Corruptos e corruptores fazem acordos e voltam para as suas casas bilionárias. E o povo?
Do Jornal do Brasil
Delinquentes continuam desfrutando do produto de seus roubos, enquanto o brasileiro sofre
O que se vê nesses acordos de leniência e nesses processos da Lava Jato é
o correto levantamento policial, em que corruptores e corruptos
são identificados com uma rapidez que não se via na mesma polícia do
passado.
Por exemplo: nas privatizações, houve vários grampos feitos,
principalmente no BNDES, entre gabinetes de ministros. E muitos trechos a
imprensa divulgou na época, nos quais um falava a outros: "Não
se preocupe, 'autoridade 1', eles não levaram a Vale, mas vão levar a
Telemar."
Entre os supostos delinquentes do lobby se encontravam parentes de
autoridades importantes. Hoje, não existe mais isso. Se descobre a
autoridade, os parentes da autoridade, os corruptos e os corruptores.
O que se estranha é que os corruptos e corruptores, desde que delatores, pelos acordos de leniência que fazem - e o JB por
várias vezes já fez este protesto - voltam para as suas casas, que não
são casas, são verdadeiras mansões de valores bilionários.
Saem da prisão que o povo paga, onde desfrutam de seus tempos de
criminosos, e voltam para as suas mansões que construíram com dinheiro
roubado, para passar quatro ou cinco anos em prisão domiciliar aqui no Brasil. Depois, vão gastar suas fortunas em dólar.
Os prejudicados, que foram demitidos, perderam seus planos de saúde,
perderam seus empregos porque o país quebrou, vão viver eternamente na
miséria. Enquanto isso, os verdadeiros culpados, corruptos ou
corruptores, vão viver eternamente na abundância do produto de seus
butins aqui ou no estrangeiro. Eles, seus filhos e netos.
Que justiça é essa?
(Fonte: Jornal do Brasil - AQUI).
................ Enquanto isso, juntando-se aos esforços dos que se empenham em que o processo de impeachment alcance o esperado desfecho, espetáculos midiáticos se desenvolvem ignorando solenemente bobagens, isso mesmo, bobagens constitucionais intituladas 'presunção de inocência' e 'devido processo legal', a exemplo do que se está a ver em relação ao ex-ministro Paulo Bernardo, para cuja prisão preventiva, em si descabida, se promoveu cerco policial por terra e ar, como bem acentuou a mulher de Bernardo, senadora Gleisi Hoffmann, em discurso proferido na tribuna do Senado da República - AQUI.
O combate à corrupção é inquestionavelmente louvável, mas a observância de escrúpulos é essencial. Mandá-los à danação é coisa de AI-5.
................ Enquanto isso, juntando-se aos esforços dos que se empenham em que o processo de impeachment alcance o esperado desfecho, espetáculos midiáticos se desenvolvem ignorando solenemente bobagens, isso mesmo, bobagens constitucionais intituladas 'presunção de inocência' e 'devido processo legal', a exemplo do que se está a ver em relação ao ex-ministro Paulo Bernardo, para cuja prisão preventiva, em si descabida, se promoveu cerco policial por terra e ar, como bem acentuou a mulher de Bernardo, senadora Gleisi Hoffmann, em discurso proferido na tribuna do Senado da República - AQUI.
O combate à corrupção é inquestionavelmente louvável, mas a observância de escrúpulos é essencial. Mandá-los à danação é coisa de AI-5.
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