12.24.2012

A IMPORTÂNCIA DOS EXERCÍCIOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS

A importância dos exercícios para deficientes físicos

Veja como algo tão simples pode mudar a vida dessas pessoas.

O processo de inclusão dos deficientes físicos à sociedade não tem limite. Com uma árdua luta contra o preconceito, parece que o Brasil e o Mundo estão mais preparados para receber estas pessoas tão especiais e que têm tanto a nos ensinar.
A prática de atividades esportivas regulares tem contribuído positivamente na qualidade de vida de portadores de deficiência física. Estudos indicam melhoria na imagem corporal, autoestima, humor, combate ao estresse e à depressão, além dos benefícios já conhecidos para a saúde geral do indivíduo.
Contudo, a participação e o incentivo da família à prática de atividades físicas é fator determinante para vencer o sedentarismo comum à maioria dos portadores de alguma deficiência física ou restrição de mobilidade .
Para o portador de deficiência física que faz atividade física regular, ocorre a sensação de estar vivendo uma vida mais saudável, há melhora da imagem corporal e da autoestima, explica a médica geriatra Dra. Janise Lana Leite, diretora da Academia Estação do Exercício e Saúde, especializada em musculação para idosos e grupos especiais.
“Esses benefícios psicológicos conseguidos por influência da prática regular de atividades físico-esportivas se refletem, de modo geral, nas relações de trabalho, na vida afetiva e social” afirma a médica.

Atividades físicas para portadores de deficiência


Atividades físicas para portadores de deficiência
Todos sabem que a prática de atividades físicas é de grande eficácia para a promoção da saúde e bem-estar, não diferente para pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida.

Como para todos, os portadores de deficiências devem iniciar devagar, fazer três sessões de 10 minutos diariamente ou uma única sessão de 30 minutos.

Pessoas sedentárias devem começar com intervalos de atividade entre 5 a 10 minutos e aumentar gradativamente.
Quanto mais exercícios físicos fizerem mais o corpo corresponde e o retorno será uma vida saudável, independente e prazerosa. Mesmo aqueles que precisem de auxílio para realizar exercícios, devem ter sempre em mente que ele é o responsável pelos cuidados com seu corpo.
Independentemente da modalidade escolhida é essencial fazer sempre algo que goste e que dê prazer ao realizá-lo.
A prática de atividades físicas pelos portadores de deficiência proporcionará e poderá:
  • estimular a independência e autonomia;
  • melhorar a socialização com outros grupos;
  • melhorar a auto-valorização, a auto-estima e a auto-imagem;
  • a melhoria das funções organo-funcionais (aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
  • melhoria na força e resistência muscular global;
  • melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
  • manutenção e promoção da saúde;
  • desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária;
  • aprimoramento da coordenação motora global;
  • superação de situações de frustração;
  • experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações.
  • Com tantos benefícios conheça agora algumas modalidades que poderão ser praticadas por você ou sugeridas para alguém que conheça:
    Judô: segue as mesmas regras da Federação Internacional de Judô, com pequenas alterações por ser praticado por portadores de deficiência visuais, sendo assim a punição por pisar fora do tatame não ocorre. No começo da luta a pegada é feita pelo juiz e o atleta não pode mais mudar de posição, e toda vez que acontecer a separação dos atletas o combate é interrompido. A prática deste esporte consiste em que saber utilizar a força do adversário é mais importante do que aplicar a própria força.
    Natação: esta modalidade é voltada para amputados, portadores de paralisia cerebral, deficiências visuais, paraplégicos e outros.
    As competições são divididas de acordo com as deficiências dos atletas que são três: visuais, deficientes físicos e deficientes cerebrais. As regras são as mesmas utilizadas pela Federação Internacional de Natação com a diferença de o atleta ter a escolha de largar na plataforma ou dentro d’água em algumas provas.
    Tiro: para amputados, portadores de paralisia cerebral e cadeirantes.
    Nesta modalidade os atletas atiram de posições diferentes daquelas determinadas pelas normas internacionais. Os atiradores podem praticar os seus disparos sentados ou em pé devido a um sistema que equipara as chances dos atletas.
    Bocha: para portadores de paralisia cerebral.
    Os jogadores precisam colocar suas bolas o mais perto possível da bola branca que é o alvo e também tirar de perto dela as bolas do adversário. É um jogo de precisão e estratégia e por ser praticado somente por deficientes cerebrais os jogadores podem receber orientações de seus treinadores, sendo esta feita de maneira acústica.
    Vela: modalidade voltada para amputados, cadeirantes, portadores de deficiência visual, paralisia cerebral e outros.
    Apenas duas classes são disputadas: a Sonar composta por três atletas e a pontuação varia de 1 a 7, dadas de acordo com o grau de deficiência. Cada uma das equipes não pode ultrapassar a marca de 12 pontos. A outra classe é a 2,4mR disputada por apenas um velejador em cada barco.
    Por:
    Vanessa Salvador Marietto
    CREF 020396-G/SP

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