Terremoto de 8,8 graus mata ao menos 122
27 de fevereiro de 2010
Um terremoto de 8,8 graus na escala Richter atingiu na madrugada deste sábado a região central do Chile, perto de Concepcion, ao sul de Santiago, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos. A presidente Michelle Bachelet decretou estado de catástrofe e autoridades ministeriais anunciaram que as mortes já chegam a 122. Foram emitidos alarmes de tsunami em vários países. A capital Santiago ficou sem luz, sem gás e os telefones funcionam precariamente. O epicentro do tremor foi localizado no mar, a 59 km de profundidade, em Maule, a 99 km da cidade de Talca.
A presidente pediu calma à população, mas afirmou que o número de vítimas deverá aumentar. "Com um terremoto dessa força, não podemos absolutamente descartar mais mortes e provavelmente feridos."
O terremoto durou cerca de um minuto, ocorreu às 3h34 e foi sentido em prédios na capital, Santiago, a 325 km de distância. Várias regiões da cidade ficaram e a população saiu às ruas. O Aeroporto Internacional de Santiago foi fechado por tempo indeterminado.
O alarme de tsunami foi dado para Chile, Peru, Equador, Estados Unidos, Colômbia, toda a América Central, a Polinésia Francesa, além de regiões da Antártida. Pouco após o terremoto atingir o Chile, o Japão também entrou em alerta para possíveis tsunamis e foi confirmado que um tsusami deve atingir o Havaí no fim da tarde.
Sismólogo da UnB diz que impacto do terremoto no Chile teve grandes proporções
BRASÍLIA - O terremoto de 8,8 graus escala Richter, que aconteceu na madrugada deste sábado, no Chile, pode ter um impacto violento em desastres humanos e de destroços físicos, admitiu o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Jorge Sands. Ele ressaltou, porém, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, que os resultados ainda estão sendo contabilizados.
Embora o centro sísmico tenha acontecido no Oceano Pacífico, o tremor foi muito próximo da costa, a apenas 65 quilômetros de uma cidade com quase 40 mil habitantes e de duas outras no raio de 100 quilômetros, cada uma com cerca de 300 mil habitantes, explicou Sands. O epicentro do terremoto fica a 317 quilômetros de Santiago, a capital chilena.
Apesar de estar melhor preparado para enfrentar terremotos, com construções mais firmes, do que o Haiti - onde aconteceu o último grande desastre sísmico, em janeiro último - o Chile tem regiões carentes, com populações pobres no centro e no norte do país, onde o adensamento populacional tem aumentado muito.
Além do terremoto, o observatório da UnB registrou mais 12 tremores de menor intensidade, entre 6 graus e 6,5 graus nas imediações do grande sismo. O Chile, explicou Sands, está numa região onde grandes placas tectônicas se encontram . Como a Terra está em constante movimento, acrescentou ele, as placas colidem de vez em quando.
Por essa razão, o Chile tem um histórico de terremotos. O mais violento de que se tem registro no mundo ocorreu em 1960, com 9,5 graus, no país. O Chile fica exatamente no fim da grande placa tectônica onde termina o Círculo de Fogo que margeia o Oceano Pacífico pela América Central, América do Norte e desce pelo Leste da Ásia.
O desastre ocorrido no Chile não tem maiores reflexos no Brasil, de acordo com o professor da UnB. A não ser pequenos registros do abalo em grandes cidades com maior altitude como Brasília, São Paulo e Curitiba, em um raio até Porto Alegre.
O Globo
Recentemente foi realizada uma pesquisa que derruba a idéia de que o Brasil é praticamente imune de terremotos. Foi realizada na UFMG ( Universidade Federal de Minas Gerais) uma pesquisa que apresentou informações que comprovam a não veracidade da idéia anteriormente difundida, dessa forma o estudo apresentou dados afirmando que o Brasil é propício à incidência desse fenômeno.
A afirmativa se baseia na identificação de 48 falhas geológicas em todo território brasileiro, de modo que a maioria delas detém um grande potencial para a ocorrência dessa anomalia terrestre, pelo menos seis delas já apresentaram abalos sísmicos.
Para estabelecer a localização dessas falhas o geomorfólogo da UFMG, Allaoua Saadi, do Instituto de Geociência, utilizou de mapas topográficos e geológicos, imagens de satélite e radar, dados bibliográficos e contou com a colaboração de cientistas de todo o País.
A antiga idéia, segundo o chefe da pesquisa, é difundida por falta de um maior entendimento acerca do funcionamento das placas litosféricas, uma vez que todos acreditam que pelo fato do Brasil estar situado no centro da placa sul-americana e considerar que essa não sofre rupturas, ou mesmo que ela é contínua ou inteiriça, o país está completamente livre de sofrer com esse acidente natural.
Na verdade, todas as placas presentes no mundo são oriundas da união de placas que existiram em tempos remotos, dessa forma, essas eram diferentes das atuais e muitas vezes ficaram sobrepostas, apresentando trincas, rachaduras e falhas.
Para Saadi os abalos são resultados da ruptura da crosta, proveniente da movimentação dos blocos em toda extensão de uma falha geológica. As rochas se confrontam, e esse contato leva ao armazenamento de grande quantidade de energia. No ato da ruptura a energia acumulada é expelida e ocorre em períodos consecutivos e em pouco espaço de tempo um do outro. Além disso, os estudos realizados acerca dos terremotos no Brasil ainda são modestos.
O estudo e o monitoramento dos terremotos em solo brasileiro tiveram início recentemente, a partir dos anos 70, período esse que iniciaram diversas construções de usinas hidrelétricas e que foi necessária a instalação de sismômetro ou sismógrafo, aparelhos utilizado para medir a intensidade de abalos.
Em suma, fica claro que existe uma grande incógnita a respeito desse assunto, dessa forma não há possibilidade de determinar um conceito definitivo e conclusivo, até por que são poucos anos de pesquisas sobre a temática, por fim não devemos imaginar o Brasil como imune a esse tipo de fenômeno.
Eduardo de Freitas
webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br
2.27.2010
LIMITE DA MENTE HUMANA
Um novo estudo descobriu o limite máximo de itens que podemos armazenar na nossa mente consciente, ou memória de trabalho.
Memória de trabalho é a versão mais ativa da memória de curta duração, que se refere ao armazenamento temporário de informação. A memória de trabalho está ligada à informação na qual nós podemos prestar atenção e manipular.
No estudo, os pesquisadores apresentaram aos voluntários conjuntos de quadrados de diferentes cores. Em seguida era mostrado novamente um conjunto de quadrados sem as cores. Em seguida era mostrado um único quadrado colorido em um local do conjunto e era perguntado se aquele quadrado estava na mesma posição do início do teste.
Enquanto uma pessoa comum pode apenas manter três ou quatro coisas na mente ao mesmo tempo, algumas pessoas conseguiram memorizar quantidades incríveis de informação na memória de trabalho. Competidores do World Memory Championship comumente se lembram de centenas de dígitos em ordem depois de apenas cinco minutos. Mas mesmo estes mestres da memória parecem começar com as mesmas capacidades básicas de todos e melhoram suas habilidades com estratégias e truques.
Houve um famoso estudo feito com um maratonista que aprendeu a associar os dígitos juntos de maneira que eles eram significativos para ele relativos a uma maratona. Ele conseguia repetir listas de até 80 dígitos na ordem correta. Mas se fosse dado para ele uma lista de palavras, ele se lembrava em média de sete, assim como todo mundo.
Este novo estudo utilizou um modelo matemático que tomava como premissa que as pessoas possuem um número fixo de soquetes em sua memória de trabalho e cada um deles pode conter apenas um item. Quando estes soquetes estão preenchidos, o modelo previu, as pessoas começariam a tentar adivinhar a resposta. Baseado nisso o modelo conseguiu prever vários resultados dos testes com uma precisão impressionante.
Mesmo que haja um limite para o número médio de coisas que uma pessoa possa lembrar uma única vez, a capacidade básica da memória de trabalho varia entre indivíduos. Aqueles que conseguiam bons resultados nas tarefas da memória de trabalho também pareceram ir bem no aprendizado, compreensão de texto e solução de problemas.
A informação que se pode reter na mente de uma única vez é a informação que nós inter-relacionamos. Os cientistas acreditam que uma memória de trabalho melhor leva a melhores capacidades em solucionar problemas.
Não se sabe o que causa essas variações, mas as pessoas podem melhorar o desempenho de sua memória de trabalho com treinamento. Quando as crianças praticam estas tarefas elas ficam melhores. E não são apenas as taxas da memória de trabalho que melhoram, mas sua atenção e raciocínio também se ampliam.
Os pesquisadores ainda não sabem como estas habilidades trabalham juntas, mas parece que a atenção e a memória são primas.
O estudo foi publicado na edição de 14 de abril da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Memória de trabalho é a versão mais ativa da memória de curta duração, que se refere ao armazenamento temporário de informação. A memória de trabalho está ligada à informação na qual nós podemos prestar atenção e manipular.
No estudo, os pesquisadores apresentaram aos voluntários conjuntos de quadrados de diferentes cores. Em seguida era mostrado novamente um conjunto de quadrados sem as cores. Em seguida era mostrado um único quadrado colorido em um local do conjunto e era perguntado se aquele quadrado estava na mesma posição do início do teste.
Enquanto uma pessoa comum pode apenas manter três ou quatro coisas na mente ao mesmo tempo, algumas pessoas conseguiram memorizar quantidades incríveis de informação na memória de trabalho. Competidores do World Memory Championship comumente se lembram de centenas de dígitos em ordem depois de apenas cinco minutos. Mas mesmo estes mestres da memória parecem começar com as mesmas capacidades básicas de todos e melhoram suas habilidades com estratégias e truques.
Houve um famoso estudo feito com um maratonista que aprendeu a associar os dígitos juntos de maneira que eles eram significativos para ele relativos a uma maratona. Ele conseguia repetir listas de até 80 dígitos na ordem correta. Mas se fosse dado para ele uma lista de palavras, ele se lembrava em média de sete, assim como todo mundo.
Este novo estudo utilizou um modelo matemático que tomava como premissa que as pessoas possuem um número fixo de soquetes em sua memória de trabalho e cada um deles pode conter apenas um item. Quando estes soquetes estão preenchidos, o modelo previu, as pessoas começariam a tentar adivinhar a resposta. Baseado nisso o modelo conseguiu prever vários resultados dos testes com uma precisão impressionante.
Mesmo que haja um limite para o número médio de coisas que uma pessoa possa lembrar uma única vez, a capacidade básica da memória de trabalho varia entre indivíduos. Aqueles que conseguiam bons resultados nas tarefas da memória de trabalho também pareceram ir bem no aprendizado, compreensão de texto e solução de problemas.
A informação que se pode reter na mente de uma única vez é a informação que nós inter-relacionamos. Os cientistas acreditam que uma memória de trabalho melhor leva a melhores capacidades em solucionar problemas.
Não se sabe o que causa essas variações, mas as pessoas podem melhorar o desempenho de sua memória de trabalho com treinamento. Quando as crianças praticam estas tarefas elas ficam melhores. E não são apenas as taxas da memória de trabalho que melhoram, mas sua atenção e raciocínio também se ampliam.
Os pesquisadores ainda não sabem como estas habilidades trabalham juntas, mas parece que a atenção e a memória são primas.
O estudo foi publicado na edição de 14 de abril da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Mal de Parkinson: Novidades
As causas da doença de Parkinson ainda não são completamente conhecidas. Sabe-se que essa desordem degenerativa é caracterizada pela disfunção dos neurônios secretores de dopamina (mediador químico importante para a atividade normal do cérebro) e afeta regiões cerebrais responsáveis pelo controle muscular, provocando tremores, rigidez nos músculos e diminuição de mobilidade.
Novos estudos têm indicado também a associação da doença com problemas no coração, como se viu no 18th WFN World Congress on Parkinson’s Disease and Related Disorders, realizado em Miami, nos Estados Unidos, em dezembro último.
De acordo com as pesquisas, sintomas cardíacos podem anteceder os sintomas motores causados pela doença de Parkinson, e pode haver uma independência entre os sintomas cardíacos e os motores da doença em pacientes humanos.
Segundo o estereologista Antonio Augusto Coppi, responsável pelo Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) do Departamento de Cirurgia da Faculdade de MedicinaVeterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP), que apresentou no congresso deMiami um trabalho relacionando os efeitos da doença no coração, os estudos recentes ressaltam novas formas de manifestação clínica da doença de Parkinson.
“Antes, quando se falava em Parkinson, havia uma clara referência ao indivíduo com dificuldade de tirar a carteira do bolso em um supermercado ou que não conseguia atravessar a rua. Ou seja, eram apenas sintomas motores. Hoje, já se sabe que o paciente pode também apresentar sintomas generalizados, como os cardíacos. Mas se esses sintomas antecedem os motores, sucedem ou se eles ocorrem simultaneamente, ainda é uma incógnita”, disse Coppi à Agência FAPESP .
O docente coordena a pesquisa intitulada “Caracterização comportamental, funcional e morfológica das cardioneuromiopatias tóxicas (MPTP) e geneticamente induzidas em camundongos com alta expressão de alfa-sinucleina humana”, apoiada pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, na qual se busca adequar modelos (químico e genético) eficazes para estudar a doença de Parkinson.
A equipe de Coppi induziu a doença de Parkinson nos animais por meio do uso do 1-metil-1-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropirimidina (MPTP), de modo a analisar seus efeitos no miocárdio, na inervação do coração e nos neurônios do sistema nervoso central.
Segundo o pesquisador, a manifestação clínica do Parkinson tem mudado muito. “A pesquisa procura entender de que forma a doença afeta o coração. Investigamos se a droga MPTP causa alteração no coração e, simultaneamente, no encéfalo. O objetivo é ver se o MPTP pode ser um bom modelo para se quantificar os efeitos da doença de Parkinson no coração”, explicou.
Nos resultados preliminares, o grupo de camundongos que recebeu a droga apresentou, à análise morfológica estereológica estocástica tridimensional, uma atrofia do ventrículo esquerdo do coração e “uma tendência ao aumento do número de núcleos de fibras cardíacas (cardiomiócitos) desse mesmo ventrículo, o que é sugestivo de uma proliferação compensatória dessas fibras”, disse Coppi.
Além disso, os animais apresentaram taquicardia (sem aumento da pressão arterial) e diminuição global da inervação cardíaca, incluindo distúrbios da inervação simpática. Os dados foram corroborados pelo decréscimo nas concentrações de neurotransmissores (catecolaminas) no coração –dopamina e noradrenalina.
“Quando o coração apresenta redução no seu suprimento nervoso, tem também menos capacidade de se contrair e atuar como bomba propulsora na distribuição do sangue para o resto do corpo”, explicou.
O caráter inovador do projeto reside no fato de se usar estereologia estocástica tridimensional para quantificar “associadamente” o
músculo cardíaco, a inervação cardíaca e os neurônios do sistema nervoso central e ver como isso pode estar conjuntamente afetado pela doença de Parkinson.
“Se a droga causar lesões no cérebro e, simultaneamente, no coração, é um bom indício de que o MPTP possa ser um bom modelo químico para se estudar a forma cardíaca do Parkinson. Embora a droga já fosse utilizada na literatura para induzir a doença de Parkinson em camundongos e em primatas, os estudos sempre enfocaram o cérebro, mas sem abordar o aspecto morfoquantitativo do coração”, destacou Coppi.
O modelo desenvolvido é análogo ao que desenvolve em outra pesquisa relacionando a doença de Huntington (desordem neurodegenerativa hereditária que afeta principalmente o sistema nervoso central) e efeitos no coração, também apoiada pela FAPESP.
Caráter sistêmico – A grande mudança de paradigma nas novas pesquisas, de acordo com Coppi, é que a doença de Parkinson pode se iniciar pelo sistema nervoso periférico. “E, a partir daí, pode afetar os órgãos que são inervados por esse sistema periférico e sem qualquer relação com os neurônios do cérebro”, disse.
“Até então se achava que a doença de Parkinson começava no sistema nervoso central e, depois, poderia evoluir para um quadro periférico, afetando outros órgãos. Agora, novas hipóteses são formuladas de quepode ocorrer algo periférico primeiro, ou seja, algo não cerebral, e depois evoluir para o cérebro”, reforçou.
Sobre os sintomas motores da doença, o professor da FMVZ-USP, destaca que o estudo comportamental está sendo conduzido com resultados muito interessantes. “Os animais induzidos com MPTP apresentam diminuição acentuada da locomoção (mobilidade) quando comparados aos animais sadios”, disse.
A próxima etapa do estudo será comparar o modelo químico (MPTP) com o modelo genético. Animais geneticamente modificados que já possuem o gene para a doença de Parkinson estão sendo importados. “Queremos ver se no animal transgênico ocorrerão alterações similares às observadas no modelo químico. Esperamos encontrar resultados robustos que nos ajudem a entender a evolução do Parkinson em pacientes humanos”, disse.
Coppi enfatiza o caráter interdisciplinar do estudo, que contempla análise morfológica, comportamental, funcional e bioquímica, ao destacar a participação na pesquisa de docentes colaboradores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP: Maria Dagli e Frederico da Costa Pinto; da Universidade Federal de São Paulo: Monica Andersen e Dulce Casarini; e da Escola de Educação Física e Esporte da USP: Patrícia Brum.
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11724/parkinson-e-coracao.htm
Novos estudos têm indicado também a associação da doença com problemas no coração, como se viu no 18th WFN World Congress on Parkinson’s Disease and Related Disorders, realizado em Miami, nos Estados Unidos, em dezembro último.
De acordo com as pesquisas, sintomas cardíacos podem anteceder os sintomas motores causados pela doença de Parkinson, e pode haver uma independência entre os sintomas cardíacos e os motores da doença em pacientes humanos.
Segundo o estereologista Antonio Augusto Coppi, responsável pelo Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) do Departamento de Cirurgia da Faculdade de MedicinaVeterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP), que apresentou no congresso deMiami um trabalho relacionando os efeitos da doença no coração, os estudos recentes ressaltam novas formas de manifestação clínica da doença de Parkinson.
“Antes, quando se falava em Parkinson, havia uma clara referência ao indivíduo com dificuldade de tirar a carteira do bolso em um supermercado ou que não conseguia atravessar a rua. Ou seja, eram apenas sintomas motores. Hoje, já se sabe que o paciente pode também apresentar sintomas generalizados, como os cardíacos. Mas se esses sintomas antecedem os motores, sucedem ou se eles ocorrem simultaneamente, ainda é uma incógnita”, disse Coppi à Agência FAPESP .
O docente coordena a pesquisa intitulada “Caracterização comportamental, funcional e morfológica das cardioneuromiopatias tóxicas (MPTP) e geneticamente induzidas em camundongos com alta expressão de alfa-sinucleina humana”, apoiada pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, na qual se busca adequar modelos (químico e genético) eficazes para estudar a doença de Parkinson.
A equipe de Coppi induziu a doença de Parkinson nos animais por meio do uso do 1-metil-1-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropirimidina (MPTP), de modo a analisar seus efeitos no miocárdio, na inervação do coração e nos neurônios do sistema nervoso central.
Segundo o pesquisador, a manifestação clínica do Parkinson tem mudado muito. “A pesquisa procura entender de que forma a doença afeta o coração. Investigamos se a droga MPTP causa alteração no coração e, simultaneamente, no encéfalo. O objetivo é ver se o MPTP pode ser um bom modelo para se quantificar os efeitos da doença de Parkinson no coração”, explicou.
Nos resultados preliminares, o grupo de camundongos que recebeu a droga apresentou, à análise morfológica estereológica estocástica tridimensional, uma atrofia do ventrículo esquerdo do coração e “uma tendência ao aumento do número de núcleos de fibras cardíacas (cardiomiócitos) desse mesmo ventrículo, o que é sugestivo de uma proliferação compensatória dessas fibras”, disse Coppi.
Além disso, os animais apresentaram taquicardia (sem aumento da pressão arterial) e diminuição global da inervação cardíaca, incluindo distúrbios da inervação simpática. Os dados foram corroborados pelo decréscimo nas concentrações de neurotransmissores (catecolaminas) no coração –dopamina e noradrenalina.
“Quando o coração apresenta redução no seu suprimento nervoso, tem também menos capacidade de se contrair e atuar como bomba propulsora na distribuição do sangue para o resto do corpo”, explicou.
O caráter inovador do projeto reside no fato de se usar estereologia estocástica tridimensional para quantificar “associadamente” o
músculo cardíaco, a inervação cardíaca e os neurônios do sistema nervoso central e ver como isso pode estar conjuntamente afetado pela doença de Parkinson.
“Se a droga causar lesões no cérebro e, simultaneamente, no coração, é um bom indício de que o MPTP possa ser um bom modelo químico para se estudar a forma cardíaca do Parkinson. Embora a droga já fosse utilizada na literatura para induzir a doença de Parkinson em camundongos e em primatas, os estudos sempre enfocaram o cérebro, mas sem abordar o aspecto morfoquantitativo do coração”, destacou Coppi.
O modelo desenvolvido é análogo ao que desenvolve em outra pesquisa relacionando a doença de Huntington (desordem neurodegenerativa hereditária que afeta principalmente o sistema nervoso central) e efeitos no coração, também apoiada pela FAPESP.
Caráter sistêmico – A grande mudança de paradigma nas novas pesquisas, de acordo com Coppi, é que a doença de Parkinson pode se iniciar pelo sistema nervoso periférico. “E, a partir daí, pode afetar os órgãos que são inervados por esse sistema periférico e sem qualquer relação com os neurônios do cérebro”, disse.
“Até então se achava que a doença de Parkinson começava no sistema nervoso central e, depois, poderia evoluir para um quadro periférico, afetando outros órgãos. Agora, novas hipóteses são formuladas de quepode ocorrer algo periférico primeiro, ou seja, algo não cerebral, e depois evoluir para o cérebro”, reforçou.
Sobre os sintomas motores da doença, o professor da FMVZ-USP, destaca que o estudo comportamental está sendo conduzido com resultados muito interessantes. “Os animais induzidos com MPTP apresentam diminuição acentuada da locomoção (mobilidade) quando comparados aos animais sadios”, disse.
A próxima etapa do estudo será comparar o modelo químico (MPTP) com o modelo genético. Animais geneticamente modificados que já possuem o gene para a doença de Parkinson estão sendo importados. “Queremos ver se no animal transgênico ocorrerão alterações similares às observadas no modelo químico. Esperamos encontrar resultados robustos que nos ajudem a entender a evolução do Parkinson em pacientes humanos”, disse.
Coppi enfatiza o caráter interdisciplinar do estudo, que contempla análise morfológica, comportamental, funcional e bioquímica, ao destacar a participação na pesquisa de docentes colaboradores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP: Maria Dagli e Frederico da Costa Pinto; da Universidade Federal de São Paulo: Monica Andersen e Dulce Casarini; e da Escola de Educação Física e Esporte da USP: Patrícia Brum.
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11724/parkinson-e-coracao.htm
Ginecologia e Contraceptivos e Prevenção de doenças ginecológicas
Ginecologia e Contraceptivos
A possibilidade de ocorrer gravidez em mulher sexualmente ativa, durante um ano, gira em torno de 85% quando ela (ou seu parceiro) não utiliza nenhum método contraceptivo. No mundo inteiro, mais de um quarto das mulheres que ficam grávidas têm aborto ou gravidez não planejada. O uso de contracepção ou controle da natalidade pode reduzir significativamente suas probabilidades de engravidar não intencionalmente.
A contracepção é importante pois permite o exercício da sexualidade, porém prevenindo a gravidez não planejada. Existem diversos métodos contraceptivos. O mais adequado é aquele a que o casal se adapte e não somente a mulher, uma vez que a maioria dos métodos recai sobre a mulher.
Os preservativos devem ser sempre utilizados para proteção contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Diferentes métodos são apropriados para diferentes pessoas, de modo que é uma boa idéia examinar as diversas opções e descobrir a eficácia, vantagens e desvantagens de cada um deles, antes de tomar uma decisão. Há grande quantidade de informações sobre a contracepção, a absorver, mas em vista das diversas opções disponíveis certamente haverá um método de controle de natalidade a longo prazo, que seja apropriado para o uso por aquele casal.
Os anticoncepcionais se dividem em duas categorias principais:
- métodos de barreira, destinados a dificultar que os espermatozóides fecundem o óvulo;
- métodos hormonais, que alteram temporariamente o modo de funcionamento do sistema reprodutivo.
Existem métodos menos sofisticados para prevenir a gravidez, por exemplo, o método da retirada (coito interrompido), mas eles oferecem risco muito maior de falha, bem como dificuldade de adaptação pelo casal.
Note que as informações sobre a eficácia dos métodos anticoncepcionais pressupõem que o método seja aplicado de acordo com as instruções da bula do produto, sem deixar de lado a orientação recebida em consulta médica.
O receio de esquecer de tomar a pílula está a levar cada vez mais mulheres a mudarem de anticoncepcional, quando têm acesso a informação sobre outros métodos de contracepção hormonal combinada. A conclusão é de um estudo hoje apresentado em Aveiro, no XI Congresso Português de Ginecologia, sobre o impacto de um programa de informação pelos ginecologistas, na contracepção hormonal combinada, em Portugal.
O estudo foi realizado apenas com mulheres que recorrem ao ginecologista (DR)
De acordo com os resultados preliminares desse estudo, as mulheres que tiveram acesso a informação detalhada no aconselhamento médico dos métodos contraceptivos tendem a optar mais pelo anel mensal e pelo sistema transdérmico semanal, em vez do método tradicional da pílula.
Após serem informadas das vantagens e inconvenientes de cada um dos métodos, houve um decréscimo de cerca de 32 por cento no número de mulheres que escolhiam a pílula diária como primeira opção. Nessa amostragem, 26 por cento escolhia já o anel mensal e 15 por cento preferia o adesivo transdérmico, sendo que a maior percentagem de mudança registou-se para o anel mensal: 19,2 por cento das mulheres que, inicialmente, preferiam a pílula diária, passaram a preferir esse método.
Segundo Ana Rosa Costa, do Hospital de S. João, uma das ginecologistas responsáveis pelo estudo, “a comodidade e a menor possibilidade de esquecimento” são as principais razões apontadas para a mudança de método contraceptivo. Os métodos de contracepção hormonal combinada, seja a pílula diária, o adesivo semanal ou o anel mensal, actuam sobre o sistema hormonal, através de uma combinação de estrogénio e progestagénio, para inibir a ovulação e evitar a gravidez.
Além da falta de informação, a explicação para a escolha do adesivo semanal ou do anel mensal ainda não gozarem de muita popularidade está também no preço, já que esses métodos não são comparticipados. Aquela ginecologista entende ser necessário que as mulheres tenham mais informação e que os próprios médicos procurem avaliar melhor o seu perfil.
O estudo, realizado apenas com mulheres que recorrem ao ginecologista, deverá ser alargado numa segunda fase aos centros de saúde e às consultas de médico de família, de acordo com aquela responsável.
Prevenção de doenças ginecológicas
A prevenção é a melhor conduta em saúde, seja ela pública ou privada. Para os clientes as ações preventivas os deixarão em menor risco para que sejam expostos a doenças e suas conseqüências, para a sociedade observamos o controle efetivo de epidemias e pandemias e para o gestor uma população sadia e economicamente ativa diminui os gastos com doenças e sequelados. Países onde os programas de saúde são direcionados para a profilaxia têm menores custos na área da saúde e uma população livre de patologias e participativa.
A qualidade de vida desde alimentação rica em nutrientes, com baixa caloria, com frutas e verduras, atividade física, ocupação mental, vacinação, hábitos de não fumar, manutenção de peso, vida sem estresse, bom humor, amor, dentre outras são atitudes simples que somarão resultados positivos à efetivação de uma boa saúde. Infelizmente vivemos numa estrutura econômica e política aonde a população na sua maioria não tem emprego e/ou trabalho, não estuda e não tem nem o que comer. Como trabalhar com prevenção neste Brasil tão grande, pobre e heterogêneo?
As atitudes governamentais são importantíssimas para a divisão de renda e garantia de oportunidades para todos. Não devemos somente ficar a espera das mudanças, já que poderemos esta perdendo tempo. Campanhas de vacinação, campanhas de prevenção de câncer ginecológico, campanhas de anti-tabaco, controle de alcoolismo, anti-drogas, campanhas de doenças sexualmente transmissíveis, pré-natal, garantia de métodos contraceptivos e muitas outras que são oferecidas pelos gestores são ações que minimizam as patologias.
Na esfera da ginecologia e obstetrícia as vacinas para rubéola, tétano, hepatite B e, hoje de HPV diminuem as taxas de doenças para as mulheres. Infelizmente no Brasil, ainda temos uma medicina para os pobres e outra para os que tem dinheiro, mesmo que pouco. A vacinação em massa, exceto a de HPV que ainda não é acessível a maior parte da população é a forma mais democrática de prevenção. Faz-se necessário o mapeamento da cliente por idade, risco profissional, vida sexual, hábitos, heranças familiares, doenças pregressas e modo de vida atual. O zoneamento vai pontuar a que patologias esta cliente esta susceptível, facilitando as ações preventivas.
A mama que é para a mulher o órgão que demonstra sua feminilidade esta sujeita a várias patologias, porém a que mais apavora a população feminina é o câncer. As dores mamárias são freqüentes e conseqüentes às alterações hormonais vividas durante o ciclo menstrual e na maioria das vezes manisfetam-se como parênquima denso aos exames radiológicos de rotina. Alguns alimentos, explicação cientifica de difícil constatação, quando retirados da alimentação diária amenizam as dores. Estes alimentos são a cafeína, chocolates, frangos de criação e ovos. O estresse aumenta as dores mamárias. Uma vida feliz influencia de maneira positiva a saúde de uma população.
A possibilidade de ocorrer gravidez em mulher sexualmente ativa, durante um ano, gira em torno de 85% quando ela (ou seu parceiro) não utiliza nenhum método contraceptivo. No mundo inteiro, mais de um quarto das mulheres que ficam grávidas têm aborto ou gravidez não planejada. O uso de contracepção ou controle da natalidade pode reduzir significativamente suas probabilidades de engravidar não intencionalmente.
A contracepção é importante pois permite o exercício da sexualidade, porém prevenindo a gravidez não planejada. Existem diversos métodos contraceptivos. O mais adequado é aquele a que o casal se adapte e não somente a mulher, uma vez que a maioria dos métodos recai sobre a mulher.
Os preservativos devem ser sempre utilizados para proteção contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Diferentes métodos são apropriados para diferentes pessoas, de modo que é uma boa idéia examinar as diversas opções e descobrir a eficácia, vantagens e desvantagens de cada um deles, antes de tomar uma decisão. Há grande quantidade de informações sobre a contracepção, a absorver, mas em vista das diversas opções disponíveis certamente haverá um método de controle de natalidade a longo prazo, que seja apropriado para o uso por aquele casal.
Os anticoncepcionais se dividem em duas categorias principais:
- métodos de barreira, destinados a dificultar que os espermatozóides fecundem o óvulo;
- métodos hormonais, que alteram temporariamente o modo de funcionamento do sistema reprodutivo.
Existem métodos menos sofisticados para prevenir a gravidez, por exemplo, o método da retirada (coito interrompido), mas eles oferecem risco muito maior de falha, bem como dificuldade de adaptação pelo casal.
Note que as informações sobre a eficácia dos métodos anticoncepcionais pressupõem que o método seja aplicado de acordo com as instruções da bula do produto, sem deixar de lado a orientação recebida em consulta médica.
O receio de esquecer de tomar a pílula está a levar cada vez mais mulheres a mudarem de anticoncepcional, quando têm acesso a informação sobre outros métodos de contracepção hormonal combinada. A conclusão é de um estudo hoje apresentado em Aveiro, no XI Congresso Português de Ginecologia, sobre o impacto de um programa de informação pelos ginecologistas, na contracepção hormonal combinada, em Portugal.
O estudo foi realizado apenas com mulheres que recorrem ao ginecologista (DR)
De acordo com os resultados preliminares desse estudo, as mulheres que tiveram acesso a informação detalhada no aconselhamento médico dos métodos contraceptivos tendem a optar mais pelo anel mensal e pelo sistema transdérmico semanal, em vez do método tradicional da pílula.
Após serem informadas das vantagens e inconvenientes de cada um dos métodos, houve um decréscimo de cerca de 32 por cento no número de mulheres que escolhiam a pílula diária como primeira opção. Nessa amostragem, 26 por cento escolhia já o anel mensal e 15 por cento preferia o adesivo transdérmico, sendo que a maior percentagem de mudança registou-se para o anel mensal: 19,2 por cento das mulheres que, inicialmente, preferiam a pílula diária, passaram a preferir esse método.
Segundo Ana Rosa Costa, do Hospital de S. João, uma das ginecologistas responsáveis pelo estudo, “a comodidade e a menor possibilidade de esquecimento” são as principais razões apontadas para a mudança de método contraceptivo. Os métodos de contracepção hormonal combinada, seja a pílula diária, o adesivo semanal ou o anel mensal, actuam sobre o sistema hormonal, através de uma combinação de estrogénio e progestagénio, para inibir a ovulação e evitar a gravidez.
Além da falta de informação, a explicação para a escolha do adesivo semanal ou do anel mensal ainda não gozarem de muita popularidade está também no preço, já que esses métodos não são comparticipados. Aquela ginecologista entende ser necessário que as mulheres tenham mais informação e que os próprios médicos procurem avaliar melhor o seu perfil.
O estudo, realizado apenas com mulheres que recorrem ao ginecologista, deverá ser alargado numa segunda fase aos centros de saúde e às consultas de médico de família, de acordo com aquela responsável.
Prevenção de doenças ginecológicas
A prevenção é a melhor conduta em saúde, seja ela pública ou privada. Para os clientes as ações preventivas os deixarão em menor risco para que sejam expostos a doenças e suas conseqüências, para a sociedade observamos o controle efetivo de epidemias e pandemias e para o gestor uma população sadia e economicamente ativa diminui os gastos com doenças e sequelados. Países onde os programas de saúde são direcionados para a profilaxia têm menores custos na área da saúde e uma população livre de patologias e participativa.
A qualidade de vida desde alimentação rica em nutrientes, com baixa caloria, com frutas e verduras, atividade física, ocupação mental, vacinação, hábitos de não fumar, manutenção de peso, vida sem estresse, bom humor, amor, dentre outras são atitudes simples que somarão resultados positivos à efetivação de uma boa saúde. Infelizmente vivemos numa estrutura econômica e política aonde a população na sua maioria não tem emprego e/ou trabalho, não estuda e não tem nem o que comer. Como trabalhar com prevenção neste Brasil tão grande, pobre e heterogêneo?
As atitudes governamentais são importantíssimas para a divisão de renda e garantia de oportunidades para todos. Não devemos somente ficar a espera das mudanças, já que poderemos esta perdendo tempo. Campanhas de vacinação, campanhas de prevenção de câncer ginecológico, campanhas de anti-tabaco, controle de alcoolismo, anti-drogas, campanhas de doenças sexualmente transmissíveis, pré-natal, garantia de métodos contraceptivos e muitas outras que são oferecidas pelos gestores são ações que minimizam as patologias.
Na esfera da ginecologia e obstetrícia as vacinas para rubéola, tétano, hepatite B e, hoje de HPV diminuem as taxas de doenças para as mulheres. Infelizmente no Brasil, ainda temos uma medicina para os pobres e outra para os que tem dinheiro, mesmo que pouco. A vacinação em massa, exceto a de HPV que ainda não é acessível a maior parte da população é a forma mais democrática de prevenção. Faz-se necessário o mapeamento da cliente por idade, risco profissional, vida sexual, hábitos, heranças familiares, doenças pregressas e modo de vida atual. O zoneamento vai pontuar a que patologias esta cliente esta susceptível, facilitando as ações preventivas.
A mama que é para a mulher o órgão que demonstra sua feminilidade esta sujeita a várias patologias, porém a que mais apavora a população feminina é o câncer. As dores mamárias são freqüentes e conseqüentes às alterações hormonais vividas durante o ciclo menstrual e na maioria das vezes manisfetam-se como parênquima denso aos exames radiológicos de rotina. Alguns alimentos, explicação cientifica de difícil constatação, quando retirados da alimentação diária amenizam as dores. Estes alimentos são a cafeína, chocolates, frangos de criação e ovos. O estresse aumenta as dores mamárias. Uma vida feliz influencia de maneira positiva a saúde de uma população.
Transtorno Psiquiátrico
A psiquiatria como especialidade médica tem pouco mais de cem anos, o que significa dizer que as pessoas portadoras de transtornos psiquiátricos não eram vistas como “doentes de apropriação da medicina” e como conseqüência foram submetidas a tratamentos inadequados.
Nos últimos anos têm ocorrido um grande avanço da medicina. Uma parte considerável da psiquiatria está envolvida com idade adulta (20 aos 65 anos), período de vida em que ocorre um pleno desenvolvimento e maturidade.
Os estudos de epidemiologia no Brasil demonstram que cerca de 30% da população adulta apresenta algum transtorno mental, no período de um ano. Quando este transtorno necessita de algum cuidado médico passa a ser de 20 % desta população, podemos então dizer que um em cada cinco pessoas adultas, uma necessita de algum tipo de atenção em saúde mental no período de um ano.
As mulheres são mais acometidas de transtornos de ansiedade (9,0%), os transtornos somatomorfos (3,0%) e os transtornos depressivos (2,6%). Entre os homens tem especial destaque a dependência de álcool (8%) e transtornos de ansiedade (4,3%). Os transtornos psiquiátricos são mais freqüentes na população feminina; aumentam com a idade e tem maior incidência e gravidade no extrato de baixa renda.
Os portadores de transtornos mentais são e podem tornar-se produtivos e valorizados. Quando citamos os transtornos psiquiátricos não nos referimos apenas a transtornos graves e por vezes incapacitantes como exemplo a esquizofrenia, nos referimos também, a reação ao estresse e transtornos de adaptação, transtornos dissociativos, transtornos alimentares, transtornos não orgânicos do sono, disfunções sexuais não-orgânicas, abuso de substâncias (psicoativas, não psicoativa, que produzam dependência ou não), transtorno de hábitos e impulso (jogo patológico), demências, epilepsia, entre muitos.
Concluímos que, na idade adulta, época de maior produção na vida do ser humano, ele pode ser acometido, de maneira transitória ou permanente, por transtornos psiquiátricos traduzindo-se num grande sofrimento que pode vir a ser potencializado caso não haja um diagnóstico preciso para estabelecimento de terapêutica, reabilitação e reinclusão na vida cotidiana.
Fonte: SAR
O Tratamento em Psiquiatria
A terapêutica psiquiátrica evoluiu muito nas últimas décadas (veja também História da Psiquiatria). No passado os pacientes psiquiátricos eram hospitalizados em Hospitais psiquiátricos por muitos meses ou mesmo por toda a vida. Nos dias de hoje, a maioria dos pacientes é atendida em ambulatório (consultas externas). Se a hospitalização é necessária, em geral é por poucas semanas, sendo que poucos casos necessitam de hospitalização a longo prazo.
Pessoas com doenças mentais são denominadas pacientes (Brasil) ou utentes (Portugal) e são encaminhadas a cuidados psiquiátricos mais comumente por demanda espontânea (doente procura o médico por si mesmo) ou encaminhadas por outros médicos. Ocasionalmente uma pessoa pode ser encaminhada por solicitação da equipe médica de um hospital, por internação psiquiátrica involuntária ou por solicitação judicial.
O tratamento requer o consentimento do paciente, embora em muitos países existam leis que permitem o tratamento compulsório em determinados casos. Como com qualquer outro medicamento, medicamentos psiquiátricos podem apresentar efeito colateral e necessitar de monitoramento da droga frequente, como por exemplo, hemograma e litemia (necessária para pacientes em uso de sal de lítio). Eletroconvulsoterapia (ECT ou terapia de eletrochoque) às vezes pode ser administrada para condições graves que não respondem ao medicamento. Existe muita controvérsia sobre este tratamento, apesar de evidências de sua eficácia.
Alguns estudos pilotos demonstraram que a Estimulação magnética transcraniana repetitiva pode ser útil para várias condições psiquiátricas (como depressão nervosa, alucinações auditivas). No entanto, o potencial da estimulação magnética transcraniana para a diagnóstica e terapia psiquiátrica ainda não foi comprovado, por falta de estudos clínicos de longo prazo.
Avaliação Inicial
Qualquer que tenha sido o motivo da consulta, o psiquiatra primeiro avalia a condição física e mental do paciente. Para tal, é realizada uma entrevista psiquiátrica para obter informação e se necessário, outras fontes são consultadas, como familiares, profissionais de saúde, assistentes sociais, policiais e relatórios judiciais e escalas de avaliação psiquiátricas. O exame físico é realizado para excluir ou confirmar a existência de doenças orgânicas como tumores cerebrais, doenças da tireóide, ou identificar sinais de auto-agressividade. O exame pode ser realizado por outros médicos, especialmente se exame de sangue ou diagnóstico por imagem é necessário. O exame do estado mental do doente é parte fundamental da consulta e é através dele que se define o quadro e a capacidade do mesmo em julgar a realidade.
Consultas externas ou ambulatório
Pacientes psiquiátricos podem ser seguidos em internamento ou em regime ambulatorial. Neste último, eles vão às consultas no ambulatório, geralmente marcadas antecipadamente, com duração de 30 a 60 minutos. Nestas consultas geralmente o psiquiatra entrevista o paciente para atualizar sua avaliação do estado mental, revê a terapêutica e pode realizar abordagem psicoterápica. A frequência com que o médico marca as consultas varia de acordo com a severidade e tipo de cada doença.
Internamento Psiquiátrico
Existem duas formas de internamento psiquiátrico, o voluntário e o compulsivo. Os pacientes podem ser internados voluntariamente quando o quadro clínico o justifique e este seja aceite pelo paciente. O internamento compulsivo terá lugar sempre que o paciente seja alvo de um mandado e/ou processo de internamento compulsivo por reunir as condições previstas na Lei de Saúde Mental (Lei nº.36/98 de 24 de Julho - Portugal) . Os critérios para a internamento compulsivo variam de país para país, mas em geral visam a presença de transtorno mental que coloque em risco imediato a saúde do próprio de terceiros ou a propriedade.
Quando internados os pacientes são avaliados, monitorados e medicados por uma equipe multidisciplinar, que inclui enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, médicos e outros profissionais de saúde.
Diagnósticos dos transtornos psiquiátricos
A CID-10 ou Classificação Internacional de Doenças é publicado pela Organização Mundial de Saúde e utilizado mundialmente.
Nos Estados Unidos, o sistema diagnóstico padrão é o DSM IV ou Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders revisado pela American Psychiatric Association (Associação Americana de Psiquiatria).
São sistemas compatíveis na acurácia dos diagnósticos com exceção de certas categorias, devido a diferenças culturais nos diversos países.
A intenção tem sido criar critérios diagnósticos que são replicáveis e objetivos, embora muitas categorias sejam amplas e muitos sintomas apareçam em diversos transtornos.
Enquanto os sistemas diagnósticos foram criados para melhorar a pesquisa em diagnóstico e tratamento, a nomenclatura é agora largamente utilizada por clínicos, administradores e companias de seguro de saúde em vários países.
Wikipedia
Bissexualidade e Sexo
Sexo - Mitos sobre Bissexualidade
Alguns mitos sobre bissexualidade são propagados entre as pessoas homossexuais e não correspondem a realidade.
Mitos são fatos exagerados pela imaginação popular e pela tradição. É uma forma de pensamento oposta a do pensamento lógico e científico. Vamos tratar de quatro mitos sobre bissexualidade.
1- O mito mais comum, é que existe uma grande quantidade de homens que são bissexuais, a maioria enrustidos. Daí aparece uma expressão que ouvimos de vez em quanto de que; o mundo é gay! Pura imaginação. Na realidade a bissexualidade é uma orientação sexual muito pouco comum. As estimativas estatísticas dos estudiosos da sexualidade, não comprovadas cHomens bissexuais
POR REGINA NAVARRO LINS
Rio - Alguns homens se torturam por desejar alguém do mesmo sexo; outros se sentem bem com isso. Um desses me relatou a sua história: “Tenho 46 anos, sou casado há 25 e tenho três filhos. Não foi fácil admitir que sempre tive desejo por homens. Minha primeira experiência ocorreu ainda criança: um amigo adolescente me colocava no colo para ler livros de histórias. As primeiras vezes foram um misto de estranheza e desconforto, mas a repetição tornou a coisa agradável. Aos dez anos, tive companheiro regular na prática de bolinação, onde sempre fui passivo. Aos 15 anos, outro amigo deflorou meu ânus. Depois dessa experiência, parece que foi ligado um ‘bit’ no cérebro: assumi comportamento heterossexual. De certo modo, ‘esqueci’ tudo.
Isso se manteve até dez anos atrás, quando eu e minha esposa decidimos nos liberar sexualmente; cada um teve uma experiência extraconjugal. Passei então a relembrar a minha infância e adolescência. Nesse momento, aquele bit foi ‘desligado’ e me senti erotizado com as lembranças. Minha esposa sabe que sou bissexual, mas não sabe que desejo voltar a me relacionar com homens. Mas independente de transar com homens, me sinto bem com a minha bissexualidade. Lido com esse desejo da mesma forma que lido com o desejo por outra mulher. Há várias amigas de minha esposa que adoraria levar para cama. Ser bissexual não é um bicho de sete cabeças.”Conversei com Fernando Seffner, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele desenvolveu a única pesquisa sistemática no Brasil a respeito da bissexualidade masculina. — O que você concluiu até agora sobre a bissexualidade?— Os bissexuais com quem estou trabalhando não têm ninguém com quem conversar a respeito do assunto. Entre os casados, em geral a mulher não sabe. Poucos mantêm relações estáveis e duradouras com outros homens.— Como os homens aceitam a própria bissexualidade?—Alguns dizem que ser bissexual é a melhor coisa do mundo, pois têm o dobro das chances do heterossexual. Outros dizem que fazer sexo com um homem aumenta o tesão na hora de fazer sexo com a esposas. Por outro lado, há homens que se queixam muito, gostariam de se definir, esperam que isso seja apenas uma fase de suas vidas, acham que complica a possibilidade de casar e ter filhos. Uma coisa quase todos têm em comum: o medo de serem descobertos em seu desejo. Não sabem como vão se explicar frente aos outros homens, seus parentes ou colegas de trabalho, companheira e filhos. Acreditam que todos vão pensar que eles são homossexuais enrustidos.ientificamente, é que a prevalência desta orientação junto as populações parece ser menor que 2%.
2- O bissexual sente atracção sexual igual por homem e mulher! O que podemos observar na realidade é que o homem bissexual se sente atraído pelos dois sexos, só que há uma inclinação maior em termos de frequência de relação sexual por um dos sexos. Parece que a inclinação maior é por mulheres.
3- Nas populações carcerárias existe uma maior incidência de homens gays e bissexuais! Este mito não corresponde a realidade. Nas prisões como os homens héteros são privados de sexo, eles mantém relações sexuais com outros homens, gays ou não, para aliviar à tensão provocada pela privação de sexo. Estas relações se caracterizam pelo sexo activo puramente generalizado: introdução do pénis no ânus para obter o orgasmo. Não existe um envolvimento emocional nestas relações. Quando estes homens são libertados, fazem exclusivamente sexo hétero. Como nas prisões existem, também, homens gays surgem relações homossexuais com forte conteúdo emocional. Mas, é uma excepção.
4- Homem bissexual só faz sexo activo! Não necessariamente, pode fazer sexo passivo. O homem bissexual, via de regra, ou é casado com uma mulher ou mantém algum tipo de relação com uma mulher. O seu cérebro foi moldado com o modelo de relação heterossexual, onde o homem tem que ser dominador e activo nas relações. Ele leva este modelo machista para as suas relações homossexuais, preferindo fazer o sexo activo.
O homem bissexual vive a ambiguidade de gostar da vulva e do pénis para se excitar sexualmente. A mesma ambiguidade é vivenciada pela pessoa travesti em transforma seu corpo o mais próximo possível de um corpo feminino, para se sentir atraente e se excitar sexualmente, ao mesmo tempo que gosta e utiliza o seu pénis nas relações sexuais. Esta ambiguidade aproxima o bissexual do travesti: um ser que contém elementos femininos - seios, vestes etc. - e elemento masculino - o pénis. Muitos clientes dos travestis são bissexuais, pois estes encontram neles elementos necessários para sua excitação sexual: seios, formas femininas, pénis etc.
Alguns homens bissexuais, são homofóbicos, não gostam de gay efeminado, não frequentam ambientes gays e publicamente desqualificam a pessoa homossexual. É uma forma deles se protegerem contra a discriminação que existe na sociedade.
Muitas vezes, eles não assumem sua bissexualidade. Para negar seu desejo homossexual eles preferem se colocar na posição de moderno, "comedor" ou liberal.
E recentemente, com esta nova onda mercadológico de homem metrossexual, muitos jovens gays e bissexuais de classe média alta das metrópoles passam a assumir esta sigla como anteparo para não dar visibilidade a sua verdadeira orientação sexual
bloggay.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_05.html
A bissexualidade entre as mulheres não é apenas uma fase transitória, segundo um estudo da Universidade de Utah, que acompanhou 79 mulheres não heterossexuais durante dez anos.
A pesquisa, dirigida por Lisa Diamond, da Universidade de Utah, e publicada pela revista Developmental Psychology, da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, descobriu que as mulheres bissexuais continuam sentindo-se atraídas por ambos os sexos ao longo do tempo.
O sexo é um negócio caro e arriscado. Rouba tempo e suga preciosos recursos nutritivos. Cada ato reprodutivo leva consigo o risco de bagunçar o mapa genético tão cuidadosamente esculpido. Então, porque nós fazemos?
A resposta pode até parecer óbvia para você, mas não é tão clara para biólogos que consideram que, -- apesar da alternativa lógica como reprodução assexuada, que não necessita de um parceiro – o sexo ainda é o favorito na natureza.
A assexualidade, que é mais antiga, é encontrada em plantas, planárias, fungos e outros micróbios desde os primórdios da vida.
Os cientistas não sabem nem sequer como o sexo começou, mas suspeitam há tempos que os organismos o preferem especificamente por causa do risco. A delicada troca de genes produzida no ato sexual reprodutivo pode ajudar os organismos a adaptarem-se mais facilmente a mudanças estressantes nos ambientes.
No entanto crença não é a base das conclusões.
Um novo estudo utilizando levedura geneticamente modificada ajuda a resolver a questão: Sexo é mesmo benéfico.
O experimento comparou uma variante de levedura que se reproduz sexuadamente contra uma versão modificada, assexuada, da mesma levedura. Cada uma delas cresceu e se reproduziu na mesma velocidade, disse Matthew Goddard da Univerdidade de Auckland (EUA).
Então Goddard e seus colegas aumentaram as dificuldades, provendo menos alimento às pequenas criaturas. Sob estas condições aquelas que estavam travando o ato carnal conseguiram manter um crescimento de 94% enquanto a assexuadas 80%.
Organismos sexuados parecem melhor equipados para a sobrevivência.
Os detalhes do estudo estão na edição da revista Nature de 31 de março.
Atração sexual é maior para quem tem pernas longas
Diamond é autora do livro Sexual Fluidity que descreve a prática de muitas mulheres que têm relações heterossexuais e homossexuais de forma simultânea ou alternada.
Segundo ela, duas em cada três mulheres entrevistadas em seu estudo tinham mudado sua preferência sexual pelo menos uma vez.
"Muito disto tem a ver com o fato de que até as mulheres com orientação lésbica freqüentemente se sentem atraídas por homens", explicou Diamond.
"Algumas mulheres dizem: `não se pode chamar de lésbica alguém que sai com um homem´, apesar de essa ser a melhor descrição da situação". E por isso deixam de ser catalogadas totalmente", acrescentou.
Cresce nº de pessoas viciadas em sexo
Uma das mulheres entrevistadas por Diamond, Sheila, primeiro se identificou como bissexual, dois anos depois disse que se sentia atraída por mulheres, mais tarde ficou noiva de um homem, e mais adiante decidiu que queria ficar com mulheres.
"Nossas conclusões demonstram que a diferença entre lesbianismo e bissexualidade é mais um assunto de grau que de substância", indicou a autora do estudo.
A pesquisa das orientações sexuais teve "avanços significativos nos últimos 20 anos, mas uma área continua muito mal investigada, a bissexualidade", disse Diamond.
Em parte, o problema é a definição de bissexualidade, já que muitos pesquisadores e leigos vêem essa opção como um padrão de resposta erótica a ambos os sexos.
Fonte: Hipeciencia
Homens bissexuais
Rio - Alguns homens se torturam por desejar alguém do mesmo sexo; outros se sentem bem com isso.
Um desses me relatou a sua história: “Tenho 46 anos, sou casado há 25 e tenho três filhos. Não foi fácil admitir que sempre tive desejo por homens.
Minha primeira experiência ocorreu ainda criança: um amigo adolescente me colocava no colo para ler livros de histórias.
As primeiras vezes foram um misto de estranheza e desconforto, mas a repetição tornou a coisa agradável.
Aos dez anos, tive companheiro regular na prática de bolinação, onde sempre fui passivo. Aos 15 anos, outro amigo deflorou meu ânus.
Depois dessa experiência, parece que foi ligado um ‘bit’ no cérebro: assumi comportamento heterossexual. De certo modo, ‘esqueci’ tudo.
Isso se manteve até dez anos atrás, quando eu e minha esposa decidimos nos liberar sexualmente; cada um teve uma experiência extraconjugal.
Passei então a relembrar a minha infância e adolescência. Nesse momento, aquele bit foi ‘desligado’ e me senti erotizado com as lembranças.
Minha esposa sabe que sou bissexual, mas não sabe que desejo voltar a me relacionar com homens. Mas independente de transar com homens, me sinto bem com a minha bissexualidade. Lido com esse desejo da mesma forma que lido com o desejo por outra mulher.
Há várias amigas de minha esposa que adoraria levar para cama.
Ser bissexual não é um bicho de sete cabeças.”Conversei com Fernando Seffner, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele desenvolveu a única pesquisa sistemática no Brasil a respeito da bissexualidade masculina.
— O que você concluiu até agora sobre a bissexualidade?
— Os bissexuais com quem estou trabalhando não têm ninguém com quem conversar a respeito do assunto.
Entre os casados, em geral a mulher não sabe.
Poucos mantêm relações estáveis e duradouras com outros homens.
— Como os homens aceitam a própria bissexualidade?
—Alguns dizem que ser bissexual é a melhor coisa do mundo, pois têm o dobro das chances do heterossexual. Outros dizem que fazer sexo com um homem aumenta o tesão na hora de fazer sexo com a esposas.
Por outro lado, há homens que se queixam muito, gostariam de se definir, esperam que isso seja apenas uma fase de suas vidas, acham que complica a possibilidade de casar e ter filhos.
Uma coisa quase todos têm em comum: o medo de serem descobertos em seu desejo.
Não sabem como vão se explicar frente aos outros homens, seus parentes ou colegas de trabalho, companheira e filhos.
Acreditam que todos vão pensar que eles são homossexuais
Alguns mitos sobre bissexualidade são propagados entre as pessoas homossexuais e não correspondem a realidade.
Mitos são fatos exagerados pela imaginação popular e pela tradição. É uma forma de pensamento oposta a do pensamento lógico e científico. Vamos tratar de quatro mitos sobre bissexualidade.
1- O mito mais comum, é que existe uma grande quantidade de homens que são bissexuais, a maioria enrustidos. Daí aparece uma expressão que ouvimos de vez em quanto de que; o mundo é gay! Pura imaginação. Na realidade a bissexualidade é uma orientação sexual muito pouco comum. As estimativas estatísticas dos estudiosos da sexualidade, não comprovadas cHomens bissexuais
POR REGINA NAVARRO LINS
Rio - Alguns homens se torturam por desejar alguém do mesmo sexo; outros se sentem bem com isso. Um desses me relatou a sua história: “Tenho 46 anos, sou casado há 25 e tenho três filhos. Não foi fácil admitir que sempre tive desejo por homens. Minha primeira experiência ocorreu ainda criança: um amigo adolescente me colocava no colo para ler livros de histórias. As primeiras vezes foram um misto de estranheza e desconforto, mas a repetição tornou a coisa agradável. Aos dez anos, tive companheiro regular na prática de bolinação, onde sempre fui passivo. Aos 15 anos, outro amigo deflorou meu ânus. Depois dessa experiência, parece que foi ligado um ‘bit’ no cérebro: assumi comportamento heterossexual. De certo modo, ‘esqueci’ tudo.
Isso se manteve até dez anos atrás, quando eu e minha esposa decidimos nos liberar sexualmente; cada um teve uma experiência extraconjugal. Passei então a relembrar a minha infância e adolescência. Nesse momento, aquele bit foi ‘desligado’ e me senti erotizado com as lembranças. Minha esposa sabe que sou bissexual, mas não sabe que desejo voltar a me relacionar com homens. Mas independente de transar com homens, me sinto bem com a minha bissexualidade. Lido com esse desejo da mesma forma que lido com o desejo por outra mulher. Há várias amigas de minha esposa que adoraria levar para cama. Ser bissexual não é um bicho de sete cabeças.”Conversei com Fernando Seffner, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele desenvolveu a única pesquisa sistemática no Brasil a respeito da bissexualidade masculina. — O que você concluiu até agora sobre a bissexualidade?— Os bissexuais com quem estou trabalhando não têm ninguém com quem conversar a respeito do assunto. Entre os casados, em geral a mulher não sabe. Poucos mantêm relações estáveis e duradouras com outros homens.— Como os homens aceitam a própria bissexualidade?—Alguns dizem que ser bissexual é a melhor coisa do mundo, pois têm o dobro das chances do heterossexual. Outros dizem que fazer sexo com um homem aumenta o tesão na hora de fazer sexo com a esposas. Por outro lado, há homens que se queixam muito, gostariam de se definir, esperam que isso seja apenas uma fase de suas vidas, acham que complica a possibilidade de casar e ter filhos. Uma coisa quase todos têm em comum: o medo de serem descobertos em seu desejo. Não sabem como vão se explicar frente aos outros homens, seus parentes ou colegas de trabalho, companheira e filhos. Acreditam que todos vão pensar que eles são homossexuais enrustidos.ientificamente, é que a prevalência desta orientação junto as populações parece ser menor que 2%.
2- O bissexual sente atracção sexual igual por homem e mulher! O que podemos observar na realidade é que o homem bissexual se sente atraído pelos dois sexos, só que há uma inclinação maior em termos de frequência de relação sexual por um dos sexos. Parece que a inclinação maior é por mulheres.
3- Nas populações carcerárias existe uma maior incidência de homens gays e bissexuais! Este mito não corresponde a realidade. Nas prisões como os homens héteros são privados de sexo, eles mantém relações sexuais com outros homens, gays ou não, para aliviar à tensão provocada pela privação de sexo. Estas relações se caracterizam pelo sexo activo puramente generalizado: introdução do pénis no ânus para obter o orgasmo. Não existe um envolvimento emocional nestas relações. Quando estes homens são libertados, fazem exclusivamente sexo hétero. Como nas prisões existem, também, homens gays surgem relações homossexuais com forte conteúdo emocional. Mas, é uma excepção.
4- Homem bissexual só faz sexo activo! Não necessariamente, pode fazer sexo passivo. O homem bissexual, via de regra, ou é casado com uma mulher ou mantém algum tipo de relação com uma mulher. O seu cérebro foi moldado com o modelo de relação heterossexual, onde o homem tem que ser dominador e activo nas relações. Ele leva este modelo machista para as suas relações homossexuais, preferindo fazer o sexo activo.
O homem bissexual vive a ambiguidade de gostar da vulva e do pénis para se excitar sexualmente. A mesma ambiguidade é vivenciada pela pessoa travesti em transforma seu corpo o mais próximo possível de um corpo feminino, para se sentir atraente e se excitar sexualmente, ao mesmo tempo que gosta e utiliza o seu pénis nas relações sexuais. Esta ambiguidade aproxima o bissexual do travesti: um ser que contém elementos femininos - seios, vestes etc. - e elemento masculino - o pénis. Muitos clientes dos travestis são bissexuais, pois estes encontram neles elementos necessários para sua excitação sexual: seios, formas femininas, pénis etc.
Alguns homens bissexuais, são homofóbicos, não gostam de gay efeminado, não frequentam ambientes gays e publicamente desqualificam a pessoa homossexual. É uma forma deles se protegerem contra a discriminação que existe na sociedade.
Muitas vezes, eles não assumem sua bissexualidade. Para negar seu desejo homossexual eles preferem se colocar na posição de moderno, "comedor" ou liberal.
E recentemente, com esta nova onda mercadológico de homem metrossexual, muitos jovens gays e bissexuais de classe média alta das metrópoles passam a assumir esta sigla como anteparo para não dar visibilidade a sua verdadeira orientação sexual
bloggay.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_05.html
A bissexualidade entre as mulheres não é apenas uma fase transitória, segundo um estudo da Universidade de Utah, que acompanhou 79 mulheres não heterossexuais durante dez anos.
A pesquisa, dirigida por Lisa Diamond, da Universidade de Utah, e publicada pela revista Developmental Psychology, da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, descobriu que as mulheres bissexuais continuam sentindo-se atraídas por ambos os sexos ao longo do tempo.
O sexo é um negócio caro e arriscado. Rouba tempo e suga preciosos recursos nutritivos. Cada ato reprodutivo leva consigo o risco de bagunçar o mapa genético tão cuidadosamente esculpido. Então, porque nós fazemos?
A resposta pode até parecer óbvia para você, mas não é tão clara para biólogos que consideram que, -- apesar da alternativa lógica como reprodução assexuada, que não necessita de um parceiro – o sexo ainda é o favorito na natureza.
A assexualidade, que é mais antiga, é encontrada em plantas, planárias, fungos e outros micróbios desde os primórdios da vida.
Os cientistas não sabem nem sequer como o sexo começou, mas suspeitam há tempos que os organismos o preferem especificamente por causa do risco. A delicada troca de genes produzida no ato sexual reprodutivo pode ajudar os organismos a adaptarem-se mais facilmente a mudanças estressantes nos ambientes.
No entanto crença não é a base das conclusões.
Um novo estudo utilizando levedura geneticamente modificada ajuda a resolver a questão: Sexo é mesmo benéfico.
O experimento comparou uma variante de levedura que se reproduz sexuadamente contra uma versão modificada, assexuada, da mesma levedura. Cada uma delas cresceu e se reproduziu na mesma velocidade, disse Matthew Goddard da Univerdidade de Auckland (EUA).
Então Goddard e seus colegas aumentaram as dificuldades, provendo menos alimento às pequenas criaturas. Sob estas condições aquelas que estavam travando o ato carnal conseguiram manter um crescimento de 94% enquanto a assexuadas 80%.
Organismos sexuados parecem melhor equipados para a sobrevivência.
Os detalhes do estudo estão na edição da revista Nature de 31 de março.
Atração sexual é maior para quem tem pernas longas
Diamond é autora do livro Sexual Fluidity que descreve a prática de muitas mulheres que têm relações heterossexuais e homossexuais de forma simultânea ou alternada.
Segundo ela, duas em cada três mulheres entrevistadas em seu estudo tinham mudado sua preferência sexual pelo menos uma vez.
"Muito disto tem a ver com o fato de que até as mulheres com orientação lésbica freqüentemente se sentem atraídas por homens", explicou Diamond.
"Algumas mulheres dizem: `não se pode chamar de lésbica alguém que sai com um homem´, apesar de essa ser a melhor descrição da situação". E por isso deixam de ser catalogadas totalmente", acrescentou.
Cresce nº de pessoas viciadas em sexo
Uma das mulheres entrevistadas por Diamond, Sheila, primeiro se identificou como bissexual, dois anos depois disse que se sentia atraída por mulheres, mais tarde ficou noiva de um homem, e mais adiante decidiu que queria ficar com mulheres.
"Nossas conclusões demonstram que a diferença entre lesbianismo e bissexualidade é mais um assunto de grau que de substância", indicou a autora do estudo.
A pesquisa das orientações sexuais teve "avanços significativos nos últimos 20 anos, mas uma área continua muito mal investigada, a bissexualidade", disse Diamond.
Em parte, o problema é a definição de bissexualidade, já que muitos pesquisadores e leigos vêem essa opção como um padrão de resposta erótica a ambos os sexos.
Fonte: Hipeciencia
Homens bissexuais
Rio - Alguns homens se torturam por desejar alguém do mesmo sexo; outros se sentem bem com isso.
Um desses me relatou a sua história: “Tenho 46 anos, sou casado há 25 e tenho três filhos. Não foi fácil admitir que sempre tive desejo por homens.
Minha primeira experiência ocorreu ainda criança: um amigo adolescente me colocava no colo para ler livros de histórias.
As primeiras vezes foram um misto de estranheza e desconforto, mas a repetição tornou a coisa agradável.
Aos dez anos, tive companheiro regular na prática de bolinação, onde sempre fui passivo. Aos 15 anos, outro amigo deflorou meu ânus.
Depois dessa experiência, parece que foi ligado um ‘bit’ no cérebro: assumi comportamento heterossexual. De certo modo, ‘esqueci’ tudo.
Isso se manteve até dez anos atrás, quando eu e minha esposa decidimos nos liberar sexualmente; cada um teve uma experiência extraconjugal.
Passei então a relembrar a minha infância e adolescência. Nesse momento, aquele bit foi ‘desligado’ e me senti erotizado com as lembranças.
Minha esposa sabe que sou bissexual, mas não sabe que desejo voltar a me relacionar com homens. Mas independente de transar com homens, me sinto bem com a minha bissexualidade. Lido com esse desejo da mesma forma que lido com o desejo por outra mulher.
Há várias amigas de minha esposa que adoraria levar para cama.
Ser bissexual não é um bicho de sete cabeças.”Conversei com Fernando Seffner, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele desenvolveu a única pesquisa sistemática no Brasil a respeito da bissexualidade masculina.
— O que você concluiu até agora sobre a bissexualidade?
— Os bissexuais com quem estou trabalhando não têm ninguém com quem conversar a respeito do assunto.
Entre os casados, em geral a mulher não sabe.
Poucos mantêm relações estáveis e duradouras com outros homens.
— Como os homens aceitam a própria bissexualidade?
—Alguns dizem que ser bissexual é a melhor coisa do mundo, pois têm o dobro das chances do heterossexual. Outros dizem que fazer sexo com um homem aumenta o tesão na hora de fazer sexo com a esposas.
Por outro lado, há homens que se queixam muito, gostariam de se definir, esperam que isso seja apenas uma fase de suas vidas, acham que complica a possibilidade de casar e ter filhos.
Uma coisa quase todos têm em comum: o medo de serem descobertos em seu desejo.
Não sabem como vão se explicar frente aos outros homens, seus parentes ou colegas de trabalho, companheira e filhos.
Acreditam que todos vão pensar que eles são homossexuais
Atual geração de crianças pode viver menos do que seus pais
Na abertura da primeira reunião da rede mundial contra as doenças não contagiosas, Margaret Chan, diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que a atual geração de crianças pode ser a primeira, em muito tempo, cuja expectativa de vida é menor do que a de seus pais.
De acordo com Chan, das 35 milhões de mortes anuais por doenças não contagiosas, cerca de 40% são mortes prematuras causadas por infarto, diabetes e asma. Ela lembrou que a incidência dessas doenças é cada vez maior em jovens e crianças -que atualmente desenvolvem hipertensão e diabetes, doenças comumente associadas ao envelhecimento.
"No Brasil, estamos vendo crianças e adolescentes com hipertensão e diabetes tipo 2, algo que não imaginávamos há uma ou duas gerações. Esta geração está desenvolvendo mais fatores de risco, e um dos mais importantes é o aumento de obesidade e sobrepeso em crianças", diz a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
"Temos um problema. Um grande problema que parece destinado a crescer ainda mais. As doenças não contagiosas, por muito tempo consideradas companheiras próximas das sociedades ricas, mudaram de lugar. Doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais agora impõem o seu alto ônus aos países de renda média e baixa. Doenças antes associadas com abundância agora estão fortemente concentradas em grupos pobres e desfavorecidos", afirmou Margaret Chan em seu discurso na abertura da reunião.
Segundo Cozer, cerca de 24% das crianças brasileiras estão acima do peso. A diretora-geral da OMS também alertou para o problema, apontando que, no mundo todo, 43 milhões de crianças em idade pré-escolar são obesas ou apresentam sobrepeso. "Pensem no que isso significa no decorrer da vida em termos de riscos para sua saúde e de custos com os cuidados durante toda a vida", disse.
Cozer diz que 80% dos obesos obesidade têm a síndrome metabólica, conjunto de sintomas que levam ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão, colesterol alto etc. "Isso aumenta diretamente o risco de infartos, derrames, tromboses e outras doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade está associada ao aumento do risco para alguns tipos de câncer, como o de mama e o de próstata, e de depressão, entre outros problemas."
Folha de São Paulo
De acordo com Chan, das 35 milhões de mortes anuais por doenças não contagiosas, cerca de 40% são mortes prematuras causadas por infarto, diabetes e asma. Ela lembrou que a incidência dessas doenças é cada vez maior em jovens e crianças -que atualmente desenvolvem hipertensão e diabetes, doenças comumente associadas ao envelhecimento.
"No Brasil, estamos vendo crianças e adolescentes com hipertensão e diabetes tipo 2, algo que não imaginávamos há uma ou duas gerações. Esta geração está desenvolvendo mais fatores de risco, e um dos mais importantes é o aumento de obesidade e sobrepeso em crianças", diz a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
"Temos um problema. Um grande problema que parece destinado a crescer ainda mais. As doenças não contagiosas, por muito tempo consideradas companheiras próximas das sociedades ricas, mudaram de lugar. Doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais agora impõem o seu alto ônus aos países de renda média e baixa. Doenças antes associadas com abundância agora estão fortemente concentradas em grupos pobres e desfavorecidos", afirmou Margaret Chan em seu discurso na abertura da reunião.
Segundo Cozer, cerca de 24% das crianças brasileiras estão acima do peso. A diretora-geral da OMS também alertou para o problema, apontando que, no mundo todo, 43 milhões de crianças em idade pré-escolar são obesas ou apresentam sobrepeso. "Pensem no que isso significa no decorrer da vida em termos de riscos para sua saúde e de custos com os cuidados durante toda a vida", disse.
Cozer diz que 80% dos obesos obesidade têm a síndrome metabólica, conjunto de sintomas que levam ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão, colesterol alto etc. "Isso aumenta diretamente o risco de infartos, derrames, tromboses e outras doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade está associada ao aumento do risco para alguns tipos de câncer, como o de mama e o de próstata, e de depressão, entre outros problemas."
Folha de São Paulo
Comer rápido consome mais caloria
As mães sempre pedem aos filhos na mesa de jantar que tenham calma e mastiguem bem a comida. Aparentemente, elas têm um motivo para isso. Pesquisadores descobriram evidências, ao longo dos anos, que quando as pessoas devoram os alimentos acabam consumindo mais calorias do que quando se alimentam num ritmo mais lento. Um motivo é o efeito da ingestão mais rápida sobre hormônios.
SXC
Insulina e hormônios foram medidos antes, durante e depois do sorvete
Num estudo publicado no mês passado, cientistas descobriram que quando um grupo de participantes recebia uma porção idêntica de sorvete em diferentes ocasiões, eles liberavam mais hormônios que davam a sensação de saciedade quando tomavam o sorvete em 30 minutos, em vez de 15. Os cientistas coletaram amostras de sangue e mediram a insulina e os hormônios do trato intestinal antes, durante e depois do sorvete. Eles descobriram que dois hormônios que sinalizam a sensação de saciedade, ou de estar cheio mostraram uma resposta mais pronunciada quando os participantes tomaram o sorvete mais devagar.
A sensação de saciedade leva a comer menos, como sugeriu outro estudo publicado no "The Journal of the American Dietetic Association" em 2008. Nesse estudo, os participantes relataram maior saciedade e consumiram aproximadamente 10% menos calorias quando comeram devagar, em comparação a quando simplesmente engoliram os alimentos. Em outro estudo, com 3 mil participantes, publicado no The British Medical Journal, as pessoas que informaram comer rapidamente e comer até se sentirem cheias tiveram risco três vezes maior de estarem acima do peso em comparação a outras pessoas.
Em outras palavras, os especialistas afirmam que diminuir o ritmo e saborear mais os alimentos é bom e não dói. Comer mais devagar pode aumentar a sensação de saciedade, reduzindo a ingestão de calorias.
ANAHAD O'CONNOR
New York Times
EPIDEMIA DE DENGUE
Combate ao mosquito: bombeiro instala tampa em caixa d’água | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia “Existe risco”,
Volta do tipo 1 da doença preocupa autoridades, porque crianças e adolescentes não têm imunidade contra ele
Rio - O número de casos de dengue registrados no Brasil este ano subiu 109% em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento está relacionado ao forte calor, ao alto volume de chuvas e ao crescimento da circulação do vírus Dengue 1, segundo o Ministério da Saúde. Uma nova epidemia não está descartada.
Combate ao mosquito: bombeiro instala tampa em caixa d’água | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia“Existe risco”, admitiu o coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, Giovanini Coelho. “Há um contingente muito grande de pessoas que não estão imunizadas contra o sorotipo 1, principalmente crianças e adolescentes”, completou ontem.
O ministério já alertou os estados para ficarem atentos a possibilidade de reintrodução do tipo 1 da doença, que circulou predominantemente na década de 90 no País. Cada pessoa pode ser contaminada uma vez por cada um dos 4 tipos de dengue. Os que nasceram depois da década de 90, portanto, não foram expostos ao vírus e podem ser contaminados agora. Em alguns estados da Região Nordeste, o tipo 4 já causa a maioria dos casos de dengue. O risco da reintrodução do vírus do tipo 1 no Rio preocupa o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do estado, Alexandre Chieppe.
“Há muitos anos o tipo 1 não circula com intensidade no Rio. A epidemia de 2002 foi causada pelo tipo 3 da dengue. Em 2008, a reintrodução do tipo 2 causou nova epidemia. Recentemente identificamos alguns casos do tipo 1 na região Norte do estado, em Campos e Casemiro de Abreu”, afirmou Chieppe.
Segundo o ministério, até 13 de fevereiro, foram 108.640 notificações de dengue no País. No mesmo período de 2009 foram 51.873 casos. Cinco estados — Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Goiás — concentram 71% dos casos. Apesar do aumento de doentes, houve redução das mortes: esse ano foram 21. No mesmo período de 2009 foram 31 no Brasil.
A maior preocupação hoje, de acordo com Coelho, é com a região Nordeste, que apresenta maior suscetibilidade ao desenvolvimento da epidemia porque, a partir de março, inicia-se o período de chuvas mais intensas na região.
PREVINA-SE
CALHAS
Devem ficar sempre limpas e sem pontos de acumulo de água. Folhas secas precisam ser retiradas para que a água não fique retida.
LAJES E MARQUISES
É importante manter o escoamento desobstruído e sem depressões que possam causar poças.
CAIXAS D’ÁGUA
Devem ficar vedadas. O morador deve providenciar limpezas periódicas. Não se deve cobrir a caixa com plástico ou calha porque esses materiais podem acumular água e servir de criadouros.
PISCINAS
Devem ser tratadas com cloro. As que não estão em uso devem ter o volume de água reduzido e deve-se aplicar cloro toda semana.
Casos de dengue sobem 109% em 2010, para 108,6 mil registros
Chuvas a altas temperaturas explicam aumento, diz Ministério da Saúde.
5 estados concentram 71% dos casos e governo nega 'epidemia' nacional.
A população tem de cuidar sempre dentro de seus ambientes domésticos e evitar o acúmulo de água parada. Também tem de proteger os depósitos de água existentes. São medidas universais"
O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (26) que o número de casos de dengue registrados no país neste ano, entre 1o. de janeiro e 13 de fevereiro, somaram 108,64 mil registros, o que significa um crescimento de 109% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 51,87 mil casos no país. A dengue é trasmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti.
O coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, negou que haja uma epidemia da doença no país - que se caracteriza pelo aparecimento de casos em todos os municípios do Brasil. Ele não afastou, porém, a possibilidade da eclosão de uma epidemia de dengue neste ano. "Existe o risco", afirmou a jornalistas.
Razões do aumento
Segundo Giovanini Coelho, algumas variáveis podem explicar a elevação no número de casos registrados no país, como o alto volume de chuvas e, também, as altas temperaturas registradas.
Ele admitiu, entretanto, que esse crescimento de casos é um dado que "preocupa" o governo. "Por isso, temos que intensificar as ações de combate à doença e alertar a população e os gestores", disse Coelho.
"A população tem de cuidar sempre dentro de seus ambientes domésticos e evitar o acúmulo de água parada. Também tem de proteger os depósitos de água existentes. São medidas universais", acrescentou o coordenador do Programa de Dengue.
Número de mortes cai
Apesar do forte aumento de mais de 100% no número de casos detectados nas seis primeiras semanas deste ano, o Ministério da Saúde informou que o número de mortes decorrentes da doença caiu em 2010. Na parcial deste ano, até 13 de fevereiro, foram registradas 21 mortes, contra 31 óbitos em igual período de 2009. "O número de óbitos pode sofrer alterações, uma vez que todas as mortes por suspeita de dengue são submetidas a investigação laboratorial", informou o governo.
Retorno do sorotipo DEN-1
De acordo com o Ministério da Saúde, outro fator que tem contribuído para o aumento no número de casos de dengue neste ano é a circulação do sorotipo viral conhecido como "DEN-1", que circulou com maior intensidade na década de 90.
De acordo com o governo, esse sorotipo viral voltou a predominar em alguns estados, e é um fator que pode contribuiu para que se estabeleça uma epidemia da doença no Brasil. De acordo com Coelho, do Ministério da Saúde, todas as epidemias que já existiram se deveram ao aparecimento de um novo sorotipo, ou ao retorno de um sorotipo viral que não circulava há muito tempo.
"Há um contingente muito grande de pessoas que não estão imunizadas contra o sorotipo DEN-1, em especial crianças e adolescentes", disse Giovanini Coelho. O Ministério da Saúde informou que já alertou a todas unidades da federação sobre o retorno desse sorotipo.
Concentração em 5 estados
Dados do governo mostram ainda que cinco estados concentram "alta incidência" de registros da doença, com 77,11 mil notificações registradas, ou seja, 71% das detecções. São eles: Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Acre.
Segundo o Ministério da Saúde, 34% das notificações concentram-se em cinco municípios: Campo Grande (MS), com 12,7 mil casos detectados; Goiânia (GO), com 12,31 mil registros; Aparecida de Goiânia (GO), com 3,28 mil casos; Rio Branco (AC), com 5,05 mil registros; e Porto Velho (RO), com a detecção de 3,41 mil pessoas infectadas.
Alerta
Diante da situação, o Ministério da Saúde informa que foi encaminhado um alerta aos governadores de todos os estados nordestinos, cujo maior período de transmissão para esta região do país começa em março, e também prefeitos das capitais da região Nordeste, recomendando a intensificação das ações para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti e a articulação com a limpeza urbana, saneamento e meio ambiente.
G1. com
Vacina contra a nova gripe causa polêmica no Brasil e no mundo
Barack Obama toma vacina contra a gripe H1N1;
No Brasil, pessoas pedem para que vacina chegue a todos.
Na Europa, países têm que vender excedente de remédios.
O anúncio de que o Brasil irá imunizar 92 milhões de pessoas contra a gripe A (H1N1) acontece em um momento conturbado. Ao mesmo tempo em que diversos países estão tentando vender vacinas que compraram e acabaram não sendo utilizadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se defende de críticas de que houve exagero nos avisos sobre a nova gripe.
Na última quarta-feira, Margaret Chan, diretora-geral da OMS, declarou que a entidade manterá o alerta máximo sobre o vírus H1N1. Uma das grandes expectativas do órgão é sobre o que vai ocorrer durante o inverno no Hemisfério Sul, quando está prevista mais uma onda da nova gripe.
O governo brasileiro diz estar se preparando. Além da compra já prevista de 83 milhões de doses de vacina, o Ministério da Saúde anunciou, na última quinta (25), a compra de mais 30 milhões de doses e a inclusão de mais uma faixa etária no programa de imunização, previsto apenas para a parcela mais vulnerável da população.
Sobras
Mas enquanto abaixo do Equador os países se preparam para uma guerra contra o vírus com a chegada do frio, os países do Norte saem de uma batalha tranquila, e partidos de oposição atacam governos por terem supostamente desperdiçado recursos com a compra de imensos lotes de imunizantes.
A França, por exemplo, gastou US$ 1,2 bilhão (R$ 2,09 bilhões) em vacinas. Dos mais de 60 milhões de habitantes, contudo, apenas cinco milhões foram vacinados, e o país tenta vender o excedente de medicação. Além da baixa procura, provou-se que apenas uma dose é suficiente - e não duas como se imaginava.
Nos EUA, mais de 126 milhões de doses foram compradas desde outubro de 2009, mas só 75 milhões de norte-americanos foram vacinados. O baixo comparecimento está fazendo as clínicas de vacinação espalharem cartazes chamando para a imunização em rodeios e até em danceterias.
Para todos
O excedente de vacinas no Norte traz alívio para o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, um dos motivos da compra extra se deve à maior oferta de imunizantes no mercado. Mas apesar de o país prever vacinar mais pessoas do que o mínimo recomendado pela OMS, muitos brasileiros reclamam que o medicamento deveria chegar a toda a população.
Na última quinta-feira (25), centenas de leitores enviaram mensagens ao G1 questionando os critérios para a escolha de apenas alguns grupos para a vacinação. A maior reclamação era que crianças em idade escolar não receberiam o medicamento.
As dúvidas foram encaminhadas ao Ministério da Saúde, que respondeu, por meio de sua assessoria de comunicação, que o objetivo da campanha de imunização não é evitar a infecção pelo vírus, mas diminuir o risco de adoecimento e morte. Por isso, foram escolhidos os grupos mais afetados durante a primeira onda da gripe, em 2009.
G1.com
2.26.2010
CRESCE OS VICIADOS EM MEDICAMENTOS
Vício em drogas perde para remédio
Consumo abusivo de medicamentos supera os de cocaína, ecstasy e heroína juntos
Rio - O uso abusivo de remédios controlados cresce rapidamente no mundo e já supera o consumo de heroína, cocaína e ecstasy juntos, de acordo com o relatório anual divulgado ontem pelo Departamento Internacional de Controle de Narcóticos, da ONU. O documento diz que mortes de várias celebridades no ano passado, como a do cantor Michael Jackson e da atriz Brittany Murphy, chamaram a atenção para o problema das drogas lícitas.
“Tem sido uma tendência o menor uso de drogas ilícitas. Por outro lado, temos identificado o crescimento do consumo de medicamentos prescritos. Existem legislações mais restritivas às drogas ilícitas e as pessoas estão mais bem informadas sobre os danos cerebrais que podem causar, mas não sabem que os mesmos efeitos negativos podem ser produzidos também pelos fármacos”, disse ontem, em Viena, Sevil Atasoy, presidente da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife).
O especialista, que participou de entrevista coletiva, explicou que a tendência de se substituir drogas ilegais por remédios legais começou nos Estados Unidos e agora chega à Europa, onde também foi registrada uma queda no abuso de drogas ilícitas, como a cocaína. “As pessoas acreditam que porque são remédios não causam tanto mal quanto a heroína, por exemplo”, disse Atasoy.
Nos EUA, o abuso dos medicamentos “já é a segunda questão mais importante do abuso de drogas, depois da maconha”, afirma o documento. O texto afirma que, em 2008, havia 6,2 milhões de norte-americanos viciados em remédios. Em vários países europeus, entre 10% e 18% dos estudantes usam sedativos obtidos sem apresentar receita médica.
Já o Brasil foi citado no relatório como exemplo de país que reduziu o consumo de medicamentos de tarja preta, principalmente os anorexígenos usados de forma abusiva contra a obesidade. Apesar da redução, no ano passado o Brasil teria consumido cerca de 3 toneladas desses produtos.
Relatório alerta para uso das ‘drogas do estupro’
Os países devem ficar atentos para o aumento do uso das “drogas do estupro”, usadas cometer crimes sexuais. De acordo com o relatório, o uso dessas substâncias está aumentando em todo o mundo.
Estas substâncias aumentam o desejo sexual em níveis incontroláveis e fazem com que o usuário perca o controle sobre si mesmo: a única coisa em que consegue pensar é manter relações sexuais. A Junta Internacional de Fiscalização de Estupefaciantes da ONU chama atenção ainda para a propagação do golpe “Boa Noite, Cinderela”, em que as drogas são administradas sem que os usuários percebam. A organização pediu que governos e grupos farmacêuticos introduzam corantes ou aromatizantes às substâncias usadas no golpe para que as vítimas possam ser alertadas de que sua bebida foi alterada.
“O fenômeno evolui rapidamente, enquanto os agressores tratam de se esquivar dos controles mais estritos utilizando substâncias não incluídas nas convenções internacionais”, diz o informe da agência, com sede em Viena.
Fonte O Dia
2.24.2010
Se não, não
Leio na internet sobre estudo realizado em um tal Instituto Kennedy Krieger (EUA), segundo o qual homens e mulheres reagem de forma diferente quando se deparam com uma "situação negativa".
Enquanto voluntários observavam várias imagens fortes, seus cérebros eram monitorados por ressonância magnética.
Os dos homens revelaram atividade mais intensa na área que envolve funções involuntárias, como frequência cardíaca, sudorese e digestão.
Essa área, chamada "luta ou fuga", explicaria a razão de os do sexo masculino terem reações mais racionais, porquanto teriam que decidir rapidamente entre fugir do problema ou enfrentá-lo.
Já elas ativaram mais o tálamo esquerdo, que controla a dor e as zonas de prazer do cérebro - o que conduziria a atitudes mais refletidas, com mais espaço para as emoções.
Não tenho competência para julgar esse trabalho científico, que, como todos os desse gênero, costumam ser altamente discutíveis -- a começar pelo número de cobaias (21 de um lado e 19 do outro), que me parece baixo, pouco significativo.
Talvez seja pedir demais, mas eu arriscaria dizer que uma quantidade razoável seria de pelo menos uns 200 de cada, de preferência dos mais diversos tipos de bagagens culturais, idades e idiossincrasias em geral.
Mas aí a pesquisa demoraria muito e custaria mais ainda, e correria sério risco de ser inconclusiva. A ciência não tem pressa, mas os cientistas têm.
Ainda assim, confesso minha absoluta simpatia com todas as ideias que confirmam que a cultura é moldada pela natureza, e não o contrário. É em cima de nossas qualidades, deficiências e diferenças natas que construímos os pilares do discernimento pessoal, do ensinamento e, por fim, da civilização.
Foram fabricados aparelhos de ressonância magnética porque existem cérebros a serem pesquisados mas, principalmente, porque existiram cérebros que conceberam, criaram e aperfeiçoaram tais aparelhos. A cultura enriquece e transforma o mundo, mas é este quem dá as palavras primeira e final.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Enquanto voluntários observavam várias imagens fortes, seus cérebros eram monitorados por ressonância magnética.
Os dos homens revelaram atividade mais intensa na área que envolve funções involuntárias, como frequência cardíaca, sudorese e digestão.
Essa área, chamada "luta ou fuga", explicaria a razão de os do sexo masculino terem reações mais racionais, porquanto teriam que decidir rapidamente entre fugir do problema ou enfrentá-lo.
Já elas ativaram mais o tálamo esquerdo, que controla a dor e as zonas de prazer do cérebro - o que conduziria a atitudes mais refletidas, com mais espaço para as emoções.
Não tenho competência para julgar esse trabalho científico, que, como todos os desse gênero, costumam ser altamente discutíveis -- a começar pelo número de cobaias (21 de um lado e 19 do outro), que me parece baixo, pouco significativo.
Talvez seja pedir demais, mas eu arriscaria dizer que uma quantidade razoável seria de pelo menos uns 200 de cada, de preferência dos mais diversos tipos de bagagens culturais, idades e idiossincrasias em geral.
Mas aí a pesquisa demoraria muito e custaria mais ainda, e correria sério risco de ser inconclusiva. A ciência não tem pressa, mas os cientistas têm.
Ainda assim, confesso minha absoluta simpatia com todas as ideias que confirmam que a cultura é moldada pela natureza, e não o contrário. É em cima de nossas qualidades, deficiências e diferenças natas que construímos os pilares do discernimento pessoal, do ensinamento e, por fim, da civilização.
Foram fabricados aparelhos de ressonância magnética porque existem cérebros a serem pesquisados mas, principalmente, porque existiram cérebros que conceberam, criaram e aperfeiçoaram tais aparelhos. A cultura enriquece e transforma o mundo, mas é este quem dá as palavras primeira e final.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
MALVINAS: Inglaterra ou Argentina
Malvinas: Lula apoia a Argentina
Brasileiro defende que Nações Unidas abram debate sobre a quem pertencem as ilhas
Cancún, México - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, opinou ontem sobre a disputa diplomática entre Inglaterra e Argentina, retomada esta semana. Ele propôs, em Cancún (México), que a ONU “reabra o debate” a respeito de quem tem a soberania em relação às Ilhas Malvinas. Ao longo da cúpula do Grupo do Rio em Cancún, dezenas de países latinos também manifestaram apoio aos argentinos.
“É necessário que comecemos a lutar para que o Secretário-Geral das Nações Unidas reabra esse debate com muita força”, disse o brasileiro.
Lula e diversos outros presidentes latinos se colocaram ao lado da argentina Cristina Kirchner (D) |
.“Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar nas Malvinas? Qual a explicação política de as Nações Unidas já não terem tomado uma decisão?”, indagou ainda o presidente.
Na opinião de Lula, a resposta para esse questionamento pode estar no fato de a Grã-Bretanha ser um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
A Grã-Bretanha ocupa desde 1833, com o nome de Falklands, o arquipélago das Malvinas, situado a 500 km da Argentina. Em 1982 os países entraram em guerra pelo controle das ilhas, mas a Argentina perdeu.
Segunda-feira, a companhia britânica Desire Petroleum anunciou ter iniciado as operações de prospecção de petróleo, ao longo das Malvinas. Na semana passada, a Argentina endureceu as restrições à embarcações que naveguem na região.
Novo bloco, sem os EUA
No mesmo evento em que Lula falou sobre a questão das Malvinas, chefes de governo de 32 países da América Latina e do Caribe aprovaram a criação de um novo bloco regional, sem os EUA e Canadá. A organização ainda não tem nome e seus estatutos serão definidos em 2011, durante novo encontro do Grupo do Rio, em Caracas (Venezuela).
O clima do encontro não foi só de paz, principalmente entre os presidentes da Venezuela e Colômbia, Hugo Chávez e Álvaro Uribe. Após o venezuelano abandonar uma reunião, Uribe chegou a exigir que ele agisse “como homem”.
OBS: Dezenas de argentinos já morreram nesta disputa em 1982.
G1.com
Saiba Mais:
Plataforma britânica começa a explorar petróleo nas Malvinas
Ilhas Malvinas - A Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas confirmou que a plataforma britânica Ocean Guardian começará neste domingo a prospecção petrolífera no arquipélago, apesar da forte rejeição do governo da Argentina, informou a imprensa local.
Em comunicado, a Assembleia Legislativa informou que já estão nas ilhas "todas as provisões" necessárias para dar início à tarefa.
"As perfurações vão começar como estava planejado, se o tempo permitir", disse a assembleia.
O apoio do Reino Unido à prospecção provocou uma irada rejeição do governo argentino, que após várias advertências decidiu aumentar os controles sobre o tráfego marítimo em direção às ilhas.
O governo do Reino Unido preferiu não dar importância à medida por considerar que as águas que rodeiam as Malvinas (Falklands, para os britânicos) estão sob o controle das autoridades das ilhas e, portanto, não serão afetadas pela postura argentina.
A imprensa britânica assegurou recentemente que as ilhas Malvinas abrigam 60 bilhões de barris de petróleo.
O pano de fundo da polêmica é a discussão sobre a soberania das ilhas, que colocou os dois países em guerra há 28 anos. Apesar de sua derrota, a Argentina continua reivindicando o território.
A presidente argentina, Cristina Fernández, disse nesta semana que o Reino Unido "ignora" as resoluções da ONU e adota medidas "unilaterais" sobre o arquipélago.
"Há inúmeras resoluções das Nações Unidas que pedem e obrigam os dois países a retomar as conversas", que "foram ignoradas sistematicamente pelo Reino Unido, que se nega a discutir a questão", afirmou Cristina.
O chanceler argentino, Jorge Taiana, vai se reunir em Nova York com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o objetivo de abrir um diálogo com o Reino Unido.
EFE
Brasileiro defende que Nações Unidas abram debate sobre a quem pertencem as ilhas
Cancún, México - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, opinou ontem sobre a disputa diplomática entre Inglaterra e Argentina, retomada esta semana. Ele propôs, em Cancún (México), que a ONU “reabra o debate” a respeito de quem tem a soberania em relação às Ilhas Malvinas. Ao longo da cúpula do Grupo do Rio em Cancún, dezenas de países latinos também manifestaram apoio aos argentinos.
“É necessário que comecemos a lutar para que o Secretário-Geral das Nações Unidas reabra esse debate com muita força”, disse o brasileiro.
Lula e diversos outros presidentes latinos se colocaram ao lado da argentina Cristina Kirchner (D) |
.“Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar nas Malvinas? Qual a explicação política de as Nações Unidas já não terem tomado uma decisão?”, indagou ainda o presidente.
Na opinião de Lula, a resposta para esse questionamento pode estar no fato de a Grã-Bretanha ser um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
A Grã-Bretanha ocupa desde 1833, com o nome de Falklands, o arquipélago das Malvinas, situado a 500 km da Argentina. Em 1982 os países entraram em guerra pelo controle das ilhas, mas a Argentina perdeu.
Segunda-feira, a companhia britânica Desire Petroleum anunciou ter iniciado as operações de prospecção de petróleo, ao longo das Malvinas. Na semana passada, a Argentina endureceu as restrições à embarcações que naveguem na região.
Novo bloco, sem os EUA
No mesmo evento em que Lula falou sobre a questão das Malvinas, chefes de governo de 32 países da América Latina e do Caribe aprovaram a criação de um novo bloco regional, sem os EUA e Canadá. A organização ainda não tem nome e seus estatutos serão definidos em 2011, durante novo encontro do Grupo do Rio, em Caracas (Venezuela).
O clima do encontro não foi só de paz, principalmente entre os presidentes da Venezuela e Colômbia, Hugo Chávez e Álvaro Uribe. Após o venezuelano abandonar uma reunião, Uribe chegou a exigir que ele agisse “como homem”.
OBS: Dezenas de argentinos já morreram nesta disputa em 1982.
G1.com
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Ilhas Malvinas - A Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas confirmou que a plataforma britânica Ocean Guardian começará neste domingo a prospecção petrolífera no arquipélago, apesar da forte rejeição do governo da Argentina, informou a imprensa local.
Em comunicado, a Assembleia Legislativa informou que já estão nas ilhas "todas as provisões" necessárias para dar início à tarefa.
"As perfurações vão começar como estava planejado, se o tempo permitir", disse a assembleia.
O apoio do Reino Unido à prospecção provocou uma irada rejeição do governo argentino, que após várias advertências decidiu aumentar os controles sobre o tráfego marítimo em direção às ilhas.
O governo do Reino Unido preferiu não dar importância à medida por considerar que as águas que rodeiam as Malvinas (Falklands, para os britânicos) estão sob o controle das autoridades das ilhas e, portanto, não serão afetadas pela postura argentina.
A imprensa britânica assegurou recentemente que as ilhas Malvinas abrigam 60 bilhões de barris de petróleo.
O pano de fundo da polêmica é a discussão sobre a soberania das ilhas, que colocou os dois países em guerra há 28 anos. Apesar de sua derrota, a Argentina continua reivindicando o território.
A presidente argentina, Cristina Fernández, disse nesta semana que o Reino Unido "ignora" as resoluções da ONU e adota medidas "unilaterais" sobre o arquipélago.
"Há inúmeras resoluções das Nações Unidas que pedem e obrigam os dois países a retomar as conversas", que "foram ignoradas sistematicamente pelo Reino Unido, que se nega a discutir a questão", afirmou Cristina.
O chanceler argentino, Jorge Taiana, vai se reunir em Nova York com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o objetivo de abrir um diálogo com o Reino Unido.
EFE
Polêmica sobre a homeopatia
Produtos homeopáticos e placebos foram comparados em estudos
Parlamentares britânicos dizem que tratamento não faz efeito e ‘engana pacientes’. Especialistas contestam
Rio - Um debate sobre a eficiência da homeopatia na Inglaterra cruzou o Atlântico e chamou a atenção de especialistas brasileiros.
A polêmica foi causada porque, esta semana, a comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento Britânico emitiu um relatório afirmando que remédios homeopáticos não têm eficácia. O órgão recomenda, inclusive, que o governo britânico pare de oferecer esse tipo de remédio na saúde pública.
A comissão compara a eficiência das pílulas homeopáticas ao placebo — cápsulas sem princípio ativo, receitadas por médicos para criar efeito psicológico em pacientes, ou para comparações de eficiência com outros remédios.
O governo britânico gasta apenas R$ 500 mil de seu orçamento de R$ 300 bilhões para a homeopatia, mas autores do relatório chegaram a defender que os pacientes estão “sendo enganados”.
O deputado Phil Willis, presidente da comissão, exagerou: para ele, nenhum estudo jamais comprovou a eficácia da homeopatia.
RECONHECIMENTO DA OMS
A afirmação é contestada por vários especialistas que trabalham com este tipo de tratamento no Brasil. “A homeopatia é uma terapia que está fazendo 214 anos, tem reconhecimento da Organização Mundial de Saúde e de publicações científicas importantes.
Se a homeopatia é placebo, está enganando muita gente e estes órgãos há muito tempo”, observa a farmacêutica homeopata Carla Holandino, professora adjunta da Faculdade de Farmácia da UFRJ, coordenadora do Laboratório Multidisciplinar de Ciências Farmacêuticas.
“Os métodos usados para gerar este relatório não são claros, enquanto há muitos estudos que atestam a eficácia da homeopatia, inclusive comparando pacientes que recebem o medicamento com placebo”, lembra Francisco José de Freitas, chefe do Departamento de Homeopatia e Terapêutica Complementar da Unirio.
POR JOÃO RICARDO GONÇALVES
O Dia
Saiba mais:
Homeopatia não tem comprovação, diz estudo britânico
Relatório da Comissão de Ciência e Tecnologia afirma que os remédios homeopáticos são tão eficazes quanto placebo, substância sem ação.
O Parlamento da Grã-Bretanha anunciou o resultado da análise de eficácia de remédios homeopáticos. O correspondente Marcos Losekann conta a polêmica provocada por esse estudo.
O relatório da Comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento Britânico afirma que os remédios homeopáticos são tão eficazes quanto placebo, substância sem ação, geralmente receitada por alguns médicos apenas para criar efeito psicológico nos pacientes.
A comissão concluiu que as explicações científicas para a homeopatia não são convincentes. E recomenda que o governo britânico pare imediatamente de oferecer esse tipo de remédio no serviço público de saúde.
A homeopatia custa aos cofres públicos do país o equivalente a R$ 500 mil por ano. Essa quantia valor pode ser considerada irrisória dentro de um orçamento de R$ 300 bilhões destinados à saúde, mas os parlamentares afirmam que não é o dinheiro que está em jogo. O que eles querem é evitar que os doentes busquem a cura com medicamentos sem eficácia comprovada.
O deputado Phil Willis, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, afirma que nenhum estudo comprovou que as pílulas homeopáticas têm poder medicinal. Segundo ele, a homeopatia nem deve mais ser licenciada pelo departamento do governo que regula a fabricação de remédios. O deputado afirma que os remédios homeopáticos não passam de pílulas de açúcar.
A homeopatia, que foi criada por um médico alemão, no século XVIII, é a chamada medicina natural e, segundo os médicos homeopatas, não tem contra-indicação. A homeopatia se propõe a curar com substâncias que normalmente provocam efeitos semelhantes aos das doenças. Por exemplo, o remédio homeopático para insônia contém uma substância extraída do café para ajudar o paciente a dormir.
A doutora Charlote Mendes da Costa, da Associação Britânica de Homeopatia, não entende por que a comissão parlamentar não aceitou como evidência de eficácia dos produtos homeopáticos um estudo científico feito com 6,5 mil pessoas com diversas doenças. Segundo a doutora Charlote, elas se trataram apenas com remédios naturais, e mais de 60% dos pacientes ficaram curados.
A associação afirma que a homeopatia representa economia para o Ministério da Saúde, porque custa menos um décimo do preço de remédios industriais. Mesmo sem o apoio do governo, a associação de homeopatia vai continuar incentivando esse tipo de tratamento.
G1.com
Parlamentares britânicos dizem que tratamento não faz efeito e ‘engana pacientes’. Especialistas contestam
Rio - Um debate sobre a eficiência da homeopatia na Inglaterra cruzou o Atlântico e chamou a atenção de especialistas brasileiros.
A polêmica foi causada porque, esta semana, a comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento Britânico emitiu um relatório afirmando que remédios homeopáticos não têm eficácia. O órgão recomenda, inclusive, que o governo britânico pare de oferecer esse tipo de remédio na saúde pública.
A comissão compara a eficiência das pílulas homeopáticas ao placebo — cápsulas sem princípio ativo, receitadas por médicos para criar efeito psicológico em pacientes, ou para comparações de eficiência com outros remédios.
O governo britânico gasta apenas R$ 500 mil de seu orçamento de R$ 300 bilhões para a homeopatia, mas autores do relatório chegaram a defender que os pacientes estão “sendo enganados”.
O deputado Phil Willis, presidente da comissão, exagerou: para ele, nenhum estudo jamais comprovou a eficácia da homeopatia.
RECONHECIMENTO DA OMS
A afirmação é contestada por vários especialistas que trabalham com este tipo de tratamento no Brasil. “A homeopatia é uma terapia que está fazendo 214 anos, tem reconhecimento da Organização Mundial de Saúde e de publicações científicas importantes.
Se a homeopatia é placebo, está enganando muita gente e estes órgãos há muito tempo”, observa a farmacêutica homeopata Carla Holandino, professora adjunta da Faculdade de Farmácia da UFRJ, coordenadora do Laboratório Multidisciplinar de Ciências Farmacêuticas.
“Os métodos usados para gerar este relatório não são claros, enquanto há muitos estudos que atestam a eficácia da homeopatia, inclusive comparando pacientes que recebem o medicamento com placebo”, lembra Francisco José de Freitas, chefe do Departamento de Homeopatia e Terapêutica Complementar da Unirio.
POR JOÃO RICARDO GONÇALVES
O Dia
Saiba mais:
Homeopatia não tem comprovação, diz estudo britânico
Relatório da Comissão de Ciência e Tecnologia afirma que os remédios homeopáticos são tão eficazes quanto placebo, substância sem ação.
O Parlamento da Grã-Bretanha anunciou o resultado da análise de eficácia de remédios homeopáticos. O correspondente Marcos Losekann conta a polêmica provocada por esse estudo.
O relatório da Comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento Britânico afirma que os remédios homeopáticos são tão eficazes quanto placebo, substância sem ação, geralmente receitada por alguns médicos apenas para criar efeito psicológico nos pacientes.
A comissão concluiu que as explicações científicas para a homeopatia não são convincentes. E recomenda que o governo britânico pare imediatamente de oferecer esse tipo de remédio no serviço público de saúde.
A homeopatia custa aos cofres públicos do país o equivalente a R$ 500 mil por ano. Essa quantia valor pode ser considerada irrisória dentro de um orçamento de R$ 300 bilhões destinados à saúde, mas os parlamentares afirmam que não é o dinheiro que está em jogo. O que eles querem é evitar que os doentes busquem a cura com medicamentos sem eficácia comprovada.
O deputado Phil Willis, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, afirma que nenhum estudo comprovou que as pílulas homeopáticas têm poder medicinal. Segundo ele, a homeopatia nem deve mais ser licenciada pelo departamento do governo que regula a fabricação de remédios. O deputado afirma que os remédios homeopáticos não passam de pílulas de açúcar.
A homeopatia, que foi criada por um médico alemão, no século XVIII, é a chamada medicina natural e, segundo os médicos homeopatas, não tem contra-indicação. A homeopatia se propõe a curar com substâncias que normalmente provocam efeitos semelhantes aos das doenças. Por exemplo, o remédio homeopático para insônia contém uma substância extraída do café para ajudar o paciente a dormir.
A doutora Charlote Mendes da Costa, da Associação Britânica de Homeopatia, não entende por que a comissão parlamentar não aceitou como evidência de eficácia dos produtos homeopáticos um estudo científico feito com 6,5 mil pessoas com diversas doenças. Segundo a doutora Charlote, elas se trataram apenas com remédios naturais, e mais de 60% dos pacientes ficaram curados.
A associação afirma que a homeopatia representa economia para o Ministério da Saúde, porque custa menos um décimo do preço de remédios industriais. Mesmo sem o apoio do governo, a associação de homeopatia vai continuar incentivando esse tipo de tratamento.
G1.com
Fitoterápicos: Universidade norte-americana e Embrapa farão pesquisas
23/02/2010
Rio de Janeiro - O desenvolvimento de fitoterápicos ( remédios preparados a partir de plantas medicinais) obtidos nas reservas naturais da Caatinga e do Cerrado, e também de biopesticidas para a agricultura orgânica, é uma das metas do convênio firmado entre a Universidade do Mississipi (EUA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pesquisadores da instituição norte-americana iniciaram nessa segunda-feira (22), na Embrapa Agroindústria Tropical, do Ceará, um debate sobre as ações que serão desenvolvidas.
Além da troca de experiências e do treinamento de pessoal, o convênio, que se estende até 2013, visa ao desenvolvimento de pesquisas conjuntas relativas à padronização das matérias-primas, informou à Agência Brasil o pesquisador Flávio Pimentel, da Embrapa Agroindústria Tropical, coordenadora das ações no Brasil.
Com a ampliação da base de conhecimentos para a produção de fitoterápicos, a expectativa é elevar a qualidade desses produtos no Brasil e, em consequência, sua segurança. “Ampliar a qualidade e a padronização, porque há muitos produtos que têm o mesmo nome e composições químicas diferentes e são vendidos à população como uma espécie medicinal e, muitas vezes, não se trata da mesma espécie que tem aquele efeito farmacológico. Então, um dos objetivos dessa cooperação é a padronização: definir parâmetros de identificação dessas espécies para que a população não compre gato por lebre”.
A padronização e o aumento da qualidade poderão levar à redução do custo de várias terapias usadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Pimentel destacou que existe uma lista extensa de plantas medicinais no SUS, envolvendo mais de 40 fitoterápicos. Ele lamentou, porém, que apenas uma pequena parcela – “quatro no máximo” – seja produzida em escala comercial e tenha patente. “Porque não foi desenvolvido sistema de produção, existe problema de padronização da matéria-prima para que a indústria possa utilizar essas plantas para produção de fitoterápicos. Esse é um dos objetivos do trabalho”.
O pesquisador esclareceu que o uso de produtos sem qualidade ou padrão pode ter efeitos tóxicos para a população. “Com certeza. Muitas espécies vendidas legalmente no país como fitoterápicos usam matérias-primas importadas, porque as nacionais não têm uma padronização. Não têm uma produção confiável, nem uma padronização da matéria-prima. Aí, as indústrias não absorvem essa matéria-prima”.
A partir do convênio, a expectativa é de diminuir a importação, com o aproveitamento da biodiversidade brasileira, com foco principalmente nas plantas que já estão na lista do SUS.
Os pesquisadores da Universidade do Mississipi e da Embrapa Agroindústria Tropical estarão reunidos até quinta-feira (25) discutindo o projeto e definindo as ações que serão executadas. Pimentel disse que a ideia é que essas ações sejam iniciadas sem demora, tendo em vista o custo estimado do convênio, da ordem de US$ 2 milhões.
Participam também outras duas unidades da empresa: a Embrapa Meio Ambiente (SP) e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF).
Agencia Brasil
Rio de Janeiro - O desenvolvimento de fitoterápicos ( remédios preparados a partir de plantas medicinais) obtidos nas reservas naturais da Caatinga e do Cerrado, e também de biopesticidas para a agricultura orgânica, é uma das metas do convênio firmado entre a Universidade do Mississipi (EUA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pesquisadores da instituição norte-americana iniciaram nessa segunda-feira (22), na Embrapa Agroindústria Tropical, do Ceará, um debate sobre as ações que serão desenvolvidas.
Além da troca de experiências e do treinamento de pessoal, o convênio, que se estende até 2013, visa ao desenvolvimento de pesquisas conjuntas relativas à padronização das matérias-primas, informou à Agência Brasil o pesquisador Flávio Pimentel, da Embrapa Agroindústria Tropical, coordenadora das ações no Brasil.
Com a ampliação da base de conhecimentos para a produção de fitoterápicos, a expectativa é elevar a qualidade desses produtos no Brasil e, em consequência, sua segurança. “Ampliar a qualidade e a padronização, porque há muitos produtos que têm o mesmo nome e composições químicas diferentes e são vendidos à população como uma espécie medicinal e, muitas vezes, não se trata da mesma espécie que tem aquele efeito farmacológico. Então, um dos objetivos dessa cooperação é a padronização: definir parâmetros de identificação dessas espécies para que a população não compre gato por lebre”.
A padronização e o aumento da qualidade poderão levar à redução do custo de várias terapias usadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Pimentel destacou que existe uma lista extensa de plantas medicinais no SUS, envolvendo mais de 40 fitoterápicos. Ele lamentou, porém, que apenas uma pequena parcela – “quatro no máximo” – seja produzida em escala comercial e tenha patente. “Porque não foi desenvolvido sistema de produção, existe problema de padronização da matéria-prima para que a indústria possa utilizar essas plantas para produção de fitoterápicos. Esse é um dos objetivos do trabalho”.
O pesquisador esclareceu que o uso de produtos sem qualidade ou padrão pode ter efeitos tóxicos para a população. “Com certeza. Muitas espécies vendidas legalmente no país como fitoterápicos usam matérias-primas importadas, porque as nacionais não têm uma padronização. Não têm uma produção confiável, nem uma padronização da matéria-prima. Aí, as indústrias não absorvem essa matéria-prima”.
A partir do convênio, a expectativa é de diminuir a importação, com o aproveitamento da biodiversidade brasileira, com foco principalmente nas plantas que já estão na lista do SUS.
Os pesquisadores da Universidade do Mississipi e da Embrapa Agroindústria Tropical estarão reunidos até quinta-feira (25) discutindo o projeto e definindo as ações que serão executadas. Pimentel disse que a ideia é que essas ações sejam iniciadas sem demora, tendo em vista o custo estimado do convênio, da ordem de US$ 2 milhões.
Participam também outras duas unidades da empresa: a Embrapa Meio Ambiente (SP) e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF).
Agencia Brasil
EMS VAI INSTALAR UMA FÁBRICA DE MEDICAMENTOS EM CUBA
Fabricante de genéricos terá unidade em Cuba
EMS, 3.ª maior do Brasil, vai fazer parceria para produzir remédios
A terceira maior empresa de medicamentos genéricos do Brasil, a EMS, vai instalar uma fábrica em Cuba, segundo informação da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex). O investimento será anunciado na passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Havana, amanhã. A fábrica será construída em parceria com a empresa cubana Heber Biotec e a ideia é usar Cuba como plataforma de exportação de medicamentos genéricos para a região. Se a flexibilização das relações americanas com Cuba evoluir - o presidente Barack Obama anunciou liberação no envio de remessas e viagens - Cuba poderia ser usada de plataforma de exportação para os EUA também. O investimento na ilha incluirá transferência de tecnologia cubana para a empresa brasileira.
A iniciativa pode irritar as indústrias farmacêuticas dos EUA, porque Cuba tradicionalmente tem problemas com respeito à propriedade intelectual. O lobby das indústrias farmacêuticas americanas já está pedindo ao governo de Washington para piorar a classificação do Brasil na lista de países que desrespeitam a propriedade intelectual.
Hoje, o presidentes Lula e seu colega mexicano Felipe Calderón vão relançar as negociações para um acordo de livre comércio. Para o Brasil, um acordo seria interessante para aumentar a influência do País na América Latina. Para o México, pode ser uma maneira de reduzir sua excessiva dependência de exportações para os EUA.
Mas há alguns empecilhos a serem contornados. O México cobra uma tarifa sobre o etanol brasileiro de US$ 0,36 por litro mais 10% sobre o valor, o que é três vezes mais do que a tarifa cobrada pelos EUA sobre o etanol brasileiro. A indústria mexicana também está resistindo ao acordo, com medo de perder competitividade diante de uma das maiores recessões de sua história. Industriais afirmam que há "assimetrias" entre as indústrias brasileira e mexicana - mesmo argumento usado pela Argentina para impor medidas protecionistas.
Hoje, Lula tentará mostrar para os empresários que o acordo é bom. Calderón diz que quer firmá-lo até 2012, mas a resistência é enorme. Os empresários estão assustados com o crescimento do Brasil e temem ser engolidos como foram pelos EUA. As discussões, em nível técnico, empacaram, agora vão tentar avançar por meio das negociações políticas. Lula vai dizer aos empresários que, em vez de ficar temerosos, deveriam ficar animados com mais esta porta de comércio que se abre. Os dois países fecharam um acordo em 2002 que reduziu as tarifas de importação de 800 produtos. P.C.M.
Fonte: Estado de São Paulo
EMS, 3.ª maior do Brasil, vai fazer parceria para produzir remédios
A terceira maior empresa de medicamentos genéricos do Brasil, a EMS, vai instalar uma fábrica em Cuba, segundo informação da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex). O investimento será anunciado na passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Havana, amanhã. A fábrica será construída em parceria com a empresa cubana Heber Biotec e a ideia é usar Cuba como plataforma de exportação de medicamentos genéricos para a região. Se a flexibilização das relações americanas com Cuba evoluir - o presidente Barack Obama anunciou liberação no envio de remessas e viagens - Cuba poderia ser usada de plataforma de exportação para os EUA também. O investimento na ilha incluirá transferência de tecnologia cubana para a empresa brasileira.
A iniciativa pode irritar as indústrias farmacêuticas dos EUA, porque Cuba tradicionalmente tem problemas com respeito à propriedade intelectual. O lobby das indústrias farmacêuticas americanas já está pedindo ao governo de Washington para piorar a classificação do Brasil na lista de países que desrespeitam a propriedade intelectual.
Hoje, o presidentes Lula e seu colega mexicano Felipe Calderón vão relançar as negociações para um acordo de livre comércio. Para o Brasil, um acordo seria interessante para aumentar a influência do País na América Latina. Para o México, pode ser uma maneira de reduzir sua excessiva dependência de exportações para os EUA.
Mas há alguns empecilhos a serem contornados. O México cobra uma tarifa sobre o etanol brasileiro de US$ 0,36 por litro mais 10% sobre o valor, o que é três vezes mais do que a tarifa cobrada pelos EUA sobre o etanol brasileiro. A indústria mexicana também está resistindo ao acordo, com medo de perder competitividade diante de uma das maiores recessões de sua história. Industriais afirmam que há "assimetrias" entre as indústrias brasileira e mexicana - mesmo argumento usado pela Argentina para impor medidas protecionistas.
Hoje, Lula tentará mostrar para os empresários que o acordo é bom. Calderón diz que quer firmá-lo até 2012, mas a resistência é enorme. Os empresários estão assustados com o crescimento do Brasil e temem ser engolidos como foram pelos EUA. As discussões, em nível técnico, empacaram, agora vão tentar avançar por meio das negociações políticas. Lula vai dizer aos empresários que, em vez de ficar temerosos, deveriam ficar animados com mais esta porta de comércio que se abre. Os dois países fecharam um acordo em 2002 que reduziu as tarifas de importação de 800 produtos. P.C.M.
Fonte: Estado de São Paulo
Acesso da população a medicamentos essenciais vai ser facilitado
Consórcio internacional luta por melhor acesso a medicamentos essenciais
23 de fevereiro de 2010
Promover o Licenciamento Socialmente Responsável de medicamentos e incentivar o desenvolvimento de fármacos essenciais para a população mundial. Estes são os principais objetivos do consórcio Access do Pharmaceuticals (ATP), uma iniciativa internacional financiada pela Comunidade Europeia que tem a Fiocruz como um de seus principais parceiros. Nesta segunda-feira, teve início o primeiro encontro entre os integrantes da empreitada. O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, esteve entre os presentes.
O evento, que vai até o dia 24, organizado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conta com a participação de representantes de organizações internacionais, como a South Africa Medical Research Council (África do Sul) e a University of Neuchatel (Suíça).
Durante o encontro, serão determinados os primeiros passos para o projeto, que terá duração de três anos. Após este período, as organizações participantes deverão propor recomendações que facilitem o acesso da população a medicamentos essenciais. Diretor do CDTS/Fiocruz, Carlos Morel explica que a iniciativa atuará em três frentes de análise.
“Na primeira delas, trabalharemos com patentes e universidades visando o licenciamento socialmente responsável. Assim, a cada vez que um medicamento for desenvolvido, facilita-se a transferência da tecnologia de produção. Na segunda, estudaremos a política de propriedade industrial nas articulações entre os ambientes acadêmico e industrial. Por último, analisaremos como a propriedade industrial é tratada pelas indústrias”.
O projeto possibilitará o intercâmbio entre as organizações participantes, cuja expectativa é gerar uma análise globalizada sobre a propriedade industrial e o desenvolvimento de medicamentos.
Na próxima quarta-feira, os representantes conhecerão a sede da Fiocruz, em Manguinhos.
“Vai ser uma excelente maneira de aprender com o exemplo da Fiocruz, ver como vocês utilizam sua capacidade fabril para produzir e exportar medicamentos. A iniciativa busca a colaboração entre organizações que fazem a diferença por suas políticas públicas de saúde, o que é o caso da Fiocruz”, lembrou Harry Thangaraj, representante da University of London.
Uma visita às instalações de Farmanguinhos, em Jacarepaguá, também está nos planos. Diretor da unidade, Hayne Felipe da Silva espera que o Instituto possa colaborar com o Access do Pharmaceuticals.”Isso é muito importante, porque nosso sistema de saúde ainda apresenta falhas no acesso a medicamentos.Esperamos estar aptos a nos movimentar mais, sempre no sentido de ampliar este acesso à população”.
Fonte: Farmanguinhos
2.23.2010
Lactantes não devem ser vacinadas contra febre amarela
Lactantes não devem ser vacinadas contra febre amarela, diz ministério
Imunização deve ser adiada até bebê completar 6 meses.
Duas crianças ficaram doentes após mãe receber dose.
Nova recomendação do Ministério da Saúde orienta mulheres que estão amamentando a adiar a vacinação contra a febre amarela até a criança completar seis meses. De acordo com a pasta, há risco de os bebês serem contaminados pelo vírus atenuado da doença, usado na fabricação do imunizante.
Caso não seja possível adiar, o ministério recomenda que as mães retirem o próprio leite antes da imunização e o congelem para uso durante os 14 dias subsequente à vacina, quando o vírus atenuado ainda pode estar presente no alimento. Outra alternativa é recorrer a bancos públicos de leite materno.
As alterações nas orientações para quem está amamentando ocorreram em razão de o Brasil ter registrado, pela primeira vez na história, dois casos em que mães vacinadas contra a doença transmitiram às crianças, por meio do aleitamento, o vírus atenuado.
Os dois bebês, que apresentaram problemas neurológicos, no momento estão bem, mas seguem sob acompanhamento. Os casos ocorreram em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, a 196 quilômetros da capital gaúcha.
Atualmente existe recomendação para a vacina na maior parte do País, em razão de o vírus causador da doença ter se difundido entre 2008 e o ano passado no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País. Um total de 51 casos da doença foram registrados no período, com 21 mortes, e 22,4 milhões de vacinas foram distribuídas.
Desde 2007, 112 casos de reações adversas ao imunizante, como as que ocorreram com as crianças, já foram computados pelo ministério. A vacina é fabricada desde o fim dos anos 30 pelo laboratório público Biomanguinhos, da Fiocruz.
G1.com
Imunização deve ser adiada até bebê completar 6 meses.
Duas crianças ficaram doentes após mãe receber dose.
Nova recomendação do Ministério da Saúde orienta mulheres que estão amamentando a adiar a vacinação contra a febre amarela até a criança completar seis meses. De acordo com a pasta, há risco de os bebês serem contaminados pelo vírus atenuado da doença, usado na fabricação do imunizante.
Caso não seja possível adiar, o ministério recomenda que as mães retirem o próprio leite antes da imunização e o congelem para uso durante os 14 dias subsequente à vacina, quando o vírus atenuado ainda pode estar presente no alimento. Outra alternativa é recorrer a bancos públicos de leite materno.
As alterações nas orientações para quem está amamentando ocorreram em razão de o Brasil ter registrado, pela primeira vez na história, dois casos em que mães vacinadas contra a doença transmitiram às crianças, por meio do aleitamento, o vírus atenuado.
Os dois bebês, que apresentaram problemas neurológicos, no momento estão bem, mas seguem sob acompanhamento. Os casos ocorreram em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, a 196 quilômetros da capital gaúcha.
Atualmente existe recomendação para a vacina na maior parte do País, em razão de o vírus causador da doença ter se difundido entre 2008 e o ano passado no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País. Um total de 51 casos da doença foram registrados no período, com 21 mortes, e 22,4 milhões de vacinas foram distribuídas.
Desde 2007, 112 casos de reações adversas ao imunizante, como as que ocorreram com as crianças, já foram computados pelo ministério. A vacina é fabricada desde o fim dos anos 30 pelo laboratório público Biomanguinhos, da Fiocruz.
G1.com
LIPOSSOMAS
Lipossomas, o mais comum dos vetores de transporte não-viral de genes, são pequenas vesículas esféricas formadas por bicamadas concêntricas de fosfolipídios que se organizam espontaneamente em meio aquoso. Tais partículas são consideradas uma excelente forma de sistema de liberação controlada de medicamentos ou substâncias biologicamente ativas devido a sua flexibilidade estrutural seja no tamanho, composição e fluidez da bicamada lipídica, como na sua capacidade de incorporar uma variedade de compostos tanto hidrofílicos como hidrofóbicos.
Histórico
Os lipossomas foram descobertos no início da década de 60, através de estudos da hidratação de filmes lipídicos depositados nas paredes de um frasco de vidro. Tal experimento foi realizado pelo Dr. Alec Bangham, mas quem primeiro utlizou o termo lipossoma (corpo gorduroso), para designar as estruturas vesiculares formadas por bicamadas fosfolipídicas com um compartimento aquoso em seu interior, foi Weissman em 1965.
Classificação
Os lipossomas podem ser classificados tanto com relação ao seu tamanho e número de lamelas quanto a sua interação com o meio biológico. De acordo com os diametros médios em três categorias: • Vesículas Multilamelares (MLV – Multilamelar Vesicles): formas lipossomais formadas por bicamadas fosfolipídicas concêntricas intercaladas por compartimentos aquosos, cujo diâmetro varia de 400 a 3500 nm. • Vesículas unilamelares grandes (LUV – Large Unilamelar vesicles): formas lipossomais constituídas por apenas uma bicamada fosfolipídica, mas com uma grande cavidade aquosa. Diâmetro varia de 200 a 1000 nm. • Vesículas unilamelares pequenas (SUV – Small Unilamelar Vesicles): formas lipossomais constituídas por apenas uma bicamada fosfolipídica e um pequeno compartimento aquoso. Diâmetro varia de 20 a 50 nm (Scarpa et al.,1998). De acordo com a carga, lipossomas podem ser classificados como catiônicos (carga positiva), aniônicos (carga negativa) e neutros (sem carga). Lipossomas catiônicos são os mais frequentemente utilizados na terapia gênica humana, pois o DNA possui uma carga efetiva negativa. Quando comparado a vetores virais, os lipossomas apresentam muitas vantagens como a não patogenicidade, a não indução a resposta imune e a fácil produção. No entanto, a rápida duração da expressão genética e o baixo nível de expressão transgênica são as suas principais desvantagens. De acordo com a interação com o meio biológico, os lipossomas podem ser caracterizados por possuírem interação não-específica com os fluidos biológicos (lipossomas convencionais), lipossomas estericamente estabilizados (longa-duração) e com ligantes de direcionamento incorporados à estrutura (sítio-específicos). O primeiro grupo é caracterizado por possuir um fosfolipídios estrutural adicionado de um colesterol e um lipídeo com carga. Já o segundo grupo possui, além dos constituintes presentes no primeiro, uma cobertura por um polímero hidrofílico inerte, como o polietilenoglicol (PEG), à superfície. Os ligantes de direcionamento presentes no terceiro grupo podem ser anticorpos monoclonais ou oligossacarídeos.
Aplicações
O uso de formas lipossomais, como sistemas de liberação lenta de medicamentos, é viável clinicamente por serem tipicamente feitos de moléculas lipídicas de origem natural, biodegradável e não tóxica. Os lipossomas podem proteger o fármaco de degradação enzimática, possibilitam o aumento da concentração da droga no sítio alvo, podem ser utilizados como excipientes não tóxico para a solubilização de fármacos hidrofóbicos, além de prolongar o tempo da vesícula na circulação, permitindo um possível direcionamento para sítios específicos de células ou órgãos. Alguns problemas relacionados aos lipossomas têm sido a rápida liberação no sangue, devido a adsorção de proteínas do plasma (opsoninas) com a membrana fosfolipídica, como também reconhecimento e captação dos lipossomas pelo sistema fagocítico mononuclear (SFM). A habilidade dos lipossomas para penetrar nos tecidos doentes está diretamente correlacionada com o seu tamanho. Lipossomas grandes são rapidamente removidos da circulação por macrófagos (SFM) e não se obtem significantes níveis nos outros tecidos do corpo, enquanto lipossomas pequenos (≤ 100 nm) demoram um pouco mais para serem reconhecidos e fagocitados, aumentando a probabilidade dos mesmos de penetrarem os tecidos. Alguns lipossomas que encapsulam fármacos e vacinas exibem superior propriedades farmacológicas sobre os medicamentos tradicionais. Isso pode ser evidenciado em áreas como quimioterapia do câncer, terapia antimicrobiana, vacinas, diagnóstico por imagem e tratamento de desordens oftalmicas.
Referências
Jacome-Junior, A.T. [[[Desenvolvimento de formas lipossomais contendo levana.]]] Tese de mestrado. Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 2006. 67f.
Lasic, D. D. [Novel application of liposomes]. Trends in Biotechnology, 16, 307-321, 1998.
Medina, O.P.; Zhu, Y.; Kairemo, K. [Target liposomal drug delivery in cancer]. Current Pharmaceutical Design, v. 10, n. 24, p. 2981-2989, 2004.
Ramesh, R.; Saeki, T.; Templeton, N.S.; Ji, L.; Stephens, L.C.; Ito, I.; Wilson, D.R.; Wu, Z.; Branch, C.D.; Minna, J.D.; Roth, J.A. [Successful treatment of primary and disseminated human lung cancers by systemic delivery of tumor suppressor genes using an improved liposome vector]. Mol Ther, 3:1–14, 2001.
SANTOS, C.N. e CASTANHO, M.A.R.B. [Lipossomas: A bala acertou?] Química Nova, v. 25, 6B, p. 1181-1185, 2002.
Torchilin VP. (2006)Adv Drug Deliv Rev. 58(14):1532-55, 2006.
FONTE: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Lipossoma"
LIPOSSOMAS
Lipossomas são vesículas microscópicas compostas
de uma ou mais bicamadas lipídicas concêntricas, separadas
por um meio aquoso.
Eles podem encapsular substâncias
hidrofílicas e/ou lipofílicas, sendo que as primeiras ficam no
compartimento aquoso e as lipofílicas inseridas ou
adsorvidas na membrana. Por serem biodegradáveis,
biocompatíveis e não imunogênicos são altamente versáteis
para pesquisa, terapêutica e aplicações analíticas (Edwards,
Baeumner, 2006; New, 1990; Puisieux et al., 1995).
Estas vesículas são constituídas basicamente por
fosfolipídeos (podendo ser de natureza sintética ou natural),
esteróis e um antioxidante (Vemuri, Rhodes, 1995).
Os lipídeos mais utilizados nas formulações de lipossomas são
os que apresentam uma forma cilíndrica como as
fosfatidilcolinas, fosfatidilserina, fosfatidilglicerol e
esfingomielina, que tendem a formar uma bicamada estável
em solução aquosa.
As fosfatidilcolinas são as mais
empregadas em estudos de formulação de lipossomas, pois
apresentam grande estabilidade frente a variações de pH ou
da concentração de sal no meio.
Os fosfolipídeos são caracterizados por uma temperatura
de transição de fase (Tc), na qual a membrana passa de
uma fase gel, onde a cadeia hidrocarbonada do lipídeo está
em estado ordenado, para uma fase de cristal-líquido, onde
as moléculas ficam com movimentos mais livres e os radicais
hidrofílicos agrupados tornam-se completamente hidratados.
O comprimento e a saturação da cadeia lipídica influenciam
o valor da Tc.
Portanto, diferentes membranas compostas
por lipídeos distintos podem exibir diferentes níveis de fluidez
na mesma temperatura (Frézard, 2005; Lasic, 1998). A
permeabilidade dos lipossomas é relativamente baixa quando
a temperatura é menor que a Tc dos lipossomas, sendo a
mesma medida pelo fluxo ou pela taxa em que o soluto sai do
compartimento aquoso, através da bicamada. Esta propriedade
vai depender, no entanto, da natureza do soluto e da
fluidez da membrana (Frézard, 1999).
Os lipossomas podem conter uma única bicamada
lipídica ou bicamadas múltiplas
Pró-Saúde do Acre oferece 254 vagas
Contratação será em regime celetista nos cargos de Fisioterapeuta, Físico Médico e Médico. Remuneração varia entre R$ 2.400,00 e R$ 15.000,00
O Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde) abriu processo seletivo para preenchimento, em regime celetista, de 254 vagas e formação de cadastro de reserva para os cargos de Fisioterapeuta, Físico Médico e Médico. As inscrições ocorrem entre os dias 18 de fevereiro e 7 de março, e podem ser feitas no site www.cespe.unb.br/concursos/prosaude2010, com taxas de R$ 80,00 e R$ 150,00, dependendo do cargo pretendido.
As vagas serão distribuídas em 14 municípios do Estado, inclusive na capital, Rio Branco. Do total, são 2 vagas para Físico Médico, 24 para Fisioterapeuta e 228 para Médico em 41 especialidades. As remunerações variam de acordo com o cargo e especialidade médica, sendo de R$ 2.400,00 para Fisioterapeuta, R$ 8.000,00 para Físico Médico e entre R$ 8.000,00 e R$ 15.000,00 para Médico.
A seleção será por meio de prova objetiva, que será aplicada nas cidades de Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá na data provável de 4 de abril.
SERVIÇO
Processo seletivo: Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde)
Cargos: Fisioterapeuta, Físico Médico e Médico
Vagas: 254 vagas e formação de cadastro de reserva
Inscrições: 18 de fevereiro a 7 de março
Taxa de inscrição: R$ 80,00 para Fisioterapeuta e R$ 150,00 para Médico e Físico Medico
Remuneração: para Fisioterapeuta, R$ 2.400,00, para Físico Médico, R$ 8.000,00, para Médico, entre R$ 8.000,00 e R$ 15.000,00
Prova objetiva: 4 de abril
CONTATO
Outras informações no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/prosaude2010 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Sede do Cespe/UnB – telefone (61) 3448 0100.
O Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde) abriu processo seletivo para preenchimento, em regime celetista, de 254 vagas e formação de cadastro de reserva para os cargos de Fisioterapeuta, Físico Médico e Médico. As inscrições ocorrem entre os dias 18 de fevereiro e 7 de março, e podem ser feitas no site www.cespe.unb.br/concursos/prosaude2010, com taxas de R$ 80,00 e R$ 150,00, dependendo do cargo pretendido.
As vagas serão distribuídas em 14 municípios do Estado, inclusive na capital, Rio Branco. Do total, são 2 vagas para Físico Médico, 24 para Fisioterapeuta e 228 para Médico em 41 especialidades. As remunerações variam de acordo com o cargo e especialidade médica, sendo de R$ 2.400,00 para Fisioterapeuta, R$ 8.000,00 para Físico Médico e entre R$ 8.000,00 e R$ 15.000,00 para Médico.
A seleção será por meio de prova objetiva, que será aplicada nas cidades de Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá na data provável de 4 de abril.
SERVIÇO
Processo seletivo: Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde)
Cargos: Fisioterapeuta, Físico Médico e Médico
Vagas: 254 vagas e formação de cadastro de reserva
Inscrições: 18 de fevereiro a 7 de março
Taxa de inscrição: R$ 80,00 para Fisioterapeuta e R$ 150,00 para Médico e Físico Medico
Remuneração: para Fisioterapeuta, R$ 2.400,00, para Físico Médico, R$ 8.000,00, para Médico, entre R$ 8.000,00 e R$ 15.000,00
Prova objetiva: 4 de abril
CONTATO
Outras informações no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/prosaude2010 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Sede do Cespe/UnB – telefone (61) 3448 0100.
Mosquito transgênico para conter dengue
Doença afeta 100 milhões de pessoas por ano; alteração genética vai limitar desenvolvimento de asas.
Pesquisadores americanos e britânicos estão criando um tipo de mosquito transgênico em um esforço para conter a propagação da dengue.
O vírus que provoca a dengue se propaga através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti e não há vacina para a doença.
Segundo especialistas, a dengue afeta até 100 milhões de pessoas por ano e ameaça mais de um terço da população mundial.
Cientistas esperam que os machos transgênicos que estão criando cruzem com fêmeas para produzir outras fêmeas que herdem um gene que limita o crescimento das asas.
Essas fêmeas têm sua capacidade de voar limitada, o que resultaria na supressão da população do mosquito.
O estudo foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences.
Malária
Os pesquisadores dizem que seu trabalho oferece uma alternativa segura e eficiente a inseticidas e pode ser usado para impedir a propagação de outras doenças através de mosquitos, como a malária.
Anthony James, da Universidade de Califórnia - Irvine, disse: "Os atuais métodos de controle não são eficazes o suficiente, e são urgentemente necessários novos (métodos)."
"O controle do mosquito que transmite o vírus pode reduzir significativamente a (...) mortalidade humana."
O chefe da pesquisa, Luke Alphey, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, e proprietário de uma companhia de ciência aplicada, Oxitech Ltd, disse que a abordagem científica tem um foco bem específico. "A tecnologia é totalmente específica para uma espécie, já que os machos liberados vão cruzar só com fêmeas da mesma espécie."
"Uma outra característica atraente deste método é que (...) todas as pessoas em áreas tratadas estarão igualmente protegidas, independente de suas posses, poder ou grau de instrução."
Hilary Ranson, da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Liverpool, na Grã-Bretanha, disse que este trabalho científico é um grande avanço.
"Será um desafio logístico produzir e liberar um número suficiente de mosquitos machos e não vai ser barato. Mas pode ser realizado com os recursos adequados."
Ranson disse que a dengue é uma doença ideal para ser combatida dessa maneira porque é propagada por apenas algumas poucas espécies de mosquito. Segundo a acadêmica, seria mais difícil usar técnica semelhante no combate à malária por causa da variedade de mosquitos portadores.
G1.com
Pesquisadores americanos e britânicos estão criando um tipo de mosquito transgênico em um esforço para conter a propagação da dengue.
O vírus que provoca a dengue se propaga através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti e não há vacina para a doença.
Segundo especialistas, a dengue afeta até 100 milhões de pessoas por ano e ameaça mais de um terço da população mundial.
Cientistas esperam que os machos transgênicos que estão criando cruzem com fêmeas para produzir outras fêmeas que herdem um gene que limita o crescimento das asas.
Essas fêmeas têm sua capacidade de voar limitada, o que resultaria na supressão da população do mosquito.
O estudo foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences.
Malária
Os pesquisadores dizem que seu trabalho oferece uma alternativa segura e eficiente a inseticidas e pode ser usado para impedir a propagação de outras doenças através de mosquitos, como a malária.
Anthony James, da Universidade de Califórnia - Irvine, disse: "Os atuais métodos de controle não são eficazes o suficiente, e são urgentemente necessários novos (métodos)."
"O controle do mosquito que transmite o vírus pode reduzir significativamente a (...) mortalidade humana."
O chefe da pesquisa, Luke Alphey, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, e proprietário de uma companhia de ciência aplicada, Oxitech Ltd, disse que a abordagem científica tem um foco bem específico. "A tecnologia é totalmente específica para uma espécie, já que os machos liberados vão cruzar só com fêmeas da mesma espécie."
"Uma outra característica atraente deste método é que (...) todas as pessoas em áreas tratadas estarão igualmente protegidas, independente de suas posses, poder ou grau de instrução."
Hilary Ranson, da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Liverpool, na Grã-Bretanha, disse que este trabalho científico é um grande avanço.
"Será um desafio logístico produzir e liberar um número suficiente de mosquitos machos e não vai ser barato. Mas pode ser realizado com os recursos adequados."
Ranson disse que a dengue é uma doença ideal para ser combatida dessa maneira porque é propagada por apenas algumas poucas espécies de mosquito. Segundo a acadêmica, seria mais difícil usar técnica semelhante no combate à malária por causa da variedade de mosquitos portadores.
G1.com
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