8.17.2019

Como o Google News esconde o TIB de você



Sábado, 17 de agosto de 2019
Como o Google News esconde o TIB de você

Como leitor de notícias pelo celular, sempre tive a noção de que os agregadores como o Google News usam algum tipo de algoritmo para selecionar as recomendações de leitura. Mas foi só quando me juntei ao Intercept que vi, de perto, como essas escolhas são feitas.

Hoje, vou convidar você a observar mais ativamente como funcionam esses agregadores e o impacto que eles podem ter nas informações que você consome. Vamos falar, mais especificamente do Google News, usado por 41% dos leitores na América Latina.

Segundo o Google, "a equipe de curadoria ajuda os usuários a seguir uma matéria ou encontrar uma fonte em qualquer lugar do Google Notícias". A missão do serviço parece nobre:  "ser confiável, transparente e agradável".

É de se esperar, então, que a equipe de 'curadoria 'do Google Notícias se preocupasse com os resultados exibidos em sua plataforma, concorda?

Não é o que tem acontecido.
Os nossos leitores têm frequentemente alertado que recebem notificações do Google News com links para conhecidos espalhadores de notícias falsas – como esse, criado só para tentar manchar a reputação da nossa equipe. Para a 'curadoria' do Google, aparentemente, um site que espalha fake news de forma descarada é tão ou mais importante que fontes reconhecidas de informação. Mas, se existe uma equipe de curadoria, por que isso acontece?

Aqui na redação, eu fui o responsável por incluir o TIB como editor, nome dado às fontes de notícias registradas no Google Notícias. O processo é complicado e requer uma série de procedimentos para adequar o conteúdo do site às diretrizes do Google. Providenciamos um feed RSS específico, o registramos, incluímos até uma linha de código no nosso site para comprovar que somos realmente seus donos.

Instruções seguidas à risca, achei que estávamos prontos para aparecer nos resultados do serviço. Com o tempo, porém, comecei a notar que nossos furos de reportagem não eram considerados pela equipe de 'curadoria'. O que ganhava destaque eram as notícias secundárias, que apenas os repercutiam. Escrevi, então, à empresa para questionar como era feita a seleção do conteúdo:
Insatisfeito com a resposta robótica, resolvi providenciar um link direto que comprovasse a minha teoria de que, embora a notícia tivesse sido um furo nosso, ela não havia sido selecionada pela "equipe de curadoria" do Google Notícias. A resposta veio novamente padronizada e sem muitas informações:
Foi só nesse segundo e-mail que me dei conta que, na verdade, a "equipe de curadoria" é um algoritmo, e que o Google Notícias não usa editores humanos para decidir como selecionar e classificar as notícias que apresenta a você diariamente. Ou seja: não importa a qualidade e nem quem é a fonte primária. Qualquer bom SEO – sigla em inglês para otimização para mecanismos de busca –  é suficiente para promover conteúdos duvidosos e ocultar as fontes primárias de um determinado assunto.

Você pode comprovar isso na prática agora. Acesse o Google Notícias e procure por "Vaza Jato". Provavelmente o TIB não estará nos primeiros resultados. Você pode argumentar, então, que os resultados que vê são as notícias mais recentes. Te desafio então a clicar em "ver cobertura completa" e procurar novamente por alguma notícia nossa. Aos cinco primeiros que encontrarem uma ocorrência do TIB nesta seção prometemos um brinde.

A Vaza Jato, você sabe, foi um furo de reportagem espetacular do TIB. Nós não apenas publicamos os primeiros vazamentos, como também inventamos o termo "Vaza Jato". Ainda assim, nenhum dos resultados aponta para nós. Os robôs da 'equipe de curadoria' do Google preferem recomendar outras coisas – e não ligam se o conteúdo é falso.

Isso acontece porque, assim como os outros serviços do Google – e de outras empresas, como o Facebook –, o agregador de notícias é alimentado por um algoritmo baseado nas supostas preferências da pessoa. Para aumentar a audiência e o engajamento, o algoritmo "aprende" o que supostamente você quer, e passa a te bombardear com aquela informação. "Vaza Jato" ou Glenn Greenwald, por exemplo, e não importa se a fonte é um site que espalha mentiras. O que importa é a sua atenção.

Já falamos dessa lógica. É assim que o YouTube alimenta a extrema-direita, que as redes sociais radicalizam as pessoas e contribuem para espalhar notícias falsas.

No final das contas, se consumirmos informação por meio desse tipo de serviço acreditando na ladainha de que o conteúdo é verificado por uma "equipe de curadoria", não somos assim tão diferentes das tias de WhatsApp encaminhando notícias sem checar as fontes. Duvide do que o Google recomenda para você, porque a conveniência ainda não é tão segura quanto parece.

No Intercept, trabalhamos para fazer frente às corporações, políticos e poderosos e contar as histórias que precisam ser contadas. Isso envolve muitos desafios, inclusive cortar um dobrado para fazer a informação chegar até você. O seu apoio é muito importante para a gente continuar aumentando o nosso alcance.  Se você ainda não faz parte da nossa comunidade, junte-se a nós e ajude o TIB a chegar mais longe!

8.16.2019

Desmatamento


Araquém Alcântara
Amazônia indo pras picas. Agora e nos próximos dois meses a Amazônia arde em chamas. E a nossa maior riqueza se esvai, em razão de falsos patriotas, da inconsciência e, sobretudo da ganância desmedida. #amazonia #devastação#natgeobrasil #natgeowild #bbcbrasil #inpa #onu #inpe #institutosocioambiental

Só ontem, TSE ouviu 1ª testemunha do caso WhatsApp da campanha de Bolsonaro. Ah, e ela hoje trabalha no governo


Prédio do TSE com imenso cágado na frente

Primeira testemunha a ser ouvida é hoje funcionária do governo Bolsonaro


Com atraso de dez meses, começou quarta-feira no TSE a audiência de uma testemunha no caso dos disparos de milhões de fake news via WhatsApp pela campanha de Bolsonaro.

Rebeca Félix da Silva Ribeiro Alves era funcionária de uma das agências de disparos de mensagens pelo WhatsApp. Hoje não é mais. Ela trabalha no governo Bolsonaro como assessora de imprensa da Secretaria-Geral da Presidência.

Adivinha o que ela disse...

A má vontade do TSE com o caso é um absurdo total, como mostra reportagem publicada agora há pouco no portal da Folha.

O relator do caso, ministro Jorge Mussi, até o momento se comporta como se o réu do caso fosse o PT, pois tudo o que o PT pede para ser feito, ele nega, e o que o partido pede para que não o seja (caso da audiência de hoje, com uma mulher que trabalha no governo), ele autoriza.
O relator da ação, Mussi, corregedor da Justiça Eleitoral, negou uma série de pedidos do PT para produção de provas, como busca e apreensão nas agências de comunicação e oitiva dos empresários.

Mussi considerou que os depoimentos deles não seriam úteis para a produção de provas porque eles são partes interessadas no desfecho da ação e que não havia previsão legal para o pedido do PT.

Os advogados do partido recorreram na última terça-feira (13) pedindo a Mussi para reconsiderar a decisão que negou a produção de provas, sob o argumento de que a elucidação dos fatos é de interesse público. Em caso negativo, o PT pleiteia que o caso vá ao plenário do TSE, composto pelos sete ministros.

“Ora, foram os representados [os empresários] que protagonizaram os eventos denunciados, de certo, portanto, que estes possuem acesso a informações interessantes ao processo e, consequentemente, à sociedade”, afirmou o partido no recurso.

Como a Folha mostrou em abril, uma das peças-chave para a investigação, o empresário Peterson Querino, sócio da agência Quickmobile, foi excluído do processo porque a Justiça Eleitoral não conseguiu localizá-lo (sic) para entregar a notificação.

De acordo com Mussi, Querino não foi encontrado em nenhuma das três tentativas feitas pela Justiça nos endereços atribuídos a ele. Os advogados do PT recorreram duas vezes da decisão de Mussi de excluir o empresário da ação, mas não tiveram sucesso.

Sete testemunhas haviam sido intimadas: uma prestou depoimento, três —incluindo dois jornalistas da Folha— foram dispensadas pelo PT, autor da ação, e outras três serão ouvidas por videoconferência no próximo dia 28, segundo o TSE.

Os donos das agências de comunicação suspeitas de terem efetuado disparos de mensagens em massa, que figuram como réus na ação, não serão ouvidos nesta fase do processo. Segundo o TSE, não há previsão para o depoimento deles.

A Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), ajuizada pelo PT, foi aberta em outubro de 2018 após reportagem da Folha noticiar que empresários apoiadores de Bolsonaro bancaram o disparo de mensagens contra seu adversário na disputa, Fernando Haddad (PT), que acabou derrotado no segundo turno.

Os depoimentos estão sendo em conjunto com os de outras duas ações semelhantes ajuizadas pelo PDT.

Disparos em massa utilizam sistemas automatizados que não são permitidos pela legislação eleitoral. Além disso, pagamentos em benefício de um determinado candidato teriam de ser declarados à Justiça Eleitoral —do contrário, podem configurar caixa dois.

No cenário mais grave, caso fique comprovada a prática e o suposto abuso de poder econômico nas eleições, a ação poderá resultar na cassação do mandato do presidente e de seu vice, Hamilton Mourão (PRTB). [Folha]
Enquanto Bolsonaro não entregar o pacote de maldades completo: reforma trabalhista (nada de domingos, pessoal!), da Previdência (vai trabalhar, vovô!), entrega da Petrobras, das áreas ingígenas e quilombolas etc., o processo no TSE vai sendo tocado com a má vontade de Mussi em chegar a algum resultado.

8.15.2019

Fundos de Pensão e o Paulo Guedes

TCU abre processo contra Guedes por suspeita de fraudes com fundos
Tribunal de Contas da União abriu processo para apurar a suspeita de fraudes em negócios feitos por uma empresa do ministro da Economia, Paulo Guedes, com fundos de pensão de estatais; processo tem como base uma representação do Ministério Público Federal (MPF) que apura suspeitas de gestão fraudulenta ou temerária na captação e aplicação de R$ 1 bilhão de sete fundos de pensão a partir de 2009; para o MPF, as operações resultaram em ganhos excessivos para Guedes enquanto os fundos de pensão, que arcaram com o aporte financeiro, tiverem prejuízos ou ganhos menores que o esperado
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8.13.2019

A aula hoje é na rua!

Foto do perfil de gleisihoffmann
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Defesa de Lula pede anulação total dos processos com base nas revelações da Vaza Jato

habeas Corpus: Liberdade para o presidente Lula

Defesa do ex-presidente Lula ingressou na madrugada desta terça-feira com um Habeas Corpus no STF, pedindo, com base com base nas revelações da Vaza Jato, a nulidade dos processos da Operação Lava Jato, a imediata liberdade do ex-presidente e a suspensão de todos os processos em andamento. Os advogados também pedem que os procuradores membros da Lava Jato sejam declarados todos suspeitos, com base nos diálogos que mantiveram e nas ações decorrentes dessa conversas, agora reveladas pela Vaza Jato

247 - A defesa do ex-presidente Lula ingressou na madrugada desta terça-feira com um Habeas Corpus no STF, pedindo, com base com base nas revelações da Vaza Jato, a nulidade dos processo da Operação Lava Jato contra Lula, a imediata liberdade do ex-presidente, a suspensão de todos os processos em andamento. Os advogados de Lula pedem ao STF que os procuradores membros da Lava Jato sejam declarados todos suspeitos, com base nos diálogos que mantiveram e nas ações decorrentes desses diálogos, agora revelados pela Vaza Jato. Além disso, foi solicitado ao STF o compartilhamento de todas as mensagens em poder da Corte.
Na ação, a defesa alega que Lula foi submetido a “constrangimento ilegal agravado por acórdão do STJ que deixou de reconhecer a manifesta suspeição de procuradores da República que participaram da ação penal proposta contra o Paciente” e reitera a “suspeição de procuradores da República afirmada pela Defesa Técnica do Paciente desde a primeira manifestação nos autos da ação penal em referência”, em outubro de 2016. 
“Fatos comprovados (prova pré-constituída) e que foram reforçados, dentre outras coisas, por revelações do portal The Intercept e por outros veículos de imprensa. Indevida escolha da jurisdição mais favorável à condenação do Paciente. Procuradores da República aceitaram atuar coordenados por juiz-acusador (HC 164.493/PR) com o objetivo de promover a condenação do Paciente a qualquer custo”, ressalta o pedido de habeas corpus. 
Para a defesa, "houve desprezo às provas de inocência, além de parcial e interessada condução do feito”, além do “aniquilamento da garantia constitucional da presunção de inocência por diversos atos que envolveram desde investidas contra pessoas para incriminar o Paciente, a realização da “Coletiva do PowerPoint”, até a realização de diversas entrevistas durante o processo que colocaram o Paciente na condição de culpado".
A defesa também pediu para que o ministro Alexandre de Moraes determine o compartilhamento das mensagens trocadas entre integrantes da Lava Jato e que foram apreendidas pelos supostos hackers presos durante a Operação Spoofing. Segundo o advogado Cristiano Zanin, que atua na defesa de Lula, "é incontroverso na jurisprudência do STF que provas, mesmo que ilícitas, podem ser usadas na defesa de acusados". "Não discutimos se essas provas podem ou não ser usadas para condenação dos procuradores, mas é inegável, do ponto de vista jurídico, que se aplicam para inocentar os envolvidos nos processos",  disse ao blog do jornalista Tales Faria.

Objetivo maior era afastar e condenar o presidente Lula, mesmo sem provas.



Mensagens revelam relação ilícita de Moro e Dallagnol na Lava-jato 0



Uma série de três reportagens publicadas neste domingo (9) pelo The Intercept Brasil expõe áudios do ex-juiz federal Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol que mostram atuação conjunta dos dois para impedir vitória eleitoral de Fernando Haddad, antecipar a prisão de Lula e até mesmo apresentar provas consideradas inconsistentes.
Material obtido com exclusividade pelo The Intercept há cerca de um mês após vazamento de hacker aponta que a força-tarefa da Lava Jato atuou no caso Lula motivado por questões políticas. Nos áudios fica evidente colaboração inconstitucional entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador do Ministério Público Deltan Dallagnol.
As reportagens destacam que os procuradores não são atores apartidários e apolíticos e atuaram por convicções ideológicas e preocupados em evitar o retorno do PT ao poder. A série também aponta que Moro buscou inverter as fases da Lava Jato para favorecer a condenação de Lula.
Outro ponto destacado é a própria descrença da força tarefa nas acusações feitas contra o ex-presidente, escancarando uma manobra jurídico-política.

8.11.2019

CNPq já usou 88% da verba para pagamento de bolsas de pesquisa em 2019

Por Ana Carolina Moreno, G1
 

Passados pouco menos de dois terços do ano, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) já usou 88% da verba que tem disponível em 2019 para o pagamento de bolsas de pesquisa. Segundo os
dados do Portal do Orçamento levantados pelo G1, R$ 690.618.881 já haviam sido pagos até sexta-feira (9)
 – o total previsto até dezembro é de R$ 784.787.619.
O CNPq estima que o restante só será suficiente para
garantir as bolsas de quase 80 mil pesquisadores em
agosto e setembro. A contrapartida das bolsas é que os beneficiados não mantenham outro trabalho remunerado
 e se dediquem exclusivamente à pesquisa.
Desde o ano passado, o CNPq alerta que necessita de pelo menos R$ 300 milhões para conseguir honrar os pagamentos referentes a outubro, novembro e dezembro.
Orçamento para bolsas do CNPq
Veja quanto já foi gasto, quanto ainda resta
 e quanto falta ao governo garantir
Valor GASTO (R$): 690.618.881Valor RESTANTE (R$): 94.168.738Valor NÃO GARANTIDO (R$): 330.000.000
Fonte: Siop e CNPq
Crédito extra ainda não foi garantido
Usado como condição do governo federal para a aprovação
 de R$ 248,9 bilhões em crédito suplementar no 
Congresso Nacional, há dois meses, o repasse de R$ 330 milhões para resolver esse problema ainda não está
garantido. Ele ainda depende que o Ministério da Economia autorize a abertura do crédito extra, mas a pasta diz que
ainda "avalia o pedido".
crédito suplementar é um reforço no orçamento
aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA). Trata-se de
 uma forma de o governo federal conseguir contrair dívidas
 para poder pagar as despesas já previstas na lei, mas isso
 só não configura crime de responsabilidade caso o
Congresso Nacional autorize a medida.
Isso aconteceu em 11 de junho, com quase unanimidade
 dos parlamentares, depois que o Poder Executivo entrou em um acordo com os parlamentares e se comprometeu 
a liberar R$ 330 milhões ao pagamento das bolsas do CNPq, além de outros itens.
"O governo cedeu naquilo que podia. Fez conta, estica e
 puxa, então o acordo está feito, vamos em frente", 
afirmou na época a deputada federal 
Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo na Câmara (assista ao vídeo abaixo).
Congresso aprova pedido do Governo de crédito extra de quase R$ 250 bilhões
Hora 1

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Congresso aprova pedido do Governo de crédito extra de quase R$ 250 bilhões
A partir dessa aprovação, o crédito ainda precisa ser aberto pelo Ministério da Economia, que em janeiro absorveu o 
antigo Ministério do Planejamento.
Mas, em entrevista ao G1 em abril, o presidente do órgão,
João Luiz Filgueiras de Azevedo, explicou que o valor
previsto no orçamento aprovado em 2018 já não seria suficiente para cobrir as despesas programadas.
O único jeito de resolver esse problema é por meio do
crédito suplementar.
Desde abril, o ministro Marcos Pontes determinou que essa ação do conselho fosse poupada de bloqueios, já que o
 valor estava previsto para acabar em setembro. Em julho,
 ele afirmou, em agenda em Mato Grosso do Sul, que queria resolver a questão do crédito extra "ainda este mês".
Sessão do Congresso Nacional que aprovou R$ 248,9 bilhões em crédito suplementar para o Poder Executivo — Foto: Luis Macedo/Câmara dos DeputadosSessão do Congresso Nacional que aprovou R$ 248,9 bilhões em crédito suplementar para o Poder Executivo — Foto: Luis Macedo/Câmara dos DeputadosSessão do Congresso Nacional que aprovou R$ 248,9 bilhões em crédito suplementar para o Poder Executivo — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Avaliação desde março

Ao G1, o Ministério da Economia disse, nesta sexta, que
avalia desde 1º de março "a suplementação de dotação orçamentária para pagamento de bolsas do CNPq".
O pedido de avaliação foi feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC), ao qual o CNPq está vinculado.
Ainda segundo o ministério, em março deste ano o MCTIC
 fez um primeiro pedido à Junta de Execução Orçamentária (JEO) da Economia referente a R$ 310 milhões em crédito extra. Mas, em 30 de julho, a equipe do ministro Marcos
Pontes atualizou a necessidade de crédito para o pagamento de bolsas para R$ 330 milhões.
O Ministério da Economia disse que não existe prazo para
 que essa análise seja concluída, e não informou quantos pedidos semelhantes já foram analisados por outros órgãos, nem o período médio que a JEO leva para fazer essa
avaliação.
As aberturas de crédito suplementar são publicadas no
 "Diário Oficial da União". Desde 11 de junho, o Ministério
 da Economia já autorizou a abertura de crédito extra para diversos órgãos, como R$ 450 milhões em favor do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em
 3 de julho, ou R$ 45 milhões em favor de ações dos 
ministérios da Educação, da Justiça e Segurança Pública,
 da Saúde e do Desenvolvimento Regional, em 26 de junho.
O MCTIC já recebeu abertura de crédito extra para outras atividades. Também em 26 de junho, foram liberados, por exemplo, R$ 5,5 milhões para "desenvolvimento, lançamento e operação de satélites" e R$ 2 milhões para "manutenção de contrato de gestão com Organizações Sociais".