3.06.2010

A dignidade não se contamina

Há algum tempo, uma emissora de televisão apresentou uma reportagem intitulada A boca do lixo.

As câmeras focalizaram a realidade das pessoas que vivem do produto que conseguem retirar daquele lugar infecto, chamado lixão.

As cenas chocaram sobremaneira. Crianças e jovens, adultos e velhos disputavam, com as moscas e os urubus, os detritos jogados pelos caminhões de coleta.

Eram pessoas que, em princípio, pareciam confundidas com o próprio lixo, que haviam perdido a identidade, a auto-estima, a dignidade.

Revestidas de trapos imundos, reviravam com suas ferramentas os monturos fétidos e retiravam alguns objetos que colocavam num saco, igualmente imundo.

No entanto, no decorrer da reportagem, os repórteres elegeram algumas daquelas pessoas e acompanharam um pouco da sua rotina diária.

Eles as entrevistaram, perguntaram qual o motivo que as levou àquele tipo de trabalho, que se poderia chamar de sub-humano.

E, na medida em que os entrevistados falavam das suas vidas, de seus anseios, de como encaravam a situação, fomos percebendo uma realidade diferente da que supomos no início.

Aquelas pessoas não haviam perdido a identidade, tampouco se deixaram confundir com a sujeira.

Após as lutas do dia, chegavam em seus casebres, tomavam banho, trocavam os trapos infectos por roupas limpas, embora simples, e continuavam seus afazeres domésticos, com dignidade e honradez.

Percebemos que aquelas pessoas não permitiram que a situação deprimente e miserável lhes contaminasse a dignidade.

Respondendo às perguntas feitas pelos repórteres, uma senhora que vivia com o marido, seis filhos e a mãezinha já idosa, deixou bem clara a sua posição diante da vida.

Quando lhe perguntaram se não era muito difícil criar seis filhos, ela respondeu sorrindo:

Eu os amo de igual forma. Se Deus os mandou, é porque devo criá-los. O que não podemos é matar. Eu nunca matei nenhum no ventre, como não mataria agora, depois de nascido.

E quando o repórter perguntou à avó se ela ajudava a cuidar dos netos, esta respondeu com sabedoria:

Eu já criei e eduquei meus 9 filhos. Agora, cabe à mãe deles criá-los. Se fosse para eu criar, Deus os teria enviado como meus filhos também.

Uma outra senhora, bem idosa, que também trabalhava no lixão, demonstrava sinais evidentes de dignidade e fé em Deus.

O corpo esquálido e a falta de dentes davam notícia dos maus tratos que o tempo imprimira àquela mulher.

Todavia, ao responder ao entrevistador se não se envergonhava de trabalhar no monturo, disse que vergonha é roubar e matar, e que disso ela jamais seria capaz.

Aquelas pessoas, unidas pela desdita, falavam de amizade, respeito mútuo, companheirismo, convidando-nos a mais profundas reflexões em torno das nossas próprias vidas.

É tempo de pensarmos um pouco, antes de reclamar da própria situação, já que, por pior que seja, não se pode comparar a daqueles que vivem do lixo que nós atiramos fora.

Todas as condições sub-humanas impostas a determinadas classes sociais, são geradas pelo próprio homem, que se enclausura na concha escura do seu egoísmo, quando poderia, com poucos esforços e uma pequena dose de solidariedade, dar a cada um o necessário para viver.

Momentos de Reflexão

DIA INTERNACIONAL DA MULHER, MULHERES NO COMANDO ( Homenagem de boaspraticasfarmaceuticas)





Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;

Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;

Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";

Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências

Parabéns (08/03/2010)

MULHERES NO COMANDO


Quando elas chefiam eles, respeito e compreensão fazem a diferença
O G1 conversou com mulheres que chefiam equipes masculinas.
Ouvir o que o subordinado tem a dizer ajuda a comandar.




As conquistas da mulher no mercado de trabalho tornaram mais recorrente um tipo de hierarquia corporativa que, em outros tempos e contextos, seria impensável: mulheres no comando de equipes formadas, na maioria, por homens.


Elianna Melo e seus "meninos": para a engenheira, a chave da boa convivência é o respeito (Foto: Daigo Oliva/G1)
A engenheira civil Elianna Melo, de 36 anos, chama seus funcionários de “meninos”. Ela trabalha com obras há 15 anos e é proprietária há cerca de dois anos de uma construtora de pequeno porte, especializada em acabamento fino de imóveis. Na sua empresa atual, a Série 7 Engenharia, localizada em Santo André, no ABC paulista, ela chefia 12 homens, entre encarregado, mestre de obras, pedreiros e ajudantes de pedreiros, mas já liderou 60 quando coordenou uma obra na Avenida Faria Lima. Para a engenheira, a chave da boa convivência é o respeito.

“Nunca tive dificuldade de me impor. Eu tenho o respeito deles porque eu respeito as pessoas. Eu não faço sozinha uma obra, cada um tem sua função, não existe essa história de engenheiro se achar melhor que os outros. Quem usa marreta é tão importante quanto quem coordena. Meus meninos sabem que eu penso assim, a gente entende que é uma equipe”, afirma. Elianna diz que é necessário ouvir os funcionários e trocar experiências para cumprir as metas.

Durante suas visitas às obras – ela está tocando quatro atualmente, todas em São Paulo – ela troca vestidos curtos e justos, as roupas com decote e o salto alto pela bota, o capacete e a calça jeans.

“Não é para ser dondoca, eles têm que sentir que você é um deles, aí eles veem que você faz parte da equipe, isso é importante, chama o cara para a responsabilidade e valoriza ao mesmo tempo o trabalho dele. Quando dá errado eu falo, quando dá certo eu também falo diretamente para quem executou o serviço”, diz.

E, segundo Elianna, sua equipe nunca a deixou mão. “Se precisar trabalhar à noite e no fim de semana eles estão dispostos”.

"Eu não faço sozinha uma obra, cada um tem sua função, não existe essa história de engenheiro se achar melhor que os outros", diz Elianna (Foto: Daigo Oliva/G1)
O marido de Elianna é engenheiro eletricista e, segundo ela, entende o fato de ela trabalhar sempre com equipes compostas só de homens. “Tem que pôr o pé no barro, na argamassa, eu subo no telhado, na caixa d’água, em andaime, e se precisar falo palavrão quando algo dá errado”, diz.

Sem preconceito
Aos 62 anos, Vera Gabriel está acostumada a trabalhar e chefiar equipes compostas por homens. Presidente da distribuidora de produtos químicos Carbono Química há cerca de dez anos, Vera conta que 80% do quadro de funcionários é formado por profissionais do sexo masculino.

Vera Gabriel comanda empresa que tem 80% dos funcionários homens. (Foto: Divulgação)Logo abaixo dela estão cinco diretores, sendo que quatro são homens. Segundo a vice-presidente, a empresa possui muitos funcionários homens por conta do próprio ramo de atuação, composto majoritariamente por eles, como motoristas, carregadores, técnicos e engenheiros químicos.

A fatia de 20% representada pelas mulheres está principalmente nas áreas administrativas da empresa, como os setores de recursos humanos, marketing e vendas.

Vera afirma que nunca sofreu preconceito por ser uma mulher e estar no comando de uma empresa onde o sexo predominante é o masculino. Pelo contrário, para ela é muito mais fácil trabalhar com o homem do que com a mulher.

“Quem comanda precisa saber dar ordens. O homem aceita melhor receber ordens de uma mulher do que as próprias mulheres ”, diz. Ela revela, entretanto, que para dar ordens é preciso saber escutar. “Não funciono no esquema ‘eu mando você obedece’.”


Na opinião da presidente, as mulheres, apesar de serem mais persistentes, “travam” quando são conduzidas por outra mulher. “O homem é mais equilibrado nesse sentido”, diz.



Vera, entretanto, tem suas estratégias de comando: “O sucesso de trabalhar com homem é não interferir na forma como ele trabalha, deixar ele desenvolver. As interferências devem acontecer somente nos resultados”, indica. Para elas, as mulheres precisam de um acompanhamento maior, uma vez que são mais competitivas.

De qualquer forma, a presidente defende que uma empresa precisa de ambos os sexos para funcionar e ter um equilíbrio. “No meu modo de ver, um complementa o outro”, diz.

Evolução
Para Vera, a inserção cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho acontece paralelamente à participação cada vez maior dos homens nas atividades domésticas. “Hoje vejo meu filho e meu genro ajudando as mulheres no lar. Os homens vão se acostumando a trabalhar com as mulheres e não estranho quando isso acontece também na empresa”, afirma.


Ela é formada em direito e assumiu a presidência da empresa após a morte de seu pai. Vera afirma que, no início da carreira, trabalhava em seu escritório de advocacia. Depois da aquisição da empresa por seu pai, há cerca de 30 anos, Vera passou a atuar nos dois ramos, o que faz até hoje.

Sem diferenças


Para Denise, não há diferença entre trabalho dos homens e das mulheres. (Foto: Divulgação)Para Denise Romanelli, de 42 anos, que também comanda uma equipe composta majoritariamente por homens, não há diferença entre o trabalho deles e o delas. Ela é diretora financeira do Grupo GR, empresa especializada em segurança.


“No mundo atual não tem mais essa diferença. Depende da postura que a mulher se coloca. Independente de ser mulher ou homem, são profissionais”, diz. Ela complementa que, talvez, a única diferença que pode haver entre ambos está na questão física.


Romanelli diz acreditar que os homens até preferem trabalhar com mulheres, pelo fato de elas terem visões diferentes em determinadas situações, por serem mais “femininas”.

G1

Mulher com ‘quatro seios’


Mulher com ‘quatro seios’ diz que médico afirmou que ela ficaria linda

Maria Alaimo disse que a cirurgia arruinou seu casamento.

Ela pede US$ 5 milhões (cerca de R$ 9 milhões) de indenização.

Maria Alaimo pede US$ 5 milhões de indenização. (Durante depoimento no tribunal em Staten Island, no estado de Nova York (EUA), na ação em que move contra o cirurgião Keith S. Berman, Maria Alaimo, de 46 anos, disse que o médico afirmou que ela ficaria linda após a cirurgia, segundo reportagem do jornal "Staten Island Advance".

"Você vai ficar linda", teria dito Berman. Ela entrou com o processo contra o cirurgião que fez o implante de silicone em seus seios, alegando que, em vez aumentá-los, o médico a deixou com “quatro peitos". Maria pede uma indenização de US$ 5 milhões (cerca de R$ 9 milhões).

A mulher alegou que o cirurgião nunca a alertou sobre os riscos da colocação de silicone nos seios. Maria afirmou que a operação acabou com seu casamento e sua saúde. Ela precisou fazer outras duas cirurgias para corrigir o primeiro procedimento estético.

Diante dos jurados, a mulher lembrou que tinha "uma vida muito feliz", como mãe de duas meninas e o casamento de 17 anos com Dominic Alaimo. No entanto ela ressaltou que Berman a deixou com "quatro seios", o que abalou sua auto-estima e arruinou seu casamento.

Ela destacou que seu ex-marido é um homem muito bom e a única coisa que contribuiu para sua separação foi a cirurgia realizada pelo médico. O casal se separou em 2004, um ano depois de Maria Alaimo ter realizado a operação para aumentar os seios.

O médico afirmou que alertou a mulher sobre os riscos potenciais, incluindo a cicatrização, e as possíveis consequências da colocação de implantes. Seu advogado destacou que ela estava preocupada apenas com o "glamour" de aumentar os seios.

G1

CORRELATOS:exigência da apresentação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para o registro de produtos correlatos na ANVISA

Condições estabelecidas pela RDC 25

Alertamos sobre as condições estabelecidas pela RDC 25/09 de 21 de Maio de 2009, que determina e implementa a exigência da apresentação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para o registro de produtos correlatos na ANVISA. Esta Resolução passa a vigorar a partir de 22/05/2010.

Devido ao grande número de empresas que deverão adequar-se, o prazo para ser obter tal Certificação deverá ser longo. Se sua empresa deseja estar à frente dos concorrentes e das exigências de mercado, consulte-nos sobre como iniciar tal procedimento.

Esta Resolução regulamenta e constitui a obrigatoriedade da apresentação do Certificado de BPF, emitido pela própria ANVISA, no ato da petição de registro de produtos para a saúde (correlatos).
Esta certificação será obrigatória para as seguintes classes de produtos para saúde:

a) Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde enquadrados nas classes de menor risco sanitário: I e II (Classificação da RDC 185/01) que estejam indicados na lista de exceção do regime de cadastramento da IN 07/09 da RDC 24/09.

b) Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde enquadrados nas classes de maior risco sanitário: III e IV (Classificação da RDC 185/01).
c) Produtos para Uso Diagnóstico In Vitro enquadrados nas classes de maior risco sanitário: II, III e IIIa (Classificação da RDC 206/06).

d) As Boas Práticas de Fabricação implementadas pelos fabricantes devem seguir a RDC 59/00, da ANVISA. Esta RDC baseia-se na Regulamentação 21 CFR do FDA para GMP (EUA) e assemelha-se à Norma ISO 13485.

e) Esta nova legislação se aplica à Fabricantes Nacionais e Estrangeiros. Isto significa que a própria ANVISA irá fazer Inspeções “Extra-Zona” nas fábricas dos produtos importados.

f) Será obrigatória a apresentação da Certificação de BPF do fabricante no ato da revalidação de registros já concedidos e em caso de alterações por acréscimo de modelo(s).

j) A Certificação de BPF é válida por 02 anos à partir da data de publicação em Diário Oficial da União.

A Dunnia está qualificada à auxilar sua empresa neste procedimento.

Anvisa

Viva a vida!

Viva a vida!

O dia mais Belo! Hoje.

A coisa mais fácil! Errar.

O maior obstáculo! O medo.

O maior erro! O abandono.

A raiz de todos os males! O egoísmo.

A distração mais bela! O trabalho.

A pior derrota! O desanimo.

A primeira necessidade! Comunicar-se.

O que mais lhe deve fazer feliz! Ser útil ao demais.

O maior mistério! A morte.

Nosso pior defeito! O mau humor.

A pessoa que nos é mais perigosa! A MENTIROSA. (Falsa)

O sentimento mais ruim! O rancor.

O maior presente, o mais belo que podermos dar! O PERDÃO.

O bem mais imprescindível!

.... sempre o amor.

Jogo compulsivo



Existem muitas e variadas interpretações a respeito do jogo compulsivo. Um jogador compulsivo é descrito como uma pessoa, cujo o jogo tenha causado contínuos e crescentes problemas em quaisquer aspectos de sua vida.

Trata-se de uma doença, progressiva por natureza, que não pode ser curada, mas pode ser detida.

Antes de chegarem a Jogadores Anônimos, muitos jogadores compulsivos consideravam-se moralmente fracos.

A visão de Jogadores Anônimos é que os jogadores compulsivos são pessoas doentes que podem recuperar-se, se derem o melhor de si para seguir um Programa que já provou ser um sucesso para milhares de homens e mulheres com problema com o jogo.

Lamentavelmente, o indivíduo desconhece que a maior parte do tempo está sendo gasto com o jogo. O jogador é a última pessoa a se dar conta do problema. Familiares e amigos, geralmente são incentivadores na procura de ajuda e recuperação.

Se você tem algum conhecido, com problemas de jogo, encaminhe-o a Jogadores Anônimos.

Contato SP
(11) 3229-1023 jogadoresanonimossaopaulo@gmail.com
Contato RJ
(21) 2516-4672 jogadoresanonimos@yahoo.com.br

Perguntas e respostas sobre o jogador compulsivo

1) Qual é a primeira coisa que um jogador compulsivo deve fazer para parar de jogar?

O jogador compulsivo precisa estar disposto a aceitar o fato de que está sob o domínio de uma doença e ter o desejo de ficar bem. Nossa experiência tem demonstrado que o programa de Jogadores Anônimos sempre funcionará para qualquer pessoa que tenha o desejo de parar de jogar.

2) É importante saber por que jogávamos?

Talvez, entretanto, com relação a parar de jogar, muitos membros de Jogadores Anônimos abstiveram-se do jogo sem o benefício do conhecimento da razão porque jogavam.

3) Quais são algumas das características da pessoa que é jogador compulsivo?

1. INCAPACIDADE E RESISTÊNCIA EM ACEITAR A REALIDADE. Daí a fuga para o mundo de sonhos do jogo.

2. INSEGURANÇA EMOCIONAL. O jogador compulsivo sente-se tranqüilo emocionalmente somente quando está “na ativa”. Não é raro ouvir-se um membro de Jogadores Anônimos dizer: - O único lugar no qual eu realmente me sentia à vontade era quando estava sentado à uma mesa de poker. Lá eu me sentia seguro e confortável. Não eram feitas nenhumas grandes exigências de mim. Eu sabia que estava me destruindo, mas mesmo assim sentia ao mesmo tempo um certo sentimento de segurança.

3. IMATURIDADE. O desejo de ter todas as boas coisas da vida sem qualquer grande esforço de sua parte parece ser uma característica comum na personalidade dos jogadores com problema. Muitos membros de Jogadores Anônimos aceitam o fato de que não desejavam crescer. Inconscientemente sentiam que poderiam evitar uma responsabilidade madura através da aposta, pelo girar de uma roleta ou virada de uma carta, e assim a luta para fugir à responsabilidade finalmente tornou-se uma obsessão inconsciente. Além disso, o jogador compulsivo parece ter um forte desejo interior de ser o “manda chuva” e precisa sentir-se como o todo poderoso. O jogador compulsivo está disposto a fazer qualquer coisa (geralmente de natureza anti-social) para manter a imagem que deseja que os outros vejam.


4) Qual e o maior sonho do jogador compulsivo?

Sonhar alto é outra característica comum dos jogadores compulsivos. Gastam um tempo enorme criando imagens das coisas grandes e maravilhosas que irão fazer logo que ganharem um grande prêmio. Eles sempre se vêem como pessoas bem filantrópicas e charmosas. Podem sonhar em presentear membros da família e amigos. Tristemente, eles sonharão mais sonhos e é claro terão mais sofrimento. Ninguém pode convencê-los de que um dia os sonhos que criaram não se tornarão realidade.


5) O jogo compulsivo não é basicamente um problema financeiro?

Não, o jogo compulsivo é um problema emocional. A pessoa que está dominada por esta doença inventa montanhas de problemas aparentemente insolúveis. É claro que criam problemas financeiros , mas também têm que enfrentar problemas legais, de emprego e matrimoniais. Jogadores compulsivos descobrem que perderam amigos e que são rejeitados por parentes. Dentre as sérias dificuldades que aparecem, os problemas financeiros parecem ser os mais fáceis de resolver.

Quando um jogador compulsivo ingressa em Jogadores Anônimos e para de jogar, a renda normalmente aumenta e não há mais o desperdício financeiro que era causado pelo jogo. Rapidamente as pressões financeiras começam a ser atenuadas. Os membros de Jogadores Anônimos descobriram que o melhor caminho para a recuperação financeira é através do trabalho árduo e do pagamento de nossas dívidas. Pedir emprestado ou emprestar dinheiro (fazer fianças) é prejudicial à nossa recuperação e não deveria ocorrer dentro de Jogadores Anônimos.

O problema mais difícil e demorado que terão que enfrentar é conseguir efetuar uma mudança de caráter neles mesmos. A maioria dos membros de Jogadores Anônimos consideram isso como seu maior desafio e que deveria ser trabalhado imediatamente e continuamente por toda a sua vida.

6) Por que o jogador compulsivo não pode simplesmente usar a força de vontade para parar de jogar?

Acreditamos que a maioria das pessoas, se são honestas, reconhecerá sua falta de poder para solucionar certos problemas. Quando se trata do jogo, conhecemos muitos jogadores problemáticos que eram capazes de ficar em abstinência por longos períodos, mas sucumbiam ao jogo em virtude de um número de circunstâncias especiais.

Começavam a jogar sem pensar nas conseqüências. As defesas com que contavam, somente por intermédio da força de vontade, eram vencidas por qualquer motivo banal para fazer uma aposta.

Descobrimos que a força de vontade e o auto-conhecimento não são de ajuda nos momentos em que nos falta a razão, mas sim o apego aos princípios espirituais que parecem solucionar nossos problemas. A maioria de nós sente que a crença em um Poder superior a nós é necessária para que possamos refrear o desejo de jogar.


7) O que é o Programa de Recuperação?

É um Programa de 12 Passos usado pelos membros de JA para o seu crescimento pessoal. Pelo uso do programa em suas atividades diárias, jogadores compulsivos não apenas diminuiram o desejo de jogar, como também melhoraram outros aspectos de suas vidas.

8) Jogadores Anônimos é uma sociedade religiosa?

Não. Jogadores Anônimos é composto de pessoas de muitas crenças religiosas e também de agnósticos e ateus. Para fazer parte de JA não se requer qualquer crença religiosa como condição, a Irmandade não pode ser descrita como uma sociedade religiosa.


9) Jogadores Anônimos quer abolir o jogo?

Não. Jogadores Anônimos não emite opiniões sobre questões externas. Assim sendo, não se manifesta sobre a extinção do jogo.


DEPOIMENTOS

O Programa de Recuperação de JA

Meu nome é Paula. Sou uma jogadora compulsiva em recuperação.
Cheguei a esta irmandade em 1997, arrasada moral, emocional e financeiramente. Tinha perdido completamente o controle sobre a minha vida.
Minha recuperação não foi fácil, pois tudo estava muito confuso dentro de mim. Já não sabia o que mais me atormentava, se o sofrimento moral ou se as perdas materiais, pois cheguei quando havia acabado com todas as reservas feitas durante uma vida. Cheguei para parar de jogar, mas encontrei um Programa que não era só para parar de jogar! Encontrei um Programa espiritual profundo. Foi difícil parar de jogar, por ter demorado a entender o Programa. Brigava muito com as perdas financeiras.
Só entrei no Programa quando admiti as perdas materiais. E entreguei minha vida a um Poder Superior, que para mim é Deus. Só então entrei em recuperação e consegui parar de jogar e resgatar minha vida e meus antigos valores.
Quando cheguei logo nas primeiras reuniões, depois de desabafar e colocar para fora todo o lixo que estava pesando e me incomodando, quis logo praticar o 12º Passo. Apaixonei-me por ele logo na primeira noite em que li toda a apostila. Ledo engano. Na verdade eu queria pular todos os outros passos, e ir logo praticar o último. Só Deus sabe quantas vezes fui do 1º ao 12º Passo, sem ter de fato feito o 1º Passo. Foi minha filha que nunca freqüentou uma sala de J.A. ou Jog Anon, que me alertou: Sabe por que você recaiu? Porque você foi do 1º ao 12º Passo, mas ainda não aceitou o 1º. Estava certa, mas, continuei insistindo.
Passei por muitas dificuldades emocionais. Aqui descobri como o meu emocional sempre esteve mal, e como isto me levava às recaídas. Mas, com a ajuda de Deus e dos irmãos e irmãs em JA, fui encontrando o equilíbrio.
Sou profundamente agradecida aos irmãos e irmãs em JA: Aos que permaneceram na irmandade e aos que só passaram por ela e não permaneceram; mas, muito contribuíram com seus depoimentos para a minha recuperação. Penso nessas pessoas e Rogo a Deus por elas.
Graças a todos aprendi a conjugar o verbo na 1ª pessoa do plural, pois cada irmão ou irmã que chega a JA faz parte de nós, pois somos uma irmandade. Como uma irmã costuma dizer; os irmãos se desentendem, brigam, mas se algum precisar, os irmãos estão sempre presentes para ajudar.

Desejo a vocês, meus irmãos e irmãs em JA, o mesmo que desejo para mim: vinte e quatro horas de Paz, Serenidade e Abstinência.
Aqui encontrei Deus e com Deus encontrei a Paz, Serenidade e mantenho minha abstinência do jogo

PAULA – São Paulo – Enviado em fevereiro de 2009.



Jogo: Uma compulsão insidiosa

Revisitando meu passado ainda recente, dou-me conta de ainda ficar incrédulo e por vezes cético quanto as causas que me levaram a ruína, tanto espiritual, quanto emocional, moral e financeira.
Vez por outra me pego imaginando que o inferno foram realmente os outros...
ou as circunstâncias... talvez a sorte que de repente tenha-se tornado madrasta... ou quem sabe, urucubaca mesmo. Mas como cético, desconfio desta última hipótese.
Fazendo este prólogo apenas para expor minhas armadilhas mentais, as racionalizações que justificavam o injustificável, por completamente insano.
O jogo na realidade foi uma consequência, assim como já estas racionalizações haviam ditado me comportamento adicto em outras compulsões igualmente autodestrutivas. Foram tão somente campos férteis para a expansão
de meus defeitos de caráter, qual sejam a arrogância e prepotência, subprodutos da vaidade, de meu egocentrismo e individualismo.
O jogo talvez seja a mais egoísta das compulsões, pois para nos darmos bem, desejamos mais é que os outros se lasquem, mesmo.
Talvez por isso me identificasse (ainda me identifico, por vários outros motivos) com as letras de Tim Maia que dizia: "...uns nascem para sofrer, enquanto outros riem..."
Mas uma das principais características do arrogante, entre tantas outras, é de jamais se considerar arrogante. Sem falar das mentiras, da desonestidade, da manipulação, e outras coisitas mais, como sempre minimizar seus defeitos ou empurrar a sujeira para debaixo do tapete.
A arrogância no fundo era (ainda é, em certo grau) uma máscara para a falta de integridade pessoal de valores que foram sufocados ou mesmo tragados pelo jogo compulsivo, hoje, para mim, pessoalmente, a mais insidiosa das compulsões.

J.G - São Paulo - Enviado em outubro de 2008.



Primeiro Passo de Recuperação

Para mim, não foi complicado dar o 1º passo. Antes mesmo de descer aqueles degraus da igreja Sta. Efigênia em direção à minha primeira reunião, já havia admitido e aceito minha total derrota e perda de domínio de minha vida.
Cheguei literalmente de joelhos, pois ao adentrar a igreja procurei pela imagem de S.Judas Tadeu, a quem se atribui ser o santo das causas impossíveis e de casos desesperados como o meu. Talvez não tenha identificado sua imagem, mas creio que mesmo assim o santo diante do qual me ajoelhei e orei deve ter passado o recado.
Quando cheguei a J.A. não havia mais portas em que bater, nem mesmo batentes haviam sobrado, para dar uma dimensão da realidade que me cercava. Precisava de uma janela, uma fresta que fosse, de esperança de resgate de minha sanidade, de minha integridade, diria mesmo do meu EU, de minha personalidade. O jogo havia me transformado em uma “COISA”.
Hoje, decorridos, 02 anos e 02 meses, J.A vem resgatando minha verdadeira essência, sei que os rescaldos de tanta destruição ainda demandarão tempo considerável para serem sanados, muitas pontes que detonei com minha compulsão não poderão ser reconstruídas, resta-me hoje, tentar lidar com sentimentos de culpa, auto-piedade, frustração e ressentimentos que vez ou outra afloram em meus pensamentos e abalam minha estrutura emocional.
Situações altamente constrangedoras e humilhantes também tive que passar nesse período de abstinência, afinal, são as conseqüências. Seria irreal imaginar que poderia me safar delas, de todo esse doloroso processo de recuperação. Mas como jogador que continuo sendo, hoje eu aposto no programa de Jogadores Anônimos, uma programação de VIDA e de ESPERANÇA, acima de tudo!
24 Horas.

JG - São Paulo - Enviado em dezembro de 2008.



A importância do Grupo

Meu nome é Carlos Alberto, sou um jogador compulsivo em recuperação, de Florianópolis - SC.
Minha adição foi pelo jogo do bicho. Comecei a jogar com a idade de 17 anos em 1962, quando fui para o Rio de Janeiro. Solteiro ainda e, distante de minha família, comecei a sair com um grupo de amigos e, entre uma cerveja e outra, fazia uma aposta para passar o tempo. Essas apostas foram tomando proporções maiores e, quando dei por mim, já estava tomado pelo vício. Aí, juntou o jogo, a bebida e o cigarro.
Em 1991, retornei para Florianópolis, minha terra natal, onde continuei com os malditos vícios: Jogo, bebida e cigarro. Juntamente com o jogo do bicho vieram também as máquinas; foi quando conheci o fundo do poço. Estava no fundo do poço, quando assistindo a um canal de televisão, deparei-me com uma reportagem que falava sobre Jogadores Anônimos. Procurei saber o telefone da pessoa responsável e, foi essa a minha salvação.
O grupo estava em seu início e pela força do Poder Superior, a pessoa que me atendeu me deu o endereço e disse que seria a terceira reunião do grupo. Isso aconteceu no dia 26 de janeiro de 2002. O grupo teve a sua primeira reunião no dia 22 de janeiro do mesmo ano. Nesse tempo de grupo eu tive 04 recaídas.
No dia 02 de julho de 2008, o Poder Superior se manifestou outra vez, por meio de um dono de casa de jogo de bicho. Ele chegou até a minha pessoa e disse para eu sair dessa vida que, não dava camisa a ninguém e que eu não ganharia nunca. Aí, no dia 03, eu procurei novamente o grupo, de onde estava afastado há quase dois anos. Portando, com a graça do Poder Superior, no dia 3 de julho de 2009 completarei 07 anos, 05 meses e 07 dias de grupo, e 01 ano de abstinência, desde a minha última recaída.
Quero dizer também que, com a minha boa vontade e com a ajuda do Poder Superior, deixei também de fumar e de beber. Agradeço em primeiro lugar ao Poder Superior e depois à minha esposa que, não deixou, em nenhum momento, de me dar força para eu controlar a minha doença.
Aos meus irmãos de grupo, também agradeço por me escutarem todas as vezes que nas reuniões dou o meu depoimento. Essa força é essencial para a minha recuperação.
Por fim, quero dizer aos irmãos que desejam se afastar de seu grupo, que não o façam, pois o afastamento da sala é uma prévia para a recaída.
Obrigado por terem lido esse meu depoimento e desejo a todos, 24 horas de Paz, Serenidade e Abstinência.

CA - Florianópolis - Enviado em junho de 2009.



Sofrimento e Recuperação

Conheci o bingo no ano de 1999, e foi com o pai da minha filha, me lembro que naquela noite ficamos por volta de uma hora, jogamos nas máquinas e ganhamos, era tanto dinheiro que achei que era o local exato para eu ganhar dinheiro e melhorar de vida. No início ia a cada 20 dias e às vezes, uma vez por mês. Até que no mesmo ano saí de férias e como não tinha nada para fazer resolvi ir até o Bingo Cruzeiro do Sul (Santana) e comecei a jogar até perder todo o dinheiro das férias. Achei um absurdo, pois trabalhei o ano todo e em questão de meia hora já havia perdido tudo, na ânsia de recuperar meu dinheiro, passei a frequentar mais vezes, até o momento em que já não buscava mais o prazer do jogo e sim recuperar o perdido. Perdi a noção do dinheiro, tempo, auto-estima, dignidade, amor próprio, dentre outros que joguei dentro do buraco daquelas máquinas. Já não me alimentava, não trabalhava, cheguei a receber duas cartas de advertência da empresa que trabalho, mas nada do que aconteceu fez com que eu parasse de jogar.
Lembro que deixei minha filha, na época menor de idade, do lado de fora do bingo para jogar, peguei dinheiro com agiotas, empréstimos nos bancos e com pessoas conhecidas, simulei assaltos, menti, manipulei, virei um trapo humano.
Eu achava que meu problema era financeiro e não o jogo, que, aliás, aquelas máquinas me fascinavam pelas luzes, era como se eu estivesse dopada e não percebia o tempo passar, quando jogava eu esquecia, deixava meus problemas fora de questão. Aliás, sempre tinha uma máquina preferida para eu jogar e não gostava quando tinha alguém no meu lugar, ou quando ficavam parados ao meu lado, eu achava que estavam gorando a máquina. Loucura total de uma doente.
Ingressei em Jogadores Anônimos no dia 25/11/02 e desde então nunca mais joguei. Cheguei cheia de dívidas e totalmente derrotada como pessoa, aprendi que tenho que viver um dia de cada vez, foi muito difícil no início ficar sem jogar, mas estou conseguindo aos poucos, hoje são quase 07 anos sem fazer uma aposta. No início da recuperação ia a todas as reuniões de São Paulo, fiz 90 dias/90 reuniões e se não tivesse conhecido Jogadores Anônimos hoje talvez eu estivesse louca, porque o jogo estava me levando à loucura ou quem sabe já estivesse morta ou presa e é exatamente isso que faz a doença da compulsão: Loucura, morte ou prisão.
Hoje levo uma vida totalmente diferente, já não preciso do jogo para resolver meus problemas, vivo com qualidade de vida e o que ganho em dinheiro é oriundo do meu trabalho. Hoje já paguei todas as dívidas relativas ao jogo. Vale à pena ficar sem jogar, conheci pessoas maravilhosas e assisto duas reuniões por semana, vale à pena entrar em recuperação e sempre agradeço ao meu Poder Superior (Deus como eu acredito) por mais 24 horas.

MA - São Paulo - Enviado em junho de 2009.



Enfrentando a compulsividade

Há 10 anos entrei para o J.A.. Fui recebida com muito carinho, embora estivesse muito tensa e sofrida, pois não conseguia me livrar do jogo e achava que, para mim não existia mais solução. O Passo lido foi o 1º de Recuperação. Ao ouvir e entender que, o que eu tinha, era uma doença chamada compulsividade, senti um enorme alívio. Eu só ouvia dos meus familiares que, eu era uma sem-vergonha, mentirosa, viciada e que eu não tinha mais limites para distinguir o que era certo ou errado. Que eu não passava de uma pessoa sem caráter. Isto me fazia muito mal, porque na realidade eu não sabia o que se passava comigo. Eu não queria mais jogar e, no entanto, todo dia eu saia para jogar e voltava de madrugada com enorme peso na consciência. Por que eu fazia aquilo? Por que eu não conseguia parar?
Naquela primeira reunião percebi que eu precisava de ajuda e que eu poderia deter a doença, mas que nunca me livraria da compulsividade, uma vez que, ela fazia parte de mim. E, isto eu percebi com o tempo, que eu tinha que estar sempre alerta para que a compulsividade não migrasse para outras coisas. Depois de uma semana no J.A., entrei nas Lojas Americanas e comprei duas bolsas cheias de mercadorias. E estava feliz da vida, pois tinha gasto o dinheiro em algo útil. Dois dias depois, novamente cheguei com duas bolsas repletas e a minha mãe me olhou e perguntou se eu estava precisando de todas aquelas coisas. Surpresa eu respondi que não, mas que, finalmente, eu estava gastando o dinheiro com coisas e não com o jogo. Ela me olhou seriamente e me alertou que eu tivesse cuidado para não me tornar uma compradora compulsiva e que era melhor que eu colocasse o dinheiro na poupança para equilibrar o meu orçamento. Foi um alerta que me ajudou e me ajuda até hoje. Fico me vigiando constantemente e a qualquer indício de compulsividade eu recuo imediatamente. E, isto, já me aconteceu várias vezes.
Nestes dez anos, aprendi a crer num Poder Superior, entregar-me a Ele e pedir que eu aceite a minha doença, e com a ajuda Dele trabalhe e me livre dos meus defeitos de caráter e, sempre, peço a este Poder Superior que me dê a Serenidade para que eu possa receber bem aquele que ainda esteja sofrendo, pois ele também é parte importante de minha recuperação.
Os Passos de Recuperação, os Passos de Unidade e a prestação de serviço foram e, sempre, serão o caminho para a minha libertação do jogo, que tanto mal me causou.
Eu só posso agradecer ao Poder Superior, a esta Irmandade e a todos os Irmãos, que através de seus depoimentos, me ajudaram nesta caminhada de dez anos, longe do jogo.

Susie - Rio de Janeiro – Enviado em agosto de 2009.


Contato SP
(11) 3229-1023 jogadoresanonimossaopaulo@gmail.com
Contato RJ
(21) 2516-4672 jogadoresanonimos@yahoo.com.br

Medicamento (Tamiflu) para gripe suína vai ser oferecido nas Farmácias Populares


Governo também vai pagar parte de medicamento comprado na rede privada

Publicidade da vacinação começa na TV

Governo vai avisar data por e-mail

Indígenas do Pará tem primeiro caso da gripe
O remédio oseltamivir, vendido comercialmente como Tamiflu e usado no tratamento da gripe A (H1N1), conhecida como suína, estará disponível em farmácias populares a partir do mês que vem. O Ministério da Saúde publicou uma decisão sobre o assunto no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (5).

O medicamento, que já estava disponível em hospitais da rede pública, agora será oferecido em unidades do programa Farmácia Popular do Brasil, que tem 530 unidades próprias espalhadas por 411 cidades. Nesses locais o produto será grátis. Os pacientes devem ter uma receita médica com validade de no máximo cinco dias, que será retida na farmácia. O ministério diz ter enviado 700 mil tratamentos aos Estados e que a previsão é que esse número chegue a 2 milhões até o fim do ano. O gasto deve ser de R$ 60 milhões do governo federal.

O Tamiflu também vai ser vendido em farmácias privadas que têm o selo Aqui Tem Farmácia Popular, em que existe uma parceria das empresas com o governo. Nesses locais o remédio pode ter até 90% de desconto para o consumidor final – essa parte é custeada pelo ministério. O resto é pago pelo consumidor.

No caso desses estabelecimentos a oferta depende da capacidade do laboratório fabricante, a Roche – esses medicamentos não são repassados pelo governo, mas sim comprados diretamente do fornecedor. O ministério disse não ter estimativa de quanto isso vai custar aos cofres públicos.

Recentemente o ministério comprou 6,4 milhões de tratamentos de oseltamivir e 3 milhões de unidades da versão infantil do medicamento.

Bebê com 275 gramas sobrevive ao parto na Alemanha



Ele nasceu na 25ª semana de gestação, em junho de 2009.

Trata-se do 4º caso no mundo, e o primeiro de um menino.

Um bebê que nasceu em 25 de junho do ano passado na Alemanha com 275 gramas tornou-se o menor do sexo masculino a sobreviver, anunciou nesta quinta-feira (4) a Universidade de Medicina de Göttingen. Trata-se do quarto bebê do mundo a sobreviver ao parto com um peso tão baixo.

Os outros três casos são de meninas. As chances de uma menina prematura sobreviver são 25% maiores, segundo a universidade.

O menino ficou seis meses na unidade de terapia intensiva e teve alta em dezembro, com 3,7 kg. “Por sorte, não ocorreram complicações severas como derrames cerebrais ou infecções letais”, comemorou o médico Stephan Seeliger, responsável pelo caso (crédito: divulgação / Universidade de Medicina de Göttingen, Alemanha)

Ig
EFE

Prematuros

Um em cada dez nascimentos em todo o mundo é prematuro, diz OMS
Índice de sobrevivência é pequeno em países pobres.
Países ricos, porém, também registram números crescentes.

Prematuros têm menores chances de sobrevivência em países pobres, diz OMS (Foto: Kevin Nielsen/SXC )Um em cada dez dos mais de 130 milhões de nascimentos registrados no mundo, todos os anos, é prematuro. A maioria em países pobres, onde as chances de sobrevivência são menores, afirmou nesta segunda-feira (4) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um artigo publicado na agência de notícias da ONU também informa um “aumento dramático” de casos de nascimentos prematuros nos países desenvolvidos nos últimos vinte anos. O artigo chama atenção para o problema na América do Norte e em partes da Europa.

Baseado em estudos realizados a partir de meados da década de 1990 até 2007, os especialistas chegaram à conclusão de que 85% dos nascimentos ocorridos antes da 37ª semana de gestação ocorreram na Ásia – mais de 70 milhões – e na África – mais de 40 milhões.

No entanto, os maiores índices foram detectados na África, cerca de 12%, e América do Norte, com 10,6%, de acordo com o artigo da OMS. Na Europa, esse índice é de apenas 6,2% e na América Latina e no Caribe, 9,1%.

"Muitos dos bebês prematuros na Ásia e na África não têm acesso a tratamentos de saúde", afirmou Lale Say,um dos autores do estudo.

Reuters

3.05.2010

Infecções em UTI neonatal


Medidas simples reduzem infecções em UTI neonatal


Medidas simples e que não demandam gastos, como higienização adequada das mãos, implantação correta de cateteres e acurácia no diagnóstico da sepse (infecção generalizada), podem reduzir significativamente a ocorrência de infecções em UTIs neonatais, sugere uma pesquisa feita no hospital municipal e maternidade Oswaldo Nazareth, no Rio.

Infecção hospitalar é uma das principais causas de morte de recém-nascidos; lavar as mãos evita transmissão de doenças na UTI
A infecção hospitalar é uma das principais causas de morte de recém-nascidos. Após um reforço no treinamento da equipe de profissionais da unidade estudada, o índice de bebês com infecção caiu de 62% para 34%, enquanto o de sepse passou de 47% para 23%.

Além de salvar vidas, a intervenção possibilitou a economia de recursos financeiros ao diminuir o tempo médio de permanência na UTI neonatal de 30 para 20 dias. O uso de antibióticos também caiu: de 11 para 6 dias, em média, assim como a porcentagem dos bebês que precisam tomar o medicamento (de 70% para 55%).

A pesquisa de doutorado foi realizada pelo pediatra Arnaldo Costa Bueno, que passou um ano coletando dados dos bebês internados na unidade e observando a rotina do serviço médico antes de iniciar o treinamento da equipe com base em potenciais boas práticas -ou PBPs, medidas elaboradas por uma rede colaborativa de profissionais de unidades neonatais dos EUA dedicada a melhorar a qualidade dos cuidados com recém-nascidos.

No total, 457 bebês foram divididos em dois grupos: os admitidos no período pré-intervenção e os internados após o início da ação. "Perguntei para os funcionários o que eles sabiam, ensinei como deveriam trabalhar a partir daquele momento, depois cobrei. Eram coisas que já faziam parte da rotina, mas que não ocorriam", diz o autor do trabalho.

Antes da intervenção, oito bebês morreram em consequência de infecção hospitalar -ou 33% do total de mortes-, índice que foi reduzido a zero.

Boas práticas

"Eu testei e aprovei essas potenciais boas práticas. Elas não têm custo e são eficazes na diminuição de óbitos de recém-nascidos. Não há dinheiro para contratar enfermeiras nem para melhorar o laboratório, então tem que usá-las", diz Bueno, que terá sua pesquisa publicada na revista "Pediatrics".

Para Ruth Guinsburg, professora de neonatologia da Unifesp, medidas simples e de baixo custo, como essas, podem funcionar antes de apelar para recursos caros e sofisticados. "Muitas dessas práticas parecem óbvias, mas há um lapso enorme entre o que se prega e o que realmente acontece no dia a dia das UTIs", afirma.

De acordo com Jucille Meneses, do Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, as PBPs podem ser implementadas em qualquer UTI neonatal. "O problema é que já são feitos programas de educação de equipe em várias UTIs, mas é difícil dar seguimento ao processo."

Mesmo assim, ela considera a pesquisa importante. "Precisamos desses estudos para conhecer nossa realidade e corrigir falhas das nossas UTIs. Não adianta ter toda a tecnologia se não existe um bom controle de infecção hospitalar".

Folha de São Paulo

Saiba mais sobre UTI


Recém-nascidos são resfriados para evitar sequelas neurológicas

A bióloga Karina Baratella, 30, ficou apreensiva quando viu o filho Giovanni, então recém-nascido, ser colocado em um colchão que resfriava todo o seu corpo. "Toda mãe quer aquecer seu bebê, colocar cobertor, touquinha. O meu filho ficava lá, só de fraldinha, todo gelado", recorda.

O "sacrifício" foi por uma boa causa: o bebê foi submetido a um novo tratamento que usa a hipotermia para evitar sequelas neurológicas em recém-nascidos que nascem com asfixia. Giovanni tinha nascido desfalecido e "completamente roxo". Karina teve que esperar três dias para ter autorização para pegá-lo no colo e ele ficou nove dias na UTI. Mas hoje, aos dez meses, está bem e os exames não detectaram nenhum problema.


Karina Baratella e o filho Giovanni, que foi submetido ao procedimento e ficou sem nenhuma sequela

Falta de oxigênio

O novo método já foi aplicado pelo Hospital e Maternidade São Luiz em 18 bebês que tiveram falta de oxigenação adequada no cérebro --o que ocorre devido a diversos problemas, como descolamento da placenta. A incidência no mundo varia de um a dois casos para cada 1.000 nascimentos, e o problema pode levar à paralisia cerebral, com sequelas motoras e cognitivas.

Pela técnica, usada só em casos moderados ou graves e no máximo seis horas após o parto, o corpo do bebê é resfriado até atingir a temperatura de 33 a 34 graus. Ele permanece assim por 72 horas. "O metabolismo cerebral diminui e, por vários mecanismos, é reduzida a morte de neurônios", resume Miriam Rika, neonatologista do Hospital São Luiz.

Estudos

No Brasil, a hipotermia é induzida por um colchão. Em alguns países, é usado um capacete que resfria só a cabeça. Em centros com menos recursos, pode ser feita até com gelo.

O tratamento convencional só combate as consequências do problema. "Não havia nada que atuasse na evolução da doença", diz Rika. Pesquisas mostram que o índice de mortalidade diminui de 38% para 24% após a hipotermia e as sequelas neurológicas após 18 meses, de 30% para 19%.

O método não é mais considerado experimental e vem sendo corroborado por diversos estudos internacionais.

Um estudo realizado pelo Imperial College de Londres e que será publicado na edição de janeiro do "Lancet Neurology" constatou que resfriar o corpo de bebês para 33 ou 34 graus após o nascimento em casos de asfixia ajuda a reduzir de 30% a 40% os riscos de lesões neurológicas em áreas do cérebro relacionadas ao desenvolvimento da criança.

Os pesquisadores também observaram que os recém-nascidos que foram resfriados apresentaram três vezes mais chances de ter resultado de ressonâncias magnéticas normais.
Foram avaliados 325 bebês de 2002 a 2006.

Colaborou JULLIANE SILVEIRA

Para Uma Vida Natural


Um serviço diversificado sobre vários assuntos de real interesse para a preservação de uma saúde plena e o mais natural possível. São incontáveis as alternativas que existem para tornar a vida mais saudável.

As mudanças mais poderosas e duradouras são as que começam no cotidiano de cada um.
Aqui seguem algumas dicas para o exercício da ecologia pessoal.

Escolha suas prioridades:

Respirar mais profundamente: A verdade é que o sangue precisa de oxigênio.

Respiração profunda amplia a clareza da mente e dá mais saúde física. Faça isto, calmamente, durante alguns minutos por dia. Diante de ar livre e puro, na medida do possível.

Dar folga para o estômago: Seu estômago é um dos seus amigos mais importantes. Não se empanturre. Dê descanso ao estômago. Coma para alimentar-se. Não se intoxique.

Abrir espaço para a qualidade de vida na rotina diária: Não deixe para depois de amanhã a melhora que pode produzir e estabelece hoje. A qualidade de vida é uma planta que a gente tem que regar todo o dia.

Fazer periodicamente uma auto-avaliação: Verificar regularmente, item por item, o grau de coerência que você já atingiu na vivência do seu ideal ecológico, identificando de que modo pode continuar auto-aperfeiçoando-se e avançar cada vez mais.

Restringir o consumo de remédios: Tome remédios só quando for de fato necessário. Prefira terapias complementares, como homeopatia, acunpuntura, do-in, naturismo. Os laboratórios químicos induzem ao consumo de remédios não só desnecessários, mas prejudiciais.

Comer menos carne: Afaste-se, gradualmente, do processo de massacre diário dos animais para o mercado de carne. Há outros motivos. A carne vem com hormônios, conservantes e toxinas que a tornam alimento pouco saudável. Por seu lado, a carne de peixe pode acumular, com a poluição, metais pesados despejados nos rios. Diminua a carne, e se quiser proteínas animais prefira leite, queijo, ovos. Pense em uma alimentação mais vegetariana.

Restringir o uso do automóvel: Carro particular causa poluição ambiental e priva o seu organismo do necessário exercício físico. Use-o só quando necessário. Se ele não for indispensável, dê preferência ao ônibus e, em distâncias menores, à bicicleta. Esta última descongestiona o trânsito nas cidades, não polui e faz bem à saúde. Nas distâncias curtas, caminhar é a melhor opção.

Trocar o café pelos chás naturais: A ingestão excessiva de café pode causar problemas de comportamento, alterações cardíacas, câncer na bexiga e aumento do colesterol. A cafeína produz insônia e excitação nervosa. O café de cevada pode ser uma alternativa.

Adotar uma árvore (ou mais de uma): Além de todas as funções ecológicas conhecidas, ter uma ou mais árvores por perto acalma as pessoas e melhora seu estado de ânimo. No caso de hospitais, pacientes que têm árvores dentro de seu campo visual ficam curados mais rapidamente. Mantenha seu bem-estar interior convivendo mais com árvores. Defenda-as, quando ameaçadas. Cuide delas. Plante mudas. Verá como então se sentirá melhor.

Deixar o cigarro completamente: Além de tabaco, o cigarro contém quase 2 mil agentes químicos, na maior parte cancerígenos. Respeite seus próprios pulmões e os dos outros. Para plantio de fumo, florestas nativas são cortadas, pesticidas lançados ao solo, e o impacto ambiental é muito grande. As mesmas terras poderiam em vez disto, estar produzindo alimentos para os pobres. O consumo de cigarro é provocado artificialmente por campanhas de propagandas multinacionais. Economicamente, as doenças geradas pelo cigarro significam grande prejuízo para a sociedade.

Preferir alimentos com fibras: Segundo a Organização mundial de Saúde, 80% dos casos de câncer ocorrem por razões ambientais, inclusive o cigarro e a má alimentação. Os alimentos integrais, com fibras, previnem problemas de saúde. Restrinja os alimentos artificiais ou refinados.
Uma pausa antes de comer: Antes de iniciar a refeição, pare um instante, acalme sua mente, concentre-se na idéia mais elevada que puder imaginar no momento. Deixe de lado toda a pressa e ansiedade. E então comece a comer com calma e tranqüilidade, para que a digestão possa começar de maneira certa.

Economize e recicle papel: Use papel dos dois lados. Quando possível, compre papel reciclado, ou pelo menos não branqueado com cloro, produto extremamente nocivo ao meio ambiente.

Restringir as frituras: Se você não resiste a uma fritura de vez em quando, faça com que isto seja apenas uma exceção, e use somente óleos leves, que ajudam a controlar o colesterol. É melhor tentar viver sem frituras.

Comer alimentos naturais da estação: Os vegetais produzidos fora da estação exigem uso mais intensivo de pesticidas e substâncias químicas.

Prefira as frutas e legumes da época. Lembre-se de lavar bem as verduras para tirar delas os restos de agrotóxicos. A vitamina A e o cálcio presentes em verduras, na cenoura e na maça ajudam a neutralizar o chumbo, cobre e outros metais pesados acumulados em nosso organismo.

Fazer exercícios físicos diariamente: Caminhe, ande de bicicleta, faça um pocuo de ioga, jogue vôlei, futebol ou basquete, tênis ou tênis de praia. Exercícios físicos moderados são essenciais para manter a saúde e uma atitude equilibrada diante da vida, evitando as causas do estresse e tensão.

Procurar os recicláveis: quando for às compras, priorize os produtos recicláveis, confiáveis, que podem se consertados, reabastecidos, recarregados e usados de novo.

Evite produtos que dependem de pilhas e baterias, porque são altamente poluentes.

Praticar meditação: considerada por alguns como instrumento para uma ecologia da mente e dos sentimentos, a meditação não é uma prática tão complicada quanto se pensa. Basta sentar-se em silêncio e observar a passagem dos pensamentos pala mente como se fossem nuvens do céu, isto é, sem comprometer-se psicologicamente com eles, até que o seu firmamento mental fique todo, ou quase todo, livre de nuvens. Mesmo que o seu céu não fique inteiramente límpido você notará que as nuvens ficarão mais altas, brancas, agradáveis e claras.

Leia, lentamente um bom livro sobre meditação.

Usar garrafas de vidro: Evite as garrafas de plástico e as latas, que terão de ser descartadas, enquanto as de vidro são imediatamente recicladas. Esta é uma pequena opção individual, diária, por uma sociedade ecologicamente viável. Um pequeno ato de autodisciplina e respeito pelo meio ambiente.

Sebo na margarina: quando é mostrada nas propaganda de televisão, a margarina parece um produto saudável. Na verdade ela é produzida com vários óleos vegetais misturados a gorduras animais como o sebo. Para ficar parecida com a manteiga, a margarina recebe antioxidantes, flavorizantes, corantes, emulsificantes, espessantes, acidulantes e conservantes, todos aditivos químicos de algum modo prejudiciais a saúde. A margarina é um alimento totalmente ilusório.

Usar inseticidas caseiros: Nenhum inseticida químico é inofensivo. Se pensa que precisa usá-lo, leia a bula e siga as instruções com cuidado. Mas há também algumas soluções alternativas. Para formigas, coloque algumas gotas de suco de limão na entrada do formigueiro e deixe ali a casaca. Tente também o pó de café, talco, pimenta e cinzas. Para baratas, misture bicarbonato de sódio com açúcar, e coloque em tampinhas de garrafas nos locais freqüentados por elas (sob a geladeira, fogão, em ralos e lixeiras). O açúcar as atrai e o bicarbonato as mata. Para traças, a cânfora é tão eficiente quanto a naftalina e muito menos tóxica. Para aranhas, se forem pequenas e inofensivas, evite mata-las; elas se alimentam de vários insetos desagradáveis. Para pulgas, o maior problema é com os animais de estimação. Lave-os com água morna e sabonete e enxugue-os. Aplique após uma solução caseira eficaz para manter as pulgas a distância: duas colheres de sopa de alecrim fervidas em um litro de água.

Restringir o uso de forno micro-ondas: O forno de micro-ondas pode desenvolver aminoácidos tóxicos para o rim e o fígado em alimentos como o queijo, leite, carne e peixe. Ele não dá aos alimentos uma temperatura uniforme capaz de eliminar todas as bactérias.

Economizar água: Água é um recurso natural escasso. Não deixe a torneira aberta todo o tempo enquanto escova os dentes. Não fique meia hora no embaixo do chuveiro aberto. Tome providências imediatamente se há um vazamento em sua casa ou prédio.

Proteger as crianças dos alimentos perigosos: Mediante um bom diálogo e um trabalho de educação integral, você pode conscientizar seus filhos(e os amigos deles, já que uma criança não vive isolada) sobre os problemas dos excessos de doces e balas, dos refrigerantes, hambúrgueres, cachorros-quentes, e outra armadilhas do chamado mundo moderno. Estes alimentos têm muitas vezes não só açúcar branco, mas corantes, conservantes e outros aditivos prejudiciais a saúde. A satisfação que eles dão dura poucos segundos, mas há conseqüências de longo prazo como fraqueza nos dentes, maiores possibilidades de contrair doenças e gastos com médicos e dentistas.

Restringir a televisão: Usada em excesso, a televisão interrompe a vida familiar e destrói, também, a vida intelectual, cultural e social das pessoas. Com seus programas, muitas vezes alienantes, a televisão é um exemplo de poluição mental e deseducação da população em vários níveis, incentivando o consumismo desnecessário. Mas, usada com moderação, pode ser um fator positivo em sua vida. Às vezes há filmes bons. Existem bons noticiários e alguns programas culturais e até ecológicos.
Restringir o uso de panelas de alumínio: Procure substituir gradualmente suas panelas de alumínio. Prefira as esmaltadas, de ferro, ou ainda de vidro. O alumínio da panela de despreende quando são cozidos alimentos ácidos, ou quando se raspa o recipiente com força. Há várias doenças associadas ao excesso de alumínio no organismo humano.

Transpirar naturalmente: Não exagere com os desodorantes. O suor natural é importante para eliminar as toxinas. Desodorantes supostamente modernos, à base de cloridrato de alumínio, formaldeído e amônia, bloqueiam os poros da pele e fazem mal à saúde. Talcos neutros e polvilho anti-séptico “granado” são inofensivos à pele e necessitam de uso menos freqüente. Para banhar-se e lavar-se prefira sabonetes naturais.

Nunca usar amianto: Evite totalmente amianto, seja em telhas, reservatórios de água ou qualquer outro produto. O amianto desprende microfibras que são inaladas na respiração e podem provocar graves doenças respiratórias inclusive irreversíveis. O produto já foi proibido na Alemanha e outros países. Também é nocivo ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores que o produzem.

Não exagerar com o computador: Os computadores emitem baixos níveis de radiação que podem causar dor de cabeça e outros sintomas a pessoas que fiquem muitas horas por dia diante deles. O perigo maior é para mulheres grávidas de poucos meses, que podem sofrer aborto. De qualquer modo, evite ficar mais de quatro horas por dia na frente do computador. Faça uma pausa a cada hora de trabalho.

Dar folga para o seu bolso: Compre só o necessário. Vivemos em um mundo de falsas necessidades, criadas artificialmente. Saia fora do círculo vicioso de consumo-pelo-consumo, responsável por tanta destruição ambiental, tanta exaltação do egoísmo. Uma atitude mais reservada em relação à compulsividade consumidora pode, literalmente, dar lucro a você.

Ser um cidadão atuante: Tenha às mãos os telefones da Secretaria Municipal de Meio ambiente de sua cidade e da entidade ecológica mais próxima. Denuncie qualquer irregularidade da qual venha a saber, dando seu nome e endereço para confirmação da denúncia. Sempre que possível, participe de ações concretas em defesa do meio ambiente. Mantenha contato com os políticos que elegeu e pressione para que eles se posicionem corretamente nas questões ambientais e de qualidade de vida. Converse com os seus familiares sobre a defesa ambiental.

Fazer passeios pela natureza: Ninguém pode amar ou defender o que não conhece. Deixe de lado a tensão do trabalho urbano e visite os lugares da natureza. Esvazie-se da pressa e aprenda a perceber a música e harmonia presentes no silêncio da natureza.

Evitar bebidas fortes: Bebidas alcoólicas são em geral uma violência contra o organismo humano. Se não puder renunciar totalmente ao uso de álcool, opte por uma cerveja gelada em doses homeopáticas. Evite o pileque como o meio de transcender a sua consciência média da realidade. Se quiser transcender, decida-se pela meditação, leia sobre ioga. É bem melhor do que destruir o sistema nervoso com bebidas alcoólicas.

Na praia, evitar excesso de sol: Entre 10h00 e 15h30 há um maior perigo. Os índices de câncer de pele no Brasil já são preocupantes.

Repelentes naturais: Evite utilizar repelentes químicos contra insetos como o mosquito e o borrachudo. Para essa finalidade, prefira o óleo de bergamota e outros produtos inofensivos à saúde humana e ao meio ambiente. Que podem ser encontrados em lojas naturais. Colocar tela na casa e usar mosquiteiro também constituem providências sensatas.

Ao dirigir, evite altas velocidades: Altas velocidades não são apenas perigosas para você e para os outros, mas prejudicam todo o meio ambiente. Dirigindo a 112Km por hora, por exemplo, você gasta 25% mais combustível do que viajando a 88Km/h. andando mais devagar, você economiza dinheiro e polui menos.

Evitar a causa das dores-de-cabeça. De cada dez casos de dor de cabeça, nove são resultados de tensão, inclusive ansiedade, depressão, preocupação e outros problemas emocionais. Tomar comprimidos é uma falsa solução. Beba um chá de camomila. Sente-se calmamente, espinha dorsal ereta, pés firmemente no solo, e imagine a energia que está concentrada na cabeça dissolvendo-se e distribuindo-se calmamente. Relaxe.

Revise, examine e elimine um a um os fatores tensionantes de sua vida diária.
Evitar o uso de plásticos: Se vai às compras, leve de casa uma sacola. Dispense embalagens desnecessárias.

Ser sério, mas não carrancudo: O bom humor e o riso contribuem para manter-nos relaxados e evitar tensões ou doenças. Fale sobre seus problemas com amigos confiáveis. Desabafar com gente amiga é uma maneira de evitar que os problemas ganhem importância exagerada. Quando falamos dos problemas, eles desinflam.

Manter contato com o jornal que você lê, a rádio que escuta, a estação de televisão que assiste: Ligue para seus meios de comunicação preferidos e faça sugestões de assuntos que deveriam ser abordados, critique quando errarem, elogie quando acertarem. A influência do consumidor é decisiva para que os meios de comunicação possam melhorar seu conteúdo. Escreva cartas para a coluna do leitor e expresse seus pontos de vista.

Fonte:webmaster@orientacoesmedicas.com.br
Dicas de Carlos Cardoso Aveline.

Camisinha para meninos entre 12 e 14 anos


Suíça vai lançar camisinha menor, para meninos entre 12 e 14 anos

Apelidado de "hotshot", o preservativo tem 4,5cm de diâmetro

O assunto entre os adolescentes da Suíça é a “hotshot”. Assim foi batizada a camisinha para meninos de 12 a 14 anos que o governo daquele país decidiu colocar a venda após constatar que os preservativos normais não protegiam de forma eficiente essa faixa de idade. A novidade tem 4,5 cm de diâmetro, em vez dos 5,2 de uma camisinha normal, embora ambas tenham um comprimento similar, de 19 cm.

A pesquisa em que se baseou o governo foi feita pela Comissão Federal para Infância e Juventude da Suíça, que entrevistou 1.480 jovens entre 10 e 20 anos. O resultado indicou que os adolescentes entre 12 e 14 anos de hoje mantêm mais relações sexuais do que se observava nos anos 90.

A conclusão se somou a outro estudo, da Universidade da Basiléia, que apontou para o fato de que meninos e meninas nessa faixa de idade não têm informação suficiente sobre o uso de preservativos, nem compreendem perfeitamente as consequências do ato sexual. Além disso, esses jovens faziam um uso inadequado do preservativo regular.

O governo, então, decidiu lançar as “hotshots”, para tentar aumentar a prevenção nesta faixa etária, ainda que a idade legal para se manter relações sexuais consentidas na Suíça seja de 16 anos (no Brasil, em geral, é de 14 anos).

iG São Paulo

Comentario:
A boa intenção pode surtir efeito contrário na Suíça. Se homens adultos já têm dificuldade com o tamanho da camisinha, como mostrou um estudo americano, imaginem os adolescentes… Não consigo visualizar um menino de 12 ou 14 anos à vontade pedindo uma camisinha extrapequena na farmácia. Será?

"zoológico" de bactérias do intestino humano

Cientistas catalogam "zoológico" de bactérias do intestino humano
05/03
O intestino humano é praticamente um zoo, repleto de bactérias das mais variadas, mostra um novo estudo divulgado hoje. E os cientistas afirmam: essa é uma boa notícia.

Os primeiros resultados de um esforço internacional para catalogar os milhões de genes “estrangeiros” dentro do corpo humano descobriu cerca de 170 espécies diferentes de bactérias vivendo no sistema digestivo da maioria da população. A pesquisa também revelou que quem sofre de doenças inflamatórias intestinais têm uma menor diversidade no trato intestinal. O estudo foi publicado na edição desta semana da revista científica Nature.

Mais de 99% dos tipos de genes encontrados no corpo não são, na verdade, humanos, e sim de microorganismos. Portanto, catalogar os genomas das bactérias que vivem dentro de nós vai melhorar muito o mapeamento do genoma humano, diz um dos autores do estudo, o geneticista chinês Jun Wang.

As bactérias “governam o planeta, inclusive os nossos corpos”, escreveu por email Jeroen Raes, pesquisador do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, que também assina o estudo. “Acredito que é importante que as pessoas entendam que nós não somos completamente humanos -- somos colônias de bactérias ambulantes, e elas são cruciais para a nossa saúde e bem-estar”.

Examinando 124 adultos, os cientistas descobriram que os sistemas digestivos da maioria das pessoas têm muito em comum. Pelo menos 57 espécies de bactérias estavam presentes em praticamente todo mundo. Em geral, foram catalogadas cerca de mil espécies diferentes de bactérias e os autores calculam que deve haver ainda outras 150 por descobrir.

O pesquisador Jeffrey Gordon, da Universidade de Washington, que estuda o papel da flora intestinal na obesidade e não esteve envolvido na descoberta, classificou os resultados como “extraordinários e inspiradores”. Ele disse que eles podem trazer uma nova compreensão a respeito da evolução tanto humana quanto de microorganismos.

Raes disse que os estudos normalmente ignoram a influência da flora intestinal, mas “este mapeamento vai nos permitir estudar o papel da flora em muitas doenças, como Crohn, diabetes, obesidade, entre outros”.

Leia mais sobre: Bactérias

Antissépticos podem tornar bactérias resistentes aos antibióticos

Um estudo realizado por pesquisadores irlandeses, especializados no combate as infecções hospitalares, identificou que os antissépticos podem tornar as bactérias mais resistentes não só a estes produtos, mas também aos antibióticos.

Os cientistas da Universidade Nacional da Irlanda em Galway chegaram à conclusão após acrescentar quantidades crescentes de desinfetante a cultivos em laboratório de pseudomonas aeruginosa, uma bactéria responsável por infecções nos hospitais.

Segundo o estudo, publicado na edição de janeiro da revista "Microbiology", a bactéria sobreviveu ao desinfetante e seu DNA mudou para fazê-la resistente aos antibióticos do tipo da ciprofloxacina, apesar não ter sido exposta a estes remédios.

Os desinfetantes são utilizados para limpar diferentes superfícies nos hospitais, com objetivo de evitar a proliferação das bactérias.

Conforme o autor principal do estudo, Gérard Fleming, a elevadas concentrações não parece haver problema, mas "os resíduos de desinfetantes diluídos de forma incorreta e que permanecem na superfície em um hospital podem gerar o crescimento de bactérias resistentes aos antibióticos".

A ameaça para a saúde é grande, já que se as bactérias sobrevivem aos desinfetantes e contaminam um paciente, este será tratado com antibióticos resistentes as bactérias.

A pseudomonas aeruginosa é uma bactéria oportunista que ataca normalmente pessoas cujo sistema imunológico está debilitado, como doentes de fibrose cística e diabetes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, pelo menos 8,7% dos pacientes contraem infecções durante a hospitalização. EFE

(EFE).-

ALECRIM:ALECRIM (Rosmarinum officinale) – COMO BANHO, É ANTI-REUMÁTICO; COMO CHÁ, BAIXA A PRESSÃO





Indicações:

Reumatismo, depressão, cansaço, gases intestinais, debilidade cardíaca, inapetência, cicatrização de feridas.

Propriedades:

Estimulante, anti-espasmódico, vasodilatador, anti-séptico e digestivo.

Partes usadas:

Flores e folhas

ALECRIM

Nome científico:

Rosmarinus Officinalis

Outros nomes:
alecrim-de-jardim e alecrim-rosmarino

O alecrim do jardim ajuda a aliviar as dores de cabeça. Ferva três copos de água para duas colheres de sopa das folhas da erva. Abafe por 20 minutos. Coe e beba três xícaras ao dia.
Marcos Stern
Fitoterapeuta (2595-6641)

Nome Científico: Rosmarinus officinalis
Sinonímia: Rosmarinus latifolius
Nome Popular: Alecrim, alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarino, libanotis, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, alecrim-rosmarinho, alecrim-rosmarino, alecrinzeiro, erva-da-graça, rosmarino

Família: Lamiaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Europa (Mediterrâneo)
Ciclo de Vida: Perene

O alecrim é uma espécie arbustiva, muito ramificada, que pode alcançar 1,5 metros de altura. Seu nome científico Rosmarinus significa em latim "orvalho que vem do mar", essa denominação foi dada pelos romanos devido ao aroma da planta, que vegetava espontaneamente em regiões litorâneas.

As hastes do alecrim são lenhosas e as folhas são filiformes, pequenas e sempre verdes na parte superior e esbranquiçadas no verso, com pêlos finos e curtos. As flores são axilares e podem ser azuis, brancas, roxas ou róseas. Floresce durante o ano todo. São muitas as variedades de alecrim, com porte maiores ou menores e cores diferentes de folhas e flores.

O alecrim é indispensável nos jardins mediterrâneos. E podemos plantar variedades arbustivas que servem inclusive para topiaria ou variedades com porte herbáceo, para canteiros e bordaduras. É uma planta extremamente útil, pois têm vocação medicinal, religiosa e culinária. Pode ser acrescentado fresco ou seco à pratos de frango, porco, cordeiro, cabrito, vitela e caça, além de aromatizar óleos, sopas, sucos, etc.

Melão contra o câncer de mama

Estratos de melão podem combater câncer de mama


RIO - Cientistas descobriram que o estrato do melão-de-são-caetano, também conhecido como melão amargo, age contra reações químicas que provocam o crescimento do câncer de mama. A fruta inibia sinais que estimulavam a divisão de células da doença e, além disso, encorajava estas células a se matarem. O resultado da pesquisa foi publicado na última edição da revista "Cancer Research".

O mamão-de-são-caetano é cultivado na Ásia, África e América do Sul. Os pesquisadores esperam que seu estrato, usado popularmente há muitos anos como um remédio para diabetes e infecções, possa ser usado como um suplemento dietético para pacientes com câncer de mama, parando a recorrência da doença.

Coautor do estudo, Rajesh Agarwal, da Universidade do Colorado, ressaltou que ainda é necessário fazer novos testes. De acordo com o cientista, ainda não há provas de que a ingestão em grande quantidade da fruta ofereça qualquer proteção contra o câncer.

Jessica Harris, outra participante do estudante, também pediu cautela:

- Vários compostos químicos de plantas conseguem matar células cancerígenas no laboratório, mas poucos acabam tendo utilidade como drogas durante um tratamento - pondera. - Ainda teremos muito trabalho, inclusive com experiências em humanos, antes de sabermos se esse estrato provoca efeitos colaterais indesejáveis e se pode beneficiar pacientes com câncer.

Segundo os cientistas, há evidências "atualizadas e confiáveis" de que ingerir menos álcool, praticar exercícios físicos e manter um peso saudável reduz o risco de câncer de mama.

O Globo

Saiba mais sobre o Melão:

MELÃO DE SÃO CAETANO (Momordica charantis) - TODA A PLANTA É EMPREGADA PARA COMBATER: FEBRES, LEUCORRÉIA, MENSTRUAÇÃO DIFÍCIL E CÓLICAS VERMINOSAS. EM BANHOS, COMBATE A SARNA E ECZEMAS. A POLPA DAS SEMENTES EM MISTURA COM VASELINA, FORNECE UM UNGÜENTO BOM PARA PROVOCAR A SUPURAÇÃO EM CASOS DE TUMORES E FURÚNCULOS.

Fonte:Plantas que curam

3.04.2010

Exercícios de relaxamento para o stress


Quando sentir que o stress e a pressão estão a invadir a sua vida, dê a si mesma ordem para descontrair.
Para tal, pode por prática exercícios de relaxamento simples em que, por exemplo, bastam algumas respirações profundas e compassadas para harmonizar os seus ritmos internos.

Com a prática conseguirá descontrair em qualquer lugar e a qualquer momento. Como ponto de partida, experimente os exercícios que lhe sugerimos. Pode realizá-los sem que ninguém se aperceba e quando mais precisar, inclusive nos transportes públicos, no trabalho, nas filas de espera ou ao final do dia. Reserve para si alguns minutos de paz e total alheamento. O seu corpo e a sua mente agradecem...

Exercício 1
Relaxe através da respiração

1 - Comece com uma respiração rápida, um pouco ofegante, durante um ou dois minutos, de modo a que esta seja até desagradável.

2 - Vá reduzindo até passar a um ritmo respiratório muito suave e muito profundo.

3 - Coloque a ponta da língua atrás na parte superior dos dentes.

4 - Exale completamente o ar pela boca.

5 - Inspire o ar silenciosamente e profundamente pelo nariz em 4 tempos.

6 - Retenha o ar durante 7 tempos.

7 - Exale o ar com som em 8 tempos.

8 - Repita os movimentos 5, 6 e 7.

Exercício 2
Recorra à imaginação e memória

O facto de nos determos a imaginar, ou a recordar, uma situação extremamente agradável produz, por si só, efeitos relaxantes poderosos. «Imaginarmo-nos numa praia, a sentir a areia tépida nos pés, sentindo o corpo leve, tonificado, saudável, a temperatura agradável, água fresca nos pés, o cheiro a maresia; ouve-se o mar com ondas suaves, a paisagem é beatífica, saboreamos uma bebida ultra-saborosa e fresca», sublinha Vítor Rodrigues.

O objectivo é sentir-se como se estivesse naquele ambiente de paz e harmonia.

- Respire calma e profundamente algumas vezes, procurando relaxar.

- Solte todos os músculos do rosto, do pescoço, das omoplatas, dos braços.

- Solte os músculos do tórax, do abdómen, das pernas e dos pés.

- Sinta-se completamente relaxada.

- Visualize uma imagem que lhe seja agradável.

- Concentre-se e perca-se nessa imagem e nos seus pormenores.


Exercício 3
Observe o seu corpo

O relaxamento produz bem-estar físico e emocional. «A maioria dos estados de perturbação emocional e, em geral de sofrimento físico e psicológico, tendem a aumentar o tónus muscular», explica Vítor Rodrigues.

Segundo o psicólogo, «é isso que acontece nos estados de ansiedade em que a percepção vaga de que algo pode correr mal ou está a correr mal induz tensão».

O relaxamento muscular é, assim, um dos melhores antídotos.

- Concentre-se na sua postura, percorrendo mentalmente as áreas da face, pés, mãos, peito, abdómen, costas, ombros, braços, dedos, simplesmente observando até que ponto estão contraídas ou descontraídas, tentando senti-las o mais completamente possível.

- Repare na temperatura e na sensação da roupa na pele.

- Deixe-se ficar, com a cabeça vazia.

Exercício 4
Detenha-se no presente

Ponha este exercício em prática, sugerido por Vítor Rodrigues, enquanto anda na rua. «Caminhe lentamente, observando as cores, formas, objectos em seu redor, como se fossem objectos que vão entrando suavemente no seu aparelho perceptivo, enquanto vai observando o efeito que têm à medida que isso acontece».

«Por exemplo, agora que me aproximo deste jardim, o que é que isso me faz? Quando reparo naquela criança que brinca, o que é que isso produz em mim? A auto-observação pode ser muito relaxante pois devolve-nos ao tempo presente e isso é contrário à ansiedade, que implica a antecipação de ameaças futuras, muitas vezes imaginárias», sublinha.

Exercício 5
Abrande o ritmo

Este exercício é ideal para fazer em casa. Durante cinco minutos, faça todos, mas mesmo todos, os movimentos em câmara lenta. Isso vai obrigá-la a usar o corpo de outra maneira e a dar muita atenção a gestos habitualmente mecânicos. O efeito pode ser muito calmante e relaxante.

Vantagens de uma mente calma

- Aumenta a qualidade de vida
- Melhora o desempenho profissional e desportivo
- Estimula uma maior capacidade de concentração
- Promove a inspiração e criatividade
- Ajuda a controlar a tensão arterial
- Permite-nos compreender melhor o nosso corpo e reacções emocionais
- Reduz fortemente os níveis de stress, contribuindo para o bem-estar físico e psicológico

Dica
A meditação é muito recomendada para casos de insónia, dores de cabeça, cansaço e problemas digestivos.


fonte: sapo

As varizes, aquelas veias dilatadas,de cor azulada. Como preveni-las?


As varizes, aquelas veias dilatadas,de cor azulada. Como preveni-las?

Pernas esbeltas. Quem as não quer? Mas, apesar de este ser um desejo comum ao sexo feminino, a verdade é que, segundo os últimos dados de um inquérito da Eurotest, realizado em 2001, estima-se que dois milhões de mulheres portuguesas, em idade adulta, convivam com as incómodas varizes à flor da pele. Afinal que problema é este que ameaça as pernas?


«As varizes são dilatações das veias, causadas pela perda da sua elasticidade, Essas veias dilatadas deixam de ter a função de transportar o sangue venoso, e já usado, de volta ao coração. Desta forma, o sangue fica acumulado no seu interior», diz Eduardo Serra Brandão, director do Instituto de Recuperação Vascular (IRV), em Lisboa.

À primeira vista, poder-se-ia dizer que estas veias salientes e tortuosas, desenhadas sobre a pele das pernas, não passariam de uma mera preocupação estética. Porém, as varizes, como explica o especialista em cirurgia vascular, «correspondem a uma fase de evolução de uma patologia mais complexa», que é a doença venosa.


Evolução das varizes

«Com o passar dos anos, a compressão permanente das varizes, de dentro para fora, vai causar umas manchas acastanhadas, que só regridem após o respectivo tratamento vascular», informa Eduardo Serra Brandão. Mas nem sempre a doença venosa se faz acompanhar de sinais observáveis.

«A sensação de peso, cansaço, comichão e cãibras nocturnas, nos membros inferiores, são alguns indícios de que as veias estão as perder elasticidade e de que a circulação não se está a efectuar convenientemente. Esta situação favorece a estagnação do sangue venoso dentro das veias das pernas [daí a cor azulada das varizes] e, por conseguinte, a sua dilatação.»

As mulheres são o alvo preferencial da insuficiência venosa, uma patologia que atinge cerca um terço da população portuguesa, em idade laboral adulta. No entanto, o especialista ressalva que os homens também podem sofrer deste problema, embora em menor número. Contudo, «como o homem tem menos preocupações estéticas, usa calças, não faz depilação e, por outro lado, é mais avesso a tratamentos, deixa protelar a situação, chegando às consultas de cirurgia vascular numa fase tardia e avançada».


Mulheres mais atingidas

A doença venosa pode ter duas causas: genética ou adquirida. No primeiro caso, se já houver antecedentes familiares, a partir da puberdade – uma fase de explosão hormonal – as mulheres começam a sentir na pele os primeiros sinais de varizes.

«Não existe um calendário pré-definido ou idade estabelecida para as varizes aparecerem», aponta o especialista, esclarecendo que estas podem surgir logo a seguir à puberdade ou nos primeiros anos da idade adulta.

«As mulheres acumulam mais factores de risco do que o homem: a toma de anticoncepcionais, a gravidez e a realização de tarefas que obrigam a um maior tempo de permanência em pé, como passar a ferro e outras actividades domésticas, são razões que concorrem para o aparecimento ou agravamento das varizes no sexo feminino.»

O estado de gravidez desencadeia um conjunto de alterações hormonais – factor de dilatação ou inchaço das pernas –, que, conjugadas com o volume e pressão intra-abdominal, devido ao útero grávido, favorecem o aparecimento das incómodas veias dilatadas. Porém, como salienta Eduardo Serra Brandão, pode «tratar-se de uma situação temporária, que, em determinadas mulheres, regressa à normalidade no pós-parto».

Causas das varizes

O tratamento deve ser iniciado um a dois meses depois do parto e da cessação do aleitamento, uma vez que, «durante esse período, ainda se registam alterações hormonais que não possibilitam a regressão da doença».

O especialista explica, ainda, que existem outras situações que podem comprometer a saúde das pernas, nomeadamente a depilação com cera quente ou elevado tempo de exposição solar. «O calor despoleta o aparecimento ou agrava a situação. Mas, no caso das depilações a cera, há que ter em conta que o próprio arrancamento causa um traumatismo que pode lesar uma pequena variz.»

Contrariamente ao que se possa pensar, as varizes são muito mais do que linhas «inchadas» sobre as pernas, que causam algum mal-estar estético. Estas fazem parte da doença venosa, uma patologia que começa por provocar alterações cutâneas, que se manifestam sob a forma de hiper-pigmentação: a pele começa a escurecer.

«Essa pele, pouco oxigenada e alimentada, começa a tornar-se atrófica. Com a progressão da doença, ao longo de décadas, sem recurso a tratamento, aparecem as úlceras, que são a forma mais grave da última fase desta patologia.» Em última instância, «estas podem ser responsáveis por grande sofrimento e incapacidade.»

Medidas preventivas

Para evitar este tipo de situações extremas, o especialista recomenda um conjunto de medidas preventivas, que permitem minimizar ou estabilizar a doença venosa. Em primeiro lugar, aconselha a adopção de uma alimentação regrada e equilibrada e a prática de exercício físico.

Segundo Eduardo Serra Brandão, estas medidas visam, sobretudo evitar a obesidade: um dos principais factores de risco das varizes. «Alguns alimentos têm uma acção negativa sobre a veia, concretamente as comidas altamente condimentadas e o abuso do álcool.»

Para além destas medidas, está recomendado o uso de uma contenção elástica, que vai desde a meia ao collant de descanso. Para evitar as alterações cutâneas ou as flebites, o especialista recomenda «a toma de flebotropos: medicamentos com acção na parede dos vasos e na microcirculação».

Tratamento para as varizes

A escleroterapia, vulgo «secagem», é aconselhada para varizes de pequeno calibre, com um reduzido grau de desenvolvimento, e todas aquelas que não possuem indicação cirúrgica. Segundo Eduardo Serra Brandão, esta técnica consiste na «queimadura» da variz.

A veia, após a «secagem», acaba por se tornar um cordão fibroso, que, posteriormente, será absorvido pelo organismo. Em termos práticos, a «veia fica seca, como um galho de uma árvore». A escleroterapia «trata cerca de 90% das varizes com esta indicação terapêutica».

Em situações pontuais e seleccionadas, pode-se recorrer ao laser transcutâneo, que permite resolver os derrames e varizes até dois milímetros de espessura. Contudo, alerta o especialista, «esta técnica é mais onerosa». Se através do ecodoppler (exame de diagnóstico que detecta a existência de insuficiência venosa), se chegar à conclusão de que existem varizes com indicação cirúrgica, a solução passa pela operação.

«Até à cirurgia, o doente deve utilizar collants de descanso e tomar flebotropos. A cirurgia pode ser efectuada com laser endovascular e anestesiai local, em regime ambulatório, ou com internamento hospitalar e anestesia geral ou intradural, nos casos mais avançados.»

Fonte: sapo

Informação sobre as práticas que concorrem para uma vida saudável e aquelas que deve evitar.

O consumo de tabaco é, nos dias de hoje, a principal causa de doença e de mortes evitáveis.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente cerca de 4,9 milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, em resultado do tabagismo. Se a epidemia não for travada, a mesma organização estima que, em 2020/30, esse número chegará aos 10 milhões de pessoas por ano.

Uma vez iniciado o consumo do tabaco, rapidamente se transforma em dependência (física e psíquica), provocada por uma droga psicoactiva - a nicotina – presente na folha do tabaco.

O fumo produzido pelo consumo do tabaco contém mais de quatro mil compostos químicos com efeitos tóxicos e irritantes, dos quais mais de 40 são reconhecidos como cancerígenos.

O tabagismo não é factor de risco apenas para o próprio fumador, mas também para aqueles que, não sendo fumadores, se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo. Dados recolhidos em 1992, pela Comissão Europeia, revelaram que 29 por cento dos fumadores portugueses nunca se abstêm de fumar em presença de não-fumadores.

Estudos epidemiológicos confirmam a associação entre o tabagismo e...


Um terço de todos os casos de cancro;
90 por cento dos casos de cancro do pulmão;
Cancro do aparelho respiratório superior (lábio, língua, boca, faringe e laringe);
Cancro da bexiga, rim, colo do útero, esófago, estômago e pâncreas;
Doenças do aparelho circulatório, dos quais a doença isquémica cardíaca (25 por cento);
Bronquite crónica (75-80 por cento), enfisema e agravamento da asma;
Irritação ocular e das vias áreas superiores.
Fumar reduz a esperança média de vida em cerca de dez anos.

Problemas ligados ao álcool

Saiba quais são os problemas ligados ao álcool e como se pode mudar os hábitos de consumo.


Como se define o consumo de álcool?
Perceba as diferenças entre o consumo e a dependência do álcool.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os consumos de álcool em:

Consumo de risco;
Consumo nocivo;
Dependência.

Consumo de risco - é um padrão de consumo que pode vir a implicar dano físico ou mental se esse consumo persistir.

Consumo nocivo - é um padrão de consumo que causa danos à saúde, quer físicos quer mentais. Todavia não satisfaz os critérios de dependência.

Dependência - é um padrão de consumo constituído por um conjunto de aspectos clínicos e comportamentais que podem desenvolver-se após repetido uso de álcool, desejo intenso de consumir bebidas alcoólicas, descontrolo sobre o seu uso, continuação dos consumos apesar das consequências, uma grande importância dada aos consumos em desfavor de outras actividades e obrigações, aumento da tolerância ao álcool (necessidade de quantidades crescentes da substância para atingir o efeito desejado ou uma diminuição acentuada do efeito com a utilização da mesma quantidade) e sintomas de privação quando o consumo é descontinuado.

Quais as consequências destes tipos de consumos?
O consumo de álcool contribui mais do que qualquer outro factor de risco para a ocorrência de acidentes domésticos, laborais e de condução, violência, abusos e negligência infantil, conflitos familiares, incapacidade prematura e morte. Relaciona-se com o surgimento e/ou desenvolvimento de numerosos problemas ou patologias agudas e crónicas de carácter físico, psicológico e social, constituindo, por isso, um importante problema de saúde pública.

Os hábitos de consumo diferem sensivelmente entre homens e mulheres, mas os homens consomem mais. No entanto, a idade de início do consumo é cada vez mais precoce e assiste-se ao aumento do consumo nos jovens e nas mulheres.

Muitos factores contribuem para o desenvolvimento dos problemas relacionados com o álcool como sejam o desconhecimento dos limites aceitáveis quando se consome e dos riscos associados ao consumo excessivo.


Um dos benefícios de ser feita a detecção precoce é o facto de os indivíduos que não são dependentes do álcool poderem parar ou reduzir os seus consumos de álcool com adequada intervenção, a qual deverá ser feita pelo seu médico assistente.

Verdade ou mentira?
O álcool não aquece – o álcool faz com que o sangue se desloque do interior do organismo para a superfície da pele, provocando sensação de calor. Mas este movimento do sangue provoca uma perda de calor interno, já que o sangue se encontra a uma temperatura que ronda os 37º e que é quase sempre superior à temperatura ambiente. Quando o sangue regressa ao coração há necessidade de o organismo despender energia no restabelecimento da sua temperatura.

O álcool não mata a sede – a sensação de sede significa necessidade de água no organismo. As bebidas alcoólicas não satisfazem esta falta, provocando, ainda, a perda através da urina, da água que existe no organismo, o que vai aumentar a carência de água, e, portanto a sede.

O álcool não dá força – o álcool tem um efeito estimulante e anestesiante, que disfarça o cansaço provocado pelo trabalho físico ou intelectual intenso, dando a ilusão de voltarem as forças. Mas depois o cansaço é a dobrar, porque o organismo vai gastar ainda mais energias para "queimar" o álcool no fígado.

O álcool não ajuda a digestão e não abre o apetite – o álcool faz com que os movimentos do estômago sejam muito mais rápidos e os alimentos passem precocemente para o intestino sem estarem devidamente digeridos, dando a sensação de estômago vazio. O resultado é a falta de apetite e o aparecimento de gastrites e de úlceras.

O álcool não é um alimento – o álcool não tem valor nutritivo porque produz calorias inúteis para os músculos e não serve para o funcionamento das células. Contrariamente aos verdadeiros alimentos, ele não ajuda na edificação, construção e reconstrução do organismo.

O álcool não é um medicamento – é exactamente o contrário porque provoca apenas excitação e anestesia passageiras que podem esconder, durante algum tempo, dores ou sensação de mal-estar, acabando por ter consequências ainda mais graves.

O álcool não facilita as relações sociais – o álcool em quantidades moderadas tem um efeito desinibidor que parece facilitar a convivência. Mas trata-se de uma ilusão, porque nem sempre é possível controlar os consumos nesse ponto e porque a relação com os outros se torna pouco profunda e artificial.

Será que bebo demais?
Para muitas pessoas, beber um copo de uma bebida alcoólica pode constituir um momento social em que os riscos desse consumo vão depender da quantidade e da frequência com que se bebe e de algumas condições individuais, nomeadamente, o seu estado de saúde.


Por outro lado, existem algumas situações, como a condução de veículos, em que o consumo de álcool pode ser muito perigoso para o próprio e para os outros.

O que é a unidade de bebida padrão?

Com a finalidade de quantificar o consumo de álcool foi criado o conceito de bebida padrão. Consiste numa forma simplificada de calcular a quantidade de álcool consumida, diária ou semanalmente.

Embora as bebidas alcoólicas tenham diferentes graduações, os copos habitualmente mais usados para as diferentes bebidas têm quantidade idêntica de álcool, o que corresponde a uma unidade bebida padrão com cerca de 10 a 12 gramas de álcool puro. Este facto permite fazer a quantificação por unidades de bebidas ingeridas, o que facilita os cálculos do total de bebidas consumidas diária ou semanalmente.

A OMS considera que não se devem fazer consumos que ultrapassem 20 gramas de álcool (2 unidades/dia) e de preferência estar pelo menos dois dias por semana sem beber qualquer bebida alcoólica.

Mas não deve beber rigorosamente nada:
Se estiver grávida ou a amamentar;
Se conduzir ou trabalhar com uma máquina;
Se tomar medicamentos;
Em situação de doença;
Em situação de dependência alcoólica;
Se tiver menos de 18 anos de idade.
As mulheres grávidas não devem ingerir bebidas alcoólicas porque o álcool será absorvido pelo organismo do bebé através do sistema circulatório, o que, na prática, significa que o bebé absorve o que a mãe bebe. Se a mulher grávida beber muito ou beber frequentemente, o bebé em gestação está permanentemente sob a influência do álcool. O mesmo acontece com as mulheres que amamentam.

Quais são as consequências da ingestão de álcool para o feto?

Os hábitos, o grau de dependência e a tolerância da mulher grávida face ao álcool são importantes para determinar os efeitos sobre o bebé.

As consequências podem ser muito graves, pois o álcool pode impedir o normal desenvolvimento do feto, quer retardando o seu crescimento, quer provocando lesões cerebrais e malformações físicas ou orgânicas.

Além disso, os bebés podem nascer com a Síndroma de Alcoólico Fetal (SAF), isto é, subdesenvolvidos e com peso abaixo do normal.

Em casos mais graves, nascem com malformações físicas e orgânicas, sofrem de perturbações do comportamento (hiperactividade, descoordenação motora, dificuldades de aprendizagem e de linguagem), desenvolvimento emocional retardado e atraso mental.

Estes sintomas podem ser ligeiros, mas também podem ser extremamente graves e prolongarem-se até à idade adulta, sobretudo no que respeita às doenças mentais e do comportamento.

Devo reduzir os meus consumos ou parar totalmente de beber?
Muitas pessoas que bebem demais devem reduzir, mas outras têm mesmo que deixar de beber.

É muito importante que deixe completamente de beber, se, por exemplo:

Tem tremores, geralmente de manhã;
Tem problemas de saúde, como doenças do fígado ou do coração;
Tem perdas de memória e não se recorda do que aconteceu num determinado período.
Caso detecte qualquer destas situações, deverá deixar de beber completamente. Se tiver dificuldade em fazê-lo, deverá procurar acompanhamento médico.

Um plano por etapas pode ajudar a modificar os seus hábitos de beber.

Como se afere a taxa de alcoolémia?
Pela medição da quantidade de álcool existente no sangue em determinado momento. A taxa de 0,5 gramas por litro de sangue (prevista no Código da Estrada) atinge-se com dois ou três copos de cerveja.


Note-se, porém, que há vários factores que influenciam a taxa de alcoolémia, pelo que a quantidade de álcool ingerida não tem o mesmo efeito em todas as pessoas. Ser mulher, ter baixo peso, estar doente ou fatigado e beber fora da refeição são factores que aumentam a taxa de alcoolémia.

Para saber mais, consulte:
Organização Mundial da Saúde - Europa (Alemão, Francês, Inglês e Russo)
DGS - Direcção-Geral da Saúde
Portal da Juventude - Alcoolismo
Instituto da Droga e da Toxicodependência – Álcool
Governo da Catalunha - PHEPA - Primary Health Care European Project on Alcohol (Catalão, Inglês)
Centro Regional de Alcoologia do Sul
Centro Regional de Alcoologia do Norte
Centro Regional de Alcoologia do Centro
Hospital de Santa Maria (consulta de Etilo-risco Psiquiatria): Av. Professor Egas Moniz, 1649-035 Lisboa; Telefone: 217 805 143. Website: http://www.hsm.pt./
Hospital Miguel Bombarda (GEPTRA): Rua Dr. Almeida Amaral, 1169-053 Lisboa; Telefone: 213 177 400; Fax: 213 177 475; E-mail: hospital.miguel.bombarda@clix.pt
Alcoólicos Anónimos Portugal
Governo da Catalunha - Programa Beveu Menys (Catalão, Espanhol, Inglês
Alcohol Concern (Inglês)
Institute for Alcohol Studies (IAS) (Inglês)
Eurocare - European Alcohol Policy Alliance (Inglês)
National Institute for Alcohol Abuse and Addiction (NIAAA) (Inglês)
Leadership to Keep Children Alcohol Free (Espanhol e Inglês)
Nursing Council on Alcohol (Inglês)


Plano em seis etapas para modificar os seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas.


1. Identifique boas razões para mudar os seus hábitos de beber.


Procurar boas razões para mudar os seus hábitos constitui uma excelente forma para o conseguir. Há boas razões para que mude os seus hábitos, como por exemplo:

Terá mais tempo para outras actividades;
Poupará dinheiro;
Sentir-se-á mais feliz;
Terá mais energia;
Perderá peso;
Dormirá melhor;
Discutirá menos com as pessoas;
Terá menos risco de os seus filhos serem bebedores excessivos.
2. Estabeleça metas em relação aos consumos.


Conte com a ajuda do seu médico para o fazer.


Ter um plano para reduzir as bebidas implica estabelecer metas. Deverá escolher um dia para começar o seu plano e definir metas dos seus consumos. O passo seguinte é registar o que consumiu e verificar se foi capaz de não ultrapassar os limites que definiu para cada dia da semana.

3. Reconheça os momentos difíceis.

Apesar de ter vontade de mudar os seus hábitos alcoólicos, encontrará momentos mais difíceis que outros. Correspondem a momentos de alto risco.


Alguns exemplos de momentos de alto risco são:

Após o trabalho;
Quando conhece novas pessoas em actos sociais;
Quando sai para uma festa ou uma discoteca;
Quando tem um dia difícil no trabalho;
Quando quer relaxar;
Quando tem situações de conflito no trabalho;
Quando tem situações de conflito familiar;
Quando se sente só e está triste.

4. Lide e ultrapasse os momentos difíceis.

Evite ir a cafés/bares quando sair do trabalho;
Procure arranjar outras actividades sociais;
Evite estar com amigos que bebam em excesso;
Evite situações em que possa beber demais;
Se está aborrecido ou enervado, faça exercício físico ou vá dar um passeio;
Não beba bebidas alcoólicas para matar a sede;
Evite alimentos salgados;
Coma antes de beber;
Beba uma bebida sem álcool em alternativa a uma bebida alcoólica;
Aprenda a pedir bebidas como sumos ou água;
Tenha presente que sentir-se-á mais saudável se reduzir os seus consumos;
Beba em pequenos tragos;
Evite beber em rodadas;
Aprenda a não aceitar bebidas alcoólicas.
Desta forma será mais fácil, quando estiver perante estas situações, recordar as soluções que encontrou para lidar com elas.

5. Procure alguém que o ajude e lhe dê suporte.

Este plano tem como finalidade ajudá-lo a mudar os seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas. Algumas pessoas acham que é mais fácil conseguir este objectivo se tiverem alguém que os ajude.

Essa pessoa pode ser o companheiro/a ou alguém no trabalho que também queira mudar os seus hábitos.

Essa pessoa deve ser alguém com quem possa falar facilmente, ser honesto e a quem pode pedir um conselho se necessitar.

Se está muito preocupado com os efeitos das bebidas alcoólicas na sua saúde e se tem a noção que bebe demais, procure o seu médico ou outro profissional de saúde, que o pode aconselhar sobre a melhor forma de ultrapassar este problema.

6. Não desista dos seus objectivos.

Toda esta informação tem a finalidade de o ajudar neste propósito:

Não abandone o seu objectivo;
Se se esforçar por mudar os seus hábitos, acabará por conseguir;
Se reduzir os consumos lhe parece mais complicado do que pensava, fale com o seu médico. Ele ajudará a encontrar outras soluções;
Se necessitar de mais ajuda existem serviços especializados para o efeito. Para tal se disponibilizam alguns contactos telefónicos.

Dependência alcoólica

Factores de risco, sintomas, diagnóstico, consequências e tratamento da dependência alcoólica ou alcoolismo.


Como se define a dependência alcoólica?

A dependência alcoólica ou alcoolismo é uma doença, frequentemente crónica e progressiva, que se caracteriza pelo consumo regular e contínuo de bebidas alcoólicas, apesar da recorrência repetida de problemas relacionados com o álcool.

Quais são os factores de risco?

História familiar relacionada com o alcoolismo;
Ambiente sociocultural. A integração em famílias ou em meios sociais propensos ao consumo de álcool (ter de frequentar festas, reuniões sociais, etc.);
Situações imprevisíveis de rotura na vida quotidiana;
Distúrbios emocionais – pessoas deprimidas ou ansiosas;
Conflitos entre os pais, divórcio, separação ou abandono, de um ou de ambos os progenitores;
Dificuldades de adaptação à escola;
Dificuldades de aprendizagem.
Como é que se fica dependente do álcool?

O processo de dependência do álcool desenvolve-se como o de qualquer outra dependência, como por exemplo em relação ao tabaco, às drogas e outras substâncias psicoactivas.

Começa-se por experimentar beber, depois bebe-se pontualmente e daí passa-se a beber com regularidade, até criar dependência. Para algumas pessoas é um processo relativamente rápido.

Quais são os sintomas da dependência alcoólica?

Sentir grande necessidade de consumir bebidas alcoólicas;
Incapacidade para controlar o consumo, seja o início, o fim ou os níveis de consumo;
Síndrome de abstinência – estado de abstinência fisiológica quando se para ou reduz os consumos;
Tolerância ao álcool;
Abandono progressivo de interesses alternativos em favor do uso da substância;
Persistência no uso da substância, apesar da evidência de consequências manifestamente nocivas.
Deve, pois, estar atento aos seguintes comportamentos e sintomas:

Se bebe muito em ocasiões sociais;
Se tem episódios de amnésia ou blackouts frequentes – quando, no dia a seguir, acorda sem nenhuma memória ou recordação da noite anterior ou de ter ingerido álcool em excesso;
Se utiliza subterfúgios para esconder a bebida alcoólica, como usar garrafas ou embalagens de bebidas não alcoólicas ou esconder as garrafas para que ninguém à volta perceba;
Se se irrita e se torna agressivo verbalmente, com declarações de rejeição da dependência da bebida ou mesmo que deixou de beber de uma vez por todas;
Se tem medos, comportamentos obsessivos, sentimentos de perseguição contra si próprio ou ciúmes em relação ao cônjuge;
Se sente cansaço, insónias, disfunções sexuais, depressão, ansiedade;
Se ocorrem fracturas, quedas, queimaduras no corpo ou mesmo convulsões sem causa aparente.
Como se diagnostica?

Após avaliação clínica do indivíduo pelo médico assistente ou de família, será orientado para uma consulta de alcoologia.

Há pacientes que, quando são avaliados, têm dificuldade em relatar os sintomas físicos e psicológicos, porque sofrem já de défice de memória e não conseguem recordar-se de tudo o que fizeram, ou têm negação para a doença.

Quando o paciente admite o problema ligado ao álcool é, normalmente, sinal de melhor adesão ao tratamento.

Quais são as consequências, físicas e mentais, da dependência severa do álcool?

Dependem da duração da dependência e das quantidades de álcool ingeridas. As pessoas com dependência severa do álcool podem padecer de:

Desnutrição;
Alterações sanguíneas – ao nível dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas;
Esofagites;
Gastrites;
Úlcera péptica;
Pancreatite crónica ou crises de pancreatite aguda;
Esteatose hepática;
Hepatite alcoólica;
Cirrose hepática;
Hipertensão arterial;
Cardiomiopatia alcoólica;
Acidentes vasculares cerebrais;
Alterações endócrinas e metabólicas;
Alterações musculoesqueléticas - como a osteoporose;
Alterações dermatológicas;
Maior prevalência de tuberculose e de infecções bacterianas;
Maior prevalência de cancros a nível de todos os órgãos;
Síndrome de abstinência;
Delirium tremens;
Síndrome de Wernicke;
Síndrome de Korsakov;
Demência alcoólica.
O que é a síndrome da abstinência?

É uma consequência da interrupção ou redução súbita do consumo excessivo de álcool. Resulta das alterações que ocorrem no sistema nervoso central pela activação excessiva do sistema neurovegetativo. Quer dizer que não se deve reduzir os consumos ou parar de beber? Não, pode-se e deve-se, mas com ajuda de medicação indicada pelo médico.

Esta síndrome caracteriza-se, fundamentalmente, pela ocorrência de ansiedade, irritabilidade, tremores, suores, náuseas, aumento da pulsação cardíaca, taquicardia, insónia, febre, entre outros sintomas.

Em geral, os primeiros sintomas da abstinência ocorrem durante as 24 horas que se seguem à última bebida ingerida. O pico é atingido entre as 36 e as 48 horas depois e, a partir daí, os sintomas começam a decrescer, acabando, em média, ao final de cerca de cinco dias.

Nas situações mais severas, o indivíduo pode ter convulsões, alucinações e entrar em delirium tremens.

O que é o delirium tremens?

Caracteriza-se por forte agitação, delírios e alucinações extremas (visuais, auditivas e tácteis), podendo, por vezes, ser também acompanhado de febre e convulsões (do tipo da epilepsia). Entre cinco a dez por cento dos alcoólicos que entram no estádio de delirium tremens acabam por falecer.

Como se trata o alcoolismo ou dependência alcoólica?

O tipo e a duração do tratamento variam em função do grau de dependência e do estado de saúde geral do doente.

Quanto mais cedo o problema do alcoolismo for diagnosticado, maiores são as probabilidades de sucesso do tratamento e da recuperação.

Requere-se o uso de medicação, sobretudo na fase aguda de abstinência, e apoio para manutenção dessa abstinência, com vigilância médica, podendo incluir medicamentos que reduzem a vontade de beber, e também psicoterapias estruturadas individuais ou em grupo, movimentos de auto-ajuda e de antigos bebedores que desempenham um papel fundamental no tratamento e na recuperação dos pacientes com sintomas de dependência do álcool.

Há medicamentos para tratar o alcoolismo que são normalmente usados durante os primeiros dias da desintoxicação e que se destinam a ajudar o doente a passar a fase aguda da abstinência do álcool e outros que se destinam a ajudar o doente a manter-se sóbrio e a evitar recaídas.

A participação em programas de recuperação e em grupos de auto-ajuda também constitui um apoio muito importante para a recuperação e para o bem-estar do alcoólico.

O alcoolismo ou dependência alcoólica tem cura?

Como doença crónica que é não tem cura. A única forma de estar controlado é a manutenção da abstinência.

Um alcoólico pode manter-se sóbrio por um longo período de tempo, mas isso não significa necessariamente que esteja curado. O risco de recaída mantém-se.

Fonte:Portal da Saúde