Ele lutava contra um câncer de medula óssea e estava internado no Hospital Quinta D'Or, no Rio
- Atualizada às
O Dia
Rio
- Morreu na madrugada desta sexta-feira o cantor Luiz Melodia. A
informação foi confirmada pelo Hospital Quinta D'Or, onde ele estava
internado desde segunda-feira. O músico tinha 66 anos e lutava contra um
câncer de medula óssea. Ele chegou a passar por um transplante e
resistiu à cirurgia, mas não estava respondendo bem à quimioterapia. A
escola de samba Estácio de Sá emitiu uma nota de pesar e informou que o
velório do cantor acontecerá na quadra da agremiação, a partir das 18h
desta sexta. O funeral será às 10h de sábado, no Cemitério do Catumbi.
TrajetóriaLuiz Carlos dos Santos, o
Luiz Melodiz, nasceu no dia 7 de janeiro de 1951, no bairro do Estácio,
no Rio. Ainda menino, Luiz descobriu a música em casa vendo seu pai, o
compositor Oswaldo Melodia, tocar para a família. Nos anos 60, o
compositor se juntou com amigos e formou o grupo ‘Instantâneos’, que
tocava sucessos da Jovem Guarda e da Bossa Nova. A convivência nos
morros cariocas fez com que o cantor também tivesse forte ligação com o
samba. Ao longo dos anos, essa mescla se mostrou o diferencial de Luiz,
que em pouco tempo chamou a atenção dos poetas Wally Salomão e Torquato
Neto, frequentadores assíduos do morro do Estácio.
Através de Wally, Melodia conheceu a cantora Gal Costa e
acabou se tornando um de seus compositores preferidos. Em 1972, Gal
gravou a canção “Pérola Negra”, apresentando o compositor ao grande
público. No ano seguinte, foi a vez de Maria Bethânia dar voz a uma
composição do músico, lançando a faixa “Estácio Holly Estácio”.Adotando
o nome artístico do pai, em 1973, Luiz Melodia lança o disco “Pérola
Negra”, álbum aclamado pela crítica e que, até hoje, é reconhecido como
seu maior trabalho. Nos anos seguintes, Luiz se consolidou como um dos
grandes artistas do Brasil, lançando diversos álbuns e realizando shows
na França e Suíça. Seu último disco, "Zerima", foi lançado em 2014, após 13 anos sem lançamentos oficiais. Famosos lamentam A
morte do cantor causou comoção nas redes sociais. Famosos como Gilberto
Gil, Serginho Groisman e o ex-ministro Carlos Minc lamentaram no
Twitter. "Fiquei muito triste com a partida de Luiz Melodia. Conheci
desde os anos 70....", disse Serginho Groisman. "Minha alma chora: Se
alguém quer matar-me de amor, que me mate no Estácio. Partiu o querido e
genial Luiz Melodia!", disse Carlos Minc. Veja o que os famosos disseram: Gal Costa: "Te amo minha pérola negra" Zezé Motta:
"Um dos dias mais tristes. Perdemos Luiz Melodia. O mundo fica sem
Melodia. Coração estarrecido. Descanse em paz meu irmão, meu amigo, meu
parceiro, te amo. Para sempre no coração do 🇧🇷 #RipLuizMelodia" Lúcio Mauro Filho:
"Ah Pérola Negra!!! O mundo desafina quando perde uma jóia do seu
quilate. Eu perco um ídolo, uma inspiração. Sorte é permaneceres eterno,
graças às suas melodias, suas palavras, seu suingado. Descansa em paz
Luiz Melodia. Que os anjos te recebem com as canções mais lindas! Viva
Melodia!" Maria Gadu: "vou sentir sua falta. te amo, meu amigo. eterno. #luizmelodia
A revista Época publica, nesta sexta-feira,
as imagens da propina de R$ 2 milhões paga pela JBS ao senador Aécio
Neves (PSDB-MG), que perdeu as eleições de 2014, mas assaltou o poder ao
liderar o golpe de 2016, em parceria com Eduardo Cunha e Michel Temer;
foram três pagamentos de R$ 500 mil para Aécio, entregues pelo
ex-diretor da JBS Ricardo Saud ao primo de Aécio, Frederico Pacheco;
Aécio, na prática, hoje governa o Brasil, pois indicou quatro ministros e
o presidente da Petrobras, Pedro Parente; foi também ele quem orientou
um aliado, o deputado Paulo Abi-Ackel a produzir o parecer que salvou
Temer; novo pedido de prisão de Aécio, feito pelo procurador geral
Rodrigo Janot, deve ser julgado em breve, pela 1ª Turma do STF; as
imagens são chocantes
há 5 horas revistapoca.globo.com "Quem
é que fica andando com 500 mil de um lado para o outro?!", perguntou,
entre nervoso e espantado, o empresário Frederico Pacheco ao lobista
Ricardo Saud, da JBS, na tarde do dia 12 de abril deste ano. Fred, como é
conhecido o primo do senador Aécio Neves,
estava no escritório de Saud, em São Paulo, para apanhar a segunda
parcela de R$ 500 mil dos R$ 2 milhões acertados entre o presidente do
PSDB e Joesley Batista
dias antes. Fred fora designado para a tarefa por Aécio, como
registrado em áudio pelo próprio senador: "Um cara que a gente mata
antes de fazer delação". A Polícia Federal monitorava o encontro – uma
ação controlada, autorizada pelo ministro Edson Fachin,
relator do caso no Supremo Tribunal Federal. Fred estava
desconfortável. Não aceitou água nem café. Diante dele, numa mesa da
sala de Saud, havia uma mala preta abarrotada de pacotes com notas de R$
50, amarrados com liguinhas de plástico. Fred parecia verbalizar, um
atrás do outro, todos os pensamentos que lhe assaltavam: "Onde eu tô me
metendo, cara?". A mala fora providenciada por Florisvaldo de Oliveira.
Ele sempre auxiliava Saud nas entregas de dinheiro e mantinha um pequeno
estoque delas à disposição. Para entregas a partir de R$ 500 mil, a
mala preta era a mais adequada. Acomodava bem meio milhão de reais, até
quase R$ 1 milhão em notas de R$ 50, se observado o método correto de
organização de maços. Florisvaldo ajudara a recolher o cash para a
propina de Aécio na central da JBS que reunia dinheiro vivo de clientes
da empresa, como supermercados e distribuidores de carnes – clientes que
giravam bastante dinheiro vivo. Essa central era chamada internamente
de "Entrepostos". Abastecia boa parte dos políticos que, como Aécio,
pediam a sua parte em dinheiro vivo. >> As provas da JBS >> Empresas ligadas a Temer receberam R$ 2,2 milhões da JBS em 2010
ÉPOCA reconstituiu a cena por meio de gravações autorizadas pela Justiça (ouça um dos áudios)
de entrevistas reservadas com participantes da ação controlada.
Reconstituiu, também, as outras quatro entregas de dinheiro vivo
acompanhadas pela PF entre abril e maio deste ano, na Operação Patmos,
resultado das delações dos executivos da JBS. Os cinco pagamentos
somaram R$ 2,4 milhões. Foram três entregas de R$ 500 mil destinadas a
Aécio, uma de R$ 400 mil destinada ao doleiro Lúcio Funaro e, por fim,
uma de R$ 500 mil destinada ao presidente Michel Temer –
aquela da mala preta com rodinhas, que cruzou velozmente as calçadas de
São Paulo graças às mãos marotas de Rodrigo Rocha Loures, o "longa
manus" do peemedebista, nas palavras da Procuradoria-Geral da República.
A reportagem teve acesso, com exclusividade, a dezenas de imagens das
malas, pastas e bolsas de dinheiro da JBS sendo estufadas com notas de
R$ 50 e de R$ 100. Algumas poucas já eram públicas e outras estavam
reproduzidas, em preto e branco, quase que como borrões, em processos no
Supremo. O restante do conjunto, no entanto, permanecia inédito. ÉPOCA
publica agora as imagens mais pertinentes. A força da íntegra desse
material reside na exposição visceral e abundante do objeto que mobiliza
o desejo e os atos dos corruptos, políticos ou não, no Brasil ou fora
dele: notas, muitas notas, de dinheiro. Amarelas ou azuis. Em malas ou
pastas. Recolhidas por familiares ou assessores. Dois meses após a
delação da JBS, após semanas e semanas de discussões jurídicas e
políticas sobre a crise que se instalou no Brasil, esse elemento tão
primário, tão fundamental, do que define os casos de Temer e de Aécio
ficou convenientemente esquecido.
Fred buscou todas as parcelas de
R$ 500 mil de Aécio. Começou no dia 5 de abril, voltou no dia 12, já
sob monitoramento da PF, e manteve o cronograma nas semanas seguintes:
encontrou Saud, no mesmo local, também nos dias 19 de abril e 3 de maio.
Cumpria a tarefa enquanto o Brasil conhecia o teor das delações da
Odebrecht; enquanto o país assistia aos depoimentos dos executivos da
empreiteira, que tanto incriminavam Aécio. "Eu durmo tranquilo", disse
Fred no segundo encontro, logo após racionalizar os crimes que cometia
como um ato isolado, que não o definia. "Se eu te contar uma coisa, você
não vai acreditar: a única pessoa com quem eu tratei em espécie foi
você. A única pessoa que pode falar de mim é você." Saud deixou-o à
vontade para desabafar. "Como é que eu não faço? Tenho um compromisso de
lealdade com o Aécio", disse, antes de começar a contar o dinheiro:
– Um, dois, três, quatro, cinco... Ih, fiz a conta errada. Peraí. O que tem em cada pacotinho desses? – Eu te ajudo a fechar aqui [a mala]. – Cem, 200, 300...
Naquele
mesmo dia, relatórios do Conselho de Controle das Atividades
Financeiras, o Coaf, registram operações com suspeita de lavagem
envolvendo empresas e um assessor do senador Zeze Perrella,
aliado de Aécio. Mendherson Souza trabalhava no gabinete do senador e
tinha procuração para movimentar contas dele. Já aparecera em outras
operações bancárias em cash, com suspeitas de lavagem. Acompanhava o
primo de Aécio, como seu ajudante. No mesmo dia, também, Fred telefonou
para um conhecido doleiro de São Paulo, de modo a buscar formas de
esquentar o dinheiro. >> As provas que complicam a vida de Aécio Neves
Enquanto
conferia os valores e colocava parte dos bolos de dinheiro numa bolsa
que levara a São Paulo, o primo de Aécio não parava de falar sobre os
riscos aos quais estava submetido. "Amanhã eu vou estar com Aécio na
fazenda, em Cláudio, e vou falar que já fiz duas e faltam duas. [Fala
como se estivesse se dirigindo a Aécio] 'Só para você entender: estamos
nos cercando de cuidados, mas não é uma operação 100% sem riscos." Ele
bolava maneiras de se proteger. E se fosse parado numa blitz? O que
diria? "Pensei em fazer um contrato de compra e venda de uma sala, só
para andar com um documento na pasta. 'Não, acabei de vender uma sala. O
cara quis pagar em dinheiro'..." Saud só assentia. Prosseguiu Fred: "O
país está num momento esquisito. Se eu tiver de voltar aqui, eu faço uma
promissória para você, uma mise-en-scène. Mas Deus vai nos proteger".
Antes de sair com a mala, insistiu: "Não tem perigo de filmar aqui?
Vocês fazem varredura?". "Sim, duas vezes por semana. Tranquilo", disse
Saud. A PF registrara tudo.
No terceiro encontro, Fred já estava
mais à vontade. Pudera. Apesar do discurso, fora ele, segundo as
planilhas de propina da JBS, que buscara R$ 5,3 milhões em cash para
Aécio, durante a campanha de 2014. Desta vez, as notas eram de R$ 100 –
seis pacotões numa mochila cinza. Após repassar a dinheirama para o
assessor de Zeze Perrella, ficou para almoçar com Saud. Traçou uma
picanha importada, enquanto falava de política e negócios. Lá pelas
tantas, Fred perguntou: "Tem alguma chance de Joesley fazer delação? Se
fizer, acaba o Brasil. Tem de inventar outro". Saud só riu.
No
dia seguinte, Florisvaldo teve mais trabalho. Saud precisava entregar
R$ 400 mil a Roberta Funaro, irmã do doleiro. Era o mensalinho para
manter Funaro, parceiro de negociatas do grupo, em silêncio dentro da
prisão. Florisvaldo arrumou uma pasta preta; como as notas eram de R$
100, seria possível preencher os R$ 400 mil nela. Saud entregou o
dinheiro à irmã de Funaro num Corolla. Pediu à filha pequena de Roberta,
que acompanhava a empreitada, para esperar num táxi que aguardava as
duas: "Deixa o tio conversar com a mãe um pouquinho". O lobista se
sentiu mal com a situação, mas não havia jeito. Era preciso liquidar o
assunto. Ele abriu a pasta e pediu que ela contasse o dinheiro. Roberta
dispensou. Disse que não era necessário. Agradeceu e embarcou no táxi –
e, minutos depois, num Jaguar que a levou para casa.
Uma
semana depois, Florisvaldo pôs-se a trabalhar novamente. Mais uma mala
preta. Mais R$ 500 mil. Daquela vez, em notas de R$ 50. Era a primeira
entrega da semanada acertada entre Saud e Rocha Loures, em troca de um
benefício ilegal no Cade a uma empresa do J&F que detinha contrato
com a Petrobras. Temer havia delegado a Rocha Loures, em conversa
gravada com Joesley, a prerrogativa de "falar sobre tudo". Durante
semanas, sobre tudo falaram, em conversas em mensagens gravadas. Como
Joesley já investira, conforme revelou ÉPOCA, quase R$ 22 milhões em
Temer ao longo dos anos, todos sabiam o que esperar das tratativas: era
corrupção pura. As gravações de conversas entre Saud e Rocha Loures, que
antecederam a entrega dos R$ 500 mil, encadeadas nas demais provas, não
dão margem a dúvida razoável sobre a razão do pagamento e da própria
existência das conversas entre os dois lados. Foi então que, no começo
da noite, após giros por São Paulo, Rocha Loures apanhou a mala – o
mesmo tipo de mala ordinária com a qual os outros também receberam
dinheiro da JBS – e saiu com ela de uma pizzaria. Carregou-a num passo
apertadinho que jamais abandonará os olhos de quem viu a cena. >> O homem da mala e do revólver dourado
O
crime de corrupção é formal. Pela lei, bastariam os indícios de autoria
e materialidade do pedido de propina do presidente, mesmo que indireto,
para tipificá-lo na denúncia que viria a ser apresentada pela PGR.
Trata-se de uma etapa necessária para investigar o crime – e não
condenar, desde já, o acusado. Mas havia mais. Havia pilhas e pilhas de
notas de R$ 50, arrumadas com esmero por Saud e Florisvaldo, à espera de
Temer e seu "longa manus". As fotos exibidas agora ilustram a
materialidade amarela, cheia de liguinhas, ofertada ao presidente e
coletada por seu assessor de confiança. Repita-se: juridicamente, não
era necessário provar que Temer, apontado como chefe da organização
criminosa do PMDB da Câmara, tivesse embolsado diretamente os pacotes de
dinheiro em algum momento entre a entrega no dia 28 de abril e a
operação no dia 18 de maio. Como indicam outros casos, Temer, segundo as
evidências disponíveis, valia-se de operadores, como o coronel João
Baptista Lima, e políticos de confiança, como Eduardo Cunha, para cuidar
do dinheiro sujo que lhe era devido.
A
farra das malas da JBS encerrou-se no dia 3 de maio. Foi a vez de Fred,
o primo de Aécio, apresentar-se para sua derradeira missão. Florisvaldo
cumpriu antes a sua: arranjou uma mala preta semelhante à usada nas
entregas anteriores. Separou seis bolos de notas de R$ 100, perfazendo
pela quarta vez R$ 500 mil. No total, R$ 2 milhões ao presidente do
PSDB, em troca da promessa de obstruir a Lava Jato e de obter favores
ilegais na Vale, onde detém influência, ao grupo J&F. Usou-se o
mesmo método das operações anteriores. O primo de Aécio já parecia se
acostumar com o papel de mula. Desempenhou-o com serenidade e
competência.
Quando a operação foi deflagrada, as mulas que
botavam a mão no dinheiro da JBS foram presas, a pedido da PGR e por
autorização de Fachin. Rocha Loures, Fred, o assessor de Perrella, a
irmã de Aécio (que também organizara os pagamentos) – todos presos. A
irmã de Funaro foi levada a depor. As semanas se passaram, e as
solturas, tão criticadas por aqueles que combatem e estudam crimes de
colarinho branco, não tardaram. Fachin concedeu prisão domiciliar a
Rocha Loures – e este conseguiu furar a fila por uma tornozeleira. A
Primeira Turma do Supremo, sob relatoria do ministro Marco Aurélio Mello,
concedeu domiciliar para os demais envolvidos. O primo de Aécio ganhou
domiciliar. A irmã de Aécio ganhou domiciliar. O assessor que ajudou
Aécio ganhou domiciliar. Todos estão, hoje, no conforto de suas casas.
Não há um investigador experiente que acredite na eficácia da medida; é
simplesmente muito fácil comunicar-se com outros investigados e dar
ordens a subordinados, de maneira a embaçar as investigações.
Aécio
foi afastado por Fachin do exercício do mandato de senador e denunciado
pela PGR, mas o Supremo devolveu-o ao cargo – e ainda não analisou a
denúncia. Marco Aurélio Mello disse que Aécio tem uma "carreira política
elogiável". Até agora, o Supremo gastou mais tempo debatendo a validade
das malas de dinheiro da JBS do que os casos daqueles que as receberam.
Temer derrubou a primeira denúncia contra ele, por corrupção passiva,
na Câmara. A mala com pilhas de notas de R$ 50 não pareceu um problema à
maioria dos deputados.
Vejam só. Se
Aécio fosse honesto e em meio a uma crise de remorso tivesse confessado
que aqueles 2 milhões que recebeu dentro de malas do seu amigo Joesley
Batista na verdade era contrapartida por serviços que ele tinha prestado
à JBS no escurinho da administração pública e pedisse perdão por seus
pecados, hoje seria um proscrito, alijado da vida pública, execrado
pelos políticos e pela população, um pária que ninguém quereria ter por
perto. Mas, como ele não é, disse que
aquilo era apenas um empréstimo pessoal, sem nenhuma conotação política
e, apoiado em um acordo espúrio com o PMDB – “eu ajudo vocês na Câmara e
vocês me ajudam no Senado” – não foi interpelado pelos colegas sob
suspeita de quebrar o decoro parlamentar, vai retomar a presidência do
PSDB depois de ter ajudado a salvar Temer e vai continuar fazendo o de
sempre: garimpando cargos e benesses para os seus e – pasmem – influindo
como importante eleitor na corrida de 2018. Se Temer fosse honesto e tivesse
admitido que fazia negócios frequentemente com Joesley Batista e que
escalou Rocha Loures para pegar a mala da primeira parcela de sua
“aposentadoria” porque Geddel e Padilha já estavam queimados e pedisse
perdão, hoje seria mais morto-vivo do que já é, escorraçado pela classe
política, pendurado nos postes da moralidade pública e riscado de vez do
vocabulário. Mas, como ele não é, decidiu usar
verbas públicas – ou seja, o dinheiro de todos os brasileiros e não
dele – para comprar as consciências dos deputados, mandando, mais uma
vez, às favas os escrúpulos, o plano deu certo porque era isso o que os
deputados corruptos (mais de 250, maioria, portanto) queriam e agora ele
está posando de estadista, incensado pelos que votaram nele como o
homem do século e vai continuar a fazer o que sempre fez, a política
anti-povo, com o apoio desses mesmos deputados, turbinado por mais
dinheiro de todos os brasileiros que será colocado à disposição deles
até 2018.
Governo avaliou
que precisava punir deputados da base que votaram contra a reforma
trabalhista para evitar traições na votação das mudanças na previdência
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Presidente Michel Temer (Beto Barata/PR/Divulgação)
O presidente Michel Temer começou nesta terça-feira a exonerar dos cargos indicados políticos de deputados da base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na semana passada. Entre eles, há afilhados de parlamentares do PSD, PTN, Pros, e até do PMDB, partido de Temer. As demissões ocorreram em postos do Ministério da Agricultura, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), entre outros órgãos federais; e foram publicadas na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU). Exonerado nesta terça, o superintendente regional da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) no Ceará, Maximiano Leite Barbosa Chaves,
havia sido indicado pelo deputado Vitor Valim (PMDB-CE). O peemedebista
votou contra a reforma trabalhista e já declarou voto contra a da
Previdência. Valim é do grupo político do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). As exonerações de aliados de deputados “infiéis” nos Estados
começaram a ser acertadas na última quinta-feira em reunião no Palácio
do Planalto entre líderes da base aliada e o presidente Michel Temer. O
governo avaliou que precisava dar o exemplo com os cortes de cargos para
impedir que novas traições prejudiquem a votação da reforma da
Previdência no plenário, prevista para o fim de maio.
No PTN, pelo menos dois dos treze deputados perderam cargos em
superintendências da Funasa nos Estados. Entre eles estão Daniel Kenji
Tokuzumi do comando da fundação em São Paulo, indicado pelo deputado Dr.
Sinval Malheiros (PTN-SP); e Jairo Sotero Nogueira de Souza do fundação
do Rio Grande do Norte, indicado pelo deputado Antônio Jácome (PTN-RN). O PTN foi bastante cobrado pelo governo por não entregar os votos que
prometeu durante a votação das mudanças na legislação trabalhista. Em
troca da presidência da Funasa, o partido prometeu entregar pelo menos
10 votos a favor da proposta, segundo um interlocutor do governo na
Câmara. Na votação, porém, só entregou sete. Outros cinco deputados da
sigla, como Jácome e Sinval, votaram contra e um se ausentou. O deputado Expedito Netto (PSD-RO) também votou contra a
reforma trabalhista e viu nesta terça o indicado Luiz Fernando Martins
ser exonerado do comando da Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário
em Rondônia. O deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) também teve seu apadrinhado, o diretor-geral do Arquivo Nacional, José Ricardo Marques, demitido. Fonseca
afirmou que o indicado é do “partido e não pessoal”, mas destacou que
ações como essa podem prejudicar o apoio dos outros deputados às
reformas. A avaliação dos parlamentares infiéis é que o governo deveria chamar
a base para conversar e tentar encontrar saídas para atender as demandas
das mudanças do texto da reforma da Previdência em vez de demitir ou
ameaçar demitir pessoas. Esse tipo de atuação, dizem, poderá ter o
efeito contrário ao pretendido e criar um clima maior de insatisfação
entre os aliados, dificultando os apoios necessários para passar a
reforma da Previdência na Câmara. “Quem aconselhou o Temer a demitir, não gosta dele. Vai piorar a
situação dele, porque o deputado não tem que estar com o Temer, tem que
estar com o Brasil. Ele está com 8% de popularidade”, disse Fonseca. (Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)
O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira faz defesa do presidente Michel Temer na Câmara
REYNALDO TUROLLO JR.
DE BRASÍLIA
A defesa do presidente Michel Temer pediu nesta sexta-feira (4) ao
ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que negue a
inclusão do peemedebista no inquérito que investiga o chamado PMDB da
Câmara.
Para o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, a PGR
(Procuradoria-Geral da República) está "inovando" e usando um
"artifício" para investigar o presidente em outro procedimento sem que
haja fatos novos que justifiquem a medida.
Mariz também pede que, caso venha a ser tomado novo depoimento do presidente, as perguntas sejam formuladas por Fachin, e não pela Polícia Federal,
como foi em junho, "evitando-se a apresentação de um novo
interrogatório totalmente descabido, impossível de ser respondido, como
aquele formulado pela autoridade policial".
Na quarta (2), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a Fachin para deslocar a apuração
sobre Temer por suspeita de envolvimento em organização criminosa do
inquérito da JBS, aberto em maio, para outro mais antigo, que investiga
políticos do PMDB e aliados –o chamado "quadrilhão".
Janot também pediu a inclusão dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e
Moreira Franco (Secretaria-Geral) no inquérito do "quadrilhão",
atendendo a recomendação da Polícia Federal.
A estratégia da PGR é deixar no inquérito da JBS somente a investigação
de obstrução da Justiça –em que Temer é suspeito de ter dado aval para o
frigorífico comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e
do doleiro Lucio Funaro, que estão presos.
Em junho, relatório da PF concluiu a investigação de obstrução da
Justiça e afirmou que há indícios de que Temer cometeu o crime, cuja
pena vai de 3 a 8 anos de prisão.
Desse modo, a PGR já tem elementos para, no inquérito da JBS, apresentar
uma nova denúncia contra o presidente sob acusação de embaraçar as
investigações.
Janot, no pedido para deslocar para o inquérito do "quadrilhão" a
investigação de organização criminosa, disse que "não se trata de nova
investigação contra o presidente da República, mas apenas de readequação
daquela já autorizada [por Fachin em maio]".
O advogado de Temer rebateu, afirmando que se trata, sim, de uma nova
investigação. "Ora, se o presidente e outras autoridades [Padilha e
Moreira Franco] não são investigadas [no 'quadrilhão'], será necessária
uma específica autorização do Supremo para tanto e não mera inclusão de
seus nomes ou apenas 'readequação'", argumentou Mariz na petição ao
Supremo.
"Uma investigação não pode surgir do nada", afirmou o defensor,
"especialmente tendo como alvo o presidente da República, em face dos
óbvios transtornos advindos para a estabilidade institucional, social e
econômica do país".
'QUADRILHÃO'
O PMDB da Câmara é suspeito de ter atuado como uma organização criminosa
que lesou a Petrobras e a Caixa. Para investigadores, Temer, que era
deputado federal até assumir a Vice-Presidência em 2011, participava dos
esquemas desse grupo.
O inquérito que apura o grupo foi aberto em outubro passado após uma
cisão do "inquérito-mãe" da Lava Jato, que tratava do loteamento de
cargos na direção da Petrobras por PP, PT e PMDB.
A parte do PMDB virou dois inquéritos: um do Senado e outro, da Câmara.
Nesse, há 15 investigados, entre eles os ex-deputados Henrique Alves
(RN) e Solange Almeida (RJ) e o deputado Aníbal Gomes (CE), todos do
PMDB, além de Cunha e do doleiro Funaro.
Com informações de diferentes operações, como Sépsis, Cui Bono e
Greenfield, a investigação expandiu seu foco da Petrobras para a Caixa.
Segundo um resumo do inquérito assinado em junho pelo delegado Marlon
Cajado, a PF reuniu indícios de que o grupo indicava vice-presidentes da
Caixa para "vender facilidades" a grandes empresas que buscavam
empréstimos. Em troca, ganhava um percentual.
"A partir das inquirições de Lucio Funaro e Joesley Batista [da JBS],
surgiram novos relatos confirmando as atuações do chamado 'PMDB da
Câmara' junto à Caixa e citando o suposto envolvimento de outras pessoas
[...], sendo elas o presidente Michel Temer, o ministro chefe da Casa
Civil, Eliseu Padilha e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Moreira Franco", segundo a investigação da PF.
Após
grande expectativa, o craque brasileiro Neymar foi apresentado
oficialmente nesta sexta-feira (4) pelo Paris Saint-Germain (PSG) e
admitiu que a transferência do Barcelona para a capital francesa foi "a
decisão mais difícil" da sua vida. Neymar também negou que tenha
aceitado a oferta do PSG apenas por dinheiro ou em busca de
protagonismo. "Foi uma das decisões mais difíceis que tomei na
minha vida, por estar bem adaptado na cidade de Barcelona, por ter
amigos e jogadores fantásticos lá. Foi um momento de muita tensão, de
pensar no que fazer da minha vida", contou Neymar, em uma coletiva de
imprensa no Parque dos Príncipes e sentado ao lado do presidente do PSG,
Nasser Al-Khelaïfi.
"Claro
que ali deixei amigos, mas eu fico muito feliz, porque o futebol e a
nossa vida passam muito rápido. Criar amizade por onde você passa é mais
importante que qualquer coisa", confessou o brasileiro. PSG e
Barcelona confirmaram ontem a transferência de Neymar, que é a mais cara
da história do futebol, de 222 milhões de euros. O brasileiro receberá
um salário de 500 mil euros semanais (cerca de R$ 2 milhões), com
contrato até 2022. Questionado sobre os fatores que o levaram a
aceitar a proposta do PSG, já que o clube tentara no ano passado
contratar Neymar, o craque contou que "sentiu que agora era o momento
certo". "A ambição que o clube tem, de sempre querer vencer, de
buscar um novo desafio, é bem parecida com a minha. Meu coração me
disse que estava na hora de assinar com o PSG e, então, eu fiz isso"",
disse Neymar. "É muito diferente se falar de protagonismo, não é isso
que eu quero nem vim buscar. Eu vim buscar novos títulos e novos
desafios". Nasser Al-Khelaïfi, porém, demonstrou irritação ao
ser indagado pelos jornalistas pelo valor de 222 milhões de euros da
contratação e se a compra de Neymar teria sido uma "vingança" contra o
Barcelona. "Hoje vocês se perguntam se a transferência foi cara
demais. Daqui três anos, vocês vão questionar isso? Eu tenho certeza que
a gente vai arrecadar mais dinheiro do que gastou. Vamos arrecadar do
primeiro ao último dia. Não teremos problema com a Uefa na questão
financeira. Somos muito fortes financeiramente e respeitamos as regras
do setor financeiro", defendeu-se. Já Neymar garantiu que nunca
"foi movido a dinheiro". "Nunca fui movido a dinheiro, não foi a
primeira coisa que eu pensei. Eu sempre penso na minha felicidade e na
da minha família. Só tenho que lamentar as pessoas que pensam dessa
forma e agradeço o PSG por acreditar no meu potencial", disse. "Eu
não fiz nada de errado e fico triste com os torcedores, maioria ou
minoria, não sei, que pensam dessa forma. Todo jogador tem o direito de
querer ficar ou querer embora. Não somos robôs que têm que ficar ali
obrigados", afirmou Neymar sobre as críticas que recebeu por ter deixado
o Barcelona.(ANSA)
Entenda o fair play financeiro, questão final da chegada de Neymar ao PSG
Medidas introduzidas pela Uefa há sete anos são colocadas em xeque após contratação recorde
Durante participação no 14º Encontro
da União Nacional por Moradia, nesta quinta-feira, 3, em São Paulo, o
ex-presidente Lula voltou a criticar o governo de Michel Temer pelo
retrocesso nas políticas sociais; Lula também voltou a criticar a caçada
judicial e midiática de que é vítima; "Eu aprendi a andar de cabeça
erguida. Se quiserem me condenar, achem uma prova. Eles são responsáveis
pela morte precipitada da dona Marisa. Eu sei o que meus filhos estão
passando. Mas eu não vou perder a cabeça", afirmou o ex-presidente; Lula
disse ainda que vai fazer caravana pelo Nordeste, depois pelo Sul,
depois Centro Oeste e então Amazônia; "Eu vou conversar com o povo"
O deputado Sérgio Reis (PRB-SP), que
chegou a dizer ao governo que apoiaria Temer, mudou seu voto e se
declarou a favor da investigação contra o peemedebista; Reis, campeão de
emendas pagas pelo governo, justifica: "Votar contra seria como se eu
matasse a minha sogra e pedisse para só ser julgado um ano e oito meses
depois"; ele se refere ao fato de que Temer só será processado depois
desse prazo, quando deixar a Presidência
Tasso: foco de Temer é sobreviver e não fazer ajuste Em entrevista à jornalista Miriam
Leitão, Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, afirmou que, se
fosse deputado, teria votado a favor do andamento da denúncia contra
Michel Temer; o tucano criticou as ações de Temer, afirmando que hoje o
peemedebista pensa mais em sobreviver no cargo do que em fazer as
reformas econômicas
Os parlamentares que integram as
bancadas ruralista e da bala votaram em peso pelo arquivamento da
denúncia de corrupção feita pela Procuradoria Geral da República contra
Michel Temer; Ao, todo, 56,46% dos parlamentares da Frente Parlamentar
da Segurança Pública, a chamada bancada da bala, votaram pelo
arquivamento da denúncia; já a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA),
que possui 212 deputados, garantiu 146 dos 172 votos necessários para o
arquivamento; fidelidade a Temer alcançou 73,1% dos parlamentares da
bancada ruralista
Embora Michel Temer tenha conseguido
escapar da primeira denúncia de Rodrigo Janot, sua base aliada encolheu
significativamente após a delação do empresário Joesley Batista; Temer
conta hoje na Câmara com apoio real de cerca de 260 deputados, o que
representa uma queda de quase 40% em relação ao que ele tinha nos
primeiros meses deste ano, antes de vir à tona a delação da JBS; até o
escândalo, sua base contava com 20 partidos que, juntos, têm 416 dos 513
deputados; com isso, a base real de Temer hoje soma 261 deputados,
apenas 4 a mais do que a maioria absoluta das cadeiras da Casa (257);
esse é um número apertado inclusive para a aprovação de simples
requerimentos e projetos, tendo em vista que dificilmente as sessões da
Câmara contam com quorum completo Em um aceno ao governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, o PSDB resolveu anunciar seu candidato ao
Planalto já na convenção nacional do partido, em dezembro; a definição
da candidatura tucana em dezembro representa um entrave para o prefeito
de SP, João Doria, que disputa a vaga internamente com Alckmin; para se
candidatar, Doria teria de assumir que pretende deixar a administração
quase um ano antes da eleição
Me os de 24 horas após escapar da
denúncia da PGR, Michel Temer já trabalha intensamente para acabar com a
aposentadoria dos brasileiros; o resultado da votação reacendeu no
governo a esperança de retomar a reforma da Previdência até outubro;
além dos 263 votos obtidos pela rejeição da denúncia, o Planalto
contabiliza como favoráveis os 19 deputados ausentes e os dois que se
abstiveram: se esse total de 284 parlamentares for somado aos 106
deputados que integram os 11 partidos com ministério na Esplanada mas
que votaram contra Temer, o Planalto parte de um universo de 390
deputados sobre os quais trabalhará em busca dos 308 votos necessários
para a aprovação da proposta de mudanças nas aposentadorias
A ministra Cármen Lúcia, presidente
do Supremo, não se sensibilizou com o pedido de reajuste salarial de
16,38% que ouviu de representantes de associações de juízes na
segunda-feira; na próxima semana, os ministros da corte têm uma reunião
administrativa para aprovar a proposta orçamentária do Judiciário para
2018.; a ministra não deve incluir um centavo de aumento nos
contracheques dos magistrados na previsão de gastos do próximo ano
O caos fiscal da gestão de Michel
Temer e Henrique Meirelles, que já está ruim em 2017, deve piorar ainda
mais em 2018; cumprir o teto de gastos e a meta fiscal de 2018 exigirá
esforço extra do governo para cortar despesas e aprovar ajustes;
récnicos da equipe econômica estimam que só a Previdência deve consumir
R$ 50 bilhões adicionais no ano que vem, exatamente a margem que o
governo terá para ampliar suas despesas pela regra do teto de gastos
Michel Temer mal teve tempo de
comemorar a vitória na Câmara: integrantes do chamado Centrão —
especialmente do PMDB, PR, PTB e PP — exigem nova configuração do
governo; ou seja, o grupo espera ser recompensado, em curtíssimo prazo,
pela fidelidade ao peemedebista na votação que impediu o prosseguimento
da denúncia de corrupção da PGR; vice-líder do PMDB na Câmara, Hildo
Rocha (MA) defendeu ontem que o PSDB perca a metade dos seus
ministérios; Temer pediu uma “radiografia da votação” para saber as
justificativas dos aliados que traíram o governo
A liberação de emendas parlamentares
na véspera da votação, principal moeda de troca de Michel Temer,
refletiu no placar da Câmara; deputados que tiveram mais dinheiro
liberado foram mais fiéis do que os menos favorecidos, mostra
levantamento; dos 492 deputados que participaram da votação sobre a
denúncia nesta quarta-feira, 2, 469 tiveram emendas empenhadas de
janeiro a julho, até mesmo integrantes da oposição; entre os deputados
que tiveram mais de R$ 10 milhões empenhados no ano, 63,6% votaram a
favor de Temer ou não votaram, o que, na prática, também o favoreceu
Um dia depois de se salvar numa
votação que custou R$ 13,4 bilhões ao País, em mais uma etapa do golpe
dos corruptos, Michel Temer falou em mudar o sistema de governo no
Brasil, abolindo o regime presidencialista; "Acho que podemos pensar em
parlamentarismo para 2018. Não seria despropositado", afirmou; seria o
aprofundamento do golpe, uma vez que, em 1993, quando consultada num
plebiscito, a população rejeitou este sistema de governo; na prática, a
mudança transferiria o poder total no Brasil para os corruptos que hoje
dominam o Congresso, tornando irrelevante a disputa presidencial do ano
que vem
Presidente legítima e deposta Dilma
Rousseff criticou a rejeição da investigação do crime corrupção passiva
de Michel Temer, aprovada pela Câmara dos Deputados; segundo Dilma, os
deputados que concederam anistia a Michel Temer são reincidentes em
proteger criminosos; "Os deputados que, ontem, salvaram o presidente
golpista de ser julgado no STF por crime de corrupção são os mesmos que,
no ano passado, deram início ao impeachment fraudulento. São os mesmos
que elegeram Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. E são os mesmos
que, agora, salvam Temer", disse Dilma sua página no Facebook;
"Resta-nos continuar lutando contra a pauta regressiva dos golpistas que
serão julgados pela história e condenados pelo voto popular"
Ex-superintendente da Odebrecht em
Minas Gerais, Sérgio Luiz Neves confirma propina de 3% para o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) nas obras da Cidade Administrativa; de acordo com o
depoimento, a propina para o senador tucano foi registrada em ata em
reunião realizada em 16 de abril de 2008
Michel Temer compra deputados e Pedro
Parente, presidente da Petrobrás, aumentará os preços dos combustíveis
para cobrir o rombo nos cofres públicos. Para compensar os R$ 4 bilhões
gastos por Temer para se safar, a estatal aumentará em 0,2% o preço da
gasolina e 1% para o diesel nas refinarias
Depois de sujar sua biografia,
apoiando o golpe de 2016, que colocou a "pinguela" Michel Temer no
poder, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não se mostrou feliz
com o resultado de ontem, em que ele se safou, ao custo de R$ 13,4
bilhões para o País; "Foi uma vitória de Pirro, porque não adianta nada
para o país. Adianta, claro, para o presidente Temer. Mas, para o país,
essa não era a grande questão", disse ele; FHC afirmou que PSDB deve
apoiar as reformas e depois pular fora de um governo carimbado pela
população como o pior e mais corrupto da história do País; ele também
disse que, depois de ontem, o Brasil passa a ser comandado pelo Centrão –
ou seja, o PSDB pode ser descartado a qualquer momento pelo próprio
Temer
juiz Ubiratan Cruz Rodrigues, da
Justiça Federal do Rio de Janeiro em Macaé, suspendeu nesta
quarta-feira, 3, o aumento de impostos sobre os combustíveis, feitos por
Michel Temer; magistrado acatou ação popular movida por um professor e
advogado de Barra de São João, em Casimiro de Abreu. "Defiro o pedido de
tutela de urgência para suspender todos os efeitos do Decreto
9.101/207. Cumpra-se com urgência", diz a decisão do juiz; é a segunda
suspensão do tarifaço de Temer em nove dias
Estudantes de iniciação científica da
UFRJ não receberão mais a bolsa de estudos do CNPq a partir do próximo
mês; comunicado foi feito nessa quarta-fera, 2, mesmo dia em que Michel
Temer recebeu da Câmara uma anistia ao crime de corrupção passiva, à
custa da compra de dezenas de deputados; segundo a UFRJ, suspensão é
reflexo direto do contingenciamento de mais de 40% do orçamento
do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;
"Avaliamos que há um projeto político em curso, que se concretiza em um
ataque e desmonte da Ciência e da universidade pública no Brasil, que
acarretará prejuízos inestimáveis para toda a sociedade", disse a
universidade
Jornais de vários Países criticaram a
anistia que a Câmara deu ao crime de corrupção passiva de Michel Temer;
"Se Dilma Rousseff tivesse só a metade da sede de poder e da
degeneração moral de Michel Temer, ela ainda estaria no poder", disse o
jornal Der Tagesspiegel; já o Die Welt, classificou como "um duro
golpe" a permanência de Temer até o fim do mandato; "A credibilidade do
Congresso do Brasil continuou em farrapos", definiu o britânico The
Guardian sobre a votação dos deputados que blindou Temer
"Enquanto o país assiste a universidades públicas
suspenderem as aulas por se encontrarem em situação falimentar,
serviços públicos entrarem em deterioração, agências de pesquisa
decretarem estado de calamidade e 3,6 milhões de pessoas saírem da
classe média baixa em direção à pobreza, o ocupante do trono da
Presidência, único presidente da história brasileira a ser denunciado
pela Justiça no cargo, gastava milhões de reais em suborno explícito de
deputados, uso de cargos públicos para aliciamento de votos e liberação
de emendas escusas a fim de garantir sua sobrevida", escreve Safatle
Defensor número 1 de Michel Temer, o blogueiro
neocon Reinaldo Azevedo avalizou a compra de deputados com emendas
parlamentares feita pelo peemedebista; "Não vejo mal nenhum em que o
parlamentar, em períodos assim, busque destravar ou liberar o 'recurso
X', a que tem direito, dada a cota orçamentária para tanto. É claro que
aumenta seu poder de pressão. E de troca. Uma troca que, se feita, é
absolutamente legal e legítima.", escreve; Reinaldo também sugere que o
Temer use emendas para comprar apoios para a reforma da Previdência