Rio -  A exposição ao sol sem a proteção adequada pode causar doenças graves nos olhos, como câncer e pterígio (formação de uma espécie de pele sobre o canto dos olhos). Durante o verão, por causa da maior radiação ultravioleta (UV), os casos aumentam muito. Mas um teste simples e de baixo custo pode determinar se a lesão é malígna, ainda em estágio inicial ou não.
Uso de óculos adequados para proteção do sol ajuda a prevenir doenças | Foto: Divulgação 
Uso de óculos adequados para proteção do sol ajuda a prevenir doença 
Por terem aparência semelhante, o câncer e o pterígio são facilmente confundidos. As doenças começam na esclera, parte branca do olho, e depois vão em direção à córnea. Para obter o diagnóstico correto, basta que o oftamologista aplique o colírio azul de toluidina durante o exame.
“Os portadores de pterígio terão coloração negativa enquanto os com lesões pré-malígnas ou malígnas apresentam coloração positiva”, diz o oftamologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz .
Segundo ele, as lesões podem induzir a outro problema: o astigmatismo. A membrana criada pelas doenças na superfície do olho exercem muita pressão sobre a córnea. Os sintomas das doenças são os mesmos: coceira, olho vermelho e forte ardência.
Escolher óculos de sol de qualidade ajuda a prevenir tais doenças. Além disso, é importante consultar um oftalmologista pelo menos uma vez por ano. E, para quem tem mais de 60 anos é bom ficar atento a uma eventual perda de visão. Se a troca dos óculos não surtir efeito, pode ser sinal de catarata, dizem os especialistas.

Catarata é outra ameaça
O especialista ressalta que expor os olhos à radiação UV emitida pelo sol também antecipa o desenvolvimento da catarata, maior causa de cegueira tratável no mundo.
A doença deixa opaco o cristalino, lente do olho que projeta as imagens na retina: “A exposição ao sol sem proteção também provoca na retina a degeneração da mácula, parte central responsável pela visão de detalhes, maior causadora de cegueira definitiva entre os pacientes”, explica Queiroz.
Segundo ele, a falta de proteção também resseca a lágrima e pode causar fotoceratite, uma inflamação da camada externa da córnea que provoca vermelhidão e sensação de areia nos olhos.