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1.21.2010
Antiinflamatórios
Os antiinflamatórios estão presentes no dia-a-dia, mas a automedicação é alarmante
Os antiinflamatórios estão presentes no dia-a-dia de todos nós, talvez pela sua eficácia em combater dores, inflamações lombares, trazendo alívio imediato. Segundo pesquisa, os antiinflamatórios são os campeões de venda no quesito automedicação.
Aquela dorzinha incômoda, tensões musculares pelas sessões na academia, um simples tombo, são fatores que nos levam a correr vorazes à farmácia a caça de um antiinflamatório. O medicamento é vendido sem prescrição médica ou qualquer tipo de controle. Existe uma grande variedade disponível no mercado, em forma de comprimidos, cremes, pomadas, gotas, injetáveis - seu uso na maioria das vezes é oral.
Morton Sheinberg, clínico reumatologista e pesquisador imunologista do Hospital Albert Einstein, acrescenta que "os novos antiinflamatórios conhecidos como inibidores da ciclooxigenase 2 possuem comprovada eficácia na redução de úlceras gástricas. Já usar aspirina ao mesmo tempo neutraliza o efeito benéfico dos novos antinflamatórios no sistema digestivo."
Segundo o especialista "temos três produtos por via oral e um por via parenteral: etoricoxib, lumiracoxib e celecoxib por via oral e parecoxib por via parenteral com os nomes comerciais de arcoxia, prexige, celebra e bextra. Os problemas cardiovasculares dos novos antiinflamatórios são discretamente maiores dos que os convencionais tipo Voltaren, Cataflan, etc. Efeitos colaterais, que requerem hospitalização, por sua vez, estão cada vez menos freqüentes."
Sheinberg diz ainda que a obtenção desses medicamentos no Brasil sem receita é um problema grave. "Nas farmácias, o balconista desconhece o uso do medicamento que, em idosos, representa um risco de interações e efeitos adversos. Os cuidados com os antiinflamatórios são maiores quando se faz uso dos mesmos por tempo prolongado em enfermidades crônicas como é o caso das artrites inflamatórias."
Já o clínico geral do Hospital Sírio Libanês, Alfredo Salim Helito, declara que "o medicamento é eficaz se bem ministrado com acompanhamento médico". O médico alerta: "Não confundir inflamação com infecção. Quando o processo inflamatório tem como origem um verme (bactéria, fungo, vírus ou parasitas) em geral isso passa a ser infecção. Inflamação é o processo de reação do organismo a uma agressão que pode ter várias causas como traumas, doenças reumatológicas, que causam dor, vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura na região."
"A descoberta da substância revolucionou a medicina no tratamento da dor no pós-operatório. O efeito é mágico como analgésico", diz Helito, ressaltando que, "infelizmente em grande parte dos casos existe a automedicação, e o uso diário sem orientação médica pode causar danos a saúde".
As causas para o uso desordenado do medicamento são alarmantes e podem provocar riscos a saúde do paciente. Estudos comprovam casos de insuficiência renal, problemas hepáticos (hepatite),cardiológicos, alteração da mucosa gástrica, úlcera e hemorragias pulmonares. "Usado sem orientação médica ou fiscalização pode ser fatal", alerta Helito.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem fiscalizando com maior atenção a comercialização do COX-2, novo antiinflamatório mais conhecido como coxibe ou ainda inibidor seletivo. Alguns medicamentos foram retirados do mercado sob suspeita de causarem efeitos no sistema cardiovascular. Em função desses alertas, a Anvisa, juntamente com a Cateme (Câmara Técnica de Medicamento), organiza debates, discussões sobre os efeitos colaterais desses antiinflamatórios.
As informações quanto a problemas cardíacos não foram comprovados, existe somente uma suspeita. No entanto, a Cateme recomendou às empresas que fosse indicado na bula dos coxibes advertências e restrições quanto ao uso do medicamento.
O médico e professor da Unicamp Gilberto Nucci, especialista em farmacologia, explica que o medicamento, "promove alívio das dores e redução do quadro de inflamação. Entretanto, no tratamento de patologias inflamatórias crônicas, seu benefício é discreto, visto não influenciar a progressão da doença." Nucci também alerta quanto a automedicação.
Moisés Cohen, professor do departamento de Ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de São Paulo, diretor do Instituto Cohen, clínica médica especializada na reabilitação do corpo em esforço físicos em esportistas e tratamentos de ortopedia, se utiliza de antiinflamatórios na recuperação dos seus pacientes. "É preciso utilizar o medicamento com precaução. O tratamento varia para cada paciente", diz. Cohen evita prescrever antiinflamatórios para pacientes idosos ou que apresentem um quadro clínico com problemas gástricos, ou renais.
A discussão sobre os possíveis riscos que os antiinflamatórios causam a saúde do paciente está em pauta desde a sua descoberta. A maioria dos especialistas concorda com a gravidade da automedicação e o uso contínuo do medicamento sem orientação de um profissional especializado.
Por isso, lembre-se de que os antiinflamatórios devem ser usados com cautela, com prescrição e acompanhamento médico. Leia atentamente a bula do medicamento e siga corretamente as orientações médicas. Observe os efeitos colaterais durante o tratamento e informe imediatamente seu médico.
(Gazeta Mercantil - Márcia Maria da Silva)
Os processos inflamatórios são, sem dúvida, problemas bastante comuns em nosso dia a dia. E, por essa ocorrência frequente, medicamentos anti-inflamatórios são muito utilizados. Mas fique atento, pois eles podem agredir o seu estômago. Saiba como se proteger, para não fazer do seu anti-inflamatório um inimigo de sua saúde.
Um dado alarmante
Os números não mentem e destacam o crescimento do consumo de anti-inflamatórios, sem prescrição médica, não somente para doenças específicas, como artrite reumatóide ou osteoartrite, mas também para muitas outras, como fenômenos dolorosos em geral, incluindo as dores de cabeça, gripes e cólicas menstruais. É certo que os anti-inflamatórios chamados de não esteróides (AINEs), são muito utilizados por grande parte da população, principalmente por apresentarem boa resposta contra e a febre. Em todo mundo, o consumo anual já chega a 40 bilhões de comprimidos à base de ácido acetilsalicílico (Aspirina). Somente nos Estados Unidos são consumidos por dia cerca de 80 milhões de comprimidos de aspirina (45 toneladas). Aproximadamente 20% dos usuários de anti-inflamatórios tem algum tipo de sintoma gástrico, como por exemplo, dor de estômago ou azia e em 10% estes sintomas são tão intensos que levam a interrupção do tratamento.
O que um anti-inflamatório (AINEs) pode causar de mal no organismo?
O uso desses medicamentos pode proporcionar no aparelho digestivo o aparecimento de dor epigástrica, azia, desconforto abdominal, além de complicações como gastrite e úlcera.
As ações lesivas dos AINEs ao organismo atingem outros órgãos?
Infelizmente, as ações lesivas dos AINEs sobre o trato gastrointestinal não se limitam apenas ao estomago e ao duodeno, mas incluem, também, o esôfago, intestino delgado e cólon. Além do mais podem causar problemas renais e cardíacos.
O uso de anti-inflamatórios (AINEs) aumenta as chances de complicações de doenças?
Sim, no caso da úlcera péptica pode haver um aumento significativo de 3 a 5 vezes na sua incidência com o uso de AINEs. Cerca de 50% das complicações da doença ocorre silenciosamente, sendo frequente o aparecimento de hemorragia ou perfuração, como primeiro sinal.
O risco de possíveis complicações é maior se a pessoa tiver mais de 65 anos de idade ou se já teve uma úlcera no passado.
Quais os anti-inflamatórios não esteróides mais comuns?
Alguns exemplos de anti-inflamatórios não esteróides mais comuns: ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina), diclofenaco, nimesulida, meloxicam, piroxicam, celecoxib e ibuprafen. Anti-inflamatórios como o celecoxib e o lumiracoxib são bem menos agressivos para o aparelho digestivo, mas podem causar complicações renais e cardíacas.
Por que os AINEs agridem o tubo digestivo?
Porque há uma diminuição de substâncias que participam da defesa da mucosa do estomago e duodeno contra agentes agressivos, denominados prostaglandinas. São as prostaglandinas que favorecem a produção de muco e bicarbonato na mucosa gastroduodenal. Com as defesas diminuídas, o tubo digestivo fica vulnerável à ação do ácido clorídrico e da pepsina (substâncias produzidas pelo estomago para auxiliar na digestão dos alimentos), que agem agressivamente, provocando lesões como gastrite e úlcera.
Como tratar de pacientes que têm úlcera e também uma inflamação?
O ideal seria interromper o uso de AINEs para o tratamento da úlcera, mas nem sempre isso é possível. Na prática, se o uso deste tipo de medicamento for indispensável, pode-se continuar utilizando anti-inflamatórios, associados a medicamentos que diminuem a acidez gástrica, capazes de proteger o estomago da agressão.
Para pacientes com úlceras que necessitem utilizar anti-inflamatórios continuamente, é preciso tomar o máximo cuidado na avaliação do processo inflamatório. Assim, conclui-se que, utilizados de maneira incorreta, os anti-inflamatórios podem tornar-se inimigos de seu estomago e duodeno. Uma vez mais é preciso lembrar que se você tem mais de 65 anos ou se já teve (ou tem) uma úlcera, não utilize anti-inflamatórios sem consultar um médico.
Fonte:desconstruindo.com.br/.../
Medicações tópicas para a Pele: agentes de limpeza, agentes protetores, agentes antiinfecciosos, agentes umectantes,agentes antiinflamatórios e outros
Medicações Tópicas para a Pele
Praticamente todas as medicações para a pele são tópicas ou sistêmicas.
As medicações tópicas são aplicadas diretamente sobre a área afetada da pele. As medicações sistêmicas são administradas pela via oral ou injetadas, e distribuem-se por todo o organismo. Raramente, quando é necessária uma concentração elevada de um medicamento na área afetada, o médico pode realizar a injeção subcutânea (sob a pele) do medicamento, procedimento denominado injeção intradérmica.
Algumas medicações dermatológica exigem prescrição médica; outras podem ser compradas sem a necessidade de receita (venda livre). Embora elas sejam geralmente mais seguras que as medicações que exigem prescrição médica, as medicações de venda livre devem ser utilizadas com cautela. A aplicação incorreta do medicamento pode piorar uma doença cutânea ou mascarar os sintomas, tornando o diagnóstico mais difícil.
Preparações Tópicas
Os ingredientes ativos (medicações) contidos em uma preparação tópica são misturados (suspensos) em um veículo (um transportador inerte das medicações). Por essa razão, as preparações tópicas apresentam formulações e consistências variadas. O veículo determina a consistência do produto e se os ingredientes ativos permanecem na superfície ou penetram na pele, isto é, se a preparação é espessa e gordurosa ou diluída e aquosa.
Dependendo do veículo usado, a preparação será uma pomada, creme, loção, solução, pó ou gel.
As pomadas que contêm uma quantidade muito grande de óleo espesso e pouquíssima água apresentam um aspecto gorduroso e são difíceis de ser eliminadas através da lavagem. As pomadas são mais adequadas quando a pele necessita de lubrificação ou umidade. Embora sejam produtos que “sujam” mais que os cremes à base de água, as pomadas comumente são mais eficazes para liberar ingredientes ativos na pele.
Os cremes, as preparações mais comumente utilizadas, são emulsões de óleo em água. Eles são de fácil aplicação e parecem desaparecer ao serem friccionados sobre a pele. As loções são semelhantes aos cremes, porém contêm mais água. Na verdade, elas são suspensões de material pulverizado, finamente disperso em uma base de água ou de óleo e água. As loções são de fácil aplicação e particularmente ú teis para refrescar ou secar a pele. As soluções são líquidos nos quais um medicamento é dissolvido. As soluções tendem a secar ao invés de umedecer a pele. Os líquidos mais comumente utilizados são o álcool, o propileno glicol, o polietileno glicol e a água corrente.
Os pós são formas secas de substâncias utilizadas para proteger as áreas em que há atrito de pele (p.ex., entre os dedos dos pés ou entre as nádegas, nas axilas, nas virilhas ou sob as mamas). Os pós secam a pele macerada (amolecida e lesada pela umidade) e reduzem o atrito ao absorver a umidade. Os pós podem ser incorporados em cremes, loções e pomadas protetoras.
Os géis são substâncias com base aquosa espessa sem óleo ou gordura. A pele não absorve os géis tão bem quanto as preparações que contêm ó leo ou gordura.
Tipos de Medicações Tópicas
As medicações tópicas podem ser divididas em sete categorias que, freqüentemente, se sobrepõem: agentes de limpeza, agentes protetores, agentes antiinfecciosos, agentes umectantes, agentes que aliviam sintomas e agentes antiinflamatórios.
Agentes de Limpeza
Os principais agentes de limpeza são os sabões, os detergentes e solventes. O sabão é o agente de limpeza mais popular, mas muitos detergentes sintéticos também são utilizados. Determinados sabões ressecam a pele, outros possuem uma base cremosa que não a seca. Alguns sabões líquidos umedecem a pele, outros a ressecam. Como os xampus infantis são excelentes agentes de limpeza e geralmente suaves para a pele, são bons produtos para a limpeza de feridas, cortes e abrasões.
Além disso, os indivíduos com psoríase, eczema ou outras doenças descamativas podem utilizar xampus infantis para eliminar a pele morta através da lavagem. No entanto, as lesões exsudativas (que eliminam secreções) geralmente devem ser lavadas apenas com água, pois mesmo os sabões e os detergentes suaves podem irritar a área. Muitas substâncias químicas são acrescentadas aos agentes de limpeza. Por exemplo, os xampus e as loções anticaspa podem conter dipiritiona de zinco, sulfeto de selênio ou extratos de alcatrão, para ajudar no tratamento da pele que descama. Os compostos de limpeza também podem conter pequenas quantidades de ácido acético, acetato de alumínio e sulfato de magnésio (como nos sais de Epsom).
Agentes Protetores
Muitos tipos diferentes de preparações ajudam a proteger a pele. Os óleos e as pomadas formam uma barreira oleosa que pode ajudar a proteger a pele escoriada ou irritada, preservando a sua umidade. Os pós podem proteger a pele contra o atrito com uma outra pele ou contra vestimentas. Os curativos de hidrocolóide sintético protegem as úlceras de decúbito (úlceras de pressão) e outras áreas da pele que estejam em carne viva. Os filtros solares criam uma bareira contra a luz ultravioleta nociva.
Agentes Antiinfecciosos
Os vírus, as bactérias e os fungos são microrganismos que podem infectar a pele. Sem dúvida, a melhor maneira para se prevenir essas infecções consiste na lavagem cuidadosa da pele com água e sabão. Outros agentes podem desinfetar mais vigorosamente ou tratar infecções estabelecidas. A maioria dos agentes desinfetantes são utilizados apenas por enfermeiros e médicos para esterilizar sua própria pele e a pele dos pacientes antes de cirurgias.
Contudo, determinadas medicações são comumente utilizadas para tratar infecções fúngicas e bacterianas. Por exemplo, antibióticos são aplicados sobre a pele para tratar a acne e as infecções cutâneas superficiais. O clotrimazol e o miconazol são comumente aplicados sobre a pele para o tratamento de infecções fúngicas. Esses dois medicamentos podem ser comprados sem necessidade de prescrição médica. Outros agentes antifúngicos (p.ex., cremes de cetoconazol) apenas podem ser adquiridos com prescrição médica. Medicações como o gama hexaclorobenzeno (lindano) ajudam a tratar infecções como a escabiose.
Agentes Umectantes
Na verdade, os agentes umectantes não adicionam umidade à pele; eles ajudam a pele a manter a sua umidade natural. A maioria dos agentes umectantes são cremes ou loções que contêm óleo. A aplicação de uma fina película de óleo sobre a pele ajuda a evitar que a água da pele evapore. O melhor momento para aplicar esses agentes é quando a pele já se encontra umedecida (p.ex., logo após um banho de imersão ou uma ducha). Alguns umectantes mais fortes contêm compostos como a uréia.
Agentes Absorventes
A umidade cutânea excessiva pode causar maceração, um problema que ocore geralmente onde existe um atrito de pele com retenção de umidade, especialmente nos dias quentes e úmidos. As áreas mais comumente afetadas estão localizadas entre os dedos dos pés ou entre as nádegas, nas axilas, nas virilhas e sob as mamas. Essas áreas úmidas também representam um campo propício para o desenvolvimento de infecções, especialmente as fúngicas e as bacterianas. O pó de talco é o agente absorvente mais comumente utilizado.
O talco absorve a umidade da superfície cutânea. A maioria dos preparados à base de talco apresenta apenas variações de perfume e de embalagem. O amido de milho, um outro bom agente absorvente, tem a desvantagem de facilitar o crescimento de fungos. Por essa razão, o talco é geralmente melhor. As soluções que contêm sais de alumínio são ú teis quando a pele encontra-se lesada em decorrência da umidade excessiva. Essas soluções são freqüentemente utilizadas em hospitais, asilos e casas de repouso.
Agentes Que Aliviam Sintomas
Freqüentemente, a doença cutânea é acompanhada de prurido (coceira). Algumas vezes, é aplicada uma medicação para aliviar o prurido, enquanto uma outra é utilizada para tratar a doença. À s vezes, o prurido e a dor discreta podem ser controlados com agentes calmantes como a camomila, o eucalipto, a cânfora, o mentol, o óxido de zinco, o talco, a glicerina e a calamina. Os anti-histamínicos (p.ex., difenidramina) são algumas vezes incluídos em preparações tópicas para aliviar o prurido relacionado a reações alérgicas. Embora os anti-histamínicos bloqueiem certos tipos de reações alérgicas, eles provavelmente aliviam a coceira através de seus efeitos sedativos. No entanto, os anti-histamínicos podem sensibilizar o indivíduo e causar uma reação alérgica. Para controlar determinadas formas de prurido, o indivíduo deve utilizar anti-histamínicos orais ao invés de preparações tópicas.
Agentes Antiinflamatórios
Os corticosteróides tópicos ou orais (medicamentos semelhantes à cortisona) podem ajudar a reduzir a inflamação (edema, prurido e hiperemia). Os corticosteróides são mais eficazes nas erupções cutâneas causadas por reações alérgicas ou inflamatórias à hera venenosa, metais, tecidos ou outras substâncias. Como essas substâncias reduzem a resistência a infecções bacterianas e fúngicas, elas não devem ser utilizadas em áreas infectadas ou em feridas. Contudo, os corticosteróides são algumas vezes associados a agentes antifúngicos, para ajudar na redução do prurido causado por um fungo.
As combinações de corticosteróides com antibióticos raramente são utilizadas, pois elas geralmente não são mais eficazes do que o corticosteróide utilizado isoladamente. Além disso, os antibióticos (especialmente a neomicina) aumentam o risco de uma reação alérgica que pode complicar o problema. Os corticosteróides tópicos são vendidos sob a forma de loções, cremes e pomadas. Os cremes são mais eficazes quando friccionados suavemente até desaparecerem. Em geral, as pomadas são as preparações mais potentes. O tipo e a concentração do corticosteróide presente na preparação determina a sua potência geral. A hidrocortisona disponível em concentrações de até 1% não exige prescrição médica e as concentrações de 0,5% ou inferiores são pouco eficazes.
As preparações mais potentes de corticosteróides exigem prescrição médica. Geralmente, os médicos prescrevem inicialmente um corticosteróide potente e, a seguir, um corticosteróide menos potente que é utilizado enquanto a pele cura. Geralmente, os corticosteróides tópicos são aplicados duas a três vezes ao dia, em pequenas quantidades. Nos locais onde a pele já é fina (p.ex., face), eles devem ser utilizados comedidamente e nunca por mais do que alguns poucos dias. Quando uma dose mais forte é necessária, o médico pode realizar a injeção subcutânea de um corticosteróide.
Uma outra maneira de liberar uma dose forte é a aplicação de um curativo oclusivo não-poroso sobre um corticosteróide tópico, a fim de aumentar a sua absorção e eficácia. Por exemplo, uma película de polietileno (plástico de embalagem de cozinha) pode ser aplicada sobre cremes ou pomadas e pode ser deixada no local durante a noite. Com este método, os cremes e pomadas são menos irritantes que as loções. Os curativos oclusivos aumentam o risco de reações adversas aos corticosteróides e, por essa razão, eles geralmente são reservados para doenças como a psoríase e o eczema grave.
Manual Merk (MSD)
Gota é uma artrite comum causada por um aumento do ácido úrico no sangue
Gota é uma artrite comum causada por um aumento do ácido úrico no sangue, levando ao depósito de cristais nas articulações afectadas, maioritariamente no dedo polegar do pé. Os sintomas são dor lancinante aguda, extrema sensibilidade, vermelhidão, calor e inchaço. A vítima pode, até, ficar muito doente e com febre alta e calafrios. Ataques repetidos levam, geralmente, à erosão da cartilagem e do osso nas articulações. Além disso, se os níveis de ácido úrico na urina continuarem altos, poder-se-ão formar cálculos renais.
Embora qualquer pessoa esteja sujeita a desenvolver gota, ela tem sido chamada a doença dos homens ricos, uma vez que está associada a demasiada comida e álcool, e é muito mais comum nos homens do que nas mulheres. O ácido úrico é um sub-produto de alguns alimentos, por isso a obesidade e a alimentação imprópria aumentam o risco de gota. A maior parte das pessoas produzem demasiado ácido úrico, mas algumas não o eliminam convenientemente.
A prevenção é melhor do que a cura
• Retire a carne vermelha da sua alimentação. É muito rica em purinas, que são metabolizadas no organismo e formam o ácido úrico. As aves e o peixe também contêm uma quantidade considerável de purinas.
• Tenha o cuidado de não ingerir demasiada couve-flor, amendoins, cogumelos, ovos, lentilhas, ervilhas e feijão, pois, em grandes quantidades, aumentam a produção de ácido úrico. A alimentação com níveis relativamente baixos em proteínas é benéfica.
• Elimine as bebidas alcoólicas. Elas aumentam a produção e reduzem a eliminação do ácido úrico. Os ataques agudos de gota são, muitas vezes, precipitados por uma ingestão excessiva.
• Não coma alimentos fritos ou com gordura que foi aquecida. Isso baixa os níveis de vitamina E, levando a um aumento da precipitação do ácido úrico.
• Beba muita água para aumentar a excreção do ácido úrico. É bom acrescentar à água um pouco de sumo de limão pois ajuda no processo.
• Certifique-se se algum medicamento que está a tomar é o responsável pelos níveis elevados de ácido úrico.
• Evite cafeína e alimentos com elevado teor de gordura, como bolos e folhados.
• Se estiver com excesso de peso, um programa de perda de peso, bem planeado, ajudará a baixar os níveis de ácido úrico.
• Aumente, na sua alimentação, a quantidade de aipo, morangos, cerejas, abacate e feijão-verde, pois ajudam a excretar o ácido úrico.
• Há várias tisanas que podem controlar os níveis de ácido úrico, na sua maioria por aumentarem a eliminação; as urtigas, o zimbro, os pés de cereja, o freixo, a folha de oliveira, a bardana, o alcaçuz e o harpago são alguns exemplos.
Quando a gota ataca
As terapias médicas dependem, normalmente, de medicamentos anti-inflamatórios, mas estes têm, muitas vezes, efeitos secundários muito desagradáveis e, até, graves. Muitas pessoas não toleram este tratamento e, para outras, é contra-indicado devido a outros problemas de saúde co-existentes.
• Dê um banho de contraste à parte afectada, com 3 minutos de água quente e 1 minuto de água fria. Repita pelo menos 3 vezes, para melhorar a circulação e diminuir a inflamação e a dor. Para maximizar o efeito, este tratamento pode ser aplicado várias vezes durante o dia.
• Em seguida, aplique, na parte afectada, uma cataplasma de carvão activado ou de argila, para aumentar a excreção de ácido úrico.
• Coma apenas fruta fresca e vegetais durante alguns dias, incluindo os indicados acima.
• Beba entre um litro e meio a dois litros de água por dia, com sumo de limão.
• Aplique óleo de pimenta de Caiena (disponível em farmácias) para ajudar a aliviar a dor.
• O harpago não só ajuda a eliminar o ácido úrico, como também tem efeito anti-inflamatório, sem, contudo, causar a irritação gastrointestinal que os medicamentos anti-inflamatórios causam. É melhor tomá-lo em forma de cápsulas.
• A bromelaína (do ananás), a ulmeira, a uncaria (unha de gato), e o açafrão também possuem acção anti-inflamatória, mas requerem doses razoavelmente grandes para ajudar a aliviar a dor e inflamação da gota. Combinar dois ou mais agentes será benéfico.
Qualquer pessoa que tenha experimentado a dor de um ataque agudo de gota não hesitará em concordar que vale a pena fazer todos os possíveis para evitar essa forma de artrite. Mesmo no caso de sofrer de gota, muito pode ser feito para melhorar rapidamente a situação e minimizar a dor e o sofrimento.&
Marianne Ferreira
Saiba mais sobre GOTA
Gota
Distúrbio no metabolismo das PURINAS, no qual aparece excesso de ácido úrico. No sangue e os uratos de sódio são depositados em forma de tofos que se depositam nas articulações. Pode levar à artrite crônica.
85 % do urato formado provém dos metabólitos simples referente à formação endógena de ácido úrico, bem como a partir da quebra de purinas.
Dieta é indicada para evitar o estresse metabólico e diminuir a necessidade de medicação.
ALIMENTOS COM ALTO TEOR DE PURINA
GRUPO I : 100 a 1000 mg de purina em 100 g de alimento
anchova
arenque
mexilhões
sardinhas e vieira
coração
fígado
miolos
rim
caldo de carne
extratos de carne
consome
molho de carne
ovos
perdiz
fermentos de pão e de cerveja
GRUPO II : DE 9 a 100 mg de purina em 100 g de alimento
carne de peixe
aves
carne de gado
aspargo
espinafre
cogumelos
ervilhas secas
feijões
lentilhas
Obs.: 90 g de carne ao dia é permitido.
GRUPO III : conteúdo desprezível de purinas
açúcar e doces
arroz e massas
azeitonas
bebidas carbonatadas
bolo e bolinhos doces
bebidas de cereal (aguardente, saquê)
café, chá, chocolate
ervas e condimentos
pipoca
pudim, gelatina, sorvetes
vegetais
vinagre
queijo
frutas
leite
macarrão
manteiga ou margarina
molho branco
nozes
óleo
pães e cereais
Consumo diário de água em torno de 3 litros, para manter baixa a concentração urinária
Controle de gordura, pois esta reduz a excreção normal de uratos
Os carboidratos tendem a aumentar a excreção de ácido úrico;
Dieta moderada em proteínas (0,8 g/kg/dia), rica em carboidrato, pobre em gordura e excluir alimentos com alto teor de purina (Grupo I);
A dieta normal contém de 600 a 1000 mg de purinas.
ÁLCOOL
O etanol aumenta a produção de ácido úrico.
Fonte: www.sitemedico.com.br
Gota
A gota é provocada por uma taxa elevada de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) que se desenvolve sob a forma de cristais na região das articulações. Muitas pessoas possuem uma taxa elevada de ácido úrico no sangue, mas não têm a doença. Uma taxa elevada de ácido úrico no sangue é então uma condição necessária, mas não suficiente para justificar o aparecimento da gota. Ainda não se sabe por que determinadas pessoas desenvolvem a doença e outras não.
O fator genético (hereditário) parece estar muitas vezes relacionado com a origem da gota, mas determinados estilos de vida, como comer em excesso (alimentos ricos em carne,...) e muito regados a álcool pode agravar ou desencadear uma crise de gota. Outros fatores como o excesso de peso ou a tomada de determinados medicamentos (aspirina, diuréticos) podem também favorecer o aparecimento da gota.
A gota é uma doença metabólica que atinge uma (mais comum) ou mais articulações. Trata-se de um tipo de artrite. É importante observar que a gota inicia quase sempre atingindo o dedão do pé.
A gota é provocada por um depósito de ácido úrico na região articular, o que forma cristais de ácido úrico, algo considerado muito doloroso (uma das piores dores, segundo alguns pacientes).
A gota é uma doença que evolui por incidências, falamos então de crise de gota quando a dor se torna muito intensa.
A gota atinge na maior parte dos casos, os homens a partir dos 50 anos (20 vezes mais do que as mulheres). Estima-se que 1% dos homens com mais de 40 anos sofrem da doença.
Nota-se por fim, que é importante tratar bem a gota, através de medicamentos e/ou mudanças no estilo de vida, pois complicações renais como deformações articulares podem ocorrer se a doença não for bem tratada.Somente um médico poderá prescrever os medicamentos adequados (não se automedique!). >> ver também: tratamento da gota.
Sintomas da Gota
A gota, na sua fase mais aguda, é conhecida como crise de gota e apresenta os seguintes sintomas:
A crise de gota atinge as articulações, em geral a base do dedão do pé, mas pode também atingir a articulação do pé, o joelho, os dedos da mão, o pescoço, as orelhas,...
A crise de gota é extremamente dolorosa e surge de forma espontânea, geralmente durante a noite. Uma crise de gota pode durar vários dias.
A articulação afetada pela gota apresenta os sinais clássicos de uma inflamaçã pele avermelhada, dolorosa, quente e inchada. Por isso geralmente recomenda-se o uso de antiinflamatórios para o tratamento.
As crises de gota podem ocorrem uma só vez ou se repetir várias vezes (falamos então de gota crônica), por exemplo, por vários meses ou anos após a primeira crise de gota.
A gota, se não tratada corretamente, pode levar a complicações como cálculos renais, complicações renais, deformações articulares (caso mais incomum nos dias de hoje, devido ao tratamento preventivo possível à base de allopurinol).
Para tratar a gota, destacamos o tratamento da crise de gota e o tratamento preventivo da gota:
1. Tratamento da crise de gota – medicamentos para a crise de gota
Para acalmar a dolorosa crise de gota, o médico dispõe principalmente de medicamentos anti-dor ou antiinflamatórios com:
Antiinflamatórios não-esteróidais (AINES) como aqueles à base de diclofenac, a serem tomados, por exemplo, em forma de comprimidos. Evite a tomada de aspirinas no tratamento da gota, pois ela pode exercer influência sobre o ácido úrico e agravar os sintomas da gota.
A colchicina (um antigotoso), que age contra a inflamação causada pelos cristais de ácido úrico.
A cortisona, ue pode ser utilizada devido à sua ação antiinflamatória.
2. Tratamento preventivo da crise de gota
De início é aconselhado seguir determinados conselhos como uma mudança no estilo de vida (diminuição do álcool,...), para tratar a gota e limitar as futuras crises.
Se a mudança do estilo de vida não surtir efeito, existe a possibilidade de o médico prescrever um medicamento muito eficaz para evitar e limitar novas crises de gota, o allopurinol. Em geral, o médico irá instaurar um tratamento medicamentoso preventivo à base de allopurinol somente se o paciente já tiver passado por diversas crises de gota. É importante saber também que este medicamento diminui a concentração de ácido úrico no sangue, o que reduz a probabilidade de ter uma crise de gota, mas será necessário tomá-lo regularmente, pois uma vez a interrompida a terapia, a probabilidade de uma crise pode aumentar. Trata-se então de um tratamento a ser tomado em um longo prazo.
Fitoterapia
Determinas plantas medicinais, se combinadas com a terapia clássica, podem surtir um efeito positivo no tratamento da gota e no alívio das dores causadas por ela:
As folhas de urtiga, a serem utilizadas, em geral, em forma de cápsulas, infusão ou compressa. As folhas de urtiga têm um efeito interessante contra o ácido úrico (cristais responsáveis pela crise de gota. >> ver a causa).
A bétula, a ser tomada, em geral, em forma de infusão ou cápsulas.
A groselha, a ser tomada, em geral, em forma de cápsulas.
O freixo-europeu, a ser tomado, em geral, em forma de cápsulas.
Fonte: www.criasaude.com.br
Catarata
A Catarata é uma opacificação do cristalino que se situa imediatamente atrás da íris e funciona como uma das lentes do sistema óptico do olho. É um fenômeno natural que ocorre com a idade e nem sempre significa uma redução da visão, principalmente quando a opacificação esta fora do eixo visual.
As causas da catarata são múltiplas. Fatores genéticos, doenças oculares, diabete, trauma, uso de medicamentos por tempo prolongado como cortisona, exposição prolongada aos raios ultra violeta do sol, fumo e outros fatores.
O diagnostico de catarata é feito durante o exame oftalmológico e o paciente geralmente se queixa de diminuição da visão durante o dia, com sol forte, porque a luz bate nas opacidades do cristalino e provoca difração, como num vidro quebrado. Quando a catarata esta muito avançada a opacidade é visível e a pupila deixa de ser preta e passa a ser acinzentada ou branca.
Em alguns casos a catarata se desenvolve muito lentamente como nas cataratas familiares ou por exposição ao raios solares. Existem famílias que tem uma tendência de apresentar catarata mais precocemente juntamente com o aparecimento precoce de cabelos brancos.
A catarata se origina do mesmo tecido embrionário que a pele. Outras vezes o surgimento é rápido, como em doenças oculares ou por trauma.
Tratamentos
O tratamento da catarata é exclusivamente cirúrgico. O cirurgião remove a catarata opaca e coloca no seu lugar uma lente intra ocular permanente. O método mais usado atualmente é chamado faco emulsificação no qual não se dá pontos e a catarata é triturada com ultra som e aspirada por pequenas sondas. Não existe o tratamento clinico com medicamentos. O uso de alguns produtos com a pretensão de deter o crescimento da catarata não tem fundamento cientifico.
A cirurgia está indicada quando a catarata causa dificuldade para as tarefas usuais do paciente. A mesma catarata pode estar reduzindo a capacidade funcional de uma pessoa que precisa de visão perfeita e não estar incomodando outra cujo trabalho não requer visão absolutamente perfeita.
É necessário lembrar que muitos pacientes, principalmente no grupo mais idoso possue outras alterações que reduzem a visão. Nestes casos a cirurgia da catarata não poderá restituir completamente a visão, por exemplo, quando houver junto com a catarata alguma lesão do fundo de olho.
Na técnica de faco emulsificação retira-se apenas parte do conteúdo do cristalino opacificado, deixando a cápsula posterior que serve de envólucro para a lente intra ocular. Em alguns casos pode acontecer um deposito sobre a cápsula que reduz a visão depois da cirurgia, mesmo com a lente intra ocular perfeitamente transparente. Para a opacificação da cápsula usamos um tipo de laser, o YAG laser que remove esta opacidade. A aplicação do laser de YAG pode ser indicada em alguns casos algum tempo depois da cirurgia.
Atualmente surgiram vários tipos novos de lentes intra-oculares. Além de feitas de material dobrável, que permite a sua introdução por um orifício pequeno, muitos pacientes optam por lentes especiais multifocais que devolvem a visão para longe e para perto. A colocação das lentes intra-oculares multifocais é feita da mesma maneira que das lentes monofocais e o restante da cirurgia é exatamente idêntica.
Cuidados pré-operatórios
• O paciente deve lavar bem a cabeça anteriormente a cirurgia.
• Fazer sua última refeição 8 horas antes da cirurgia.
• Se estiver tomando algum remédio, tomá-los no horário de costume e com o mínimo de água.
• Chegar ao Hospital para o internamento, com todos os exames e as guias de seu convênio devidamente liberadas, em mãos.
Cuidados pós-operatórios
• No primeiro dia após a cirurgia, repouso total, não comprimindo o olho operado ao deitar.
• Evitar movimentos bruscos com a cabeça, não levantar nenhum tipo de peso, nem mesmo amarrar os sapatos.
• Cuidado com tapetes soltos, para não escorregar.
• Seguir as orientações de seu médico, tomar os medicamentos receitados na dose e hora correta. Não alterar, nem parar sem a ordem expressa de seu médico.
• Deve-se fazer compressas de gaze com água boricada gelada, duas a três vezes ao dia, por 3 a 5 minutos, durante os dez primeiros dias.
• Lavar bem as mãos antes de pingar colírio, colocar pomada.
• Evitar ambientes quentes e poluídos, vapor, poeira, vento, shampoo e sabão no olho operado.
• Não esfregar qualquer tipo de material no olho, protegendo-o contra qualquer tipo de trauma durante três meses.
• No caso de visão de imagem dupla, olho vermelho (tipo sangue derramado), são efeitos normais da cirurgia.
• Em caso de dor e olho vermelho (tipo congestionado) ou qualquer outro tipo de sintoma, comunicar-se com o médico.
• Fazer visita periódica ao seu médico até receber alta definitiva de acordo com orientação prévia.
Saiba Mais
A catarata é a opacificação do cristalino que compromete a visão. A catarata produz uma perda de visão indolor e progressiva. A sua causa normalmente é desconhecida, embora ela algumas vezes seja resultante da exposição aos raios X ou à luz solar intensa, de doenças oculares inflamatórias, de certos medicamentos (p.ex., corticosteróides) ou de complicações de outras doenças (p.ex., diabetes). A catarata é mais comum nos indivíduos idosos, mas algumas crianças podem nascer com catarata (catarata congênita).
Sintomas
Como toda a luz que entra no olho deve passar pelo cristalino, qualquer parte do mesmo que bloqueie, distorça ou difunda a luz pode alterar a visão. O grau de deterioração da visão depende da localização da catarata e de quão densa (madura) ela está. Frente à luz intensa, a pupila contrai, estreitando o cone de luz que entra no olho, de modo que a luz não consegue passar facilmente através da catarata. Por essa razão, as luzes intensas são especialmente incômodas para muitos indivíduos que apresentam catarata, os quais enxergam halos em torno de lâmpadas, clarões e difusão da luz.
Estes problemas são particularmente incômodos quando o indivíduo passa de um ambiente escuro para um outro intensamente iluminado ou quando ele tenta ler algo com o auxílio de uma luz muito intensa. Os indivíduos com catarata que também utilizam medicamentos para o glaucoma e que contraem as pupilas podem apresentar uma maior perda da visão.
Uma catarata na parte posterior do cristalino (catarata subcapsular posterior) interfere particularmente na visão quando a luz é muito intensa.
Este tipo de catarata afeta a visão mais do que os outros, pois a opacidade está localizada no ponto onde os raios luminosos se cruzam. Surpreendentemente, uma catarata na parte central do cristalino (catarata nuclear) pode melhorar a visão no início. Ela faz com que a luz seja enfocada novamente, melhorando a visão dos objetos próximos ao olho.
Os indivíduos idosos, os quais geralmente apresentam dificuldades dificuldades para enxergar objetos próximos, podem descobrir que são capazes de ler novamente sem óculos, um fenômeno freqüentemente descrito como ganho de uma segunda visão. Embora as cataratas normalmente sejam indolores, elas raramente causam edema do cristalino e aumento da pressão intraocular (glaucoma), os quais podem ser dolorosos.
Como as Cataratas Afetam a Visão
À esquerda, um cristalino normal recebe a luz e a concentra sobre a retina. À direita, uma catarata bloqueia parte da luz que chega ao cristalino e distorce a luz que está concentrada sobre a retina.
Diagnóstico e Tratamento
O médico pode detectar uma catarata ao examinar o olho com o auxílio de um oftalmoscópio (um instrumento utilizado para examinar o interior do olho). Utilizando um instrumento denominado lâmpada de fenda, o médico pode determinar a localização exata da catarata e a extensão de sua opacidade.
Geralmente, os indivíduos com catarata podem determinar quando desejam que ela seja removida cirurgicamente. Quando o indivíduo sente-se inseguro, desconfortável ou incapaz de realizar as tarefas cotidianas, provavelmente é o momento para a realização da cirurgia. Não existem vantagens de se realizar a cirurgia antes disso.
Antes de decidir pela cirurgia, o indivíduo com catarata pode tentar outras medidas. Óculos e lentes de contato podem melhorar a visão. Para certos tipos de catarata em indivíduos sem glaucoma, os medicamentos que mantêm as pupilas dilatadas podem ser úteis. O uso de óculos de sol em ambientes intensamente iluminados e o uso de lâmpadas com luz reflexa no lugar da luz direta diminuem os brilhos e melhoram a visão.
A cirurgia de catarata, a qual pode ser realizada em indivíduos de qualquer faixa etária, geralmente não exige anestesia geral ou a hospitalização. Durante a cirurgia, o cristalino é removido e, normalmente, é inserido um cristalino de plástico ou de silicone. Este cristalino artificial é denominado implante de cristalino.
Sem um implante de cristalino, os indivíduos freqüentemente necessitam de lentes de contato. Quando o uso de lentes de contato não é possível, pode ser tentado o uso de óculos, os quais possuem lentes de cristal muito grossas e tendem a distorcer a visão. A cirurgia de catarata é comum e, geralmente, é segura.
Raramente, após a cirurgia, o indivíduo pode apresentar uma infecção ou uma hemorragia no olho, a qual pode acarretar uma perda grave da visão.
Os indivíduos idosos em particular devem se preparar antecipadamente para contar com ajuda extra em casa durante alguns dias após a cirurgia.
Durante algumas semanas após a cirurgia, o indivíduo operado deve utilizar um colírio ou uma pomada para evitar a infecção, para reduzir a inflamação e para facilitar a cura. Para proteger o olho contra lesões, ele deve utilizar óculos ou um protetor metálico até a cura completa, normalmente após algumas semanas.
O indivíduo deve retornar ao médico no dia seguinte à cirurgia e, comumente, semanalmente ou quinzenalmente, durante 6 semanas. Algumas vezes, o indivíduo apresenta uma opacidade atrás do implante de cristalino algumas semanas ou mesmo anos após a cirurgia. Geralmente, essa opacidade pode ser tratada com aplicações de laser.
Fonte: www.msd-brazil.com
Catarata
A catarata é uma região nebulosa na lente do olho. A catarata bloqueia ou destorce os raios de luz que entram nos olhos. Isto causa o brilho exagerado de fontes, como lâmpadas ou raios do sol.
A visão torna-se gradualmente borrada, perdendo a nitidez, mesmo durante o dia. A catarata geralmente ocorre nos dois olhos, mas pode afear apenas um deles. Se ocorrer em ambos, um deles pode ser mais prejudicado. Pois a doença se desenvolve a uma velocidade diferente em cada olho. No início, a visão pode ser melhorada através de trocas freqüentes de grau nas lentes dos óculos.
Existem muitas causas para as cataratas:
A forma senil é a mais freqüente. Ela é resultado do envelhecimento, provavelmente de corrente de mudanças no estado químico das proteínas das lentes dos olhos. Aproximadamente 50% das pessoas com mais de 65 anos têm catarata, e essa porcentagem sobe para 70% nas pessoas com mais de 75 anos.
Catarata traumática
Ocorre quando um corpo estranho penetra o olho com força suficiente para causar um lesão específica.
Catarata complicada
Ocorre secundariamente a outra doença (por exemplo: diabetes) ou outra doença ocular (por exemplo: descolamento de retina, glaucoma, retinite pigmentar). Radiação ionizante e raios infravermelhos podem levar a esse tipo de catarata. Um bebê pode nascer com catarata em um ou ambos os olhos se a mãe tiver rubéola durante a gestação.
Catarata tóxica pode ser conseqüência de algum medicamento ou produto químico tóxico. Os fumantes têm maiores riscos de desenvolver cataratas.
Sinais e sintomas
Visão borrada, sem nitidez, esfumaçada e nebulosa.
Sensibilidade à luz e prejuízo da visão noturna. Podem surgir problemas ao dirigir à noite, pois os faróis podem parecer muito claro com o brilho excessivo.
Visão dupla
Pupilas normalmente escuras aparecem esbranquiçadas, leitosas.
Halos ao redor das luzes.
Mudanças na percepção das cores
Problemas com raios de luzes e do sol
Melhora temporária da visão, apenas em pessoas que apresentam hipermetropia. É a chamada "Segunda Visão".
Fonte: http://www.lincx.com.br/
Catarata : da fisiopatologia ao tratamento.
Postado por Thiago Moraes às 22:01
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A palavra catarata deriva do latim "catarractes", que quer dizer cachoeira; a olho nu do observador, a opacidade causada pela catarata avançada, vista através da pupila, lembra o fluxo turbulento de água em uma cachoeira.
A catarata pode ser definida como qualquer opacificação difusa do cristalino, não necessariamente com efeitos demonstráveis na visão. A catarata quando significativa o suficiente para comprometer a visão, é a principal causa de cegueira em todo o mundo. Modelos epidemiológicos estimam que existam cerca de 30 milhões de pessoas com cegueira, em todo o mundo, sendo que metade desses casos são devidos à catarata.O que é catarata:TIPOS DE CATARATA SENIL: é o tipo de catarata mais comum. Ocorre em pessoas idosas (é relacionada a idade), geralmente após os 60 anos.CÔNGENITA: a criança geralmente já nasce com catarata. Ocorre por doenças da mulher (como a rubéola e a toxoplasmose) durante a gravidez. Frequentemente está acompanhada de outras alterações.TRAUMÁTICA: ocorre após acidentes com o olho. Geralmente é unilateral; o trauma, mesmo sem perfuração do olho pode provocar a opacificação do cristalino.DO DIABÉTICO: Inicia-se geralmente em idade mais precoce e com perda visual mais rápida que na senil.SECUNDÁRIA À MEDICAMENTOS: principalmente o corticóide; quando este é usado por longos períodos.
FisiopatologiaExiste um arranjo regular das fibras que formam o cristalino, o qual apresenta uma mínima quantidade de espaço extracelular (apenas 1,3% do total); além disso, apenas as fibras superficiais são nucleadas. As principais proteínas são altamente concentradas e de pequeno tamanho, o que mantém a transparência do citoplasma e minimiza a reflexão da luz. O aumento de tamanho das moléculas, ou de sua separação por excesso de água, leva a opacificação, podendo o paciente desenvolver catarata.Para proteção contra a lesão oxidativa, moléculas de captura, como a vitamina E, estão presentes na membrana da lente. A glutationa reduzida, um potente redutor de radicais livres, é sintetizada no cristalino e encontrada em alta concentração no córtex e no epitélio. Ela mantém os tióis e o ascorbato em estado reduzido, capturando peróxidos e radicais livres, induzidos pela radiação.Nenhuma alteração histológica importante parece ocorrer no núcleo do cristalino. A catarata parece resultar de opacificação, por acúmulo de proteínas de alto peso molecular. Isso faz com que o núcleo se torne amarelado e compactado (esclerose nuclear).À medida que a catarata sofre maturação, a ruptura das fibras corticais progride e ocorre um grande acúmulo de água. Como resultado, a lente sofre edema e a câmara anterior torna-se mais estreita. Se o processo progride lentamente, uma lente encolhida com cápsula enrugada e uma córtex parcialmente absorvida, contendo depósitos cálcicos, aparece como catarata hipermadura. À medida que a córtex se liquefaz, fragmentos do cristalino podem se deslocar para o interior da câmara anterior, o que induz à atividade dos macrófagos, levando ao glaucoma fagolítico.SintomasEm seu estágio inicial, a catarata pode causar uma perda discreta da qualidade visual, alterando a visão das cores, que se apresentam mais desbotadas.Outro sintoma comum é a diminuição da acuidade visual noturna, às vezes com certo ofuscamento na presença de focos intensos de luz, como faróis de automóveis.À medida que a catarata avança, a visão vai ficando progressivamente mais turva e embaçada, prejudicando as atividades mais comuns tais como a leitura, o caminhar ou até assistir TV.Nos casos extremos, a queixa óbvia é a perda da visão útil. Não são raros os casos de pacientes mais idosos que sofrem quedas e fraturas sérias devido à visão prejudicada pela catarata.
Como suspeitar de catarata?A catarata deve ser suspeitada em qualquer paciente que se queixe de declínio progressivo e indolor da acuidade visual. A opacidade da lente pode ser confirmada por exame de fundo de olho, sem dilatação pupilar, à oftalmoscopia direta.A maioria dos casos de catarata ocorre em indivíduos com idade superior a 60 anos, ou em mais jovens que apresentam fatores de risco, como o diabetes, o uso de esteróides sistêmicos, ou passado de traumatismo ocular; esses pacientes devem ser avaliados anualmente por um oftalmologista, para monitoração de condições assintomáticas, como o glaucoma de ângulo aberto e a retinopatia diabética.TratamentoO único tratamento para a catarata é a remoção cirúrgica da lente opacificada, restaurando-se a transparência do eixo visual.Atualmente, a cirurgia é indicada, quando os sintomas da catarata, interferem com a capacidade do paciente atender ás suas necessidades da vida diária.A cirurgia de catarata é um procedimento de baixo risco, mas uma avaliação pré-operatória cuidadosa é de extrema importância, especialmente porque a população envolvida é idosa e, frequentemente, apresenta outras co-morbidades ( Hipertensão, diabetes, doença Arterial coronariana, infecção de Vias Aéreas Superiores, Doença Cardíaca Valvar )A facoemulsificação (FEF) é um procedimento que faz parte das técnicas mais modernas de extração extracapsular, é realizada em centro cirúrgico e, na grande maioria, sob anestesia local. Trata-se de uma modificação da facectomia extracapsular, pois a catarata, em vez de ser retirada quase por inteiro, é toda fragmentada (emulsificada) em minúsculos pedaços através de um instrumento introduzido no olho semelhante a uma caneta com ponta bem fina e delicada. Essa ponta emite ondas de ultra-som e faz, simultaneamente, a emulsificação e retirada, por meio de sucção, dos fragmentos. Esse procedimento pode ser realizado por meio de uma pequena incisão, cerca de 2-3 mm. O objetivo é deixar a cápsula posterior intacta, porque essa servirá de apoio para a lente intra-ocular que será implantada, situação esta que representa a imensa maioria dos casos de catarata senil.
Fontes:
http://www.cirurgiadecatarata.com.br/whatis.asphttp://www.bibliomed.com.br/lib/emailorprint.cfm?id=16113&type=libhttp://www.drqueirozneto.com.br/artigos/artigo.asp?id=70http://atlas.ucpel.tche.br/~nicolau/catarata.htmhttp://www.tudosobrecatarata.com.br/html/index.htmlhttp://www.visaolaser.com.br/doencas_cirurgia/cirurgias/facoemulsificacao.htm
Postado por Thiago Moraes às 22:01
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A palavra catarata deriva do latim "catarractes", que quer dizer cachoeira; a olho nu do observador, a opacidade causada pela catarata avançada, vista através da pupila, lembra o fluxo turbulento de água em uma cachoeira.
A catarata pode ser definida como qualquer opacificação difusa do cristalino, não necessariamente com efeitos demonstráveis na visão. A catarata quando significativa o suficiente para comprometer a visão, é a principal causa de cegueira em todo o mundo. Modelos epidemiológicos estimam que existam cerca de 30 milhões de pessoas com cegueira, em todo o mundo, sendo que metade desses casos são devidos à catarata.O que é catarata:TIPOS DE CATARATA SENIL: é o tipo de catarata mais comum. Ocorre em pessoas idosas (é relacionada a idade), geralmente após os 60 anos.CÔNGENITA: a criança geralmente já nasce com catarata. Ocorre por doenças da mulher (como a rubéola e a toxoplasmose) durante a gravidez. Frequentemente está acompanhada de outras alterações.TRAUMÁTICA: ocorre após acidentes com o olho. Geralmente é unilateral; o trauma, mesmo sem perfuração do olho pode provocar a opacificação do cristalino.DO DIABÉTICO: Inicia-se geralmente em idade mais precoce e com perda visual mais rápida que na senil.SECUNDÁRIA À MEDICAMENTOS: principalmente o corticóide; quando este é usado por longos períodos.
FisiopatologiaExiste um arranjo regular das fibras que formam o cristalino, o qual apresenta uma mínima quantidade de espaço extracelular (apenas 1,3% do total); além disso, apenas as fibras superficiais são nucleadas. As principais proteínas são altamente concentradas e de pequeno tamanho, o que mantém a transparência do citoplasma e minimiza a reflexão da luz. O aumento de tamanho das moléculas, ou de sua separação por excesso de água, leva a opacificação, podendo o paciente desenvolver catarata.Para proteção contra a lesão oxidativa, moléculas de captura, como a vitamina E, estão presentes na membrana da lente. A glutationa reduzida, um potente redutor de radicais livres, é sintetizada no cristalino e encontrada em alta concentração no córtex e no epitélio. Ela mantém os tióis e o ascorbato em estado reduzido, capturando peróxidos e radicais livres, induzidos pela radiação.Nenhuma alteração histológica importante parece ocorrer no núcleo do cristalino. A catarata parece resultar de opacificação, por acúmulo de proteínas de alto peso molecular. Isso faz com que o núcleo se torne amarelado e compactado (esclerose nuclear).À medida que a catarata sofre maturação, a ruptura das fibras corticais progride e ocorre um grande acúmulo de água. Como resultado, a lente sofre edema e a câmara anterior torna-se mais estreita. Se o processo progride lentamente, uma lente encolhida com cápsula enrugada e uma córtex parcialmente absorvida, contendo depósitos cálcicos, aparece como catarata hipermadura. À medida que a córtex se liquefaz, fragmentos do cristalino podem se deslocar para o interior da câmara anterior, o que induz à atividade dos macrófagos, levando ao glaucoma fagolítico.SintomasEm seu estágio inicial, a catarata pode causar uma perda discreta da qualidade visual, alterando a visão das cores, que se apresentam mais desbotadas.Outro sintoma comum é a diminuição da acuidade visual noturna, às vezes com certo ofuscamento na presença de focos intensos de luz, como faróis de automóveis.À medida que a catarata avança, a visão vai ficando progressivamente mais turva e embaçada, prejudicando as atividades mais comuns tais como a leitura, o caminhar ou até assistir TV.Nos casos extremos, a queixa óbvia é a perda da visão útil. Não são raros os casos de pacientes mais idosos que sofrem quedas e fraturas sérias devido à visão prejudicada pela catarata.
Como suspeitar de catarata?A catarata deve ser suspeitada em qualquer paciente que se queixe de declínio progressivo e indolor da acuidade visual. A opacidade da lente pode ser confirmada por exame de fundo de olho, sem dilatação pupilar, à oftalmoscopia direta.A maioria dos casos de catarata ocorre em indivíduos com idade superior a 60 anos, ou em mais jovens que apresentam fatores de risco, como o diabetes, o uso de esteróides sistêmicos, ou passado de traumatismo ocular; esses pacientes devem ser avaliados anualmente por um oftalmologista, para monitoração de condições assintomáticas, como o glaucoma de ângulo aberto e a retinopatia diabética.TratamentoO único tratamento para a catarata é a remoção cirúrgica da lente opacificada, restaurando-se a transparência do eixo visual.Atualmente, a cirurgia é indicada, quando os sintomas da catarata, interferem com a capacidade do paciente atender ás suas necessidades da vida diária.A cirurgia de catarata é um procedimento de baixo risco, mas uma avaliação pré-operatória cuidadosa é de extrema importância, especialmente porque a população envolvida é idosa e, frequentemente, apresenta outras co-morbidades ( Hipertensão, diabetes, doença Arterial coronariana, infecção de Vias Aéreas Superiores, Doença Cardíaca Valvar )A facoemulsificação (FEF) é um procedimento que faz parte das técnicas mais modernas de extração extracapsular, é realizada em centro cirúrgico e, na grande maioria, sob anestesia local. Trata-se de uma modificação da facectomia extracapsular, pois a catarata, em vez de ser retirada quase por inteiro, é toda fragmentada (emulsificada) em minúsculos pedaços através de um instrumento introduzido no olho semelhante a uma caneta com ponta bem fina e delicada. Essa ponta emite ondas de ultra-som e faz, simultaneamente, a emulsificação e retirada, por meio de sucção, dos fragmentos. Esse procedimento pode ser realizado por meio de uma pequena incisão, cerca de 2-3 mm. O objetivo é deixar a cápsula posterior intacta, porque essa servirá de apoio para a lente intra-ocular que será implantada, situação esta que representa a imensa maioria dos casos de catarata senil.
Fontes:
http://www.cirurgiadecatarata.com.br/whatis.asphttp://www.bibliomed.com.br/lib/emailorprint.cfm?id=16113&type=libhttp://www.drqueirozneto.com.br/artigos/artigo.asp?id=70http://atlas.ucpel.tche.br/~nicolau/catarata.htmhttp://www.tudosobrecatarata.com.br/html/index.htmlhttp://www.visaolaser.com.br/doencas_cirurgia/cirurgias/facoemulsificacao.htm
A artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações)
Artrose da coluna vertebral
Os círculos indicam as articulações mais frequentemente afectadas pela artrose a nível da coluna vertebral (cervical e lombar), das mãos, dos pés, das ancas e dos joelhos.
A artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações) é uma pertubação crónica das articulações caracterizada pela degenerescência da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez.
A artrose, a perturbação articular mais frequente, afecta em algum grau muitas pessoas por volta dos 70 anos de idade, tanto homens como mulheres. Contudo, a doença tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce. A artrose também pode aparecer em quase todos os vertebrados, inclusive peixes, anfíbios e aves. Os animais aquáticos como os golfinhos e as baleias podem sofrer de artrose, contudo, esta não afecta nenhum dos tipos de animais que permanecem pendurados com a cabeça para baixo, os morcegos e as preguiças. A doença está tão amplamente difundida no reino animal que alguns médicos pensam que pode ter evoluído a partir de um antigo método de reparação da cartilagem.
Persistem ainda muitos mitos sobre a artrose, por exemplo que é um traço inevitável de envelhecimento, como os cabelos grisalhos e as alterações na pele; que conduz a incapacidades mínimas e que o seu tratamento não é eficaz. Embora a artrose seja mais frequente em pessoas de idade, a sua causa não é a simples deterioração que implica o envelhecimento. A maioria dos afectados por esta doença, especialmente os mais jovens, apresentam poucos sintomas ou nenhum; contudo, algumas pessoas adultas desenvolvem incapacidades significativas.
Causas
As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas. É provável que a artrose se inicie com uma anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colagénio (uma proteína resistente e fibrosa do tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que dão elasticidade à cartilagem). A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nos bordos da articulação, formando tumefacções (osteófitos) que podem ver-se e sentir-se ao tacto. Estas tumefacções podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor.
Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação se possa mover com facilidade. Produz-se uma alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articular (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.
Existem duas classificações da artrose; primária (idiopática), quando a causa é desconhecida, e secundária, quando a causa é outra doença, como a de Paget, uma infecção, uma deformidade, uma ferida ou o uso excessivo da articulação. São especialmente vulneráveis os indivíduos que forçam as suas articulações de forma reiterada, como os operários de uma fundição ou de uma mina de carvão e os condutores de autocarros. Contudo, os corredores profissionais de maratona não têm um maior risco de desenvolvimento desta perturbação. Embora não exista uma evidência concludente a esse respeito, é possível que a obesidade seja um factor importante no desenvolvimento da artrose.
Sintomas
Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso (como a anca), mas relativamente poucas apresentam sintomas.
Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente e afectam inicialmente uma ou várias articulações (as dos dedos, a base dos polegares, o pescoço, a zona lombar, o dedo grande do pé, a anca e os joelhos). A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício. Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra forma de inactividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se iniciar o movimento da articulação.
A articulação pode perder mobilidade e inclusive ficar completamente rígida numa posição incorrecta à medida que piora a lesão provocada pela artrose. O novo crescimento da cartilagem, do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das articulações. A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se. As protuberâncias ósseas desenvolvem-se com frequência nas articulações das pontas dos dedos (nódulos de Heberden).
Em alguns sítios (como o joelho), os ligamentos que rodeiam e sustentam a articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou mover a articulação pode ser muito doloroso.
Em contraste, a anca torna-se rígida, perde o seu raio de acção e provoca dor ao mover-se. A artrose afecta com frequência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma mais frequente. As articulações lesadas da coluna costumam causar apenas dores leves e rigidez.
Contudo, se o crescimento ósseo comprime os nervos, a artrose do pescoço ou da zona lombar pode causar entorpecimento, sensações estranhas, dor e fraqueza num braço ou numa perna. Em raras ocasiões, a compressão dos vasos sanguíneos que chegam à parte posterior do cérebro origina problemas de visão, sensação de enjoo (vertigem), náuseas e vómitos. Por vezes o crescimento do osso comprime o esófago, dificultando a deglutição.
A artrose segue um desenvolvimento lento na maioria dos casos depois do aparecimento dos sintomas. Muitas pessoas apresentam alguma forma de incapacidade, mas, em certas ocasiões, a degenerescência articular detém-se.
Tratamento
Tanto os exercícios de estiramento como os de fortalecimento e de postura são adequados para manter as cartilagens em bom estado, aumentar a mobilidade de uma articulação e reforçar os músculos circundantes de maneira que possam amortecer melhor os impactos. O exercício deve ser compensado com o repouso das articulações dolorosas; contudo, a imobilização de uma articulação tende mais a agravar a artrose do que a melhorá-la. Os sintomas pioram com o uso de cadeiras, reclinadores, colchões e assentos de automóvel demasiado moles. Recomenda-se o uso de cadeiras com costas direitas, colchões duros ou estrados de madeira por baixo do colchão. Os exercícios específicos para a artrose da coluna vertebral podem ser úteis; contudo, são necessários suportes ortopédicos para as costas em caso de problemas graves. É importante manter as actividades diárias habituais, desempenhar um papel activo e independente dentro da família e continuar a trabalhar.
Também são úteis a fisioterapia e o tratamento com calor local. Para aliviar a dor dos dedos é recomendável, por exemplo, aquecer cera de parafina misturada com óleo mineral a uma temperatura de 48ÞC a 51ÞC, para depois molhar os dedos, ou tomar banhos mornos ou quentes. As talas ou suportes podem proteger articulações específicas durante actividades que gerem dor. Quando a artrose afecta o pescoço, podem ser úteis as massagens realizadas por terapeutas profissionais, a tracção e a aplicação de calor intenso com diatermia ou ultra-sons.
Os medicamentos são o aspecto menos importante do programa global de tratamento. Um analgésio como o paracetamol (acetaminofeno) pode ser suficiente. Um anti-inflamatório não esteróide como a aspirina ou o ibuprofeno pode diminuir a dor e a inflamação. (Ver secção 2, capítulo 13) Se uma articulação se inflama, incha e provoca dor repentinamente, os corticosteróides podem ser directamente injectados nela, embora isto só possa proporcionar alívio a curto prazo.
A cirurgia pode ser útil quando a dor persiste apesar dos outros tratamentos. Algumas articulações, sobretudo a anca e o joelho, podem ser substituídas por uma artificial (prótese) que, em geral, dá bons resultados: melhora a mobilidade e o funcionamento na maioria dos casos e diminui a dor de forma notória. Portanto, quando o movimento se vê limitado, pode considerar-se a possibilidade de uma prótese da articulação.
Fonte: www.manualmerck.net
ARTROSE
Artrose é o mesmo que osteoartrose, osteoartrite ou doença articular degenerativa.
No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de "reumatismos", a artrose é a mais freqüente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia. Além deste fato, sua importância pode ser demonstrada através dos dados da previdência social no Brasil, pois é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho; é a segunda doença entre as que justificam o auxílio-inicial, com 7,5% do total; é a segunda também em relação ao auxílio-doença (em prorrogação) com 10,5%; é a quarta a determinar aposentadoria (6,2%).
A artrose, em conjunto, tem certa preferência pelas mulheres, mas há localizações que ocorrem mais no sexo feminino, por exemplo mãos e joelhos, outras no masculino, como a da articulação coxofemoral (do fêmur com a bacia). Ela aumenta com o passar dos anos, sendo pouco comum antes dos 40 e mais freqüente após os 60. Pelos 75 anos, 85% das pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença, mas somente 30 a 50% dos indivíduos com alterações observadas nas radiografias queixam-se de dor crônica.
A artrose é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos, vulgarmente, como "bicos de papagaio".
A artrose pode ser dividida em sem causa conhecida (dita primária) ou com causa conhecida (dita secundária). As causas desta última forma são inúmeras, desde defeitos das articulações, como os joelhos com desvios de direção (valgo ou varo), até alterações do metabolismo. A participação da hereditariedade é importante, principalmente em certas apresentações clínicas, como os nódulos dos dedos das mãos, chamados de nódulos de Heberden (na junta da ponta dos dedos) ou Bouchard (na junta do meio dos dedos).
Exercícios e artrose
É importante considerar dois aspectos em relação a exercícios e artrose:
1) artrose como conseqüência de exercícios físicos;
2) participação dos exercícios no tratamento da artrose.
A nutrição de uma articulação depende de sua atividade dentro de limites fisiológicos. Portanto, a atividade funcional de uma junta é fundamental para a sua saúde. A inatividade excessiva é nitidamente prejudicial.
Uma articulação pode sofrer através de um trauma agudo ou crônico. O trauma crônico corresponde a uma atividade repetitiva que excede a capacidade que a junta tem de se proteger, através de seus músculos satélites, cápsula e tendões, fazendo com que a cartilagem receba forças excessivas que não está preparada para absorver.
Há atividades de trabalho e desportivas, principalmente em esportes que muito exigem de quem os pratica, em que o uso repetitivo das juntas é habitual e que podem determinar dano articular. São exemplos de profissões que podem levar à artrose: os trabalhadores da indústria têxtil, que têm maior prevalência de nódulos de Heberden (nodosidades nas pontas dos dedos das mãos); os trabalhadores que executam tarefas duradouras com seus joelhos em flexão, levando à artrose dessas articulações; os agricultores que têm com freqüência artrose da coxofemoral (junta da coxa com a bacia); os trabalhadores de minas que fazem artrose de joelhos, coxofemorais e coluna. Os atletas de elite estão em alto risco de desenvolvimento posterior de artrose nas juntas que recebem carga.
Do mesmo modo, os jogadores de futebol, mesmo aqueles sem história de traumatismos significativos. Parece que os corredores têm maior risco de desenvolverem artrose de joelho e coxofemoral tardiamente. Em indivíduos idosos sem artrose de joelhos, seguidos por 8 anos, foi observado que a atividade física elevada correlacionou com maior risco de desenvolvimento radiológico daquela doença. A atividade física habitual não aumentou o risco de artrose de joelhos para homens e mulheres.
Na avaliação do risco que uma pessoa tem de desenvolver artrose, através da atividade física, é fundamental levar em consideração as condições próprias de sua articulação. Juntas normais podem tolerar exercícios prolongados e até vigorosos sem maiores conseqüências clínicas, mas indivíduos que têm fraqueza muscular, anormalidades neurológicas, juntas defeituosa (por exemplo, joelhos com desvios para dentro ou para fora - valgus ou varus), diferença significativa de comprimento dos membros inferiores, alterações articulares hereditárias ou congênitas (displasias), etc. e que praticam exercícios excessivos que sobrecarregam os membros inferiores, provavelmente acabam acelerando o desenvolvimento de artrose em joelhos e coxofemorais.
Deste modo, é importante avaliar a existência das anormalidades citadas em indivíduos que se dispõem a executar exercícios com sobrecarga, com a finalidade de orienta-los, caso elas existam, a desempenharem atividades físicas que não forcem as juntas, como natação, bicicleta, por exemplo.
Do mesmo modo, isto é válido para indivíduos que sofreram dano de ligamentos, tendões ou meniscos que estão sujeitos a um desenvolvimento acelerado de artrose das articulações que suportam carga.
Quanto à participação dos exercícios no tratamento das artroses basta acentuar que eles conseguem melhorar o desempenho funcional das juntas, diminuem a necessidade do uso de fármacos, e têm ainda influência sobre o estado geral do paciente, trazendo, inclusive, benefícios psicológicos, podendo atuar modificando possíveis fatores de risco na progressão da doença.
Os exercícios são particularmente úteis quando há instabilidade articular. O fortalecimento da musculatura anterior da coxa é fundamental e indispensável no tratamento da artrose de joelho. Os exercícios posturais também são de grande valia. É preciso acentuar, entretanto, que os exercícios devem seguir uma estrita avaliação médica que servirá para indicar o que deve ser feito em cada caso. Não se deve fazer simplesmente exercícios e sim os exercícios adequados e que deverão ser corretamente executados.
Dieta ajuda?
Na artrose, a única dieta que deve ser considerada é a que tem por finalidade diminuir o peso. Nas artroses dos membros inferiores, principalmente dos joelhos, a obesidade é um fator causal, ou, no mínimo, agravante. Sendo assim, é fundamental manter o peso nos limites da normalidade quando são atingidas as juntas que suportam peso.
A redução preventiva do peso corporal faz diminuir a incidência de artrose de joelhos. Nos casos já instalados, perder peso é indicação importantíssima do tratamento. Por menor que seja a redução, haverá sempre um benefício. Emagrecer não é fácil, mas o sacrifício é compensado com o alívio dos sintomas e o retardamento da evolução da doença.
Não há nenhuma prova científica de que qualquer outro tipo de dieta tenha influência significativa no tratamento da artrose.
Fonte: www.reumatologia.com.br
artrose
O que é artrose?
"A artrose é um processo degenerativo de desgaste da cartilagem, que afeta sobre tudo as articulações que suportam peso ou as que fazem movimentos em excesso, como por exemplo as cadeiras, os joelhos ou os pés", destaca a Dra. Diana Dubinsky, médica reumatologista do Centro Antirreumático do Hospital de Clínicas, de Buenos Aires.
Esta doença vincula-se ao envelhecimento das articulações, ligado ao passar do tempo. Inicia-se, em geral, a partir dos 40 ou 45 anos. Porém, também pode aparecer de forma precoce como conseqüência de traumatismos ou problemas congênitos que afetem a articulação. Por exemplo, a displasia da cadeira é uma malformação congênita da articulação, este é um fato que predispõe a uma artrose precoce.
Em geral, o envelhecimento e a sobrecarga da articulação fazem com que a cartilagem se desgaste e perca agilidade e elasticidade. Os sintomas da artrose são a dor e a limitação da função articular. A limitação do movimento deve-se ao fator mecânico: as superfícies articulares, em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se.
Artrose é o mesmo que artrite?
"A artrite é uma doença inflamatória que pode afetar várias articulações ao mesmo tempo, por isso denomina-se poliartrite. Não está vinculada com a idade, pois pode aparecer na juventude", explica a especialista.
Existem distintos tipos de artrite, uma delas é a artrite reumatóide. Esta enfermidade compromete o estado geral da pessoa, produzindo abatimento, cansaço e perda de peso. Ademais produz inflamação, tumefação e avermelhamento da articulação. A dor é contínua em repouso e a pessoa levanta-se com muita dor e rigidez.
A artrose, ao contrário, apresenta uma dor mecânica que sente-se depois de utilizar a articulação. Geralmente é uma dor vespertina e alivia-se com o repouso. A pessoa pode levantar-se dolorida e sentir um pouco de rigidez, o que dificulta-lhe o início do movimento. Porém, em alguns minutos a rigidez desaparece e a pessoa pode movimentar-se normalmente.
A artrose diferencia-se da artrite reumatóide pelo comprometimento do estado geral. E também existem pessoas assíntomas, mas o médico pode detectar a artrose em uma radiografia. Isto mostra, entre outras coisas, que o espaço ocupado pela cartilagem é menor que o habitual porque esta está deteriorada. Dado que a cartilagem cumpre a função de amortecer a pressão e o atrito entre os ossos, ao deteriorar-se, os ossos se tocam e se desgastam.
"A medida que o o osso se destrói, produz-se um processo reparador que consiste em formar um novo osso, porém com características diferentes do osso normal. É o que se conhece comumente nas vértebras como bico de papagaio, e que tecnicamente denominam-se osteofitos", explica Dubinsky.
Como prevenir a artrose?
Além da idade, existem fatores que favorecem o aparecimento da artrose. Um dos mais importantes é o sobrepeso, porque produz uma sobrecarga nas articulações. Neste sentido é importante que a alimentação consista em uma dieta balanceada e sem excesso de gorduras, para evitar o sobrepeso. A obesidade sempre é acompanhada pela artrose.
Outro fator importante, assinala a Dra. Dubinsky, é a atividade física, como por exemplo caminhar, andar de bicicleta ou nadar. A respeito das caminhadas que realizamos quando fazemos compras e olhamos vitrines, estas não surtem nenhum efeito benéfico. Uma caminhada efetiva tem de ser contínua e com passo firme, com duração de 20 ou 30 minutos.
O exercício para ser benéfico, tem que ser sistemático e fazer com que a articulação mova-se em toda a sua amplitude. O exercício é um método de prevenção e de tratamento. Neste sentido a dor é um bom indicador de limite, se há dor é sinal de que se está fazendo exercício em excesso ou que se está fazendo da forma errada.
Com respeito a administração de medicamentos, os especialistas preferem utilizar a menor quantidade possível de drogas, e ver quanto os pacientes podem melhorar com tratamentos locais, orientados a desinflamar e acalmar a dor. Por exemplo, a aplicação de ondas curtas através de tratamentos de Quinesiologia.
O problema é que os antiinflamatórios possuem efeitos secundários, em especial os problemas gástricos que estes podem causar. Por esta razão, se o paciente tem dor mas não tem inflamação, o médico receita-lhe somente um analgésico que não irá afetar tanto a mucosa gástrica.
De qualquer forma, já existe uma nova geração de antiinflamatórios que inibem a inflamação de forma específica, sem afetar o estômago. Mas também existem outros tipos de drogas que apontam para melhorar a cartilagem. "Estas drogas aplicam-se em artroses não muito avançadas, naquelas em que a cartilagem ainda não se encontra muito deteriorada", esclarece a especialista.
Estes medicamentos aparentemente nutrem a cartilagem, ainda que seja difícil quantificar a melhora. A especialista destaca que um paciente com artrose não deve ser resistente ao uso de uma bengala, porque ela evita que a articulação carregue peso, desinflame-se e possa funcionar um pouco melhor. Também ajuda o uso de um "andador" ou colete.
O passar dos anos é irremediável. Porém, existem maneiras de retardar um pouco a aparição dos incômodos sinais do tempo.
Fonte: www.geocities.com
Os círculos indicam as articulações mais frequentemente afectadas pela artrose a nível da coluna vertebral (cervical e lombar), das mãos, dos pés, das ancas e dos joelhos.
A artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações) é uma pertubação crónica das articulações caracterizada pela degenerescência da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez.
A artrose, a perturbação articular mais frequente, afecta em algum grau muitas pessoas por volta dos 70 anos de idade, tanto homens como mulheres. Contudo, a doença tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce. A artrose também pode aparecer em quase todos os vertebrados, inclusive peixes, anfíbios e aves. Os animais aquáticos como os golfinhos e as baleias podem sofrer de artrose, contudo, esta não afecta nenhum dos tipos de animais que permanecem pendurados com a cabeça para baixo, os morcegos e as preguiças. A doença está tão amplamente difundida no reino animal que alguns médicos pensam que pode ter evoluído a partir de um antigo método de reparação da cartilagem.
Persistem ainda muitos mitos sobre a artrose, por exemplo que é um traço inevitável de envelhecimento, como os cabelos grisalhos e as alterações na pele; que conduz a incapacidades mínimas e que o seu tratamento não é eficaz. Embora a artrose seja mais frequente em pessoas de idade, a sua causa não é a simples deterioração que implica o envelhecimento. A maioria dos afectados por esta doença, especialmente os mais jovens, apresentam poucos sintomas ou nenhum; contudo, algumas pessoas adultas desenvolvem incapacidades significativas.
Causas
As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas. É provável que a artrose se inicie com uma anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colagénio (uma proteína resistente e fibrosa do tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que dão elasticidade à cartilagem). A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nos bordos da articulação, formando tumefacções (osteófitos) que podem ver-se e sentir-se ao tacto. Estas tumefacções podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor.
Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação se possa mover com facilidade. Produz-se uma alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articular (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.
Existem duas classificações da artrose; primária (idiopática), quando a causa é desconhecida, e secundária, quando a causa é outra doença, como a de Paget, uma infecção, uma deformidade, uma ferida ou o uso excessivo da articulação. São especialmente vulneráveis os indivíduos que forçam as suas articulações de forma reiterada, como os operários de uma fundição ou de uma mina de carvão e os condutores de autocarros. Contudo, os corredores profissionais de maratona não têm um maior risco de desenvolvimento desta perturbação. Embora não exista uma evidência concludente a esse respeito, é possível que a obesidade seja um factor importante no desenvolvimento da artrose.
Sintomas
Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso (como a anca), mas relativamente poucas apresentam sintomas.
Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente e afectam inicialmente uma ou várias articulações (as dos dedos, a base dos polegares, o pescoço, a zona lombar, o dedo grande do pé, a anca e os joelhos). A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício. Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra forma de inactividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se iniciar o movimento da articulação.
A articulação pode perder mobilidade e inclusive ficar completamente rígida numa posição incorrecta à medida que piora a lesão provocada pela artrose. O novo crescimento da cartilagem, do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das articulações. A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se. As protuberâncias ósseas desenvolvem-se com frequência nas articulações das pontas dos dedos (nódulos de Heberden).
Em alguns sítios (como o joelho), os ligamentos que rodeiam e sustentam a articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou mover a articulação pode ser muito doloroso.
Em contraste, a anca torna-se rígida, perde o seu raio de acção e provoca dor ao mover-se. A artrose afecta com frequência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma mais frequente. As articulações lesadas da coluna costumam causar apenas dores leves e rigidez.
Contudo, se o crescimento ósseo comprime os nervos, a artrose do pescoço ou da zona lombar pode causar entorpecimento, sensações estranhas, dor e fraqueza num braço ou numa perna. Em raras ocasiões, a compressão dos vasos sanguíneos que chegam à parte posterior do cérebro origina problemas de visão, sensação de enjoo (vertigem), náuseas e vómitos. Por vezes o crescimento do osso comprime o esófago, dificultando a deglutição.
A artrose segue um desenvolvimento lento na maioria dos casos depois do aparecimento dos sintomas. Muitas pessoas apresentam alguma forma de incapacidade, mas, em certas ocasiões, a degenerescência articular detém-se.
Tratamento
Tanto os exercícios de estiramento como os de fortalecimento e de postura são adequados para manter as cartilagens em bom estado, aumentar a mobilidade de uma articulação e reforçar os músculos circundantes de maneira que possam amortecer melhor os impactos. O exercício deve ser compensado com o repouso das articulações dolorosas; contudo, a imobilização de uma articulação tende mais a agravar a artrose do que a melhorá-la. Os sintomas pioram com o uso de cadeiras, reclinadores, colchões e assentos de automóvel demasiado moles. Recomenda-se o uso de cadeiras com costas direitas, colchões duros ou estrados de madeira por baixo do colchão. Os exercícios específicos para a artrose da coluna vertebral podem ser úteis; contudo, são necessários suportes ortopédicos para as costas em caso de problemas graves. É importante manter as actividades diárias habituais, desempenhar um papel activo e independente dentro da família e continuar a trabalhar.
Também são úteis a fisioterapia e o tratamento com calor local. Para aliviar a dor dos dedos é recomendável, por exemplo, aquecer cera de parafina misturada com óleo mineral a uma temperatura de 48ÞC a 51ÞC, para depois molhar os dedos, ou tomar banhos mornos ou quentes. As talas ou suportes podem proteger articulações específicas durante actividades que gerem dor. Quando a artrose afecta o pescoço, podem ser úteis as massagens realizadas por terapeutas profissionais, a tracção e a aplicação de calor intenso com diatermia ou ultra-sons.
Os medicamentos são o aspecto menos importante do programa global de tratamento. Um analgésio como o paracetamol (acetaminofeno) pode ser suficiente. Um anti-inflamatório não esteróide como a aspirina ou o ibuprofeno pode diminuir a dor e a inflamação. (Ver secção 2, capítulo 13) Se uma articulação se inflama, incha e provoca dor repentinamente, os corticosteróides podem ser directamente injectados nela, embora isto só possa proporcionar alívio a curto prazo.
A cirurgia pode ser útil quando a dor persiste apesar dos outros tratamentos. Algumas articulações, sobretudo a anca e o joelho, podem ser substituídas por uma artificial (prótese) que, em geral, dá bons resultados: melhora a mobilidade e o funcionamento na maioria dos casos e diminui a dor de forma notória. Portanto, quando o movimento se vê limitado, pode considerar-se a possibilidade de uma prótese da articulação.
Fonte: www.manualmerck.net
ARTROSE
Artrose é o mesmo que osteoartrose, osteoartrite ou doença articular degenerativa.
No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de "reumatismos", a artrose é a mais freqüente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia. Além deste fato, sua importância pode ser demonstrada através dos dados da previdência social no Brasil, pois é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho; é a segunda doença entre as que justificam o auxílio-inicial, com 7,5% do total; é a segunda também em relação ao auxílio-doença (em prorrogação) com 10,5%; é a quarta a determinar aposentadoria (6,2%).
A artrose, em conjunto, tem certa preferência pelas mulheres, mas há localizações que ocorrem mais no sexo feminino, por exemplo mãos e joelhos, outras no masculino, como a da articulação coxofemoral (do fêmur com a bacia). Ela aumenta com o passar dos anos, sendo pouco comum antes dos 40 e mais freqüente após os 60. Pelos 75 anos, 85% das pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença, mas somente 30 a 50% dos indivíduos com alterações observadas nas radiografias queixam-se de dor crônica.
A artrose é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos, vulgarmente, como "bicos de papagaio".
A artrose pode ser dividida em sem causa conhecida (dita primária) ou com causa conhecida (dita secundária). As causas desta última forma são inúmeras, desde defeitos das articulações, como os joelhos com desvios de direção (valgo ou varo), até alterações do metabolismo. A participação da hereditariedade é importante, principalmente em certas apresentações clínicas, como os nódulos dos dedos das mãos, chamados de nódulos de Heberden (na junta da ponta dos dedos) ou Bouchard (na junta do meio dos dedos).
Exercícios e artrose
É importante considerar dois aspectos em relação a exercícios e artrose:
1) artrose como conseqüência de exercícios físicos;
2) participação dos exercícios no tratamento da artrose.
A nutrição de uma articulação depende de sua atividade dentro de limites fisiológicos. Portanto, a atividade funcional de uma junta é fundamental para a sua saúde. A inatividade excessiva é nitidamente prejudicial.
Uma articulação pode sofrer através de um trauma agudo ou crônico. O trauma crônico corresponde a uma atividade repetitiva que excede a capacidade que a junta tem de se proteger, através de seus músculos satélites, cápsula e tendões, fazendo com que a cartilagem receba forças excessivas que não está preparada para absorver.
Há atividades de trabalho e desportivas, principalmente em esportes que muito exigem de quem os pratica, em que o uso repetitivo das juntas é habitual e que podem determinar dano articular. São exemplos de profissões que podem levar à artrose: os trabalhadores da indústria têxtil, que têm maior prevalência de nódulos de Heberden (nodosidades nas pontas dos dedos das mãos); os trabalhadores que executam tarefas duradouras com seus joelhos em flexão, levando à artrose dessas articulações; os agricultores que têm com freqüência artrose da coxofemoral (junta da coxa com a bacia); os trabalhadores de minas que fazem artrose de joelhos, coxofemorais e coluna. Os atletas de elite estão em alto risco de desenvolvimento posterior de artrose nas juntas que recebem carga.
Do mesmo modo, os jogadores de futebol, mesmo aqueles sem história de traumatismos significativos. Parece que os corredores têm maior risco de desenvolverem artrose de joelho e coxofemoral tardiamente. Em indivíduos idosos sem artrose de joelhos, seguidos por 8 anos, foi observado que a atividade física elevada correlacionou com maior risco de desenvolvimento radiológico daquela doença. A atividade física habitual não aumentou o risco de artrose de joelhos para homens e mulheres.
Na avaliação do risco que uma pessoa tem de desenvolver artrose, através da atividade física, é fundamental levar em consideração as condições próprias de sua articulação. Juntas normais podem tolerar exercícios prolongados e até vigorosos sem maiores conseqüências clínicas, mas indivíduos que têm fraqueza muscular, anormalidades neurológicas, juntas defeituosa (por exemplo, joelhos com desvios para dentro ou para fora - valgus ou varus), diferença significativa de comprimento dos membros inferiores, alterações articulares hereditárias ou congênitas (displasias), etc. e que praticam exercícios excessivos que sobrecarregam os membros inferiores, provavelmente acabam acelerando o desenvolvimento de artrose em joelhos e coxofemorais.
Deste modo, é importante avaliar a existência das anormalidades citadas em indivíduos que se dispõem a executar exercícios com sobrecarga, com a finalidade de orienta-los, caso elas existam, a desempenharem atividades físicas que não forcem as juntas, como natação, bicicleta, por exemplo.
Do mesmo modo, isto é válido para indivíduos que sofreram dano de ligamentos, tendões ou meniscos que estão sujeitos a um desenvolvimento acelerado de artrose das articulações que suportam carga.
Quanto à participação dos exercícios no tratamento das artroses basta acentuar que eles conseguem melhorar o desempenho funcional das juntas, diminuem a necessidade do uso de fármacos, e têm ainda influência sobre o estado geral do paciente, trazendo, inclusive, benefícios psicológicos, podendo atuar modificando possíveis fatores de risco na progressão da doença.
Os exercícios são particularmente úteis quando há instabilidade articular. O fortalecimento da musculatura anterior da coxa é fundamental e indispensável no tratamento da artrose de joelho. Os exercícios posturais também são de grande valia. É preciso acentuar, entretanto, que os exercícios devem seguir uma estrita avaliação médica que servirá para indicar o que deve ser feito em cada caso. Não se deve fazer simplesmente exercícios e sim os exercícios adequados e que deverão ser corretamente executados.
Dieta ajuda?
Na artrose, a única dieta que deve ser considerada é a que tem por finalidade diminuir o peso. Nas artroses dos membros inferiores, principalmente dos joelhos, a obesidade é um fator causal, ou, no mínimo, agravante. Sendo assim, é fundamental manter o peso nos limites da normalidade quando são atingidas as juntas que suportam peso.
A redução preventiva do peso corporal faz diminuir a incidência de artrose de joelhos. Nos casos já instalados, perder peso é indicação importantíssima do tratamento. Por menor que seja a redução, haverá sempre um benefício. Emagrecer não é fácil, mas o sacrifício é compensado com o alívio dos sintomas e o retardamento da evolução da doença.
Não há nenhuma prova científica de que qualquer outro tipo de dieta tenha influência significativa no tratamento da artrose.
Fonte: www.reumatologia.com.br
artrose
O que é artrose?
"A artrose é um processo degenerativo de desgaste da cartilagem, que afeta sobre tudo as articulações que suportam peso ou as que fazem movimentos em excesso, como por exemplo as cadeiras, os joelhos ou os pés", destaca a Dra. Diana Dubinsky, médica reumatologista do Centro Antirreumático do Hospital de Clínicas, de Buenos Aires.
Esta doença vincula-se ao envelhecimento das articulações, ligado ao passar do tempo. Inicia-se, em geral, a partir dos 40 ou 45 anos. Porém, também pode aparecer de forma precoce como conseqüência de traumatismos ou problemas congênitos que afetem a articulação. Por exemplo, a displasia da cadeira é uma malformação congênita da articulação, este é um fato que predispõe a uma artrose precoce.
Em geral, o envelhecimento e a sobrecarga da articulação fazem com que a cartilagem se desgaste e perca agilidade e elasticidade. Os sintomas da artrose são a dor e a limitação da função articular. A limitação do movimento deve-se ao fator mecânico: as superfícies articulares, em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se.
Artrose é o mesmo que artrite?
"A artrite é uma doença inflamatória que pode afetar várias articulações ao mesmo tempo, por isso denomina-se poliartrite. Não está vinculada com a idade, pois pode aparecer na juventude", explica a especialista.
Existem distintos tipos de artrite, uma delas é a artrite reumatóide. Esta enfermidade compromete o estado geral da pessoa, produzindo abatimento, cansaço e perda de peso. Ademais produz inflamação, tumefação e avermelhamento da articulação. A dor é contínua em repouso e a pessoa levanta-se com muita dor e rigidez.
A artrose, ao contrário, apresenta uma dor mecânica que sente-se depois de utilizar a articulação. Geralmente é uma dor vespertina e alivia-se com o repouso. A pessoa pode levantar-se dolorida e sentir um pouco de rigidez, o que dificulta-lhe o início do movimento. Porém, em alguns minutos a rigidez desaparece e a pessoa pode movimentar-se normalmente.
A artrose diferencia-se da artrite reumatóide pelo comprometimento do estado geral. E também existem pessoas assíntomas, mas o médico pode detectar a artrose em uma radiografia. Isto mostra, entre outras coisas, que o espaço ocupado pela cartilagem é menor que o habitual porque esta está deteriorada. Dado que a cartilagem cumpre a função de amortecer a pressão e o atrito entre os ossos, ao deteriorar-se, os ossos se tocam e se desgastam.
"A medida que o o osso se destrói, produz-se um processo reparador que consiste em formar um novo osso, porém com características diferentes do osso normal. É o que se conhece comumente nas vértebras como bico de papagaio, e que tecnicamente denominam-se osteofitos", explica Dubinsky.
Como prevenir a artrose?
Além da idade, existem fatores que favorecem o aparecimento da artrose. Um dos mais importantes é o sobrepeso, porque produz uma sobrecarga nas articulações. Neste sentido é importante que a alimentação consista em uma dieta balanceada e sem excesso de gorduras, para evitar o sobrepeso. A obesidade sempre é acompanhada pela artrose.
Outro fator importante, assinala a Dra. Dubinsky, é a atividade física, como por exemplo caminhar, andar de bicicleta ou nadar. A respeito das caminhadas que realizamos quando fazemos compras e olhamos vitrines, estas não surtem nenhum efeito benéfico. Uma caminhada efetiva tem de ser contínua e com passo firme, com duração de 20 ou 30 minutos.
O exercício para ser benéfico, tem que ser sistemático e fazer com que a articulação mova-se em toda a sua amplitude. O exercício é um método de prevenção e de tratamento. Neste sentido a dor é um bom indicador de limite, se há dor é sinal de que se está fazendo exercício em excesso ou que se está fazendo da forma errada.
Com respeito a administração de medicamentos, os especialistas preferem utilizar a menor quantidade possível de drogas, e ver quanto os pacientes podem melhorar com tratamentos locais, orientados a desinflamar e acalmar a dor. Por exemplo, a aplicação de ondas curtas através de tratamentos de Quinesiologia.
O problema é que os antiinflamatórios possuem efeitos secundários, em especial os problemas gástricos que estes podem causar. Por esta razão, se o paciente tem dor mas não tem inflamação, o médico receita-lhe somente um analgésico que não irá afetar tanto a mucosa gástrica.
De qualquer forma, já existe uma nova geração de antiinflamatórios que inibem a inflamação de forma específica, sem afetar o estômago. Mas também existem outros tipos de drogas que apontam para melhorar a cartilagem. "Estas drogas aplicam-se em artroses não muito avançadas, naquelas em que a cartilagem ainda não se encontra muito deteriorada", esclarece a especialista.
Estes medicamentos aparentemente nutrem a cartilagem, ainda que seja difícil quantificar a melhora. A especialista destaca que um paciente com artrose não deve ser resistente ao uso de uma bengala, porque ela evita que a articulação carregue peso, desinflame-se e possa funcionar um pouco melhor. Também ajuda o uso de um "andador" ou colete.
O passar dos anos é irremediável. Porém, existem maneiras de retardar um pouco a aparição dos incômodos sinais do tempo.
Fonte: www.geocities.com
Ovários Policísticos
Ovários policísticos são alterações muito comuns que ocorrem nas mulheres (cerca de uma em cada cinco mulheres). Esses ovários contêm pequenos cistos bem visíveis ao exame de ultra-som que podem secretar hormônios ou simplesmente estarem inativos. A síndrome de Ovários Policísticos (SOP), é um distúrbio que se inicia na puberdade e é progressiva.
Manifesta-se de diversas formas, como por exemplo, irregularidade menstrual, anovulação (ausência de ovulação), infertilidade, acne, amenorréia (ausência de menstruação por mais de três ciclos ou seis meses), hirsutismo (aparecimentos de pêlos mais grossos em locais como o tórax, queixo, entre o nariz e o lábio superior, o abdome inferior e as coxas). O aumento dos ovários ocorre somente nos casos mais avançados. Dosagens sanguíneas podem revelar alterações dos níveis hormonais características dos ovários policísticos, mas esses níveis variam consideravelmente de uma mulher para outra.
A causa da síndrome dos ovários policísticos ainda não está estabelecida. Acredita-se que envolva uma incapacidade dos ovários de produzir hormônios nas proporções corretas. A glândula pituitária sente que o ovário não está trabalhando adequadamente e, por sua vez, libera quantidades anormais de LH e FSH.
A SOP se não tratada, pode ter progressão até a menopausa, quando devido à falência ovariana, cessa a produção de estrógenos. Mais importante ainda é a exposição do endométrio (revestimento interno uterino), podendo propiciar o aparecimento de câncer, cujo risco é três vezes maior em mulheres com SOP. Além disso, há estudos sugerindo que a anovulação crônica durante a idade fértil, está relacionada com maior risco de câncer de mama após a menopausa.
O tratamento da SOP depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que a mesma pretende. Não havendo desejo de engravidar, grande parte das mulheres se beneficia com um tratamento a base de anticoncepcionais orais. A pílula melhora os sintomas como, aparecimento de espinhas, irregularidades menstruais, cólicas, etc. Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas. As de baixa dosagem têm sido as mais prescritas pelos ginecologistas. Existem pílulas que tem um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona.
Caso você apresente algumas dessas manifestações, procure um médico ginecologista e faça o tratamento correto
Fonte: www.acontececg.com.br
Ovários Policísticos
Síndrome dos Ovários Policísticos
O que é a síndrome dos ovários micropolicísticos?
O termo "síndrome dos ovários micropolicísticos" (também conhecida pela abreviatura, "SOMP") descreve um grupo de sintomas e de alterações nos níveis de hormônios de algumas mulheres. O nome origina-se do fato de que pacientes com esse transtorno freqüentemente (mas nem sempre) apresentam múltiplos pequenos cistos (nódulos) indolores nos seus ovários, o que pode ser visualizado por exames de ultrassom. Esses cistos são benignos. No entanto, as alterações hormonais provocadas pela síndrome podem causar sintomas importantes, com grande stress emocional para a mulher afetada.
A SOMP é uma alteração muito comum de mulheres em idade reprodutiva, podendo atingir de 4 a 10% dessa população (em média, 7%).
Quais são os sintomas da SOMP?
Os sintomas da síndrome incluem:
1) irregularidade menstrual (menstruações ausentes ou que atrasam com muita freqüência, geralmente desde a adolescência);
2) infertilidade (dificuldade para engravidar, devido à falta de ovulação - que constitui uma das queixas mais importantes dessas pacientes quando procuram o médico);
3) acne (cravos e espinhas na pele), especialmente ao redor do queixo, no tórax e no dorso;
4) excesso de pêlos no rosto (principalmente no queixo e no buço) e no restante do corpo (braços, pernas, virilha);
5) perda de cabelo, com áreas de rarefação na cabeça;
6) pele e cabelos muito oleosos.
Os últimos 4 sintomas são manifestações de excesso de hormônios masculinos, que é um dos problemas provocados pela síndrome. Algumas pacientes podem apresentar apenas um desses sintomas; outras podem apresentar um quadro mais exuberante. Nem todos esses sintomas precisam estar presentes, ao mesmo tempo, para fazer o diagnóstico de SOMP.
Cerca de 2/3 das pacientes com SOMP apresentam excesso de peso ou obesidade (principalmente quando o acúmulo de gordura acontece mais na região da barriga), mas a síndrome também pode afetar mulheres magras.
A SOMP é extremamente comum, mas muitas mulheres não sabem que são portadoras da síndrome, e podem sofrer durante anos com problemas como a dificuldade para engravidar ou o excesso de pêlos no rosto, antes de fazer o diagnóstico correto.
Qual é a causa da SOMP?
A causa exata da SOMP ainda não é bem conhecida. Suspeita-se que haja mais de uma causa. Em geral, a síndrome é causada por um desequilíbrio dos níveis de alguns hormônios importantes. O que se observa na maioria das mulheres de SOMP é um aumento dos níveis dos hormônios masculinos (andrógenos) no sangue, devido à produção aumentada desses hormônios pelos ovários. Por isso, a SOMP também é conhecida como "síndrome de excesso de andrógenos ovarianos". O principal andrógeno ovariano que aumenta na síndrome é a testosterona.
Então a SOMP é uma doença apenas dos ovários?
Não. A SOMP é uma doença complexa, relacionada ao funcionamento alterado de vários sistemas do organismo. Além do distúrbio dos ovários, as mulheres com SOMP comumente apresentam um defeito na ação da insulina, um importante hormônio que controla os níveis de açúcar (glicose) e gorduras (colesterol) no sangue. Portanto, mulheres com SOMP têm um risco aumentado de apresentar aumento da glicose (diabetes mellitus) e do colesterol (dislipidemias), o que em última análise pode aumentar seu risco de doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, derrame cerebral etc.).
Suspeita-se que esse defeito da ação da insulina (também conhecido como resistência à insulina) desempenhe um papel fundamental no desenvolvimento da SOMP. (Leia mais sobre diabetes clicando aqui.)
Como é feito o diagnóstico de SOMP?
O diagnóstico de SOMP é feito através da história clínica e exame físico da paciente (menstruações irregulares, excesso de pêlos, acne etc.) e de alguns exames complementares.
Os exames que podem ajudar no diagnóstico são:
1) Ultrassom do útero e ovários, que pode mostrar a presença de múltiplos pequenos cistos (nodulações cheias de líquido) em ambos os ovários.
Apesar de serem comuns e de darem nome à síndrome, os cistos não estão presentes em todas as pacientes com SOMP, sendo encontrados em cerca de 80% dos casos. Da mesma forma, a simples presença de cistos não é suficiente para fazer o diagnóstico de SOMP, pois até 20% das mulheres normais, sem qualquer alteração dos níveis hormonais, podem apresentar imagens de cistos ao ultrassom. Por isso, é importante diferenciar: "ovários policísticos" (um mero achado de ultrassom) da "síndrome de ovários micropolicísticos" (um distúrbio complexo, com manifestações clínicas conhecidas e que pode apresentar ou não a imagem de ovários policísticos ao ultrassom).
2) Testosterona, que muitas vezes está aumentada;
3) Glicemia e colesterol.
Outros exames também podem ser solicitados, dependendo das características de cada paciente. É importante afastar a presença de outros problemas hormonais que podem apresentar sintomas semelhantes à SOMP, principalmente o hipotireoidismo e a hiperplasia adrenal congênita (uma doença das glândulas supra-renais que também cursa com níveis aumentados de hormônios masculinos).
Todas as mulheres com sintomas sugestivos de SOMP (veja o quadro acima) devem ser avaliadas por um especialista, para determinar a presença ou não da sindrome. O endocrinologista, um médico especializado em transtornos das glândulas e dos hormônios, pode fazer essa avaliação e indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
Qual é a importância da SOMP?
A SOMP é uma das causas mais comuns de infertilidade em países desenvolvidos. Também pode causar prejuízo à qualidade de vida das pacientes, que se sentem incomodadas pelo excesso de pêlos ou pela acne, por exemplo.
No entanto, os maiores riscos da SOMP estão associados às alterações decorrentes da resistência à insulina. Esse transtorno faz com que as pacientes com SOMP tenham um risco aumentado de desenvolver diabetes.
De fato, até 30% das das pacientes com SOMP podem apresentar níveis aumentados de glicose no sangue, que às vezes só é detectado através de um teste com ingestão de açúcar via oral (o chamado teste de tolerância à glicose, ou curva glicêmica).
Além disso, mulheres com SOMP freqüentemente apresentam níveis aumentados do chamado "mau colesterol" (LDL). Elas também podem ter níveis baixos do "bom colesterol" (HDL) e níveis aumentados de outras gorduras do sangue, como os triglicérides. Todas essas alterações podem aumentar o risco de ataque cardíaco (infarto) e derrame cerebral, a longo prazo, principalmente em pacientes obesas.
Outro problema é decorrente da irregularidade menstrual e da falta de ovulação, que fazem com que a camada de revestimento interno do útero (o endométrio) não seja descamado e substituído regularmente (a cada mês).
Se esse problema não for tratado, há um aumento do risco de desenvolvimento de câncer do útero.
Como é o tratamento da SOMP?
Embora a SOMP não seja curável, há vários tratamentos disponíveis atualmente que podem equilibrar os níveis hormonais de maneira satisfatória e resolver vários dos problemas associados à síndrome.
Pacientes obesas ou com excesso de peso sempre devem ser aconselhadas a perder peso, através de uma alimentação saudável (com menor ingesta de calorias) e aumento da atividade física. Muitas vezes, apenas essa perda de peso é suficiente para aliviar muitos dos sintomas da síndrome, mesmo com perdas modestas (de 5 a 8Kg, por exemplo).
Medicações também podem ser usadas para controlar os sintomas da SOMP. Os anticoncepcionais orais, principalmente aqueles que contêm medicamentos que combatem os hormônios masculinos (por exemplo: acetato de ciproterona e drospirenona), ajudam a tratar a irregularidade menstrual e minimizam a acne e o excesso de pêlos, quando utilizados por vários meses. Estão melhor indicados em pacientes com SOMP que não desejam engravidar.
Mais recentemente, muitos médicos estão preferindo tratar a SOMP com medicações que agem melhorando a resistência à insulina, visto que este parece ser um dos principais mecanismos envolvidos no desenvolvimento da síndrome. Entre essas medicações, a mais utilizada é a metformina, um medicamento originalmente criado para o tratamento de diabetes, mas que provou ser efetivo em reduzir os níveis de insulina, melhorar a irregularidade menstrual, diminuir os pêlos e a acne (embora de maneira não tão evidente quanto com os anticoncepcionais), provocar perda de peso e aumentar a fertilidade de mulheres com SOMP. A metformina ajuda mulheres com SOMP a engravidar, visto que é capaz de aumentar a taxa de ovulação dessas pacientes e parece ter um papel em prevenir abortos precoces. Já foi utilizada inclusive durante a gravidez, aparentemente sem grandes riscos para a mãe ou o feto, mas o seu uso nesta situação ainda não é um consenso entre os especialistas. Mais interessante ainda é o fato de que o uso de metformina, por melhorar a ação da insulina, melhora os níveis de glicose e colesterol, e pode ajudar a prevenir as complicações mais sérias da SOMP, que são o diabetes e as doenças cardiovasculares.
Por essa razão, a metformina está sendo cada vez mais utilizada para o tratamento da SOMP, tanto em pacientes obesas como nas magras. Outras medicações que agem melhorando a resistência à insulina mas que ainda não são tão estudadas são a pioglitazona e a rosiglitazona.
Há também tratamentos específicos para induzir a ovulação e obter a gravidez, como o uso de citrato de clomifeno e de gonadotrofinas, que devem ser utilizados sob a supervisão de um ginecologista experiente em reprodução humana.
Também há medicações para reduzir os efeitos dos hormônios masculinos, como a espironolactona e a flutamida. Essas medicações sempre devem ser tomadas junto com anticoncepcionais, visto que podem ser prejudiciais ao feto se a paciente engravidar fazendo uso das mesmas.
Por último, tratamentos para reduzir o excesso de pêlos, como a depilação (usando lâmina, cêra, eletrólise ou laser) ou o uso de cremes que reduzem o crescimento dos pêlos (como a eflornitina) podem ser usados para melhorar o aspecto estético e a auto-estima das pacientes.
Fonte: www.portalendocrino.com.br
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