| Nivia de Souza , Editora |
Pois, então, cá estou para falar dessa da bronquite que ainda tem sua causa desconhecida e atinge mais de 6,4 milhões de brasileiros, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O mesmo problema respiratório leva o SUS (Sistema Único de Saúde) a fazer mais 100 mil internações por ano.
Em uma conta rápida são 11 atendimentos por hora.
Tantas estatísticas me convenceram que é preciso saber mais sobre este tema.
Uma das primeiras particularidades da asma é que, embora a causa seja desconhecida, os especialistas sabem que os brônquios de um asmático são extremamente sensíveis.
Ou seja, as estruturas que levam o ar inspirado (e cheio de oxigênio) para os pulmões reagem a qualquer sinal de irritação.
Mas, o que é que pode causar essa reação exacerbada?
As causas são múltiplas e vamos explorar algumas hoje aqui.
Geralmente, os sintomas de asma são:
- tosse;
- falta de ar;
- dificuldade para respirar;
- chiado no peito;
- sensação de peito pesado.
Eu conheço alguns asmáticos e, cada um deles, tem suas crises desencadeadas por diferentes motivos.
Minha prima Isabella, por exemplo, me contou que se o tempo está muito seco, ela sente dificuldade de respirar e tem crises. “Tem também os cheiros fortes, como de cigarro, de perfume”, disse.
Já uma amiga minha dos tempos da escola, a Bruna, teve diversas crises nas aulas de educação física, pois algumas pessoas podem “irritar” seus brônquios pelo esforço físico.
Meu amigo Silvio, que é cabeleireiro, sofre um bocado quando precisa aplicar a escova progressiva em suas clientes, uma vez que o cheiro fortíssimo do produto lhe provoca crises asmáticas.
O Dr. Carlos me contou que alguns de seus pacientes com asma são sensíveis aos alimentos que têm conservantes e corantes.
Além disso, assim como na bronquite, as gripes e resfriados também estão na lista de gatilhos da asma.
O que pode ser feito?
A asma, leitor, faz parte das doenças crônicas, aquelas que a medicina típica diz que não se curam em um curto espaço de tempo e tendem a se agravar com a passagem dos anos.
O que é importante frisar é que é possível prevenir as crises, e o ponto está em nossa capacidade de decisão.
De acordo com o nosso consultor, ao identificar o gatilho (ou os gatilhos das crises) da asma é essencial para combatê-la.
Por exemplo, se a poluição e a poeira irritam o sistema respiratório do seu filho, evite colocar no quarto dele objetos que acumulam a sujeira, como cortinas, bichos de pelúcia, cobertores de lã.
Lembre-se: mantenha o ambiente sempre arejado, mesmo em épocas mais friorentas.
Minha prima Isabella, que citei lá em cima, desistiu de usar perfumes.
Meu amigo Silvio, o cabeleireiro, evita trabalhar com escovas progressivas, e a Bruna deu uma chance para a ioga ( que já tem benefícios comprovados no fortalecimento da capacidade respiratória).
Fatores de risco
Comumente, a asma é uma doença que pode ser passada pelas gerações familiares.
Se você tem asma, sua filha tem chances de ter também. Não é uma regra, porém. O Dr. Carlos me disse que existem outros fatores, além da genética.
A obesidade é um deles, pois a produção de radicais livres é mais acentuada em situação de peso excessivo e pode desencadear processos inflamatórios.
Quem sofre com refluxo gastroesofágico também está mais vulnerável à asma. “O conteúdo gástrico tende a irritar o esôfago, a laringe e a faringe”, explica o consultor.
Outro fator de risco importante é o tabagismo na gestação. Grávidas fumantes deixam seus bebês mais propensos a desenvolver asma.
Acontece, de acordo com o Dr. Carlos, que estes bebês têm menor peso por conta da diminuição da irrigação de sangue na placenta.
Tendo essa variação de peso, os pequenos crescem menos e têm seus pulmões formados de maneira insuficiente.
Trate a asma todo dia
Depois da minha conversa com o Dr. Carlos sobre essa parte mais “técnica” da asma, eu perguntei o que um asmático deve fazer para se cuidar e gerenciar a doença.
A resposta foi crucial. E, obviamente, compartilho com você, meu leitor. “É preciso tratar todos os dias, não apenas nas crises”.
Portanto, se você tem asma, lembre-se disso em todos os seus momentos e não só quando o ar ao seu redor parecer ter acabado.
Tome outras providências para que você não abuse dos medicamentos destinados aos asmáticos, como as famosas “bombinhas”.
Como todo remédio, as “bombinhas” têm efeitos colaterais, entre eles a taquicardia e os tremores.
Nosso consultor me contou que isso acontece porque a substância que as compõem estimulam a produção de adrenalina.
A adrenalina é uma substância que, em doses excessivas, é um veneno para o corpo, deixando todo o organismo estressado.
Por isso, também é fundamental que os asmáticos saibam como gerenciar o estresse.
Efeito rebote
Usar as bombinhas sem moderação te torna mais resistente aos efeitos deste medicamento, leitor, o que pode agravar as crises futuras.
“Pode acontecer também o que eu chamo de ‘efeito rebote’. Você usa e melhora. Mas, quando a crise voltar, ela vem mais forte”, contou-me Dr. Carlos.
Então, o melhor mesmo é evitar os gatilhos e existem até massagens que podem nos auxiliar nesta missão.
Vamos ao resumo das dicas do Dr. Carlos
1) Mantenha o seu ambiente longe dos gatilhos que favorecem a crise;
2) Combata a obesidade com exercícios físicos mais leves, como a ioga, que melhora a respiração;
3) Não fume e se programe para parar ( O Daniel Cunha tenta te ajudar nesta missão com este conteúdo aqui);
4) Se tiver animal doméstico, evite que ele entre no seu quarto e cuide da saúde dele também.
5) Tratamentos com acupuntura e acupressuras demonstram bons resultados e você pode fazer uma parte da técnica em casa, conforme o Dr. Carlos explica.
6) Abuse de alimentos que são ricos em Vitamina C, como o goji berry, a goiaba, o pimentão-vermelho e o brócolis. “Essa substância é um antioxidante (saiba onde encontrar outros ) que age muito bem no sistema respiratório”, fala.
Apartando as crises
Como falei, eu fiquei realmente surpresa que algumas massagens podem ajudar o asmático a afastar uma crise.
Para você entender direitinho como se faz, o dr. Carlos gravou, de forma caseira e acessível, um vídeo, diretamente de seu consultório, te explicando. Veja só.
Clique na imagem e assista.
É isso aí.
Volto neste mesmo canal a qualquer momento com uma dica para a sua saúde.
E para finalizar, sugiro mesmo que você assine o nosso Dossiê.
A edição deste mês está realmente imperdível.
Um abraço,