8.06.2009

Como agem as drogas. Efeitos sobre o SNC.



Como agem as drogas. Efeitos sobre o SNC.

Nós temos nos referido ao Circuito de Recompensa como o local ativador das sensações de prazer e, ao mesmo tempo, o alvo de ação das drogas. Seria válida a conclusão de que a motivação para o uso de drogas seria a busca do prazer, mesmo que espúrio, mas um prazer. Recentemente essa idéia tem sido contestada através de estudos com um tipo de tomografia computadorizada com marcadores nucleares chamada PET, e que fornece dados sobre a atividade funcional de áreas, no nosso caso, cerebrais.
Em Julho de 2007 a Dra. Nora Volkow, diretora do NIDA, proferiu uma palestra no Encontro Anual da APA (Associação Psiquiátrica Americana), dando conta de que o neurotransmissor dopamina constitui o elo comum entre todas as Dependências químicas, tornando-se hiperativa por ação das drogas. Nesse caso, a elevação pode chegar chegar a níveis suprafisiológicos, danificando e destruindo neurônios. A dopamina é o principal neurotransmissor do Sistema Límbico onde se localiza o Sistema de Recompensa, mas ela sinaliza também, além dos estímulos prazerosos, como os alimentos, sexo e dinheiro, os estímulos aversivos, como a percepção do perigo e o medo, e então a dopamina é a sinalizadora do ambiente para a pessoa, fazendo-a atentar para as ocorrências mais significativas, e esta função cerebral localiza-se no cortex pré-frontal, onde os estudos pelo PET localizaram receptores de dopamina até então desconhecidos, responsabilizado-se esse neurotransmissor à regulação de atividades frontais como a motivação e funções executivas e outras, como veremos adiante, além das já conhecidas atividades não pré-frontais, como as de recompensa ou previsão de recompensa, aprendizado e memória de longo prazo. Mas a memória de curto prazo, chamada mais apropriadamente de memória operacional, é estabelecida pelo cortex pré-frontal, e as suas variadas modalidades estarão comprometidas, tanto pelos efeitos agudos como pelos efeitos crônicos das dependências químicas, prejudicando principalmente o comportamento do dependente relacionado à suas funções executivas, no que se referem ao engajamento (capacidade de engajamento) em comportamento orientado a objetivos, realizando ações voluntárias e auto-organizadas.
Disse a Dra. Nora que os níveis de dopamina, muito elevados pela ação das drogas, prejudicam, ou mesmo destroem as seguintes áreas cerebrais: o Giro Anterior Cingulado, que governa a atenção e regula a impulsividade, o Cortex Pré-frontal Orbital, mediador da tarefa de avaliar o estímulo ambiental e o Cortex Pré-frontal Lateral Dorsal, que governa as funções executivas e decisórias.
O comprometimento dessas regiões cerebrais corresponde aos sintomas clínicos progressivos das Dependências Químicas, cada uma delas compensando outra, de tal forma que nos estágios iniciais da dependência, quando os danos causados pelo aumento da dopamina ainda são pequenos, o indivíduo ainda possue algum controle sobre as suas ações. Entretanto, com a continuidade do uso, todos esses sistemas acabam progressivamente por se destruir, de tal forma que em estágios mais avançados, o indivíduo não apresenta mais o poder de escolha, perdendo o seu livre arbítrio.
Enfim, disse a Dra. Nora Volkow: a pessoa não usa a droga porque ela lhe dá maior prazer, mas usa a droga porque a droga é suficientemente poderosa para ativar o seu sistema de recompensa que não está respondendo adequadamente aos estímulos naturais.

Além da ação sobre a dopamina, as drogas também agem por sua interferência na transmissão das mensagens por vários outros neurotransmissores. Elas podem estimular, deprimir ou perturbar o funcionamento dos neurônios, de modo que podemos agrupá-las segundo este critério:

Drogas que deprimem (Drogas sedativas). Álcool, benzodiazepínicos (ansiolíticos), opiácios e inalantes.
Drogas que estimulam: (Drogas estimulantes).Cocaína, anfetaminas e derivados, nicotina.
Drogas que perturbam: (Drogas que alteram a percepção e imagem). Maconha, alucinógenos de origem vegetal ou sintética.

Veremos a seguir os mecanismos de ação das principais drogas, os seus efeitos imediatos e as conseqüências decorrentes da continuidade do uso, sempre relacionadas ao sistema nervoso central.

1- Álcool.

O álcool difere da maioria das outras drogas psicoativas por não possuir receptores específicos. Ele inibe os receptores NMDA do glutamato, conseqüentemente reduzindo a sua ação excitadora. Ao mesmo tempo ele ativa os receptores GABAA os quais,abrindo os canais de cloro, diminuem o ritmo dos pulsos elétricos chamados potenciais de ação, deprimindo o funcionamento do neurônio e causando, desde um efeito sedativo, até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. O álcool também bloqueia a ação dos íons cálcio na liberação de neurotransmissores estimulantes. O seu efeito sedativo manifesta-se, inicialmente, por relaxamento e desinibição, diminuindo também a sensação de medo e punição.A sensação de euforia proporcionada pelo álcool provém da sua ação ativadora sobre os receptores dopamínicos existentes no nucleus accumbens. Essa ação já tinha sido evidenciada anteriormente em roedores, mas só recentemente pode ser provada com evidências no homem, com o advento de técnicas avançadas (Boileau). Age também sobre os receptores dopamínicos pré-frontais alterando, a curto e longo prazo, as seguintes funções dessa região cerebral:
a) Formação de conceitos (abstração)
b) Fluência verbal (flexibilidade mental)
c) Programação motora (relacionada ao comportamento)
d) Sucetibilidade à interferência (tendência à distração)
e) Controle inibitório (auto-crítica, inibição de impulsos, comportamento apropriado às situações)
f) Funções executivas (iniciar ações, planejamento, resolução de problemas, antecipação de conseqüências, mudança de estratégias)
g) Memória operacional (memória de curto prazo, arquivamento temporário de informações para o desempenho de várias tarefas)
h) Autonomia (livre-arbítrio, independência de suporte alheio)

O uso abusivo de álcool também pode reduzir os níveis de serotonina no SNC, e esta redução tem dado margem a numerosos trabalhos relacionados às depressões clínicas e também a atos de violência ocasionalmente verificados sob seu efeito.
Com a continuidade do uso começarão a surgir mudanças na emotividade e personalidade do alcoolista, tanto quanto prejuízos na percepção, aprendizado e memória. O alcoólico terá necessidade de uma observação visual mais prolongada para a compreensão do que se passa ao seu derredor, tendo também diminuída a sua capacidade de percepção espacial, isto é, da sua própria dimensão no espaço que ocupa, esbarrando com freqüência em objetos ou outras pessoas. Tem dificuldade de abstração e resolução de problemas. O estado de dependência leva a uma desmotivação para atividades relacionadas ao sexo que, somada a alterações hormonais e nervosas, afeta de forma importante o relacionamento sexual, tanto nos homens quanto nas mulheres. Essa é provavelmente uma das causas do ciúme patológico. O alcoólico sente que o seu desempenho sexual fica aquém do desejável pela sua parceira, considerando-a vulnerável a uma infidelidade ocasional.
Um alcoólico também pode apresentar um episódio de alucinações, principalmente auditivas, como o badalar de sinos, alguns ruídos familiares, vozes, etc., que cedem com pouco tempo de abstinência. Chamam-se alucinoses alcoólicas, e servem de alerta para problemas ainda mais graves que possam acontecer, se o hábito não for cortado a tempo. A causa mais freqüente dos problemas com a marcha, entre alcoólicos, reside no sistema nervoso periférico, quando os nervos distais são atingidos pela polineurite alcoólica, mas o cerebelo, o órgão central da coordenação motora, quando afetado pelo uso continuado de álcool, também produz os mesmos problemas, e se estes ocorrerem junto a surtos de pequenos movimentos repetitivos dos olhos (nistagmos) e alguma confusão mental, já estará indicando uma encefalopatia de Wernick, doença que pode ser resolvida com a abstinência, mas se o uso do álcool não for interrompido, o alcoólico será atingido pela psicose de Korsakoff, uma devastadora doença psiquiátrica irreversivel, onde a pessoa esquece as coisas corriqueiras da sua vida diária assim que elas acontecem, reduzindo drasticamente os limites do seu campo de ação. Enquanto a memória remota ainda estiver preservada, as pessoas vivem literalmente do passado.
Essas doenças têm a haver com a deficiência de tiamina, ou vitamina B1, cujo metabolismo é prejudicado pelo álcool. Assim, o alcoólico pode até comer bem e apresentar essa deficiência vitamínica, numa verdadeira fome oculta. Quando a engrenagem da dependência está ativada num alcoólico, ele procura um meio de abastecer-se freqüentemente para não sofrer os sintomas de abstinência, entre os quais destacamos:
Tremores: constituem um flagelo para os alcoólicos porque, além de denunciá-los flagrantemente da sua condição, limitam o uso das suas mãos, às vezes até mesmo para segurar o copo da bebida que lhe quebrará o jejum, aliviando também os outros sinais de abstinência. Não só as mãos tremem, pode tremer o corpo todo.
Náuseas: estas se apresentam logo ao despertar e impedem uma higiene bucal conveniente. Talvez o alcoolista não chegue a vomitar porque aprende contornar certas situações perigosas, como um desjejum adequado, isto é, muito reduzido ou ausente.
Sudorese: a transpiração excessiva dá ao alcoolista uma sensação de pele úmida, como se diz, um "suor frio", que vai melhorando na medida em que ele vai entrando na sua rotina habitual.
Irritabilidade: em sua residência, o alcoolista pode demonstrar-se irritado com seus familiares ou simplesmente com o ambiente doméstico. Um leve toque de campainha será suficiente para abalá-lo.Em um grau mais acentuado de dependência a sua perturbação de humor poderá atingir patamares mais elevados, apresentando transtorno de ansiedade e depressão.
Na esfera psíquica esses sintomas contribuem de forma muito significativa para aumentar o consumo de álcool.
Convulsões: o limiar para convulsões fica rebaixado nos casos de uso abusivo tanto de álcool como de cocaina, tornando os seus usuários vulneráveis a episódios convulsivos, principalmente nos períodos de abstinência ou de diminuição dos níveis orgânicos de álcool ou da freqüência do uso da substância.
Delirium tremens: é um quadro grave que pode assumir aspectos dramáticos, afetando os bebedores com longa história de uso que por qualquer motivo interrompam ou diminuam significativamente a ingestão de álcool.
O DT costuma acometer os alcoolistas após uns poucos dias (média de 3 a 6 dias) de abstinência. Ele se manifesta por rebaixamento da consciência, confusão mental, alucinações principalmente sensoriais como a visão, e mesmo a sensação de contato com aranhas ou outros animais (sempre miniaturizados), tremores, transpiração e muitas vezes, febre.
Essa sintomatologia leva o paciente a uma desorientação no tempo e no espaço. É comum uma interação do paciente com a sua alucinação, conferindo-lhe uma sensação de pavor que aumenta ainda mais os seus tremores.
O paciente precisa ser contido na cama para evitar que se debata ou saia correndo, transtornado pelas suas alucinações.

2-Benzodiazepínicos.

Os benzodiazepínicos (medicamentos ansiolíticos) possuem local próprio nos receptores GABAA onde agem e produzem um efeito sedativo. O álcool aproveita estes mesmos receptores benzodiazepínicos do GABA, por não dispor de receptores próprios. Esta condição de similaridade faz com que os benzodiazepínicos sejam usados para minorar o sofrimento da abstinência quando se interrompe o hábito de beber. Os vários benzodiazepínicos existentes no comércio são classificados quanto ao seu tempo de ação em longo, médio e curto prazo. Os benzodiazepínicos de curto prazo possuem uma ação sobre a estrutura do sono e são comercializados como medicamentos hipnóticos ou soníferos, sendo freqüente o seu uso por alcoolistas, cujo sono é prejudicado pela ação inibidora do álcool sobre a serotonina.
A ação dos benzodiazepínicos sobre o sono se faz pelo reforço nos estágios chamados REM, que correspondem aos períodos de sonhos, mas reduzem os estágios não REM, sem sonhos, que são justamente os estágios restauradores dos neurônios em suas atividades. Esta ação parece contribuir para um prejuízo na memória, já afetada pela ação do benzodiazepínico sobre o hipocampo.
Esses sedativos bloqueiam a entrada dos inibidores do nucleus accumbens, aumentando a liberação de dopamina e promovendo uma sensação de euforia. Os benzodiazepínicos reforçam a ação depressora do álcool, constituindo uma associação merecedora de maior atenção por suas conseqüências clínicas e comportamentais.
A dependência aos benzodiazepínicos processa-se por períodos variados de tempo de uso, podendo ser muito rápida, por ex. sete dias, como num caso apresentado, até cerca de um ano, mas de modo geral nós podemos situar o seu início entre dois ou três meses de tratamento findos os quais, já se deve pensar seriamente na sua interrupção.
Além da dependência, o seu uso abusivo pode ocasionar problemas como o da memória, já referido, problemas psicomotores, problemas quanto ao tempo de reação aos estímulos, velocidade e processamento de informações, estado de vigilância e muitos outros, comuns às outras drogas depressivas do SNC.
3-Opiácios.

Ópio, morfina, semi-sintéticos (heroína, Dolantina). Produzem uma sensação oceânica de prazer e bem-estar, além de ter um poderoso efeito analgésico.
Os seus efeitos resultam da interação da substância com os receptores opiácios que existem em várias áreas do SNC, incluindo a área tegmentar ventral, no Circuito de Recompensa. O organismo sintetiza os seus próprios opiácios, como as encefalinas e as endorfinas.
Os neurotransmissores podem ter mensageiros intermediários para o desempenho das suas funções, e os opiácios interferem no desempenho de alguns desses mensageiros. Assim como o álcool, eles limitam bastante a entrada de cálcio nos neurônios, impedindo uma transmissão satisfatória de sinais pelos neurotransmissores.
Os opiácios possuem elevado poder de dependência, com dois ou três meses de uso. A tolerância desenvolvida pode alcançar níveis de até cinqüenta ou cem vezes a dosagem inicial do uso.
O uso continuado torna o seu usuário passivo e apático, até mesmo letárgico, com seus membros pesados, de difícil movimentação.

4-Inalantes.

Agentes anestésicos, lança-perfumes, solventes, cola de sapateiro, combustíveis e outras substâncias voláteis de uso industrial. Ativam os receptores GABAA e desativam os receptores NMDA do glutamato, donde o seu efeito depressor. Possuem efeitos indiretos que ativam a dopamina.
Produzem inicialmente euforia com rebaixamento das inibições, seguindo-se de excitação e perda da coordenação motora, desorientação, visão turva com alterações na percepção de cores, distorção no sentido de tempo-espaço, vertigens, enjôos, inquietação, apagamentos.
Os inalantes possuem potencial de dependência, gerando tolerância e sofrimentos de abstinência.


5-Cocaina.

É a droga de sustento para o tráfico ilícito, em virtude do grande número de consumidores e da avidez com que estes buscam a droga. O cloreto de cocaina é um pó branco ("farinha"), usado por aspiração nasal. Ele também pode ser diluído em água e injetado na veia. Quando a cocaina é tratada por reativos alcalinos ela se empedra produzindo o cracke, que é fumado. A cocaina possui um elevado poder de dependência porque disponibiliza diretamente a dopamina na fenda sinática por impedir o retorno desse neurotransmissor à sua célula de origem. Após o neurotransmissor ter cumprido a sua missão junto ao receptor do neurônio pós-sinático e, impedido de retornar à sua célula mãe, ele fica na fenda repetindo a neurotransmissão, dando ao usuário o efeito imediato da droga. Nós dizemos que a cocaina impede a recaptação da dopamina. A recaptação é um mecanismo extremamente importante para o funcionamento equilibrado do SNC, porque o neurotransmissor tem que ser reciclado a cada uso para reagir eficientemente a novas exigências.
Para agravar mais ainda os malefícios produzidos pela cocaina, esta droga ainda impede, da mesma forma, as recaptações de mais outros dois neurotransmissores: a noradrenalina e a serotonina.
Em virtude dessa ação farmacológica a cocaina produz as sensações psicológicas de magnificência, euforia, prazer e excitação sexual.
Quando usada de forma intermitente e em doses altas, como por exemplo, em noitadas de "agito" ela pode sensibilizar os neurônios, ocasionando irritabilidade com agressividade, inquietação e paranóia. A engrenagem da dependência, no uso continuado de cocaina, estabelece-se com a desativação de um número de receptores pós-sináticos da dopamina, estendendo-se a outros receptores, como os da noradrenalina e serotonina.
Essa adaptação traz sérias conseqüências para o funcionamento cerebral, como o surgimento de estados paranóicos que podem atingir níveis psicóticos bem como depressões graves que podem levar ao suicídio.
A ação da cocaina sobre vários neurotransmissores pode gerar conseqüências simultâneas em vários sistemas orgânicos, entre as quais destacamos a mais comum, a falta de apetite, e a mais grave, o derrame cerebral, ao lado de respiração ofegante, aumento da pressão e até aumento da temperatura.
6-Anfetaminas e derivados.

Estas drogas estimulantes do SNC são sintéticas e constituem o elemento básico dos medicamentos chamados "moderadores do apetite" mas, além do seu uso pelas pessoas que desejam perder peso, têm sido procuradas, com o nome de "bolinha" ou "rebite", por motoristas de caminhão, vigilantes noturnos, universitários, etc., por apresentar também efeitos como redução do sono e da fadiga, bem como aumento da capacidade de trabalho. A pessoa fala mais depressa, e como dizem, fica "ligada", com sentimentos de confiança e presunção. As anfetaminas estão relacionadas entre as substâncias de "doping" esportivo. Nos Estados Unidos encontra-se no mercado ilícito uma metanfetamina que chamam de "Ice", derivada da anfetamina, para ser usada em cachimbos.
O "Extase", atual droga da moda nas noitadas de "embalo", é outro derivado da anfetamina, chamado MDMA, que provoca euforia e um bem-estar intenso, juntamente a um desejo de intimidade, de conversar e de manter proximidade física (não sexual) com as pessoas. Pode elevar a pressão arterial e produzir hipertermia com muita transpiração e conseqüente desidratação.
As anfetaminas bloqueiam a recaptação da dopamina proporcionando, como a cocaina, um aumento da concentração desses neurotransmissor na fenda sinática. Uma dosagem maior pode levar ao bloqueio dos receptores, produzindo distúrbios da locomoção.
Também ativam os receptores da serotonina aumentando a sua liberação, da mesma forma em que fazem aumentar a liberação de noradrenalina, causadora da sintomatologia clínica referida.
Com o uso continuado, as anfetaminas podem causar problemas com a locomoção, visão turva e movimentos involuntários com os olhos (nistagmo), inapetência, náuseas, insônia, mudanças de humor, irritabilidade e alucinações. Nesse estágio atua como um alucinógeno, produzindo ataques de pânico, psicose tóxica, episódios paranóicos e depressão pós-anfetamínica. As dificuldades sexuais agravam os estados paranóicos e as depressões.

7-Nicotina.

A nicotina é uma substância constituinte do tabaco e que lhe confere o poder de estabelecer dependência, estado pelo qual denominamos tabagismo. A nicotina é, portanto uma droga, muito embora o FDA, Food and Drug Administration, a organização americana que estabelece as regras para a sua comercialização, não o reconheça.
A nicotina possui receptores próprios junto aos receptores de acetilcolina, ativando estes neurotransmissores os quais, como já vimos, age no hipocampo estimulando funções cognitivas, entre as quais a memória, e também proporcionando um efeito de relaxamento muscular através da sua ação sobre o sistema neuromuscular.
A nicotina proporciona a liberação de noradrenalina no locus coeruleus, aumentando a vivacidade, diminuindo as reações ao estresse e melhorando a concentração.
A nicotina estimula os receptores de dopamina aumentando a atividade do Circuito de Recompensa, atividade essa que, por sua vez é reforçada pela liberação de opióides endógenos.
A nicotina também interfere na ação da enzima acetilcolinesterase que desnatura a acetilcolina após o seu uso, fazendo com que este neurotransmissor permaneça por mais tempo disponível na fenda sinática.
É muito poderosa a força da dependência à nicotina, tornando difícil a interrupção do uso. Até meados do século passado quase não se dispunha de trabalhos científicos evidenciando os enormes prejuízos à saúde causados pelo uso do fumo e então, valendo-se disso, a sua poderosa indústria já havia ativado uma propaganda muita bem elaborada, que atraiu milhões de pessoas ao seu uso.
Atualmente, a grande quantidade de evidências sobre a nocividade do uso do tabaco tem conseguido a necessária sensibilização política dos governos para combater aquilo que nós podemos qualificar de pandemia tabágica.

8-Maconha.

A maconha é uma erva usada como substância psicoativa perturbadora do SNC, geralmente de forma fumada.
O seu princípio ativo é o THC, tetrahidrocanabinol. O teor de THC depende da variedade da planta, forma de cultivo e preparação do produto, variando desde 0,5 a 2,0% até 60%, como é o caso do haxixe, preparado da resina de folhas e flores dessa erva. A produção ilícita da maconha (ou marijuana) tem se preocupado em apresentar variedades com maior concentração de substância ativa como o "skunk", que conta com até 22% de THC.
O início da ação e a duração dos seus efeitos dependem da concentração do seu princípio ativo e da forma de administração da droga (quando fumada o efeito é mais rápido mas menos duradouro do que na forma ingerida), sendo que esses efeitos podem ser muito relacionados com a disposição prévia do humor do usuário e do ambiente de uso.
Os efeitos de um "baseado" (cigarro de maconha) constituem-se de uma alteração da consciência, diminuição da atenção, estado sonhador com ideação livre e desconexa. Lentificação e dificuldades da coordenação motora, voz pastosa, sendo importante o sentido de lentificação do tempo e distorção do espaço, tornando a direção de veículos perigosa até 10 horas após o uso. Pode aparecer uma sensação de grande bem-estar, euforia e riso, acentuação na percepção de cores, mas também pode surgir depressão do estado de ânimo ("baixo", na gíria), despersonalização e desrealização.
Um cigarro com teor maior de THC pode levar a alucinações visuais coloridas. Pode aparecer medo e pânico, distorção da imagem corporal e sensação de peso nas extremidades.
Os canabinóides possuem receptores próprios (CB1) distribuídos pelo córtex cerebral (notadamente pré-frontal) e cerebelo, bem como no sistema límbico, sobretudo no hipocampo e nucleus accumbens, por onde liberam dopamina.
O seu uso habitual pode gerar afrouxamento das associações com fragmentação do pensamento e comprometimento da capacidade mental, alterações do pensamento abstrato, confusão, alterações da memória de fixação, isto é, na transferência de material da memória imediata para a memória de longo prazo. Prejuizo nas habilidades de falar corretamente, formar conceitos, concentração, atenção, lentificação e dificuldades da coordenação motora, ansiedade e depressão, oferecendo possibilidades para alterações da personalidade tais como passividade, ausência de objetivos, apatia, isolamento e falta de ambição e abrindo guardas para o uso de outras drogas.
A longa vida do THC no corpo humano (ocasionada por sua afinidade às gorduras onde se fixam) faz com que os usuários possam, de fato, permanecer cronicamente intoxicados e exibir prejuizos comportamentais e motivacionais, mesmo fora do período do uso ativo.
Trabalhos recentes correlacionam com evidência a precipitação de surtos esquizofrênicos (psicose canábica) em jovens predispostos.
Os usuários de maconha não costumam se aperceber que grande parte dos seus problemas foi gerada pela droga, e ainda mais, do quanto ela agravou os problemas já tidos.
Em virtude de comprometer fundamentalmente a memória e a atenção, acaba por comprometer a atividade intelectual, o aprendizado e as habilidades sociais.
A maconha leva à dependência, com os seus componentes – tolerância e sofrimentos de abstinência. Esta se apresenta com pouca intensidade, pela propriedade do THC de ligar-se bem às gorduras onde podem estocar-se por maior tempo como dissemos acima, mas mesmo assim ocorrem problemas com o sono, irritabilidade e agressividade. Há que diga, com certo alívio, que a maconha "só" causa dependência psíquica. Isso não faz sentido, pois o que importa é que ela dá ao usuário a mesma impulsividade para obtenção e uso como quaisquer das outras drogas que chamam de "pesadas".
9-Alucinógenos

Reunimos com esse título um grupo de substâncias que induzem a percepções irreais e que são muito diversificadas quanto às suas estruturas químicas, o seu modo de ação e quanto aos seus efeitos sobre o SNC.
Dividiremos os alucinógenos em dois grupos, quanto à sua origem vegetal ou sintética.

A) Alucinógenos vegetais:

Mescalina:
Substância extraída do cacto mexicano chamado "peiote", usada em práticas religiosas regionais no norte mexicano e sudoeste americano pela população nativa dos Navajos tendo, para tanto, o seu uso legalmente permitido. Fora dessa situação, o uso da mescalina foi difundido popularmente por Carlos Castañeda e Aldous Huxley, sendo produzida até sinteticamente com o nome de STP, uma droga que imita os seus efeitos, semelhantes aos do LSD.
A mescalina provoca alucinações auditivas e visuais oníricas com efeitos psicodélicos. Há uma excitação do SNC seguida de depressão.



Muscarina:


Extraída de cogumelos do gênero "aminita", muito difundidos por todo o mundo e conhecidos como "chapéu de anão"
A muscarina provoca inicialmente sono com certa desorientação, para depois aparecerem euforia, distorção da noção do tempo e alucinações.
A sua ação decorre da união aos receptores muscarínicos da acetilcolina que têm efeitos inibidores, mas essa ação se estende com a atuação sobre os receptores GABA.



Psilocibina ou psilocina:
É extraída de cogumelos do gênero "psilocybe", conhecidos como "cogumelos mágicos" comuns no México e sudoeste americano e América Central. É usado em práticas religiosas no México, sendo de uso recreativo nos Estados Unidos e em vários países da Europa. Um inquérito da Agência da União Européia que identifica as tendências das drogas na Europa, incluiu pela primeira vez o consumo de "cogumelos mágicos" em 2003. A estimativa de prevalência deste consumo entre estudantes de 15 e 16 anos é igual ou superior às de LSD ou outras drogas alucinogênicas na maioria dos países participantes.
As psilocybinas possuem estrutura química semelhante à do neurotransmissor serotonina e do LSD, com efeitos indistinguíveis desta droga.

Ayahuasca:


É um preparado composto pela casca da árvore do mesmo nome e de folhas de "chacruna", dois exemplares da flora amazônica.
É usada em cultos religiosos (Santo Dime) com permissão do Conselho Nacional Anti-Drogas (CONAD).
O seu efeito é resultante da mistura entre uma substância da casca da ayahuasca com outra substância das folhas da chacruna. Cada uma dessas substâncias isoladas, não tem ação, mas, estando as duas juntas, ocorre uma interação com o sistema da serotonina, produzindo um estado de emoção transcendente e alucinações psicodélicas.



B) Alucinógenos sintéticos.

LSD.

Dietilamida do ácido lisérgico. É uma droga sintética que faz efeito com doses minúsculas, fato que dá margem à sua comercialização dissimulada em cartões, selos etc. Pode ser servida até na forma de gotas.
A ação alucinogênica do LSD se faz principalmente pela sua atuação nos receptores pré-sináticos 5HT2, diminuindo a liberação de serotonina e aumentando, indiretamente, a liberação de dopamina, dando a sensação de euforia com conseqüente reforço psicológico.
Descreveremos a sua ação como protótipo de outros alucinógenos sintéticos.
As alterações sensoriais causadas por essas drogas variam desde simples aberrações da percepção até a degradação da personalidade. Os seus efeitos têm dado margem a interpretações fantasiosas dos seus experimentadores que, em geral os descrevem como viagens, de bom ou de mau curso.
Em meados do século passado o grande pensador americano Aldous Huxley, entusiasmado com os efeitos do LSD, e acreditando na possibilidade de aproveitá-los para promover uma ascese espiritual, chegou a constituir uma associação de experimentadores da droga. Essa associação, entretanto, logo se desvaneceu em virtude de terem surgido efeitos neurológicos negativos da droga em alguns dos seus membros.
Durante uma experiência o usuário pode permanecer calmo, lúcido e bem orientado, assim como pode apresentar ansiedade, desorientação e pânico, mas sempre estará consciente de que a irrealidade vivida corre por conta da droga. Têm sido relatados casos de violências relacionadas ao uso de LSD.
Um efeito retardado e indesejado do uso desses alucinógenos é o aparecimento de "flashbacks", que são súbitas e incontroláveis recorrências de distorções da percepção, posteriores ao uso, como as que se apresentaram nos seus efeitos imediatos.

10-Anticolinérgicos

As drogas anticolinérgicas encontram-se em algumas flores como o lírio, saia branca, trombeta ou trombeteira, e outras, e costumam ser usadas na forma de chás ou infusões. Essas plantas produzem duas substâncias psicoativas, a atropina e a escopulamina, que são responsáveis pelos seus efeitos, mas tais substâncias também podem ser sintetizadas, fazendo parte de alguns medicamentos usados contra o mal de Parkinson ( Artane ®, Akineton ®), também empregados para minorar efeitos colaterais de alguns anti-psicóticos, além de alguns colírios dilatadores de pupila e também medicamentos de uso em gastroenterologia.
As drogas anticolinérgicas atuam impedindo que o neurotransmissor acetilcolina passe a sua mensagem para o receptor do neurônio que deveria recebê-la (diz-se de uma ação antagonista), e por esse motivo produzem alterações que no Sistema Nervoso Central manifestam-se por: desorientação, incoerência, delírio, alucinações, agitação, comportamento violento, sonolência e até coma.
Temos observado casos de uso concomitante de anticolinérgicos sintéticos e álcool, com graves conseqüências de ordem psiquiátrica.
No Sistema Nervoso Periférico (corpo) ocorrem: elevação da temperatura, dilatação das pupilas, secura na boca, rubor facial, aceleração dos batimentos cardíacos, prisão de ventre e retenção urinária.
Nota: Antes da invenção de rouge cosmético era comum o uso de folhas ou pétalas das flores de beladona pelas mulheres, que as friccionavam na face para efeitos estéticos. A beladona faz parte daquelas plantas que possuem substâncias anticolinérgicas citadas acima e leva esse nome justamente por esse antigo costume feminino.
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Psychiatric News July 6, 2007 Vol 42 N 13 p16
15-Mihic S. PhD, Harris R. A. PhD - "GABA and the GABAA receptor"
Alcohol Health & Research World vol 21 No2 1.997
16-NIAA- Thenth special report in the United States Congresso on Alcohol and Health
"Alcohol, the Brain and Behavior"
Alcohol Health & Research World vol 24 No1 2.000
17-Organização Mundial de Saúde
"Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde" – CID-10
Distribuição pelo Centro Brasileiro de Classificação de Doenças e Ministério da Saúde.
18-Organizacion Mundial de la Salud – Comitê de Expertos en Higiene Mental
Serie de Informes Técnicos No 42
"Informe de la Primera Reunión del Subcomitê del Alcoholismo" 11-16 diciembre 1.950
Oficina Sanitária Panamericana – Washington DC- E.U.A.
19-Organizacion Mundial de la Salud – Comitê de Expertos em Higiene Mental
Serie de Informes Técnicos No 48
"Segundo Informe del Subcomitê del Alcoholismo – 15-20 octubre 1.951
Oficina Sanitária Panamericana – Washington DC- E.U.A.
20-Pawlak R, Melchior J, Mathis T, Skazpiec A, Strickland S.
"Ethanol – withdrawal seizures are controlled by tissue plasminogen activator via modulation of NR2B-
containing NMDA receptors.
Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 10.1073/pnas 0406454102 jan 2005
21-Penildon Silva - "Farmacologia" Sexta Edição
Guanabara Koogan 2.002
22-Radel M, Goldman D.
"Pharmacogenetics of alcohol reponse and alcoholism: the interplay of gener and enviromental factors in
thresholds for alcoholism"
Drug Metabolism and Disposition – US Gov vol 29 No4 Part 2 2.001
23-Riezl A, French E. - "Abused inhalants and central reward pathway"
Ann. N. Y. Acad. Sci, June 1, 965:281-91 2.002
24-Stewart, R.B. PhD, Ting-Kai Li, MD. - "The neurobiology of alcoholism in genetically selected rat models"
Alcohol Health & Research World, vol 21 no 2 - 1.997
25-Valenzuela C. PhD - "Alcohol and neurotransmitters in interactions"
Alcohol Health & Research World vol 21, No2, 1.997
26-Walters C, Kuo Y, Blendy J. - "Differential distribuition of CREB in the mesolimbic dopamine reward pathway"
J. Neurochem. Dec 1; 87(5):1.237-44 2.003

Cura do câncer!

> Um médico italiano descobriu algo simples que considera a causa do câncer. Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia. O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos - Candida albicans.
>
> Esse médico achou muito estranho que todos os tipo de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente. Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas metódicamente controlado sobre os tumores. Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas.
>
>
> Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento.
>
>
> Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui. Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas. Afinal, uma boa notícia em meio a tantas ruins.
>
>
> De novo, a pergunta que não quer calar: por que a grande imprensa não dá a menor cobertura a isso? Nem na TV, nem nas rádios, nem nos grandes jornais... Absolutamente nada. Quem os proíbe de noticiar? O médico teve que construir um site, para divulgar o seu trabalho de curar o câncer (ou, pelo menos, várias das suas formas), usando apenas solução de bicarbonato de sódio a 20%. Imaginem! Bicarbonato de sódio, coisa que a gente encontra até no boteco da esquina.
> Neste endereço, http://www.cancerfungus.com , o médico italiano mostra a evolução do tratamento até a completa cura em 4 casos. Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonado de sódio sobre os tumores. Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e barato.

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Examples of therapy with sodium bicarbonate solutions
The fundamental reason and the motives that suggest a therapy with sodium bicarbonate against tumours is that, although with the concurrence of a myriad of variable concausal factors – the development and the local and remote proliferation of these tumours has a cause that is exclusively fungin.
At the moment, against fungi there is no useful remedy other than, in my opinion, sodium bicarbonate. The anti-fungins that are currently on the market, in fact, do not have the ability to penetrate the masses (except perhaps early administrations of azoli or of amfotercin B delivered parenterally), since they are conceived to act only at a stratified level of epithelial type. They are therefore unable to affect myceliar aggregations set volumetrically and also masked by the connectival reaction that attempts to circumscribe them.

We have seen that fungi are also able to quickly mutate their genetic structure. That means that after an initial phase of sensitivity to fungicides, in a short time they are able to codify them and to metabolise them without being damaged by them – rather, paradoxically, they extract a benefit from their high toxicity on the organism.
This happens, for example, in the prostateinvasive carcinoma with congealed pelvis. For this affliction, there is a therapy with anti-fungins which at first is very effective at the symptomatological level but through time it consistently loses its effectiveness.

Sodium bicarbonate, instead, as it is extremely diffusible and without that structural complexity that fungi can easily codify, retains for a long time its ability to penetrate the masses. This is also and especially due to the speed at which it disintegrates them, which makes fungi’s adaptability impossible, thus it cannot defend itself. A therapy with bicarbonate should therefore be set up with strong dosage, continuously, and with pauseless cycles in a destruction work which should proceed from the beginning to the end without interruption for at least 7-8 days for the first cycle, keeping in mind that a mass of 2-3-4 centimetres begins to consistently regress from the third to the fourth day, and collapses from the fourth to the fifth.

Generally speaking, the maximum limit of the dosage that can be administered in a session gravitates around 500 cc of sodium bicarbonate at five per cent solution, with the possibility of increasing or decreasing the dosage by 20 per cent in function of the body mass of the individual to be treated and in the presence of multiple localisations upon which to apportion a greater quantity of salts.

We must underline that the dosages indicated, as they are harmless, are the very same that have already been utilised without any problem for more than 30 years in a myriad of other morbid situations such as:


Severe diabetic ketoacidosis
Cardio-respiratory reanimation
Pregnancy
Haemodialysis
Peritoneal dialysis
Pharmacological toxicosis
Hepatopathy
Vascular surgery
With the aim to reach the maximum effect, sodium bicarbonate should be administered directly on the neoplastic masses which are susceptible of regression only by destroying the fungal colonies.
This is possible by the selective arteriography (the visualisation through instrumentation of specific arteries) and by the positioning of the arterial port-a-cath (these devices are small basins used to join the catheter). These methods allow the positioning of a small catheter directly in the artery that nourishes the neoplastic mass, allowing the administration of high dosages of sodium bicarbonate in the deepest recesses of the organism.


With this method, it is possible to reach almost all organs; they can be treated and can benefit from a therapy with bicarbonate salts which is harmless, fast, and effective with only the exception of some bone areas such as vertebrae and ribs, where the scarce arterial irrigation does not allow sufficient dosage to reach the targets.
Selective arteriography therefore represents a very powerful weapon against fungi that can always be used against neoplasias, firstly because it is painless and leaves no after effects, secondly because the risks are very low.

Fonte:Dr. Simoncini natural cancer therapy treat cancer with Sodium Bicarbonate

8.05.2009

Frequência cardíaca máxima (FC max) 220 - Idade


Toda pessoa habituada a praticar algum tipo de atividade física, certamente já ouviu falar na fórmula 220 – idade. Muito usada para calcular a frequência cardíaca máxima (FC max) e depois estabelecer porcentagens a serem respeitadas para obter benefícios, seja melhorar a condição física ou emagrecer. Além disso, diversos exames físicos também a utilizam para realizar cálculos a respeito da porcentagem máxima de frequência cardíaca atingida nos testes.

A fisiologia do exercício utiliza a fórmula desde o final da década de 30 e ela é frequentemente citada em livros técnicos, revistas e outras publicações. Nunca, porém, explica-se o estudo original que chegou a esta equação.

Apesar de amplamente aceita, a fórmula em questão vem sendo questionada há mais de duas décadas por diversos fisiologistas, por apresentar uma margem de erro grande ao estimar a FCmax. Em geral, os estudos verificaram um erro que varia de 7 a 11 batimentos por minuto, para cima ou para baixo.

Uma leitura mais aprofundada sobre a história desta fórmula mostra que o cálculo não foi construído a partir de um estudo específico, mas através de observações baseadas em levantamentos e anotações científicas não publicados.

Um pesquisador chamado Karvonen teria sido o “inventor” da fórmula 220-idade, mas ele mesmo, ao ser contatado em 2000 por uma publicação científica, declarou que nunca havia concluído qualquer estudo a respeito. Indicou outro pesquisador que havia sido o mentor deste cálculo, doutor Astrand.

Este também foi procurado para prestar esclarecimentos e, da mesma forma, afirmou que não havia publicado nenhum dado que tivesse apresentado esta fórmula. Doutor Astrand comentou que em seus estudos, a fórmula 220-idade chegava a valores próximos de outras equações para a mesma finalidade. O erro destas, no entanto, também seria consideravelmente alto (+-10 batimentos por minuto).

Ou seja, devido à pouca clareza a respeito da origem desta fórmula, e sua precisão duvidosa, não deveríamos adotá-la como ponto de partida para determinar faixas de treinamento cardiorrespiratório.

Por Renato Dutra

A relação entre nível de atividade física, alimentação e o hábito de assistir TV.


Afinal, a maioria de nós adora assistir filmes, novelas, seriados, etc. As crianças ficam horas na frente da TV assistindo desenhos! E será que este é um hábito saudável? Sei que muita gente –especialistas em comportamento até – já discutiram esse tema, mas é uma preocupação que tenho. Principalmente por causa da minha filha Isabella, agora com 1,3 anos de idade. Noto que, toda vez que ligo o aparelho e seleciono programas infantis, ela senta e não se mexe mais. Como que absorvida por um único sentido, o da visão. Por um lado, muitas vezes, a minha sensação é de alívio, mas me pergunto se a TV em excesso não trará consequências negativas.

Uma revisão, feita em 2008, de diversos estudos americanos indicou que adultos que passam mais tempo assistindo TV, apresentaram maior risco de desenvolver sobrepeso. Uma possível explicação pode ser a diminuição do nível de atividade física e aumento da ingestão calórica. Outras pesquisas realizadas com crianças mostraram uma relação perigosa entre o tempo gasto em frente à TV, nível de atividade física e alimentação. Sim, quanto mais tempo as crianças passavam na frente da TV, maior era o consumo de alimentos e menor a quantidade de exercícios físicos.

Será que podemos extrapolar esta realidade para o Brasil?

Em um estudo realizado em 2003, com adolescentes da cidade de Niterói (RJ), os pesquisadores observaram que o sobrepeso ocorreu em indivíduos que assistem TV mais de 3 horas por dia. A partir disso, a incidência de sobrepeso aumenta proporcionalmente ao número de horas de TV. E os pesquisadores sugerem que sejam incluídos programas de atividade física em adolescentes para reduzir o tempo gasto assistindo TV.

E por que comemos mais ao assistir TV?

Ficar horas em frente à TV traz outro problema além do sedentarismo: a gula. Mais uma vez, estudos já comprovaram que a veiculação de propagandas sobre alimentos ao longo da programação influencia sim uma maior ingestão de calorias.

Diante de todas essas evidências, o que fazer? Não compartilho da opinião dos que satanizam a TV. Não acho que quem gosta deva privar-se desse prazer nem proibir suas crianças da diversão. Mais uma vez, como tudo que venho dizendo em relação às praticas esportivas, o tempo gasto diante da televisão é uma questão de bom senso. É preciso administrar o tempo livre com sabedoria, procurando deixar parte dele para praticar exercícios.

Por Renato Dutra

MACONHA ANABOLIZADA (Cannabis hidropônica cultivada em casa com poder alucinógeno quatro vezes maior, é a novidade do tráfico de drogas na Flórida)

ISTO É CRIME NOS EUA "Somente em junho, foram apreendidos em Miami 6 800 pés da Cannabisultrapotente em 120 laboratórios caseiros.


FORTE E CARA
Pés de maconha em estufa caseira: a 15 000 dólares o quilo, uma mina de ouro para os traficantes

As laranjas fizeram a fama da agricultura da Flórida, mas as plantações que têm chamado atenção nesse estado americano abrigam outro tipo de produto: a maconha hidropônica. Ela é cultivada em tonéis de terra encharcada de água, no interior de casas e apartamentos adaptados para funcionar como estufas, com condições ideais de iluminação e temperatura. Para acelerar seu crescimento e aumentar os níveis de THC, a substância ativa da droga, usa-se um coquetel de fertilizantes. O resultado é uma maconha com poder alucinógeno até quatro vezes maior que o daquela plantada de maneira convencional.
A nova variante da Cannabis se tornou uma mina de ouro para os traficantes da Flórida, já que alcança preços nas alturas – até 15.000 dólares o quilo. Apenas no mês de junho, a polícia de Miami apreendeu 6.828 pés de maconha hidropônica em 120 laboratórios de cultivo caseiro. No ano passado, foram desbaratadas 1 022 estufas clandestinas.

Muitas vezes a polícia tem dificuldade em prender os donos das plantações porque sua operação é entregue a imigrantes ilegais, que concordam em correr o risco de tocar o negócio em troca de alojar a família nos imóveis.
Sua principal tarefa é controlar complexos sistemas de luzes, condicionadores de ar e campos de irrigação que funcionam dia e noite a fim de manter o ambiente ideal para o cultivo da maconha ultrapotente. Para que o alto consumo de eletricidade dos imóveis que abrigam as plantações não chame a atenção da polícia, os traficantes instalam "gatos" que ligam a caixa de luz diretamente à rede elétrica, evitando os medidores. Uma das estratégias da polícia para rastrear as plantações é cooptar como informantes os eletricistas encarregados de fazer as instalações clandestinas.

Um relatório elaborado pelo Centro Europeu de Monitoramento de Drogas em 2004 mostra que os níveis de THC da variante hidropônica da maconha são no mínimo o dobro daqueles da planta convencional. A bióloga Eny Floh, da Universidade de São Paulo, explica o segredo de seu cultivo: "O metabolismo vegetal se altera de acordo com as condições de solo, luminosidade, nutrientes, irrigação e temperatura. Quanto mais intensa a fotossíntese, mais a Cannabis produz o alcaloide tetra-hidrocanabinol, o THC, substância psicoativa responsável pela sensação de euforia". No mundo do crime, drogas mais poderosas significam mais lucro para o tráfico.

Fonte Revista Veja

Angiotensina contra hipertensão é desenvolvido na UFMG


Medicamento contra hipertensão é desenvolvido na UFMG
O medicamento deverá reduzir os sintomas colaterais. Além de diminuir a pressão arterial, protege o coração do infarto do miocárdio, reduz a glicemia e tem efeitos protetores no rim também.

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais anunciaram nesta terça os avanços de um novo medicamento que está sendo testado contra a hipertensão. A expectativa é que ele traga uma ótima notícia na bula.

Foram 22 anos de pesquisa até se chegar a um pozinho branco: a Angiotensina. “Nos animais o pozinho aqui funcionou perfeitamente. Reduz a pressão arterial, protege o coração do infarto do miocárdio. Reduz a glicemia e tem efeitos protetores no rim também”, disse o pesquisador da UFMG, Robson Santos.

O medicamento é feito de uma proteína encontrada no próprio organismo. A substância induz a produção de um gás que dilata os vasos sanguíneos e impede que a pressão suba. Outro benefício seria o fim dos efeitos colaterais, muito comuns nos remédios usados hoje.

Os testes da substância em voluntários aqui em Belo Horizonte estão sendo feitos desde o começo do ano. E segundo os médicos os primeiros resultados são animadores. O próximo passo agora é testar o medicamento em pacientes de todo o Brasil.

A descoberta foi apresentada nesta terça, na capital mineira, em um congresso internacional. Laboratórios negociam a produção do medicamento que pode ser lançado em dois ou três anos.

A pressão alta atinge 30% da população brasileira adulta e é uma das principais causas de derrames e infartos. Há 28 anos dona Maria de Fátima toma cinco comprimidos por dia pra controlar a hipertensão. Ela está animada com a possibilidade de usar um só e sem efeitos colaterais.

Fonte:Jornal Nacional TV Globo
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Com recursos da nanotecnologia, pesquisadores mineiros
desenvolvem um remédio inovador contra a hipertensão –
mais eficaz e com menos efeitos colaterais

PIONEIRISMO EM NANOTECNOLOGIA
Pesquisadora da UFMG prepara placa para cultivar células humanas onde serão testados os efeitos do anti-hipertensivo em desenvolvimento


Uma das frentes mais promissoras nos estudos para o combate à pressão alta é de tecnologia 100% brasileira. Pesquisadores do Laboratório de Hipertensão do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nano-Biofarmacêutica (N-Biofar), da Universidade Federal de Minas Gerais, dedicam-se a criar um medicamento inédito contra o distúrbio – a principal causa de derrames e fator de risco para infartos, com 30 milhões de doentes no país. Com recursos da nanotecnologia, geneticistas, biólogos, químicos e físicos desenvolveram um remédio programado para agir em um dos mecanismos mais importantes no controle da pressão arterial, o circuito renina-angiotensina – uma cascata de reações químicas responsáveis pela contração e relaxamento das artérias. Nos hipertensos, tal sistema está fora de sintonia. O composto em experiência no laboratório mineiro tem por objetivo regular o processo da vasodilatação. O novo remédio já está sendo testado em seres humanos. Confirmado o sucesso obtido com ratos de laboratório, o medicamento deve chegar ao mercado em dois anos.

O impacto da nanotecnologia no desenvolvimento de remédios é enorme. Por trabalhar com partículas tão minúsculas quanto o bilionésimo do metro, esse ramo da ciência permite que se aumentem a segurança e a eficácia dos medicamentos. Foi nesse mundo invisível, em que as moléculas não podem ser vistas nem sob as lentes do microscópio, que os pesquisadores mineiros chegaram aos comprimidos de angiotensina 1-7, uma substância que ajuda a relaxar as paredes das artérias e que, em alguns hipertensos, não se apresenta em níveis adequados. Sob a coordenação do professor Robson Santos – que, enquanto fazia pós-doutorado na Cleveland Clinic Foundation, foi um dos descobridores da angiotensina 1-7 –, eles conseguiram encapsular a substância em um conjunto de moléculas de açúcar de proporções infinitesimais. Para se ter uma ideia, um grão de areia é 82.000 vezes maior do que esse transportador químico. Graças a essa proteção, o novo anti-hipertensivo consegue passar intacto pelo trato gastrointestinal (veja quadro abaixo). "Isso o torna mais eficaz", diz Santos. Desse modo, o medicamento tem potencial para se transformar num grande aliado dos cerca de 20% de hipertensos que têm o que se chama de hipertensão refratária, aquela que não se consegue controlar. O novo anti-hipertensivo também poderá ser uma alternativa mais cômoda para os outros hipertensos brasileiros que já controlam a hipertensão com remédios, mas ainda têm de enfrentar reações adversas que vão de tosse a inchaço nos pés e diarreia. Como o medicamento é feito a partir de uma substância produzida naturalmente pelo próprio organismo, a angiotensina 1-7, os especialistas acreditam que ele deva apresentar pouquíssimos efeitos colaterais – ou nenhum, a exemplo do que aconteceu com os ratos hipertensos usados nos experimentos pré-clínicos.

Nascido em 2000, da união de catorze laboratórios da Universidade Federal de Minas Gerais, nas áreas de física, química, biologia e genética, o N-Biofar se transformou em referência em inovações farmacêuticas a partir da nano e biotecnologia. No ano passado, o instituto conquistou um financiamento de 6 milhões de reais, do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a ser recebido em três anos. O novo orçamento é compatível com os distribuídos pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) aos centros de pesquisa americanos. É um salto e tanto para um grupo que, até então, trabalhava com
300 000 reais anuais.

O N-Biofar conta com dezessete pesquisadores em nível sênior, ou seja, doutores há mais de dez anos, todos com pós-doutorado no exterior. Colaboram com o instituto pesquisadores de onze centros dos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Canadá, Suíça e Áustria. Além de desenvolver remédios para hipertensão, o N-Biofar pesquisa medicamentos contra o câncer e outras doenças negligenciadas pela indústria farmacêutica, como a leishmaniose. Neste ano, o instituto abriu a primeira turma de mestrado em inovação biofarmacêutica, que, além de trabalhar na formulação de novos remédios, tem o objetivo de formar profissionais aptos a trabalhar com pesquisa pré-clínica (com animais). O N-Biofar é um modelo a ser copiado.

Fonte: Revista Veja

CHIMARRÃO E CHÁ-MATE REDUZEM COLESTEROL "RUIM"

01/08/2009
Níveis do LDL no sangue caíram até 13,1% 40 dias depois do início do estudo. Estudo feito na UFSC aponta que consumir regularmente 1 litro de bebidas feitas com erva-mate por dia também aumenta o colesterol "bom".
O consumo regular e diário de ao menos um litro de bebidas feitas à base de erva-mate (chimarrão ou chá-mate, por exemplo) é capaz de reduzir os níveis de colesterol "ruim" (LDL) e de aumentar a concentração de colesterol "bom" (HDL) no sangue, aponta estudo feito na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Durante dois anos, os pesquisadores acompanharam 102 pessoas, sendo que 15 tinham o colesterol normal, 57 tinham o colesterol alterado -mas não tomavam nenhum medicamento- e 30 pessoas tinham hipercolesterolemia e faziam tratamento com estatinas.
Considera-se colesterol normal níveis de LDL menores do que 100 mg/dl e níveis de HDL acima de 40 mg/dl (homens) e de 50 mg/dl (mulheres).
No decorrer do estudo, os voluntários tinham de tomar 330 ml de bebida feita com a erva três vezes ao dia. Os níveis de colesterol no sangue foram medidos três vezes um mês antes do início do estudo e foram reavaliados 20 e 40 dias depois.
Em todos os casos, houve redução dos níveis de LDL.
Segundo Edson Luiz da Silva, professor de bioquímica clínica da UFSC e orientador do estudo, entre aqueles que tinham o colesterol normal, a redução do LDL foi de 7,3% (ou 8,3 mg/dl) 40 dias depois. O HDL aumentou 3,9% (ou 2,6 mg/dl).
Nas pessoas com colesterol elevado, mas que não tomavam nenhum tipo de medicação, a redução do LDL foi de 8,6% em 40 dias (ou 13,7 mg/dl). Nesse período, o índice de HDL aumentou 4,4% (ou 2,1 mg/dl). Por fim, os pacientes com hipercolesterolemia e que faziam tratamento com estatinas apresentaram queda de 13,1% (ou 17,7 mg/dl) nos níveis do colesterol "ruim" depois de 40 dias. Os níveis de HDL aumentaram 6,2% (ou 2,8 mg/dl).
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que a cada 1 mg/dl do LDL (colesterol "ruim") que a pessoa reduz, o risco de doença cardiovascular também cai 1%. E cada vez que a pessoa aumenta 1 mg/dl o HDL (colesterol "bom"), ela reduz o risco das doenças em 3%.

MECANISMO DE AÇÃO - De acordo com Silva, os componentes antioxidantes da erva-mate ajudam a diminuir a absorção do colesterol da dieta no intestino e também auxiliariam na diminuição da produção de colesterol pelo fígado. Segundo o professor, o objetivo do estudo era comprovar que os componentes da erva-mate são importantes no controle do colesterol e, consequentemente, na redução de um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardíaca. "Conseguimos trazer evidências de que a erva-mate é protetora", diz. Outro fator que chamou a atenção de Silva foi o benefício extra que a erva-mate causou aos pacientes que tomam estatinas. "O consumo regular teve um efeito somatório ao dos medicamentos e trouxe um benefício adicional. Ela poderá ser usada com um adjuvante ao tratamento", afirma. Os pesquisadores não avaliaram se o consumo da bebida em menor quantidade proporciona os mesmos benefícios. O cardiologista Marcos Knobel, coordenador da Unidade Coronariana do hospital Albert Einstein, diz que os resultados são interessantes, pois comprovam que mais um alimento é eficiente no controle do colesterol. "Indiretamente, a erva-mate proporciona uma proteção semelhante à do chá verde."
O cardiologista Antonio Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, diz que o cacau e a casca da uva também têm bons resultados no controle do colesterol. "Toda medida dietética que inclua mudanças de hábito de vida é superválida.
A pesquisa mostra o benefício da erva-mate, mas ainda precisamos de estudos maiores para saber se essa bebida poderá receber uma indicação clínica", diz. Knobel concorda e diz que o próximo passo é fazer um estudo epidemiológico para saber se a erva-mate também tem impacto direto na redução de eventos cardíacos (como infarto e AVC) e na mortalidade.
Folha de SP

ENTENDA O QUE É E COMO TRATAR A DEPRESSÃO CLÍNICA

Você sabe diferenciar a doença de uma fase de tristeza? Psiquiatra explica quais são os sinais de alerta. Você sabe o que é, de fato, depressão? Embora muitas pessoas digam que estão "deprimidas" quando bate aquela tristeza, a depressão é, na verdade, uma doença - e uma doença séria.
"Depressão é completamente diferente de tristeza", explica o psiquiatra Geraldo Possendoro. Como saber a diferença? É simples: se você se sente vítima de seus humores, pode ser necessário visitar um médico.
"Todos nós podemos ter momentos de tristeza e momentos em que estamos mais animados e até eufóricos. Mas nós somos senhores dos nossos humores", diz Possendoro.
"O paciente depressivo tem problemas de apetite, dificuldades para dormir, falta de desejo sexual.
Ele perde o prazer de fazer coisas que antes gostava. Isso não necessariamente acontece em uma pessoa triste. Quando esses sintomas surgem pode existir um quadro de depressão", explica o médico.
Mas, atenção: nem mesmo sintomas depressivos podem significar que você tem, com certeza, depressão. Existem muitas doenças que geram esses comportamentos, mas que não têm nenhum componente psicológico.
A mais famosa dela é o hipotiroidismo - a redução da atividade de uma importante glândula chamada "tireoide". "Para diagnosticar a depressão nem sempre é preciso um psiquiatra. Em primeiro lugar, a pessoa deve procurar simplesmente um médico clínico geral.
Antes de um diagnóstico de depressão é preciso excluir outras doenças", explica Possendoro. Se a atividade da tireoide é normal e nenhuma outra enfermidade é detectada, o psiquiatra entra em cena.
É dele a responsabilidade de descobrir qual o tipo de depressão do paciente - e, sim, existem muitos.
Há desde a depressão "unipolar", que tem um componente genético, até a do chamado "transtorno bipolar", passando pela "depressão de adaptação" - aquela que surge após um evento traumático, como, por exemplo, a perda de um ente querido. O tratamento varia de acordo com o paciente e com o tipo de depressão.
"Se for uma depressão leve, e isso fica a critério do profissional que avalia, ela pode ser tratada exclusivamente com psicoterapia", diz Possendoro. "Se ela for de moderada a grave, a ponto de estar comprometendo o apetite, com emagrecimento, e comprometendo a performance profissional, é necessário o uso do medicamento antidepressivo", diz o médico.
Esse medicamento pode ser mantido a curto prazo, no caso de uma depressão de adaptação, ou mesmo por toda a vida, em casos mais insistentes. E Possendoro explica que a medicação é segura. "São [remédios] eficazes. Não geram dependência e não geram tolerância.
As pessoas não precisam tomar cada vez mais remédios para melhorar, o organismo não se habitua com eles", explica o psiquiatra. A única pessoa que vai saber definir isso adequadamente é um médico psiquiatra. E não precisa ter vergonha de procurar esse profissional. "Depressão não é frescura.
Quem tem depressão tem uma doença, que precisa ser diagnosticada", afirma o médico. "Esse preconceito tem que cair. Se você tiver sintomas depressivos, procure um psiquiatra", orienta. - Marília Juste, do G1, em São Paulo -
Fonte G1 globo.com

DICAS PARA CONTROLAR A ANSIEDADE E SINTOMAS DEPRESSIVOS

DICAS PARA CONTROLAR A ANSIEDADE E SINTOMAS DEPRESSIVOS

Estresse prolongado pode virar depressão, diz psiquiatra. Saiba como evitar problemas de saúde causados pela ansiedade. Depressão é uma doença e, como uma doença, nem sempre é possível evitar que ela se instale. Mas sintomas depressivos podem ser causados por estresse - e isso sim pode ser evitado. Se você quer viver a vida tranquilamente e garantir que não vai ser acometido por aquela tristeza incômoda, confira aqui as dicas do psiquiatra Geraldo Possendoro. Antes, no entanto, vamos entender por que o estresse causa depressão. E, para isso, é preciso entender o que é o estresse. "Estresse não é apenas ansiedade", explica Possendoro. "É uma situação que ocorre quando a pessoa está exposta a uma ansiedade crônica, repetida". Funciona assim: toda vez que você fica ansioso, seu organismo libera um hormônio chamado "cortisol". "Esse é um hormônio importante, que tem um papel que nos protege", afirma o médico. "Quando estamos ansiosos, o cérebro entende que estamos sob ameaça. Ele aumenta o cortisol, que aumenta a glicose sanguínea. A glicose sanguínea é o combustível que faz com que nós possamos andar, falar ou até fugir e lutar numa situação difícil", explica Possendoro. Ou seja, o cortisol é uma coisa boa. Mas, com moderação. "Esse mecanismo, quando é acionado repetidamente, prejudica o sistema imunológico e aumenta a morte celular, principalmente de neurônios", diz o psiquiatra. Sim, cada vez que você se estressa, você perde neurônios. Quer mais motivo que esse para tentar ficar calminho? Estresse a longo prazo gera depressão, queda de cabelo, alergias e infecções frequentes. E, embora pareça difícil se livrar desse vilão, não é impossível. Marília Juste, do G1, em São Paulo -
Fonte G1 globo.com

FDA APROVA MEDICAMENTO PARA DIABETES TIPO 2

AGÊNCIA REGULADORA APROVA MEDICAMENTO PARA DIABETES TIPO 2

Washington, 31 jul (EFE).- A agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou hoje o remédio Onglyza para acompanhar a dieta e os exercícios destinados a controlar os níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabetes tipo 2.
Um comunicado do organismo oficial afirmou que a Onglyza (saxagilptin) é um tipo de inibidor identificado como DPP4, que estimula a produção de insulina no pâncreas após a refeição.
As pessoas que sofrem diabetes tipo 2 têm resistência à insulina ou não produzem a substância endócrina para manter níveis normais de açúcar no sangue. Calcula-se que só nos Estados Unidos cerca de 24 milhões de pessoas sofram de diabetes tipo 2. Mary Parks, diretora da Divisão de Produtos de Metabolismo e Endocrinologia da FDA, afirmou que os altos níveis de açúcar podem provocar problemas de visão, produção excessiva de urina e, nos casos mais graves, transtornos renais e oculares.
O comunicado da FDA disse que os efeitos colaterais do remédio são infecções do aparelho respiratório superior, no trato urinário, dores de cabeça e reações alérgicas.
Fonte: EFE - G1 globo.com - Alerta Google

TECNOLOGIA PARA SALVAR VIDAS

02/08/2009
Pesquisador da UnB cria um novo tipo de cateter para ajudar a evitar problemas em cirurgias de correção de arritmias cardíacas. Poucas pessoas percebem, mas as inovações tecnológicas que contribuem para preservar a vida de milhares de pessoas muitas vezes são desenvolvidas por profissionais que, aparentemente, nada têm a ver com a medicina.
Um novo cateter criado por um pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, promete tornar mais seguro o procedimento cirúrgico que corrige ou minimiza alguns tipos de arritmia cardíaca. A doença é responsável por um terço dos acidentes vasculares isquêmicos no mundo. Desenvolvido pelo engenheiro elétrico Rui Alves de Sousa durante o mestrado, o "cateter esofágico acessório" pretende evitar a morte de pacientes vítimas de uma complicação que ocorre na ocasião da chamada cirurgia de ablação por radiofrequência.
"A ablação é uma cauterização da parte do tecido cardíaco que provoca a arritmia. Uma vez cauterizado, o descompasso cessa. No entanto, quando a área a ser tratada fica no átrio esquerdo, região próxima ao esôfago, existe risco de ocorrer uma fissura entre os dois órgãos. Essa lesão é decorrente da elevação excessiva da temperatura no local.
Não é muito comum, mas quando acontece é fatal", explica o criador do novo cateter. Segundo o pesquisador, apesar de a ablação ser um aquecimento controlado, atualmente a temperatura entre as duas estruturas não pode ser medida com segurança. "O cirurgião trabalha em cima de estimativas e caso os 50° C sejam ultrapassados, a fístula é praticamente inevitável. O problema é que o procedimento é encerrado sem que a lesão seja notada. Os dois órgãos, o esôfago e o coração, acabam colando um no outro.
Com os batimentos, cerca de 10 dias depois da cirurgia ocorre um rompimento e o sangue invade o esôfago ou o ar invade o coração, o que leva à morte", relata Rui. Consciente do risco enfrentado por médicos e pacientes, o engenheiro se empenhou para desenvolver um cateter esofágico capaz de medir e monitorar a temperatura em toda região que pode ser afetada pela cauterização.
"Esse cateter é introduzido pela boca e, diferentemente do equipamento usado para cauterizar, ele apenas faz a medição constante da temperatura durante a cirurgia para evitar danos inesperados. Ele trará segurança aos médicos, pois hoje os cirurgiões podem apenas estimar o momento ideal para interromper o precedimento com segurança", detalha o professor da UnB Ícaro dos Santos, orientador da dissertação de Rui. AVISO - Com o equipamento desenvolvido na Universidade de Brasília, durante a ablação por radiofrequência a temperatura do esôfago é medida simultâneamente por cinco termistores (termômetros) que ficam no interior do cateter esofágico. "Nosso cateter é conectado ao computador, que informa ao cirurgião as variações da temperatura em pontos diferentes. Assim, não há perigo de ocorrer a fístula", observa. Por enquanto, o cateter foi testado apenas em laboratório, mas, de acordo com o professor Ícaro, o próximo passo do projeto é tentar financiamento para testar o equipamento em animais e humanos e produzi-lo em escala comercial. "É uma etapa que demanda recursos consideráveis. Nosso objetivo é buscar incentivos junto a instituições governamentais de pesquisa ou empresas que queiram explorar comercialmente esse dispositivo", adianta o docente. O eletrofisiologista Eduardo Saad, especilista no procedimento de ablação por radiofrequência, observa que o cateter usado há alguns anos para medir a temperatura durante a ablação tem somente um termistor e não cobre toda a região tratada. "Venho usando um cateter esofágico de uma empresa americana que está realizando um protocolo de testes. Ele tem seis termistores e funciona muito bem. Imagino que o equipamento da UnB deve ser parecido e virá para contribuir com a medicina", considera o médico. A equipe do eletrofisiologista José Barreto lança mão do ecocardiograma intracardíaco para evitar a fístula átrio-esofágica.
"Por meio dele, visualizamos o átrio esquerdo e a relação com o esôfago, o que proporciona mais segurança no procedimento. O equipamento da UnB facilitaria bastante. Acho importante a instituição desenvolver tecnologias que colaborem com os médicos e protejam o paciente", completa. - Márcia Neri -
Fonte: Correio Braziliense - Portal Médico

RESOLUÇÕES- 507e 508 (CFF) Anotação de Atividade Profissional do Farmacêutico (AAPF) e Auditoria

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA
RESOLUÇÃO No- 507, DE 24 DE JUNHO DE 2009
Institui a Anotação de Atividade Profissional do Farmacêutico (AAPF).
O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, no exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 6º alínea "g" da Lei n.º 3.820/60;
CONSIDERANDO o Decreto 85.878/81 que estabelece normas
para execução da Lei 3.820/60, sobre o exercício da profissão de farmacêutico;
CONSIDERANDO as Resoluções do Conselho Federal de Farmácia que normatizam as atribuições profissionais;
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar as atividades que implicam ou exijam a participação efetiva de profissional habilitado;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a prestação
de serviços por farmacêuticos autônomos;
CONSIDERANDO que inúmeros farmacêuticos exercem atividades
em locais onde já existe responsável técnico e que não tem
anotado a sua atividade profissional no Conselho Regional de Farmácia,
resolve:
Art. 1.º - Instituir a Anotação de Atividade Profissional do
Farmacêutico (AAPF), na ficha cadastral do farmacêutico, de caráter
opcional, para os farmacêuticos no exercício de atividades profissionais,
prestação de serviços e elaboração de Planos ou Programas
específicos inclusive quando exercidas junto a estabelecimentos dispensados
de registro nos Conselhos Regionais de Farmácia, nos termos
da Lei 6839/80.
Art. 2º - A AAPF é um documento comprobatório de que o
farmacêutico tem qualificação profissional para responder pela atividade
desenvolvida.
Parágrafo único - A comprovação da qualificação profissional
será realizada pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF) a
partir de documentos protocolados pelo farmacêutico,
Art. 3º - A Certidão de Anotação de Atividade Profissional
do Farmacêutico será emitida pelo CRF onde o profissional estiver
inscrito.
§ 1° - Para emissão da AAPF, o farmacêutico deverá apresentar,
em caso de contrato com empresas, os seguintes documentos:
a) documento comprobatório dos dados da empresa (razão
social, endereço e ramo de atividade), podendo ser o cartão do CNPJ,
o Original ou Cópia autenticada do Contrato Social, estatuto, ou
documento equivalente da empresa arquivada na junta comercial ou
cartório de títulos e documentos;
b) vínculo de trabalho entre o farmacêutico e a empresa, seja
carteira de trabalho e previdência social assinada, ou contrato de
prestação de serviços, ou contrato social que comprove a sociedade
do profissional na empresa;
c) declaração com a descrição das atividades e do tipo de
serviço prestado.
§ 2° - Para emissão da AAPF, o farmacêutico deverá apresentar,
em caso de contrato com pessoas físicas, os seguintes documentos:
a) vínculo de trabalho entre o farmacêutico e a pessoa física
através de contrato de prestação de serviços;
b) declaração com a descrição das atividades e do tipo de
serviço prestado.
Art. 4.º - As AAPFs emitidas pelos Conselhos Regionais de
Farmácia terão a validade de 1 ano ou enquanto perdurar o contrato
entre o contratante e o farmacêutico.
Parágrafo único - Será cobrado pelo CRF o valor equivalente
a 50% da taxa de Certidão Pessoa Física.
Art. 5.º - Esta Resolução entra em vigor nesta data, revogando-
se as disposições em contrário.
JALDO DE SOUZA SANTOS
Presidente do Conselho Federal de Fármacia

RESOLUÇÃO Nº 508, DE 29 DE JULHO DE 2009
Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico
no exercício de auditorias e dá outras
providências.
O Conselho Federal de Farmácia, no uso das atribuições
conferidas pelo artigo 6º da Lei nº 3820, de 11 de novembro de
1960;
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a prática da
auditoria quando exercida por farmacêuticos;
CONSIDERANDO que a auditoria constitui-se em importante ferramenta para controle e avaliação dos recursos e procedimentos
adotados nas instituições públicas e privadas, visando a melhoria na qualidade e resolubilidade;
CONSIDERANDO que a acreditação e as premiações de qualidade vem se consolidando no cenário nacional como metodologias de avaliação qualitativa da organização e do próprio cuidado, na busca pela melhoria da qualidade dos serviços, satisfação dos
clientes e otimização dos recursos;
CONSIDERANDO que a auditoria exige conhecimento técnico e integrado das profissões para sua realização;
CONSIDERANDO que o farmacêutico, na função de auditor,
deve acatar ao definido no Código de Ética da Profissão Farmacêutica;
CONSIDERANDO a LEI FEDERAL N° 8.078 de 11/09/90 que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências;
CONSIDERANDO a LEI FEDERAL Nº 8080 de 19/09/90
que estabelece em seu art. 16, inciso XIX - o Sistema Nacional de
Auditoria e coordena a avaliação técnica e financeira do SUS em todo
o território nacional, em cooperação técnica com os Estados, Municípios
e Distrito Federal;
CONSIDERANDO a LEI FEDERAL Nº 8.666 de 21/06/93
que Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências;
CONSIDERANDO a LEI FEDERAL N° 9.656 de 03/06/98
que dispõe sobre os planos e seguros privados de Assistência à
Saúde;
CONSIDERANDO a LEI FEDERAL Nº 9.677 de 02/07/98
que altera dispositivos do Capítulo III, do Título VIII, do Código
Penal, incluindo na classificação dos delitos considerados hediondos,
crimes contra a saúde pública, e dá outras providências;
CONSIDERANDO a LEI FEDERAL N° 9.961 de 28/01/00
que cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS e dá outras
providências;
CONSIDERANDO o DECRETO FEDERAL Nº 1.651 de 28/09/95 que regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde;
CONSIDERANDO o DECRETO FEDERAL N° 85.878 de
07/04/81 que estabelece normas para execução da Lei nº 3.820, de 11
de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico
e dá outras providências;
CONSIDERANDO o DECRETO-LEI nº 986 de 21/10/69
que regulamenta a defesa e a proteção da saúde individual ou coletiva,
no tocante a alimentos, desde a sua obtenção até o seu consumo, em todo território nacional;
CONSIDERANDO a PORTARIA SVS/MS N° 344, de
12/05/98 que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial;
CONSIDERANDO a PORTARIA N° 272/MS/SNVS, de 08/04/98 que aprova o Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral;
CONSIDERANDO a PORTARIA N° 698/GM, de 09/04/02 que define a estrutura e as normas de atuação e funcionamento dos Bancos de Leite Humano - BLH;
CONSIDERANDO a PORTARIA N° 1.017/MS, de 23/12/02 que estabelece que as Farmácias Hospitalares e/ou dispensários de medicamentos existentes nos Hospitais integrantes do Sistema Único
de Saúde deverão funcionar, obrigatoriamente, sob a Responsabilidade
Técnica de Profissional Farmacêutico devidamente inscrito no
respectivo Conselho Regional de Farmácia;
CONSIDERANDO a RDC N° 220, de 21/09/04 que aprova
o Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia
Antineoplásica;
CONSIDERANDO a RDC N° 306, de 07/12/04 que dispõe
sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde;
CONSIDERANDO a RDC N° 302, de 13/10/05 que dispõe
sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos;
CONSIDERANDO a RDC N° 11, de 30/01/06 que dispõe
sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que
prestam Atenção Domiciliar (SAD);
CONSIDERANDO a RDC N° 67, de 08/10/07 que aprova o
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias;
CONSIDERANDO a RESOLUÇÃO CNE/CES N° 2, de
19/02/02 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Farmácia;
CONSIDERANDO que, no âmbito de sua área específica de
atuação e como Conselho de Profissão Regulamentada, o Conselho
Federal de Farmácia exerce atividade típica do Estado, nos termos
dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso XVI, todos
da Constituição Federal do Brasil;
CONSIDERANDO o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da
Constituição Federal do Brasil, que outorga liberdade de exercício,
trabalho ou profissão, atendidas as qualificações que a lei estabelecer;
CONSIDERANDO que é atribuição do CFF expedir resoluções
para eficácia da lei federal nº 3.820/60 e ainda, compete-lhe o
múnus de definir ou modificar a competência dos profissionais de
farmácia em seu âmbito, conforme o Artigo 6º, alíneas "g" "l" e "m",
da Lei Federal nº 3.820, de 11/11/60, resolve:
Art. 1º - Habilitar o farmacêutico para atuar como auditor,
participando das equipes de auditoria, inclusive como auditor-líder.
68 ISSN 1677-7042 1 Nº 148, quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Parágrafo único - Auditoria consiste no exame sistemático e
independente dos fatos obtidos por meio da observação, medição,
ensaio ou outras técnicas apropriadas, de uma atividade, elemento ou
sistema, para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas
leis e normas vigentes.
Art. 2º - Nas auditorias realizadas onde se praticam atividades
relacionadas ao âmbito da profissão farmacêutica, a equipe de
auditoria deve contar com, pelo menos, um farmacêutico especialista
na área a ser auditada.
Art. 3º - Para o exercício profissional como auditor, o farmacêutico
deve estar inscrito no Conselho Regional de seu Estado e
com sua situação regularizada junto ao órgão.
Parágrafo único - Na função de auditor, o farmacêutico deve
identificar-se em todos os seus atos, fazendo constar o seu número de
inscrição no CRF.
Art. 4º - O farmacêutico, no exercício da Auditoria, deve
observar as seguintes orientações gerais:
a) Comprometer-se com o sigilo profissional, devendo registrar
formalmente as suas observações e conclusões, sendo vedada
qualquer divulgação, exceto em situação de dever legal;
b) Não autorizar, vetar ou modificar qualquer procedimento
da organização auditada, limitando-se, além do seu relatório, a propor
sugestões;
c) Respeitar a liberdade e a independência dos outros profissionais,
como integrante da equipe multiprofissional;
d) Ter visão holística, focada na qualidade de gestão, qualidade
de assistência e quântico-econômico-financeira, visando o bem
estar do ser humano;
e) Usar de clareza, lisura e sempre fundamentado nos princípios
Constitucional, Legal, Técnico e Ético.
Art. 5º - O farmacêutico auditor poderá desempenhar suas
funções nos sistemas de avaliação e controle efetuado pelo setor
público (SUS), privado (planos e seguros de saúde) e em auditorias
para acreditação, premiações de qualidade e consultorias.
Art. 6º - Compete ao farmacêutico, na função de auditorlíder,
as seguintes atribuições:
a) Conduzir a reunião de abertura e de encerramento da
auditoria;
b) Definir procedimentos, metodologias e técnicas a serem
utilizadas na atuação da auditoria e a sua interação com os demais
profissionais da equipe, no processo de organização e realização de
auditorias;
c) Planejar a auditoria, preparar os documentos de trabalho e
instruir a equipe auditora;
d) Representar a equipe auditora junto à administração do
auditado;
e) Selecionar os membros da equipe auditora, coordenar os
programas de treinamento e efetuar a avaliação do pessoal sob sua
responsabilidade;
f) Apresentar, comunicar e explicar os requisitos da auditoria;
g) Realizar a auditoria de acordo com as normas e padrões
de qualidade vigentes;
h) Conduzir o trabalho de acordo com os princípios do código
de ética profissional e das normas disciplinares da auditoria;
i) Emitir o relatório final, relatando os resultados da auditoria
de maneira clara e conclusiva;
j) Verificar a eficácia das ações corretivas adotadas como
resultado da auditoria;
k) Solicitar cópias e conservar os documentos relativos às
auditorias;
l) Prestar assessoria à administração no que tange ao campo
de atuação das auditorias;
m) Ministrar cursos para formação de auditores internos e
externos para sistemas de qualidade.
Art. 7º - Competem ao farmacêutico, na função de auditor, as
seguintes atribuições:
a) Executar as atividades de auditoria, dentro do seu objetivo,
comunicando a quem de direito quando o assunto não for da
sua alçada;
b) Realizar o trabalho de acordo com os princípios do código
de ética profissional e das normas disciplinares da auditoria;
c) Documentar as observações;
d) Cooperar com o auditor-líder, dando-lhe suporte;
e) Organizar e ministrar cursos para formação de farmacêuticos
auditores;
f) Atuar em bancas examinadoras de concursos, pós-graduação
em auditorias, processos de seleção e contratação de farmacêutico
auditor;
Art. 8º - Fica vedado ao farmacêutico, na função de auditor,
recomendar ou intermediar acordos entre as partes envolvidas nas
ações de auditoria, quando isso implique a restrição do exercício da
profissão farmacêutica, bem como seus aspectos pecuniários.
Art. 9º - Ao farmacêutico, inobstante seja remunerado pela
atividade de auditoria, fica vedado perceber gratificação ou valores
vinculados às glosas efetuadas no exercício da função de auditoria.
Art. 10 - Para efeito desta Resolução são adotados os conceitos
estabelecidos no Anexo Único.
Art. 11 - Esta resolução entra em vigor na data de sua
publicação, revogando-se a Resolução CFF nº 309 de 21/05/97 e as
demais disposições em contrário.
JALDO DE SOUZA SANTOS

ÁFRICA DO SUL FALHA NO COMBATE À AIDS

O governo sul-africano falha ao não oferecer a circuncisão, cirurgia "que reduz em mais de 50% o risco de um homem contrair o vírus HIV".
Continente reforça combate à Aids, mas África do Sul falha. ORANGE FARM, África do Sul - Foi comprovado que a circuncisão reduz em mais de 50% o risco de um homem contrair o vírus HIV.
Mas, dois anos depois de a Organização Mundial da Saúde ter recomendado a cirurgia, o governo sul-africano ainda não a oferece para ajudar a combater a AIDS ou educa o público sobre seus benefícios.
Outros países africanos são líderes no procedimento, oferecendo-o a milhares de homens. No entanto, na África do Sul, o coração da epidemia, o governo se mantém silencioso, apesar das fortes críticas internacionais que o país sofreu por sua lentidão anterior no combate e tratamento da AIDS.
"Os países à nossa volta, com menos recursos humanos e financeiros, conseguem alcançar muito mais", disse Quarraisha Abdool Karim, primeiro diretor do programa nacional da AIDS da África do Sul, em meados dos anos 1990, sob o presidente Nelson Mandela. "Gostaria de entender por que a África do Sul, que tem um volume de recursos invejável, não consegue reagir à epidemia do modo como Botsuana e Quênia reagem." Mesmo sem o envolvimento do governo, a demanda pela cirurgia, realizada gratuitamente e com anestesia local, aumentou no ano passado na clínica de Orange Farm, a única desse tipo na África do Sul. "Eu fiz 53 [procedimentos] em sete horas de trabalho", disse o médico Dino Rech, que ajudou a montar a clínica financiada pela França, com uma linha de montagem cirúrgica altamente eficiente para remoção de prepúcios. Há alguns dias, vários homens esperavam nervosamente sua vez. A maioria desejava que o procedimento os ajudasse a se manter saudáveis no país, que tem mais casos de HIV que qualquer outro.
Mas alguns também foram levados por outro motivo poderoso: tinham ouvido de amigos que a circuncisão resulta em melhor sexo. Você demora mais, eles disseram, e suas namoradas pensam que você é mais limpo e mais excitante na cama. "Minha namorada me perturbava sobre isso", disse Shane Koapeng, 24.
"Então eu disse: está bem, vou fazer." Enquanto as novas infecções pelo HIV continuam superando os esforços para tratar os doentes na África, existe uma crescente preocupação sobre os altos custos do tratamento para um número cada vez maior de pacientes que precisarão de medicamentos para o resto da vida. Quase 2 milhões de pessoas foram infectadas só em 2007 na África subsaariana, elevando o total dos portadores de HIV na região para 22 milhões, segundo estimativas das Nações Unidas.
Os principais doadores internacionais dos programas de AIDS, incluindo os Estados Unidos e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária, estão prontos para aplicar dinheiro na circuncisão, mas os países precisam se dispor a aceitar a ajuda. Médicos de saúde pública concordam que circuncidar milhões de homens não será simples.
A África tem grande escassez de médicos e enfermeiras, e a circuncisão pode ser um problema político e cultural em países onde alguns grupos étnicos a praticam, e outros não. Mas alguns países estão mostrando que isso pode ser feito. Em Botsuana, a circuncisão foi amplamente interrompida no final do século 19 e início do 20 pelos administradores coloniais britânicos e missionários cristãos. Mas Festus Mogae, que foi presidente de 1998 a 2008, deu um apoio importante à circuncisão pouco antes de deixar o cargo, e a conscientização pública está sendo reforçada por anúncios no rádio e na televisão.
O governo pretende ter circuncidado 470 mil homens, desde bebês até os 49 anos, até 2016, perfazendo 80% do total desse grupo. No Quênia, onde os homens da etnia luo geralmente não praticam a circuncisão, o primeiro-ministro Raila Odinga, que é um luo, incentivou o procedimento e pediu que os idosos o apoiem.
O índice de infecção por HIV entre os homens luo é mais que o triplo do dos quenianos em geral: 17,5%, contra 5,6%. Até agora mais de 20 mil homens no Quênia foram circuncidados.
"Qualquer coisa que possa ajudar a salvar vidas precisa ser tentada", disse Odinga, acrescentando que ele foi circuncidado. Na África do Sul, em contraste, a circuncisão não tem um defensor político. O maior grupo étnico do país, os zulus, geralmente não a pratica desde o século 19.
Thabo Masebe, porta-voz do presidente Jacob Zuma, disse que o Ministério da Saúde deve primeiro definir uma política sobre a circuncisão antes que Zuma, que assumiu o cargo em abril, possa tomar uma posição. Zuma é zulu.
A Província de KwaZulu-Natal, o território zulu, tem o maior índice de HIV entre adultos no país, 39%, segundo a Unaids, agência da ONU de combate à AIDS. "A África do Sul não tem escassez de cientistas", disse Olive Shisana, executivo-chefe do Conselho de Pesquisas de Ciências Humanas, financiado pelo governo. "Temos escassez de pessoas dispostas a aceitar a evidência e usá-la para a saúde pública." - Por Celia W. Dugger -
Fonte: Folha de S.Paulo - Agência AIDS Online - Alerta Google

8.02.2009

Infecção Urinária

Entenda o que é ?

A infecção urinária(IU) é a presença de microorganismos em alguma parte do trato urinário. Quando surge no rim, chama-se pielonefrite; na bexiga, cistite; na próstata , prostatite e na uretra, uretrite.

A grande maioria das IU é causada por bactérias, mas também podem ser provocadas por vírus, fungos e outros microorganismos. A maioria das infecções urinárias ocorre pela invasão de alguma bactéria da flora bacteriana intestinal no trato urinário. A bactéria Escherichia coli, representa 80-95% dos invasores infectantes do trato urinário.

Às vezes, o paciente apresenta sintomas semelhantes aos da IU, como dor, ardência, urgência para urinar e aumento da freqüência, mas os exames culturais não mostram bactérias na urina.

Estes casos podem ser confundidos com IU e são chamados de síndrome uretral aguda, que pode ter outras causas não infecciosas, mas de origem inflamatória, como químicas, tóxicas, hormonais e irradiação.


Como ocorre?

O acesso dos microorganismos ao trato urinário se dá por via ascendente, ou seja, pela uretra, podendo se instalar na própria uretra e próstata, avançando para a bexiga e, com mais dificuldade, para o rim. Dificilmente, as bactérias podem penetrar no trato urinário pela via sangüínea. Isto ocorre apenas quando existe infecção generalizada (septicemia) ou em indivíduos sem defesas imunitárias como aidéticos e transplantados. A intensidade da IU depende das defesas do paciente, da virulência do microorganismo e da capacidade de aderir à parede do trato urinário. Como a urina é estéril, existem fatores que facilitam a contaminação do trato urinário, tais como:

obstrução urinária: próstata aumentada, estenose de uretra, defeitos congênitos e outros
corpos estranhos: sondas, cálculos (pedras nos rins), introdução de objetos na uretra (crianças)
doenças neurológicas: traumatismo de coluna, bexiga neurogênica do diabetes
fístulas¹ genito-urinárias e do trato digestivo, colostomizados² e constipadosdoenças
sexualmente transmissíveis e infecções ginecológicas.


O que se sente ?

O ato de urinar é voluntário e indolor. A presença de:

dor
ardência
dificuldade e/ou urgência para urinar
micções urinárias muito freqüentes e de pequeno volume
com urina de mau cheiro, de cor opaca
com filamentos de muco

Como se faz o diagnóstico?

Basta fazer um exame de urina para saber que tipo de bactéria a infectou. A partir do resultado, o médico receita o antibiótico adequado. Simples assim. Mas, o exame mais importante é a urocultura com antibiograma, porque é o único que vai dizer se a cistite é infecciosa ou não. Ele identifica a bactéria e através do antibiograma orienta na escolha do antibiótico mais apropriado ao tratamento. Se a urocultura apontar ausência de germes, o diagnóstico de cistite não infecciosa é o mais provável. Entendeu?!


Algumas atitudes que ajudam na prevenção das infecções urinárias

Beber muita água.
Não reter a urina por longos períodos.
Redobrar os cuidados com a higiene pessoal.
Evitar o uso de roupas íntimas muito justas.
Trocar absorventes higiênicos com freqüência.
Suspender o consumo de substâncias como fumo, álcool, temperos fortes e cafeína.
Sempre que possível, depois de evacuar, lavar-se com água e sabão.
Fazer sexo seguro, evitando as infecções sexualmente transmissíveis.
Urinar após relações sexuais.
Limpar-se sempre da frente para trás após defecar.
Evitar o uso constante de roupas íntimas de " Nylon" e jeans.


E vale consumir alimentos que contenham lactobacilos vivos para ajudar o intestino a funcionar bem. Boa sorte!


(¹) Fístulas: é uma abertura que comunica duas cavidades, como pode ocorrer com a bexiga e a vagina (fístula vésico-vaginal).
(²) Colostomizado: é o paciente que precisa defecar em bolsas especiais, porque tem ânus contra a natureza.


Fonte: Saúde e Beleza

Saiba como se ver livre e como prevenir alergias respiratórias.


Saiba como reduzir a umidade do ar e evitar doenças e alergias
Inverno com muita chuva e alta umidade do ar.
Condição facilita a transmissão de vírus como o da gripe comum.

Em 2009 estamos tendo umidade elevada e muita chuva. E se água de menos é um problema, água demais também não deixa de ser. O excesso de umidade pode facilitar a transmissão de vírus, causar proliferação de mofo e aumentar o número de casos de alergia.


A umidade elevada neste último mês é resultado de uma convergência de três diferentes fatores, explica o meteorologista Marcelo Seluchi, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).


“Primeiro, tivemos duas grandes frentes frias, uma no começo do mês e outra na semana passada, que trouxeram muita chuva. Além disso, o vento durante este mês veio forte do leste, que é onde está o mar. E, por último, tivemos chuvas acima da média na Amazônia, o que também eleva a umidade do Sudeste”, explica Seluchi.

Embora essa convergência seja rara, é considerada normal. “As condições climáticas de julho variam muito de um ano para o outro, isso é esperado”, diz o meteorologista. Também não parece haver influência de mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.

“O comportamento deste mês não se encaixa com o que esperamos das mudanças climáticas. As pesquisas mostram que o aquecimento global vai estender a estação seca e isso é o oposto do que estamos vendo aqui”.


Problemas de saúde

A baixa umidade relativa do ar causa dificuldades respiratórias porque diminui a produção do muco que serve de filtro de ar para nosso organismo. “A dinâmica respiratória fica bastante prejudicada com o ar seco. Com o muco reduzido, uma bactéria que seria eliminada com facilidade fica ali, aumentando o risco de uma infecção”,


É ruim, mas não quer dizer que o inverso, a alta umidade no ar, seja um bom negócio. O ambiente mais úmido favorece a proliferação de mofo e de fungos. Com isso, as pessoas alérgicas sofrem com mais crises. “O inverno já tem menos luz. Se em cima disso há muita umidade, aumenta a quantidade de ácaros e a exposição a alérgenos”,

Além das alergias, a umidade pode favorecer também a transmissão do vírus da gripe comum. “De um modo geral, o vírus se dá muito melhor com o ambiente úmido. Ele sobrevive mais tempo”.


No entanto, é bom deixar claro: não há ainda como afirmar que o vírus da nova gripe se comporta da mesma maneira. “Não temos nenhum estudo que mostre uma relação entre as duas coisas nesse novo vírus”, explica David Uip, infectologista e diretor do Hospital Emílio Ribas.


Fora os problemas de saúde, a umidade também pode estragar móveis, roupas e aparelhos eletrônicos. Para evitar tudo isso, o mais indicado é resistir à tentação do inverno de deixar a casa toda fechada. Quanto mais ventilado e iluminado estiver um cômodo, melhor.

Fonte: G1.com

Saiba como se ver livre e como prevenir alergias respiratórias.

Com a chegada do inverno, muitas pessoas, especialmente crianças e idosos, são acometidas pelas alergias sazonais da estação.

Tosse, coriza, coceira nos olhos, garganta e até mesmo na pele são sintomas das crises alérgicas.


As doenças de inverno mais comuns são a asma, rinite, sinusite, gripe, resfriado e bronquite, além das infecções respiratórias virais. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), a asma atinge 10% da população brasileira e é responsável por 400 mil internações hospitalares por ano e dois mil óbitos.

A asma é uma doença pulmonar inflamatória crônica, com episódios recorrentes de falta de ar, tosse crônica, chiado e aperto no peito, que se agrava à noite e nas primeiras horas da manhã. A gravidade da asma varia de pessoa a pessoa, daí a classificação de leve, moderada e grave.

Os fatores desencadeantes ou agravantes são:

alérgicos (pó domiciliar, ácaros, fungos, polens, pêlo e saliva de animais),

infecção respiratória viral, irritantes (fumaça em geral e principalmente de cigarro, poluição do ar, aerossóis, etc)

variação climática como exposição ao frio, alteração emocional, medicamentos (aspirina, anti-inflamatório não hormonal, beta-bloqueadores)
exercícios. Alguns pacientes asmáticos podem apresentar história familiar de asma e/ou rinite.
O tratamento da asma é um programa de parceria do médico e o paciente e, ou seus familiares. Orientar o paciente a identificar e evitar os fatores agravantes e desencadeantes especialmente no ambiente domiciliar. Educar e orientar o paciente sobre sua doença para que possa entender o processo de inflamação e a broncoconstrição [estreitamento do brônquico], diferenciando os dois tipos de medicamento.

Os de alívio imediato que são os brocodilatadores, os que agem na inflamação e os antiinflamatórios inalatórios para tratamento de manutenção”.


Prevenção:

Um dos fatores que previne alergias é abrir janelas e deixar o sol entrar em casa e no ambiente de trabalho. Isso diminui a proliferação de ácaros e fungos, muito prejudiciais a quem tem alergia respiratória. Uma medida importante é lavar cobertores e roupas de inverno que ficaram guardados do ano anterior e eliminar poeira e mofo dos ambientes.

Outra recomendação dos especialistas é que os portadores de asma ou rinite troquem os lençóis de cama pelo menos uma vez a cada sete dias, evitem sair de ambientes quentes e ir para lugares muito frios, evitem fumaça de cigarro e odores fortes como perfumes de limpeza da casa. Além disso é importante manter uma alimentação saudável, rica em verduras, frutas e legumes. A pele também deve ser cuidada com uso constante de cremes hidratantes.

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Em tempos de ventos fortes e floração de plantas, crianças sofrem com crises alérgicas e problemas respiratórios

Espirros, tosses, falta de ar, asma, rinite, conjuntivite e alergias. Esses são somente alguns dos problemas alérgicos e respiratórios em crianças pequenas que tanto assustam os pais. E na época de ventos fortes, somados à floração de várias plantas, principalmente do cajueiro, as crises se tornam mais freqüentes, aumentando a procura por tratamento dos postos de saúde e hospitais.

No Hospital Infantil Albert Sabin, por exemplo, essa intensificação da demanda de pacientes com doenças respiratórias já foi percebida. De acordo com a coordenadora da emergência do hospital, Patrícia Sampaio, a situação se repete todos os anos. Segundo a médica, não é possível mensurar esse aumento, mas o problema no período de ventos é fato comprovado.

A médica explicou que a maior parte das consultas é realizada nos próprios postos de saúde. “Nós atendemos somente os casos mais graves como as crises fortes de asma”, diz. Ela lembra que, apesar de intensificadas neste período, as pessoas alérgicas sofrem crises durante todo o ano e existem atitudes que podem evitar o desencadeamento do processo.

A primeira forma de proteger as crianças de alergias, segundo ela, é amamentar a criança exclusivamente até os seis meses de idade, aumentando a imunidade do bebê e adiando o contato com proteínas estranhas. “Mas os casos de alergia têm um componente genético e o cuidado com o ambiente em que uma pessoa que sofre com essa doença deve ser constante”, diz.

Ela lembra, que, apesar dos ventos e da floração de plantas contribuírem para as crises, são os cuidados com a casa da criança que podem evitar ou minimizar os processos alérgicos. Entre os fatores que contribuem para as crises estão fumaça de cigarro, perfumes fortes, inseticida, poeira, bichos de pelúcia, animais com pêlos, cortinas de tecido e ventiladores. Além disso, os alérgicos devem evitar mudanças bruscas de temperatura e dormir com cabelo molhado.

Mas as crianças ou mesmo adultos com alergias não precisam conviver com doenças a vida toda. A médica explica que, afora as medidas profiláticas para evitar as alergias, há tratamentos par alergia, controlando os sintomas, diminuindo a freqüência das crises e minimizar a intensidade.

Ela afirma que, normalmente, após os sete anos de idade, a tendência é que a criança melhore dos problemas respiratórios. Porém, nos casos em que a alergia persiste na adolescência e na vida adulta, há vacinas que podem ser indicadas por um especialista para evitar o desencadeamento de processos alérgicos, dando qualidade de vida aos alérgicos.

RENATA BENEVIDES
Repórter

Entrevista
Crises podem ser evitadas ou minimizadas com tratamento adequado

Por que as crianças são mais afetadas neste período?

O problema sempre ocorre por conta dos ventos mais fortes coincidindo com a floração de plantas, principalmente de árvores como o cajueiro.

O que os pais podem fazer para impedir as crises?

É preciso evitar o fumo dentro de casa ou perto da criança, uso de inseticidas, perfumes fortes, ventilador e tudo que possa desencadear o processo. Caso seja muito necessário usar o ventilador, por conta do calor, a melhor dica é passar um pano úmido no local antes.

Que itens são proibidos na casa de uma pessoa alérgica?

Além da poeira, que exige limpeza constante, essas crianças não devem ter em casa bichos de pelúcia, cortinas de tecido e animais de estimação, principalmente gatos. O jeito é tentar substituir os gatos até os cães por outros bichos como peixe, tartarugas ou outros.

Alimentos também podem causar problemas respiratórios?

Sim. Por isso, é recomendável evitar alimentos com corantes como salgadinhos, biscoitos recheados, refrigerantes, bombons e chocolate.

Os hábitos dessas crianças também devem ser mudados?

Para impedir que uma crise seja desencadeada, é bom não dar banho na criança próximo à hora de dormir, para dar tempo de o cabelo secar, e não expô-la às mudanças de temperatura.

E quando a crise não pode ser evitada, o que fazer?

Os pais devem sempre ter em casa os remédios para alergia, como xaropes, aerossol e bombinhas. Tão logo percebam os primeiros sintomas, devem medicar a criança e não esperar a situação se agravar para somente depois levar ao hospital. O ideal é fazer um tratamento para que a crise comece.

PATRÍCIA SAMPAIO