12.29.2012

Lei Seca mais rigorosa aumenta número de prisões de motoristas

Desde o início do ano, antes da mudança na regra, de cada cem motoristas parados pela polícia, 28, em média, acabavam presos. Nos últimos dias, esta proporção subiu para 45 em cada 100.

A Lei Seca mais rigorosa está valendo há pouco mais de uma semana e já provocou um aumento nas prisões de motoristas flagrados em operações policiais nas estradas brasileiras. Agora, além do bafômetro, existem outras formas de comprovar a embriaguez ao volante.
O policial rodoviário é quem dá a declaração: “O senhor está preso por dirigir sob o efeito do álcool”.
A Lei Seca mais rigorosa já está dando resultando. Desde o início do ano, antes da mudança na regra, de cada cem motoristas parados pela polícia, 28, em média, acabavam presos, por terem ingerido álcool antes de dirigir, um crime comprovado pelo bafômetro. Nos últimos dias, esta proporção subiu para 45 em cada 100.
O teste já não é mais a única prova, e a prisão pode se basear em fotos, vídeos ou depoimentos. Uma motorista nem percebeu quando confessou o crime. Ela não queria fazer o teste do bafômetro. Acabou fazendo, e foi reprovada.
De acordo com a lei, quem tiver resultado de mais de 0,30 no bafômetro, ou sinais de embriaguez, é levado para a delegacia e pode ser preso. Apenas em blitz, na noite de sexta-feira (28), na região de Curitiba, seis pessoas acabaram detidas.
Fiscalizações acontecem em todo o país. Mas no Paraná, o rigor tem sido ainda maior. Neste ano, o estado foi o que fez mais testes do bafômetro e o que mais registrou multas e prisões por embriaguez ao volante. Foram 3282 autuações, de janeiro a novembro, e 1077 motoristas presos no Paraná.
“Uma pequena parcela que insiste na prática criminosa de beber e dirigir é retirada da via pública”, afirma Wilson Martinez, da Polícia Rodoviária Federal.
E agora que várias provas podem ser usadas para confirmar o crime de embriaguez ao volante, o bafômetro passa a ser usado como defesa. O motorista Pedro José da Silva, parado pela Polícia Rodoviária, se candidatou ao teste. Assoprou no aparelho, e foi liberado para seguir viagem.
“É muito importante, Deus o livre. É muito importante. O que está acontecendo é acidente nas estradas. Mata mais do que arma de fogo”, diz.

O anti-jornalismo da Veja se aprofunda

Esta reportagem abaixo diz exatamente ao contrário do que está acontecendo no Brasil que está dando certo e que o  povão acredita com mais de 70% de aprovação segundo os institutos de pesquisas

Com reformas de Dilma, Brasil não é mais porto seguro (reportagem mentirosa)


Presidente promove mudanças estruturais em curto período para estimular avanço da indústria, mas obtém o efeito contrário. Empresários são intimidados pela perda de previsibilidade econômica e paralisam investimentos (não é verdade)


Ana Clara Costa e Talita Fernandes

A presidente da República, Dilma Rousseff, participa de café com jornalistas em 27 de dezembro de 2012
Dilma pede confiança a investidor, mas suas ações acabam por afastá-lo (Fernando Bizerra Jr/EFE)

 Nota "boasprticasfarmaceuticas" A foto da presidenta apresentada pela revista Veja  é de um ângulo desfavorável  mostrando a Dilma fazendo um bico.
A revista Veja mais parece um partido de oposição, esperamos que o público que leia esta revista saiba exatamente  os seus  objetivos excusos.
Cade o diretor da Veja  Policarpo amigo do Cachoeiras.
Porque a revista não investiga o Daniel Dantas e o Gilmar Mendes.  
Os seus colunistas (Reinaldo e outros menos votados)  são paus mandados para falar mal do governo e do PT.
A credibilidade da revista  é Zero em relação a politica e ao governo da presidenta Dilma   
 

O antijornalismo e o vale-tudo de Veja a serviço dos tucanos

O sociológo Marcos Coimbra, em artigo publicado no Correio Braziliense, desqualifica a tentativa da revista Veja de envolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o publicitário Marcos Valério, um dos principais acusados na Ação Penal 470, em julgamento no Supremo Tribunal Federal.  Para ele, a única razão de ser da "matéria" é a tentativa de ajudar a candidatura tucana de José Serra à prefeitura de São Paulo. Aproveita para dar uma estocada na publicação da editora Abril,  uma "revista, que se dedica apenas ao combate ideológico e que se desobriga, por essa razão, de honrar as regras do jornalismo. Para ela, vale tudo. " Leia a íntegra do artigo, intitulado  "Revelações e Eleições".

"O mais rumoroso evento político da semana passada, a publicação pela revista Veja de uma matéria contendo algumas declarações de Marcos Valério e muitas ilações a respeito do que ainda teria a dizer sobre o "mensalão", deve ser compreendido em função do momento que vivemos.
No front jurídico imediato, não tem significado. Quem entende do processo que corre no Supremo Tribunal Federal afirma que os votos dos ministros estão escritos e não mudariam porque um dos réus disse isso ou aquilo.
Nem se a questão fosse suscitada por um veículo com credibilidade. Não é o caso dessa revista, que se dedica apenas ao combate ideológico e que se desobriga, por essa razão, de honrar as regras do jornalismo. Para ela, vale tudo.
Não cabe especular sobre o que teria motivado Valério a falar — o que quer que tenha dito. Desinformado é que não está, considerando a qualidade dos advogados com que conta. Ele sabe que, a essa altura do processo, lançar suspeitas sobre Lula ou outras pessoas só aprofunda seus problemas.
Estamos entrando na hora decisiva do julgamento, quando a "fatia" política será avaliada pelos ministros. É agora que a suposição da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pretenso esquema de compra de votos de parlamentares — que teria existido entre 2004 e 2005, para aprovar medidas de interesse do governo — começará a ser discutida.
Desde a CPI, essa é a parte mais fantasiosa e frágil das denúncias. Por mais que alguns deputados oposicionistas tivessem tentado ligar pagamentos recebidos por partidos e parlamentares a votações específicas, nenhuma foi identificada com clareza. A completa falta de sentido de o governo pagar integrantes de sua bancada mais fiel para que votassem assim ou assado apenas ressalta a insipiência da hipótese.
Quanto à PGR, ela não conseguiu avançar um milímetro na demonstração dessa vinculação. Que benefício teria agora Valério estabelecendo-a, ainda que somente com base em declarações não substanciadas? Justo quando serão julgados os políticos acusados? O que ganharia confessando ser parte de uma quadrilha que cometeu um crime grave? Boicotar o trabalho da defesa? E a revista? O que ganha publicando a "entrevista" agora?
No tocante ao julgamento, nada. O ambiente de pressão sobre os juízes está construído e a matéria não aumenta o risco que correm de ser achincalhados se votarem em desacordo com o que ela deseja.
Isso, eles já entenderam.
Ou seja: para Valério e a revista, dentro da história do julgamento do "mensalão", ela é inútil (o que não quer dizer que não possa ter relevância nas guerras de longo prazo em que estão engajados — ele, tentando reduzir as provações que o aguardam, ela, na luta contra o "lulopetismo".
A matéria tem outra razão de ser.
Quem mora fora de São Paulo não entende a importância que a eleição de prefeito assume para quem faz política na cidade. Acham que é fundamental para o Brasil. Quem não é "serrista" não compreende a dor de ver seu preferido prestes a sofrer uma derrota humilhante. Se agarrando à tênue hipótese de derrotar Fernando Haddad e receber o voto petista para enfrentar Celso Russomano.
Chance remota? Pouca possibilidade? Não importa. O que puderem fazer para que ele ultrapasse Haddad farão. Não é difícil ver as ligações. José Serra traz o mensalão para sua propaganda eleitoral, na hora em que falham os velhos argumentos ("o mais preparado", "o líder nas pesquisas" etc.).
Na semana seguinte, a revista faz matéria bombástica, com capa pronta para a televisão. Que coincidência feliz. Que acaso extraordinário!
Vai dar certo? Pouco provável. Mas é o que têm."

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do instituto Vox Populi 

* NINGUÉM MUDA NINGUÉM*

  por Patricia Gebrim

Vida a dois: É possível mudar o outro?

É possível mudar o nosso parceiro em um relacionamento?
Gente!!! É muito sério o que tenho para dizer. Por favor, peguem uma folha de papel em branco, canetinhas coloridas de todas as cores, purpurina, tintas... e escrevam bem grande no centro da folha, com direito a gliter e luzes coloridas:


* NINGUÉM MUDA NINGUÉM*
Escreveu?
Agora pendure a folha em um lugar bem visível e leia essa frase ao menos 100 vezes todos os dias, antes de dormir e ao despertar!
Acreditem, é incrível o número de pessoas que ainda desconsideram essa verdade.

Entram em relacionamentos e se enganam, fingindo que certas características do parceiro estão lá quase por acaso, mas que com certeza essas coisas mudarão quando a fada boa do amor cantar sua canção de ninar para o casal apaixonado. Quase como se o amor fosse uma espécie de borracha gigante com a qual pudéssemos apagar do outro as imperfeições que tanto nos incomodam.
Repito... isso não vai acontecer! Amor não é borracha!

Um dos maiores problemas que vejo nos relacionamentos atualmente está no fato de que as pessoas ficam tão desesperadas para encontrar um parceiro que basta alguém as escolher para que se sintam imediatamente gratas por serem salvas desse horrendo destino: solidão. Com isso, nunca escolhem. Basta que sejam escolhidas. Se um sapo as escolhe, vira príncipe na hora!
E se forem escolhidas por alguém que tenha valores muito diferentes dos seus, por exemplo, as pessoas resolvem essa “pequena dificuldade” negando essas diferenças e dizendo a si mesmas que com o tempo isso irá mudar e, magicamente, os dois se tornarão parecidos, quase iguais.

BESTEIRA!

O tempo vai passando e isso não acontece. O outro não muda! E aquelas diferenças começam a incomodar. E em breve os dois estão desesperadamente tentando mudar um ao outro, como se essa fosse a saída para que a relação pudesse funcionar. Em geral nesse processo alguém se torna o cobrador e o outro se torna o que é cobrado e sufocado. Ambos vivenciam a frustração e a dor ao se deparar com a dura verdade: o outro simplesmente não vai mudar.

O outro não vai dar mais do que pode só porque você quer.

O outro não vai aceitar menos do que acredita merecer só porque você quer!

Tente perceber... é muito importante que você perceba isso:
Se, lá no começo de tudo, você tiver calma, se der a si mesmo tempo para conhecer melhor a pessoa que chegou à sua vida, se conseguir escapar dessa loucura coletiva que o leva a aceitar a primeira pessoa que aparecer... se puder fazer isso, talvez possa dar a si mesmo a chance de conhecer o outro melhor antes de fazer uma escolha. E ao fazer isso, talvez possa escolher melhor.
Imagine que você seja uma pessoa doce e carinhosa e decida ter um bichinho de estimação. Você fica tão ansioso para comprar o bichinho que acaba comprando o primeiro que encontrou... um lindo peixe dourado em um aquário redondo. Você leva o aquário para casa todo feliz e o coloca em um lugar de destaque na sua sala. Mas aí a noite chega e você começa a se sentir só... e percebe que sente falta de toque. Pega o peixe dourado e ... o coloca no colo... Ops! E agora?
Peixes não são muito de abraçar. Para falar a verdade eles parecem morrer quando os tiramos de seu mundinho particular... entenda... não adianta querer colocar no colo um peixinho dourado! Não vai funcionar!
Se era tão importante para você afagar um bichinho... por que comprou logo um... peixe????
Devia ter comprado um cachorro... um coelho... talvez um gato (se bem que a maioria dos gatos não são muito de afagos). Mas... um peixe????
Com isso quero deixar clara a importância da escolha, de uma escolha consciente.
Agora, se você já comprou o peixe... NÃO ADIANTA QUERER QUE ELE VIRE UM CACHORRO, entende? Ele não irá NUNCA latir ou se deitar no seu colo. Ou você aceita o peixe como é ou aceita que fez uma besteira, escolheu errado. Nesse caso, deixe que o peixe se vá e corra a um pet shop em busca do cachorrinho mais fofo e peludo que encontrar!

Loucura, no meu ver, é o que vejo em muitos relacionamentos. Gente brigando anos para transformar peixe em cachorro, tartaruga em águia, elefante em gazela... gente perdendo um tempo precioso que não volta mais, tentando encontrar culpados onde não há culpa alguma.

A culpa não é do outro! Um peixe tem todo o direito de ser peixe, afinal!

Nós é que precisamos ter mais clareza do que buscamos, aprender a ter mais calma e consciência em nossas escolhas e parar de agir desesperadamente por medo dessa tal solidão.

Por que é difícil manter laços saudáveis?

 por Angelina Garcia
Na tentativa de criar laços, é comum iniciarmos um relacionamento prestando muita atenção às necessidades e desejos do outro, para que possamos atendê-los ao mesmo tempo em que procuramos lhe oferecer o melhor de nós, na expectativa de sermos aceitos ou amados. Isso ocorre em relação às novas amizades, novos empregos, novos amores. Também é comum vermos arrefecerem essas preocupações com o passar do tempo, quando esperamos conquistar segurança suficiente para deixar escapar aquele nosso lado que não apreciamos tanto, enquanto permitimos que o outro também o faça. Passamos a nos sentir mais à vontade na relação, abrindo espaço inclusive para dizer não.

Certa tensão sempre haverá, afinal eu sou eu e o outro é o outro, mas apenas a tensão necessária que nos mobiliza em direção aos ajustes constantes de qualquer parceria. Quando bem utilizada, torna-se responsável pelo amadurecimento da relação e crescimento dos envolvidos. A questão se coloca quando não se chega a esse ponto de equilíbrio. Alguém ou alguma coisa se desviou no meio do caminho. É preciso descobrir. Um dos lados estaria usando a insegurança do outro para exercer seu poder sobre ele? Ou ele próprio ainda não saiu da zona de insegurança?

Trata-se, por exemplo, do caso do homem ou da mulher que deixa o outro em permanente dúvida quanto ao tipo de vínculo assumido, ora mostrando-se interessado em dar continuidade ao relacionamento, ora colocando-se de passagem. Ou aquele que vive comparando a companhia atual aos amores do passado, em sua opinião, sempre mais interessantes. Há, ainda, os que gostam de incitar ciúmes, provocando no outro a sensação de perda iminente.

Nas relações de trabalho não é muito diferente. Encontramos chefias que mantêm seus funcionários em constante desconforto por nunca receberem o retorno sobre seu desempenho. Aqui também podem aparecer situações em que os empregados costumam ser comparados uns aos outros; ou outras, nas quais são enfatizadas apenas suas falhas.

Entre amigos e familiares, os laços são muitas vezes mantidos pela dependência afetiva, seja um cobrando mais do que o outro pode ou está disposto a dar, seja reclamando atenção, presença, ou apontando fragilidades, em nome das quais aquele se faz sempre necessário.
A paixão pode reacender ou o caminho é o amor mesmo?
por Anette Lewin

Resposta: O amor é um sentimento construido a dois. A paixão é um sentimento individual que pode, às vezes, ser vivido de forma simultânea.
No inicio de um relacionamento as pessoas ainda não se conhecem e projetam no outro altas expectativas. A boa vontade impera e os envolvidos abrem mão do seu próprio desejo para tentar agradar a pessoa que ainda não conquistaram e temem perder... Essa sensação de urgência é a base da paixão.
Chega uma hora porém, em que o ser desejado começa a ficar mais nítido para outro e perde suas caracteristicas de perfeição. O lado humano aparece com todas as suas falhas e defeitos mas também com suas qualidades. O sentimento do apaixonado, nesse momento se transforma. Aqueles que são capazes de superar essa fase, baixar à terra e aceitar o outro como ele é, constroem uma relação de amor. Aqueles que ficam sonhando em voltar para trás e viver novamente a paixão, em geral se decepcionam...É como querer se emocionar novamente com um filme de suspense depois de ter visto o seu final. Difícil, não é?
Tente encarar o fim da paixão como uma mudança de fase e não como uma perda. Invista nessa fase mais tranquila, de maior cumplicidade e que, se bem tratada, pode durar a vida inteira!



"Não era tudo isso"


Está difícil encontrar sua identidade no mundo?
por Monica Aiub
Há quem aponte como característica do mundo contemporâneo a fragmentação: “ Somos seres fragmentados em um mundo fragmentado”. Em pedaços espalhados pela vida, tentamos, em vão, encontrar algo que una, ligue, compacte.
Recebo, no consultório, pessoas que sofrem com a sensação de fragmentação, que lutam para encontrar “sua identidade”, “seu ser”. Mas recebo também, no mesmo consultório, pessoas que encontram no fragmentar-se um modo de vida, uma forma de ser, que encontram uma identidade fragmentada ou, simplesmente, são estes muitos fragmentos espalhados pela vida.

"Encontro pessoas extremamente insatisfeitas com suas vidas, acreditando que não é possível viver de outra forma. Encontro também pessoas que estão insatisfeitas com suas vidas, mas acreditam que necessitam sonhar, re-inventar suas formas de vida. O mundo lhes parece um universo de possibilidades" Um motivo de fragmentação, por vezes, encontra-se nas escolhas que a pessoa faz no decorrer de sua vida. Escolheu um caminho e o percorreu e, de repente, surge a possibilidade de, ao invés deste caminho, ter percorrido outro, completamente diferente. Imagine-se hoje, reencontrando seu passado, com a possibilidade de voltar “o filme da vida” e reinventá-lo, em moldes completamente diferentes.

Se ao invés de ter se dirigido a sua área de trabalho atual tivesse feito a escolha que deixou para trás, se ao invés de ter viajado tivesse se casado com aquela pessoa que você nunca mais viu, etc. Onde você estaria hoje? Mas estas ideias são apenas uma ficção. Não há como saber se teria sido melhor, se teria dado certo. Assim como, no momento de nossas escolhas, não há como saber se elas nos levarão ao lugar existencial para o qual desejamos nos dirigir.
Além disso, as paisagens que construímos no momento em que definimos nossas escolhas nem sempre possuem condições de satisfação, ou seja, muitas vezes pintamos um quadro muito melhor ou muito pior. Temos como saber se as possibilidades que imaginamos se concretizarão? Há situações em que possuímos elementos que nos permitem avaliar com mais clareza a existência das possibilidades, os passos necessários para concretizá-las, mesmo assim não há garantias de efetivação de tais possibilidades. 


"Não era tudo isso"
Contudo, há situações em que idealizamos as possibilidades e escolhemos caminhos acreditando nelas, apesar de não possuirmos condições para satisfazê-las. Então, nos dirigimos para certas escolhas e, uma vez realizadas, ficamos insatisfeitos com elas, como se desejássemos muito ir a um lugar que imaginamos ser fantástico, maravilhoso, e ao chegarmos lá constatássemos que “não era tudo isso”.

O que fazer quando, diante de nossa própria vida, constatamos que o lugar existencial que construímos para nós “não era tudo isso”, “não é o que desejaríamos que fosse, “não atende a nossas necessidades existenciais”?

Para alguns tal constatação leva à descrença absoluta: “nada é o que parece ser”, “não há saída”, “qualquer sonho, qualquer busca, tudo isso é ilusão”... Alguns significam esta constatação como a inexistência de caminhos, enquanto outros a significam como a possibilidade de rever a vida e encontrar novos caminhos, a possibilidade de re-inventar-se.

Encontro pessoas extremamente insatisfeitas com suas vidas, acreditando que não é possível viver de outra forma. O mundo lhes parece cruel, difícil, triste, indigno. O outro lhes parece corrupto, injusto, predador. As condições lhe parecem inóspitas. Somos, a seus olhares, sobreviventes de um mundo em guerra, vivendo a miséria da existência.


Mundo pode ser um universo de possibilidades

Encontro também pessoas que estão insatisfeitas com suas vidas, mas acreditam que necessitam sonhar, re-inventar suas formas de vida. O mundo lhes parece um universo de possibilidades. O outro lhes parece ser simplesmente outro, alguém com quem se pode aprender um novo olhar. As condições são apenas condições, nós podemos construir muitas coisas a partir delas. Somos, a seus olhares, seres criativos com um universo imenso de possibilidades diante de nós, vivemos a fortuna da existência.

Entre estes extremos, todos os graus de variação são possíveis. Como o mundo parece para você? E o outro? Como você avalia tudo o que viveu até o momento? Já constatou elementos que gostaria de modificar no mundo a sua volta? Sua leitura do mundo, comparada a de outras pessoas, é mais ou menos correta? De que maneira a leitura que você faz do mundo, as crenças que constitui sobre ele, direcionam seu existir?

Vimos no texto Entenda a estrutura de pensamento - (clique aqui) que a estrutura de pensamento de uma pessoa é plástica, flexível, e há muitas possibilidades de articulação. Obviamente, as questões colocadas no parágrafo anterior podem ser respondidas de maneiras muito diferentes, dependendo das circunstâncias, do momento, de quem é este outro com o qual nos relacionamos, e de muitos outros fatores. Além disso, pessoas em circunstâncias similares podem ver o mundo de maneiras diferentes, podem reagir de formas distintas. Há os que diante de adversidades fogem, escondem-se; há os que enfrentam; há os que buscam alternativas, e há aqueles que optam por estas e muitas outras formas de lidar com as questões.

Cada ser é único
Retorno aqui ao discurso da singularidade, ao mesmo tempo em que insisto em destacar que somos seres singulares situados no mundo, ou seja, as condições de satisfação de nossas crenças sobre o mundo possuem um papel fundamental na constituição daquilo que somos, mas não são, necessariamente, determinantes.

Ao estudarmos a estrutura de pensamento de uma pessoa, a forma como ela vê o mundo é apenas um tópico: Como o mundo parece. Este primeiro tópico diz respeito a “como parece” e não necessariamente “como é”. Afinal, existe a possibilidade de conhecermos o mundo “tal qual ele é”? O mundo é suficientemente estático para dizermos que ele é de determinada maneira e orientarmos nossas vidas a partir disto? Ou há possibilidades do mundo vir a ser de outras maneiras, dependendo do que fizermos dele? Podemos construir o mundo à nossa maneira? Quais as consequências de cada uma destas crenças sobre o mundo em nossas vidas?

O primeiro ponto que desejo ressaltar aqui é que não trabalhamos, em filosofia clínica, com questões isoladas, nem fazemos a leitura dos tópicos isoladamente. O passo inicial de um filósofo clínico é fazer os Exames Categoriais. Em outras palavras, quando constatamos o funcionamento de cada tópico – e utilizemos aqui o primeiro deles como exemplo: Como o mundo parece, consideramos este tópico a partir das categorias: assunto, circunstância, lugar, tempo e relação. Consideramos também as relações inter e intratópicas (os 30 tópicos da estrutura de pensamento), assim como as formas que a pessoa faz uso para lidar com suas questões (submodos).

Com isso, destaco que não se trata de uma leitura fragmentada do ser humano, mas também não descartamos a possibilidade de encontrarmos tópicos soltos, fragmentos significativos que, por si, sejam capazes de movimentar uma vida.

Não é o caso de traçarmos como objetivo clínico a fragmentação ou seu oposto, não defendemos a necessidade de sermos unos ou múltiplos, simplesmente buscamos a compreensão dos diferentes e legítimos modos de ser, e constatamos que, às vezes, fragmentar-se é uma destas formas. Estar fragmentado pode se constituir num problema, ou ser a solução encontrada para viver as possibilidades de ser.

A coerência acontece quando alinhamos nossos pensamentos, sentimentos e ações com os nossos sonhos"



 "por Patricia Gebrim
 
Quando chega o final do ano, mesmo sabendo que os finais e começos são ilusórios, sempre dá aquela sensação boa de renovação. É quando todo mundo ousa sonhar um pouco e brincar de desejar uma vida mais feliz.
Se sonhar é maravilhoso, ver um sonho ganhar raízes e se ancorar na vida real é o mais puro néctar, cada sonho um pedacinho de felicidade criado por nós - não essa felicidade idealizada que os imaturos ainda buscam, mas a felicidade possível, muitas vezes feita de coisas pequenas e tão simples quanto acariciar um pequeno filhote de leão (um de meus sonhos de criança ainda não realizados).
Mas para que tenhamos a chance de aproximar os sonhos de nossa vida real, é preciso que sejamos capazes de manifestar o que chamarei de coerência. A coerência acontece quando alinhamos nossos pensamentos, sentimentos e ações com os nossos sonhos. Por exemplo, de nada adianta sonhar com uma vida mais simples, se continuamos nos sentindo compelidos a comprar cada vez mais coisas, nos endividando a ponto de nos tornarmos escravos de trabalhos e rotinas de vida tão complicadas.

Assim, procure trazer para a sua consciência o que de fato importa para você, e procure avaliar o custo envolvido na realização de seus desejos. Não siga pela vida agindo como uma criança que acredita poder ter tudo sem dar nada em troca, negando a realidade. Mesmo sendo um pouco desconfortável, quando ficamos em contato com a realidade nos tornamos mais poderosos e capazes de manifestar na vida concreta aquilo que almejamos internamente.

Todos nós possuímos um imenso potencial criativo e somos capazes de transformar muito mais coisas do que imaginamos. Podemos criar mais saúde, mais harmonia, mais paz, mais alegria. Podemos mudar de rumo na vida, deixar para trás o que já não faz sentido, abrir caminho para que o novo chegue. Podemos nos tornar mais conscientes, mais amorosos, mais realizados, mais poderosos. Mas para isso precisamos acreditar em nós mesmos e nos dar uma chance. Se nos definirmos com base em nosso passado, nos aprisionamos em um círculo vicioso de infinitas e tediosas repetições. Não faça isso com você. Você pode ter caído dez vezes em um buraco, isso não significa que acontecerá de novo!

Abra-se para que o seu melhor venha à tona. Queira, lá no fundo do seu ser, que isso aconteça. Mesmo que um longo caminho ainda o separe do que você deseja conquistar, ao menos dê os primeiros passos na estrada que o conduz naquela direção. Siga sempre em frente, na velocidade que for possível para você. Não perca a coerência, não traia a si mesmo no meio do caminho, apenas siga, sem se preocupar com quando finalmente chegará. Aprecie essa viagem maravilhosa chamada vida!

Quando sentimos que já estamos a caminho, algo em nosso íntimo se acalma, e dessa calma flui uma confiança amorosa de que, se persistirmos, sem desistir, um dia chegaremos lá.

E chegaremos, você verá!

Somente o necessário: Excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas

Embora as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem, existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que possuímos em excesso.

Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.
 
Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.

Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.

Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.

Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.

Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!

Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...

Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.

Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta deles, não se reconhecem.

Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.

.Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio..


por Carlos Hilsdorf





Óculos de sol: gênero de primeira necessidade

Especialistas dizem que eles rivalizam com protetor o solar como acessórios vitais para proteger do sol

The New York Times
A grande maioria das pessoas já sabe que se proteger dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta do sol passa por aplicar o protetor solar, usar uma camiseta de algodão e colocar um boné ou chapéu na cabeça.
Muitos, no entanto, se esquecem de acrescentar a este conjunto um bom par de óculos de sol, uma falha que pode colocar os olhos em risco, dizem os oftalmologistas. Os raios ultravioleta, ou UV, podem causar prejuízos significativos aos olhos desprotegidos, resultando em uma série de doenças e distúrbios que podem levar à cegueira.



Getty Images
Sob o sol, óculos grandes e chapéu são dupla infalível para evitar danos aos olhos
“As pessoas estão mais conscientes sobre o câncer de pele. Não há mais medo de expor a pele ao sol. Ao mesmo tempo, os olhos sofrem com a exposição aos raios UV de maneira dramática. Essa exposição é um problema de saúde pública e, como oftalmologista, tenho continuamente visto problemas sérios causados pela radiação ultravioleta ” diz o médico J. Alberto Martinez, oftalmologista de Bethesda, Maryland, e professor clínico de Oftalmologia da Escola de Medicina da Universidade de Georgetown. De acordo com o Escritório de Ar e Radiação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a exposição contínua aos raios UV pode causar problemas de visão e lesões oculares.
Pessoas expostas à luz solar, mesmo por períodos curtos, podem desenvolver “queimadura solar de olho” na forma de fotoqueratite ou de fotoconjuntivite. A fotoqueratite é uma inflamação da córnea, a parte frontal transparente do olho que cobre a íris, a pupila e o cristalino.
“O sol pode danificar e até destruir as células superficiais na parte frontal da córnea” explica o oftalmologista Lee Duffner, de Hollywood, na Flórida. A fotoconjuntivite é uma inflamação semelhante que afeta a conjuntiva, a membrana que reveste a parte branca da superfície do olho e também a face interna das pálpebras. As duas condições podem ser muito dolorosas, mas as pessoas tendem a se recuperar-se rapidamente delas sem danos perenes para a visão.
A exposição repetida pode causar danos cumulativos com o passar do tempo, gerando ameaças para a visão, incluindo:
Pterígio
É um crescimento anormal da conjuntiva causado pelo sol. Esse crescimento pode ser intenso a ponto de obstruir a córnea, bloqueando parcialmente a visão. Para restaurá-la às vezes é necessário fazer uma cirurgia. “Em alguns casos o pterígio tende a voltar, mesmo depois de removido cirurgicamente. É um verdadeiro incômodo” conta Duffner.

Catarata
Este processo envolve a turvação da lente do olho. Acredita-se que os raios ultravioleta tenham um papel decisivo nesse processo.

Degeneração macular
Ocorre quando os raios UV penetram profundamente no globo ocular causando danos à retina, a camada mais interna do olho. A mácula, no centro da retina, é responsável pela percepção de detalhes e pelo campo central de visão. “Marinheiros da baía de Chesapeake que usam chapéu e óculos escuros têm uma incidência muito menor de catarata e degeneração macular do que aqueles que não o fazem”, diz Martinez, citando uma pesquisa.

Câncer
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a exposição prolongada aos raios UV pode causar câncer de pele dos olhos. O olho, poucos sabem, pode desenvolver melanoma, enquanto as pálpebras geralmente são afetadas por carcinomas basocelulares. Nos dois casos pode ser necessário cirurgia.

Naturalmente, tais danos não ocorrem apenas no verão, ou só quando se está em pé diretamente sob o sol. A luz solar intensa refletida em calçadas, no alumínio, na neve e em outras superfícies pode causar danos tão facilmente como luz solar direta. Uma das formas mais conhecidas de fotoqueratite é a cegueira da neve, que ocorre quando os esquiadores e montanhistas estão expostos a altos níveis de radiação UV da luz refletida no gelo.
Então, o que fazer para se proteger? Usar óculos de sol. Simples assim, dizem os especialistas. Um chapéu de abas largas também não vai doer, mas os óculos de sol são a verdadeira chave.

Os óculos devem ser capazes de absorver entre 99% e 100% dos raios UV-A e UV-B. É importante ler os rótulos e ter em mente que o valor pago pela peça nem sempre garante a proteção. Além disso, para efeitos de proteção, é bom deixar de lado tendências de moda, dizem os especialistas. "Óculos pequenos permitem que a radiação ultravioleta alcance os olhos. Se possível, compre óculos do tipo máscara, que cubram toda a região dos olhos", orienta Duffner.
As piores formas de doenças oculares relacionadas à radiação UV vêm do dano cumulativo, daí a importância de começar a proteger os olhos das crianças – assim elas terão mais chances de manter a visão saudável na terceira idade.
“A maior parte da exposição ocorre nos primeiros 18 anos de vida. O truque é tentar fazer com que as crianças usem óculos escuros. É difícil, é preciso tentar” 


Exagerou no Sol ?


COMO ACABAR COM A VERMELHIDÃO DA PELE DURANTE O VERÃO

Como acabar com a vermelhidão da pele durante o verão
 Está com a pele ardendo? Confira essas dicas!


Que atire a primeira pedra quem nunca exagerou no Sol e acabou ficando com a pele bem parecida com um pimentão, daqueles bem vermelhos! Porém, além de estimular o envelhecimento da pele, o incontrolável desejo de ficar mais morena pode causar queimaduras sérias.
Para que isso não se transforme em um problema e atrapalhe o seu verão, confira algumas dicas que amenizam a vermelhidão da pele:
• Na hora do banho, como a pele está quente e vermelha devido à exposição excessiva ao sol, é melhor evitar água quente e o uso de esponja e qualquer esfoliante na região afetada.
• O sabonete deve servir como hidratante para não irritar a pele e deixá-la mais ressecada. Aproveite e aplique um óleo de banho para trazer de volta a sensação de frescor.
• Aplique compressas frias sobre a pele quente com o intuito de esfria-la ou use toalhas umedecidas em água fresca. Esse hábito diminui a ardência e a sensação de calor.
• Não deixe de passar hidratantes na área afetada. Uma alternativa para aliviar a dor é colocar o creme na geladeira por alguns minutos antes de fazer a aplicação.
• Tome bastante água gelada, sucos naturais e água de coco. Essas bebidas combatem a desidratação causada pela exposição ao sol.

SAIBA AINDA: 
 
Mitos e verdades sobre os perigos do sol para a pele

 
Para enfrentarmos o verão sem os efeitos nocivos do sol, os cuidados com a pele devem ser aumentados, principalmente na face, pescoço, colo e braços, que são áreas mais expostas no dia-a-dia. Uma pequena quantidade de sol é necessária para nosso organismo produzir a vitamina D. Porém, esta quantidade é menor do que aquela que produz o bronzeado. Em excesso, o sol pode levar a uma variedade de problemas de saúde, incluindo câncer de pele e catarata.
Além do envelhecimento da pele, o excesso à exposição solar, segundo relatório a OMS (Organização Mundial de Saúde), causa cerca de 60 mil mortes por ano, em todo o mundo. Estima-se que mais de 90% da carga global de doenças como melanoma e outros cânceres de pele seja causada pela exposição à radiação ultravioleta, UV. 

 

Filtro solar até em dia nublado
Risco este que, segundo o dermatologista Guilherme de Almeida, pode ser evitado com a adoção de medidas preventivas, tais como: evitar a exposição à luz solar nas horas em que o sol é mais intenso (entre 10h e 16h), usar chapéu/ boné, óculos escuros com lente que tenha proteção, filtro solar com no mínimo fator 15 (ou mais alto, caso a pele seja clara ou sensível). Os raios solares são invisíveis, por isso, os filtros solares devem ser usados, inclusive, nos dias nublados, pois cerca de 40 a 60% da radiação solar atravessa as nuvens.
Pessoas com pele oleosa ou com tendência a espinhas devem usar filtros “oil free”, livres de óleo, ou gel para evitar que as glândulas fiquem mais entupidas e haja um agravamento da acne.
Pacientes com manchas escuras (Melasma ou Cloasma), devem ter cuidado redobrado com o sol, e usar Filtros com FPS de 45 a 60, pois são sensíveis a quantidades mínimas de ultravioleta. 

Mitos e verdades 

Queimaduras solares freqüentes durante a vida predispõe ao câncer de pele.
Verdade. O sol em excesso causa alterações no DNA das células, aumentando o risco de desenvolver câncer de pele.


Mesmo não estando na praia, devo usar protetor solar
Verdade. Ele deve ser usado diariamente. O sol acelera o envelhecimento, pois causa uma desestruturação no colágeno da pele, substância responsável por manter a pele jovem.

Manchas e pintas na pele sempre tem relação com o sol
Em parte. É preciso fazer uma investigação em cada paciente. Depende da predisposição genética da pessoa ou até com alterações hormonais, como o uso de anticoncepcionais e a gravidez. Mas o sol tem uma contribuição importante para o surgimento de manchas. O sol sem proteção ativa a melanina da pele,
o que acaba causando manchas e sardas.


Pele bronzeada é sinônimo de pele saudável
Mito. Ao contrário do que muitos pensam, a pele bronzeada está, na verdade, criando uma defesa. Com o sol em excesso, as células começam a produzir
mais melanina com o objetivo de proteger a pele.


Pessoas negras não precisam usar protetor solar

Mito. Apesar de a pele negra ser mais resistente – por ter uma quantidade maior de melanina – ninguém está livre do câncer de pele. Por isso o protetor deve ser usado sempre, e o fator mínimo de proteção é o 15.


O número do protetor solar tem relação com a cor da pele

Mito. Independente do tipo de pele, deve-se usar sempre protetor solar de no mínimo FPS 15 ou maior. FPS é a abreviação de fator de proteção solar, e significa que, usando um filtro com FPS 15, a pele levará 15 vezes mais tempo para ficar vermelha do que sem proteção. Peles claras e pessoas ruivas exigem maiores cuidados, pois são mais propensas ao câncer de pele. É importante lembrar que o protetor deve ser passado em quantidade generosa por todo o corpo 30 minutos antes da exposição solar.


Lâmpadas fluorescentes também fazem mal para a pele
Verdade. Esse tipo de luz também emite raios ultravioletas. Por isso, se a pessoa fica muito tempo em um ambiente com essa luz ou muito próxima, é recomendável usar o protetor solar.


Protetores físicos como bonés e guarda-sol substituem o protetor
Mito. Eles devem sim ser usados, mas como um complemento ao protetor solar. É ideal que o guarda-sol seja grosso para bloquear bem a passagem do sol.
Não podemos deixar de proteger as orelhas, os olhos e os lábios (há protetores específicos para essa região que não devem ser dispensados). 


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VERÃO TEM QUE COMBINAR COM SAÚDE

Verão tem que combinar com saúde

Dicas para nada atrapalhar o seu verão!!!

Verão é alegria, diversão, entusiasmo, felicidade e sinônimo de algumas doenças... Pode até parecer banal, mas, ainda hoje, muitas pessoas enfrentam problemas de saúde com a chegada da estação mais colorida e bonita do ano.
Uma das principais doenças que se agravam neste período é a desidratação, causada pela baixa ingestão de líquidos e perda excessiva de fluidos, seja por viroses, que causam vômito e diarreia, ou pela prática de exercícios físicos em ambiente quentes.
“Nessa época do ano o mais importante é a prevenção. O ideal é beber muito líquido – com especial atenção às crianças e idosos -, evitar exercícios físicos e brincadeiras nos horários mais quentes e em ambientes pouco arejados e usar roupas leves”, aconselha a clínica geral e reumatologista do Hospital Paulistano (SP), Dra. Karen Ebina.
Os sintomas decorrentes da desidratação mudam conforme a gravidade, assim como o tratamento. Quando varia de leve a moderada é comum apresentar sede exagerada, boca seca, olhos fundos, não produção de lágrimas e diminuição ou ausência da diurese. Quando grave, além dos sinais descritos podem surgir queda de pressão arterial, confusão mental, convulsões, falência de órgãos e até morte. Para tratar a doença em seu estágio leve basta que seja feita ingestão frequente de líquidos. Na desidratação moderada, pode ser necessário reposição com soro oral e na grave, soro intravenoso.
Além disso, problemas com a pele também são muito comuns no verão, como micose, brotoeja e queimadura solar. O clínico geral e dermatologista do Hospital Paulistano, Fernando Dantas, explica melhor as causas destas doenças e como podemos evitá-las.
“No caso da micose, a umidade é um dos fatores que facilitam sua aparição, por isso é comum que ocorram nas axilas, virilhas e entre os dedos. Dessa maneira, é importante manter essas regiões higienizadas e secas, evitando permanecer muito tempo com a mesma roupa após prática de exercícios físicos”, afirma o dermatologista.
As bolinhas avermelhadas e bolinhas de água, que surgem pela retenção do suor na pele e causam coceira, também são famosas, principalmente entre crianças e adolescentes. Por isso, é preciso evitar ambientes com temperaturas altas e alto teor de umidade, atividade física com produção excessiva de suor e banhos demorados. “Recomenda-se também usar roupas leves e não abusar na quantidade de substâncias oleosas, como bronzeadores, repelentes, pomadas e cremes, que tampam os orifícios por onde o suor é excretado e podem desencadear as brotoejas”, comenta o Dr. Fernando.
Por fim, mas não menos importante: as queimaduras solares. Duas a sete horas após o banho é possível perceber vermelhidão, inchaço e dor, decorrentes da reação da pele exposta inadequadamente aos raios solares. “A prevenção deste problema é fácil. Basta evitar longos períodos de tempo em ambientes abertos e, quando o fizer, usar chapéus, guarda-sóis, roupas fotoprotetoras e filtro solar com fator de proteção solar (FPS) mínimo de 30, o que garantirá boa proteção contra os raios UVB, principais causadores das queimaduras solares”,

12.28.2012

Cuidar da alimentação e higiene na praia ou piscina evita danos à saúde

Cuidados ajudam a prevenir intoxicações, infecções e outras doenças.
É preciso prestar atenção em comidas e bebidas de origem desconhecida.

Do G1, em São Paulo
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No começo do ano, muitas pessoas correm para a praia para aproveitar os dias de folga. Mas, mesmo nesses momentos de diversão, é preciso ter cuidados com a alimentação e também com a higiene para evitar a transmissão de doenças, como mostrou o infectologista Caio Rosenthal no Bem Estar desta sexta-feira (28).
Segundo a dermatologista Zilda Najjar, é ideal não levar cachorros ou gatos para a praia porque as fezes e até mesmo os pelos dos animais podem transmitir fungos e vermes para as pessoas que pisam na areia. É preciso ter cuidado por onde pisa para prevenir o bicho geográfico, uma larva cujo ovo está presente nas fezes desses dois bichos de estimação, e pode até furar a pele do pé. A dica do infectologista Caio Rosenthal, caso isso aconteça, é procurar um médico que vai receitar uma pomada para matar esse verme.
É preciso cuidado também com frutas cítricas, como limão, mexerica e a laranja, que têm substâncias ácidas em suas cascas que, em contato com o sol, deixam a pele vermelha e causam queimaduras de primeiro grau. Com o tempo, essa queimadura vira uma irritação, pode deixar a pele marrom e até formar uma bolha. Caso caia uma gota dessas frutas na pele, não adianta passar protetor solar – a dica é lavar imediatamente com água e sabão, esfregar bem e evitar tomar sol na mancha.
Na hora de se refrescar, também é preciso atenção nas águas falsificadas. Alguns vendedores podem tirar a água da torneira e colocá-las em rótulos e em embalagens. A dica do infectologista Caio Rosenthal é não consumir água de procedência duvidosa e sempre optar por marcas conhecidas e de maior credibilidade. A latinha também pode ser local de transmissão de diarréias ou doenças infecciosas, por isso vale limpá-la antes de beber.
É importante evitar alimentos que entram em contato com a água, por ela ser o maior meio de transmissão de doenças na praia. Por isso, raspadinha e sorvete caseiro, que são feitos de água de procedência desconhecida, não são recomendados. Além deles, alimentos que levam ovo, maionese e carne, como o sanduíche natural também são perigosos por serem muito perecíveis. A contraindicação vale também para frutos do mar e laticínios, como o famoso queijo coalho, alimentos crus e que levam creme, como os doces.
A dica para se alimentar de maneira saudável na praia é levar alimentos secos, que não tenham problemas com o sol ou armazenagem, como castanhas, frutas maduras ou secas. Os alimentos industrializados, lacrados e feitos em casa também são mais seguros e até o pastel frito na hora também pode ser uma opção já que a fritura pode matar os microorganismos existentes nele. Porém, é importante evitar sabores derivados de carne, como o presunto, e checar o óleo antes de comprar o pastel, para ver se não está muito escuro.
Outro problema comum nessa época é a micose, infecção causada por fungo. Ela pode ser transmitida por animais ou pelos próprios seres humanos. O maior risco é na piscina, onde há um reservatório de água para lavar os pés – que nunca deve ser usado, já que é um local propício para os fungos. Caso descubra que tem micose, a pessoa deve procurar um médico para que ele receite um remédio.
Micose 2 (Foto: Arte/G1)

Brasil cada vez mais conectado à internet

Acesso à internet banda larga, com velocidade acima de 2 Mb, cresceu 91% em um ano.

       A mudança das condições de vida da artesã Jandira Mascarenhas Cotias permite que ela e os três filhos tenham acesso à internet de banda larga no apartamento onde vivem desde fevereiro em Salvador. (Vítor Rocha para Infosurhoy.com)
A mudança das condições de vida da artesã Jandira Mascarenhas Cotias permite que ela e os três filhos tenham acesso à internet de banda larga no apartamento onde vivem desde fevereiro em Salvador. (Vítor Rocha para Infosurhoy.com)
SALVADOR, Brasil – Moradora de um barraco de madeira na periferia da capital baiana, a artesã Jandira Mascarenhas Cotias anunciou em outubro de 2010: “Assim que acabar as prestações do computador, vou me conectar à internet”.
Para uma artesã, mãe de três filhos com uma renda mensal de cerca de R$ 500, a meta era ambiciosa.
O computador, comprado graças aos repasses de R$ 112 mensais do programa Bolsa Família, sequer podia ficar na casa de Jandira. Como a energia elétrica do barraco não tinha potência suficiente para o equipamento, a solução na época foi deixá-lo na casa da irmã.
Hoje os quatro integrantes da família Cotias estão entre os 8 milhões de novos usuários de internet banda larga no Brasil.
No caso dos Cotias, a entrada para o universo online é resultado de outra conquista ainda mais importante: a casa própria.
Em fevereiro, Jandira e sua família foram contemplados com um apartamento por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Jandira paga R$ 78,50 por mês para que, em dez anos, a casa seja oficialmente dela.
“Os meninos já podem fazer os trabalhos da escola e fofocar nas redes sociais”, brinca Jandira, que compartilha o acesso à web com um vizinho. Eles dividem o custo de R$ 49,90 pelos 2 Mb de velocidade.
A renda média mensal da família de Jandira agora é de R$ 1.350. O total inclui a pensão alimentícia dos filhos paga pelo ex-marido (um salário mínimo, ou seja R$ 622), o repasse do Bolsa Família (R$ 112) e o faturamento da artesã com a venda de suas peças.
A melhoria das condições de vida da família também permite que eles tenham telefone fixo e celular.
“De internet não entendo quase nada, mas o telefone uso mesmo”, diz a artesã.
O número de brasileiros com acesso à internet com velocidade superior a 2 Mb cresceu 91% em um ano. De junho de 2011 a junho de 2012, esse contingente saltou de 8,8 milhões para 16,8 milhões, segundo o estudo NetSpeed Report, do Ibope Nielsen Online.
No mesmo período, o número de usuários ativos com conexão de baixa velocidade – até 512 Kb – caiu 39%, de 10 milhões para 6,1 milhões.
Mas a maior parte dos brasileiros – 18,2 milhões ou 40,5% do total de 41,5 milhões de usuários ativos em domicílios no país – ainda acessa internet com velocidades entre 512 Kb e 2 Mb.
Os internautas com mais de 8 Mb de velocidade de acesso à rede são minoria: 5,2 milhões, ou 12,6% do total.
Ainda segundo o NetSpeed Report, 82,4 milhões, ou 41% dos 200 milhões de brasileiros, têm algum tipo de acesso à internet – em casa, trabalho, lan houses ou escolas.
Os serviços de internet banda larga custam de R$ 30 a R$ 130 no Brasil, dependendo da velocidade contratada.
O crescimento da classe C, a ampliação da infraestrutura de acesso digital e a alta no nível de escolaridade dos brasileiros explicam o aumento do acesso à internet de alta velocidade, segundo José Calazans, analista do IBOPE Media.

       Em outubro de 2010, a família Cotias não podia sequer usar o computador no barraco de madeira onde morava. Hoje eles vivem em um apartamento e têm acesso à internet de 2 Mb. (Vítor Rocha para Infosurhoy.com)
Em outubro de 2010, a família Cotias não podia sequer usar o computador no barraco de madeira onde morava. Hoje eles vivem em um apartamento e têm acesso à internet de 2 Mb. (Vítor Rocha para Infosurhoy.com)
Para que o crescimento siga esse ritmo de expansão, a educação é fundamental, completa.
“Para elevar o acesso à banda larga também é importante o interesse pessoal e social por esse tipo de serviço, o que, no Brasil, é basicamente estimulado pelo nível de escolaridade das pessoas”, diz. “Duas pessoas com a mesma renda, mas com nível de instrução diferentes não terão igual interesse pela internet e serviços de banda larga.”
Venezuela lidera conectividade
O Brasil ocupa a 72ª posição no Índice Integrado de Telefonia, Internet e Celular (Itic) de Inclusão Digital, da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Fundação Telefônica/Vivo.
Divulgado em julho, o índice avalia 156 países quanto ao nível de acesso a computador, internet, celular e telefone fixo.
O estudo mostra que 51,25% dos brasileiros têm algum acesso a esses bens e serviços, o que coloca o Brasil em 72° lugar no ranking mundial.
Na América Latina, o país está em 7º, atrás da Venezuela, que ocupa o primeiro lugar na região e o 50o na classificação geral, Chile (61o), Costa Rica (65o), Argentina (66o), Uruguai (67o) e Colômbia (70o).
Coordenador do estudo e economista-chefe da FGV, Marcelo Neri aposta no celular como uma “plataforma privilegiada” em relação à internet no Brasil.
O país tem 266 milhões de telefones móveis ativos para uma população de 200 milhões, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
“O celular é muito mais difundido, dois terços da população de baixa renda têm”, cita o economista, defendendo que os governos usem mais a comunicação móvel para oferecer outros serviços como marcação de consultas médicas na rede pública de saúde e atendimentos cartoriais.
Com um custo total de R$ 78 milhões, o Programa Gesac, do Ministério das Comunicações, difunde o acesso à internet por meio de telecentros – já são 11.500 em todo o país – e implanta conexões via satélite em locais de difícil acesso, como periferias de regiões metropolitanas, pequenas cidades e fronteiras com baixa densidade demográfica.
“O governo deveria se dedicar ainda mais à expansão da rede, seja banda larga ou satélite, porque é muito caro [para as empresas investirem] em lugares remotos”, opina Kleber Bernardes, coordenador do Comitê para a Democratização da Informática (CDI), uma ONG fundada no Brasil há 17 anos e hoje presente em 12 países.
Ações nas comunidades
Para difundir o uso do computador conectado à internet, o CDI forma multiplicadores locais. A ideia é que eles repassem o conhecimento na comunidade e montem centros de informática monitorados pelos próprios moradores.
“Assim eles se sentem responsáveis pelo projeto. Muitas vezes há um telecentro do governo ao lado do nosso que está sucateado porque a comunidade não o empoderou”, explica Bernardes.
A ONG também estimula o desenvolvimento de empreendimentos sociais, como lan houses, centros de montagem e manutenção de computadores e reprografia.
“A informática funciona como meio de inclusão social, não como fim em si mesmo”, reforça.
Como exemplo, Bernardes cita o ativismo no município de Canaã dos Carajás, no Pará. Após a inserção no mundo digital, a comunidade fez campanha de combate ao abuso infantil. Com a iniciativa, as denúncias aumentaram, o que levou o governo federal a fazer ações de fiscalização na região.
“Em 2013, pensamos em fazer projetos voltados para o celular, mas seu uso ainda é muito restrito às ligações telefônicas”, finaliza Bernardes.