila Cruzeiro em um confronto com
traficantes. O policial e colegas faziam buscas na região pelos
responsáveis quando aconteceu a troca de tiros durante a qual Leidson
foi atingido com um tiro na testa.
Segundo a assessoria de imprensa das UPPs, o ataque aconteceu por volta
das 20h40 de quinta (13). Tiros foram disparados na direção do
container que serve como base da UPP Vila Cruzeiro na Rua José Rucas.
Ainda de acordo com a assessoria das unidades, os policiais fizeram
buscas na região e o patrulhamento foi intensificado em todo o Complexo
da Penha à procura dos criminosos. Por volta das 22h40, policiais da UPP
Vila Cruzeiro patrulhavam a Rua 10, divisa entre as comunidades do
Parque Proletário e Vila Cruzeiro, quando tiros foram disparados na
direção dos agentes.
Os militares revidaram e durante o confronto o subcomandante da
unidade, o tenente Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos, foi atingido
por um disparo na cabeça. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital
Getúlio Vargas e não resistiu ao ferimento. O Batalhão de Operações
Especiais (BOPE) foi acionado e esteve na comunidade fazendo ações de
varredura durante toda a madrugada. O tenente Acácio estava na
corporação há pouco mais de 3 anos e estava na UPP Vila Cruzeiro há
cerca de 3 meses.