5.25.2019

Paulo Freire em Harvard


"(...) O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em várias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970) e até o hebraico (em 1981). Em razão da rixa política entre a ditadura militar e o socialismo cristão de Paulo Freire,[15] ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o general Geisel assumiu a presidência do país e iniciou o processo de abertura política. Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.[16](...)"
excerto da biografia de Paulo Freire na Wikipedia
Você não gosta de mim, mas Harvard gosta: alvo de Bolsonaro, Paulo Freire é referência em universidades do exterior

Pesquisadora denuncia a farsa da crise da Previdência Social no Brasilesquisadora denuncia a farsa da crise da Previdência Social no Brasil


A pesquisadora Denise Gentil destroça os mitos
 oficiais que encobrem a realidade da Previdência
 Social no Brasil. O primeiro ponto para 
desmascarar esta farsa, é um cálculo falso que
 transforma em déficit o superávit do sistema
 previdenciário, que atingiu a cifra de 1,2 bilhões
 em 2006 segundo a economista. O superávit da
 Seguridade Social que abrange a Saúde, a 
Assistência Social e a Previdência foi 
significativamente maior: 72,2 bilhões.



 24 de maio de 2016| Edição do dia



O problema é que boa parte deste excedente
 vem sendo desviado para cobrir outras 
despesas, especialmente de ordem 
"financeira", condena a professora e 
pesquisadora do Instituto de Economia 
da UFRJ, pelo qual concluiu a sua tese 
de doutorado "a falsa crise da Seguridade
 Social no Brasil: uma análise financeira 
do período 1990 – 2005".
Na sua entrevista para o jornal da UFRJ, a pesquisadora Denise Gentil afirma que: 
"A ideia de falência dos sistemas 
previdenciários públicos e os ataques as 
instituições do walfare states tornaram-se
 dominantes em meados dos anos 1970 
e foram reforçados com a crise econômica
 dos anos 1980. O pensamento liberal- 
conservador ganhou terreno no meio 
político e acadêmico. A questão central 
para as sociedades ocidentais deixou de ser o desenvolvimento econômico e a distribuição
 da renda, proporcionado pela intervenção 
do Estado, para se converter no combate 
à inflação e na defesa da ampla soberania
 dos mercados e dos interesses individuais
 sobre os interesses coletivos. Um sistema de seguridade social que fosse universal, 
solidário e baseado em princípios 
distributivista conflitava com essa nova
 visão de mundo. O principal argumento
 para modificar a arquitetura dos sistemas
 estatais de proteção social, construídos 
num período de crescimento do pós- guerra, 
foi o dos custos crescentes dos sistemas previdenciários, os quais decorriam, 
principalmente, de uma dramática 
trajetória demográfica de envelhecimento
 da população. A partir de então, 
um problema que é puramente de origem 
sócio-economica foi reduzido a um mero 
problema demográfico, diante do qual 
não há solução possível a não ser o corte
 de direitos, redução do valor dos benefícios
 e elevação de impostos".
A pesquisadora ainda defende que os dados
 levantados na estatística do governo estão
 errados e que existe manobra contábil que
 distorcem o calculo. De acordo com a 
Denise Gentil "Tenho defendido a ideia
 de que o cálculo do déficit previdenciário
 não está correto, porque não se baseia nos
 preceitos da Constituição Federal 1988, 
que estabelece o arcabouço jurídico do 
sistema de Seguridade Social. O calculo
 do resultado considera apenas a receita
 de contribuição ao Instituto Nacional de
 Seguridade Social que incide sobre a 
folha de pagamento diminuindo dessa 
receita o valor dos benefícios pagos aos
 trabalhadores. O resultado dá um déficit.
 Essa, no entanto, é uma equação 
simplificadora da questão. Há outras 
fontes de receita da Previdência que 
não são computadas neste calculo".
Num momento em que o país passa por
 uma crise econômica capitalista, o 
governo golpista de Michel Temer anunciou
 que sua prioridade é impor ataques brutais
 na previdência social, torna pesquisas 
como da Denise Gentil são de extrema 
importância para poder combater 
argumentos que tem como interesse 
retirar os nossos direitos. É preciso 
desmascarar os interesses que estão 
por trás do ataque que Temer que 
impor na previdência, mas também os
 interesses que estão atrás deste governo
 golpista.
Esta farsa que a pesquisadora Denise Gentil desmascara, só mostra que a burguesia em
 momentos de crise econômica não pensa
 duas vezes em fazer com que os 
trabalhadores e os 
demais setores populares da sociedade 
paguem por crises que ela não criou. 
Conforme viemos discutindo neste site,
 é preciso deixar de pagar a divida do 
Brasil, assim como taxar a fortuna dos
 grandes empresários e banqueiros para
 dar uma resposta efetiva para a crise 
econômica.
Outro ponto interessante de sua tese é o
 argumento de que o dinheiro da 
Previdênciaé usado para cobrir despesas de 
"ordem financeira". Além de mostrar que
 os grandes capitalistas são verdadeiros
 parasitas que se deixarmos usufruem 
dos nossos direitos, mostra também que
 os mesmos além de enriquecer de todas
 as maneiras possíveis, também 
enriqueceram com os nossos direitos,
 portanto o que só afirma que os 
trabalhadores e demais setores populares
 da sociedade não podem pagar pela 
atual crise econômica que o país está 
passando.
A única saída para que isso aconteça são
 as lutas dos trabalhadores e demais setores
 populares da sociedade. É preciso prestar solidariedade ativa a cada luta que está 
em curso no país, assim como preparar 
uma grande guerra para poder derrubar
 este governo golpista de Temer. 
Como colocamos em diversos textos 
publicados neste site, não queremos um
 "Volta Dilma", mas sim uma Assembleia
 Constituinte Livre e Soberana imposta 
através das lutas dos Trabalhadores 
capaz de fazer com que os trabalhadores
 decidam os rumos do país, incluindo 
a Previdência.

5.24.2019

Dallagnol tem de provar que não fraudou currículo com falso mestrado em Harvard





Fernando Fraz�o/Ag�ncia BrasilO mestrado do Deltan Dallagnol em Harward sumiu?

A resposta a essa pergunta vale mais que os R$ 2,5 bilhões que o Partido da Lava Jato do Deltan acertou com o Departamento de Justiça dos EUA para seu Estado paralelo.
O mérito do perfil @bobjackk [foto] no twitter é, justamente, trazer a público a dúvida acerca do paradeiro do mestrado do Deltan Dallagnol em Harvard.
No tweet de cerca das 5 da tarde [aqui], @bobjackk perguntou: "Alguém reparou que com essa onda de verificar currículos, Deltan @deltanmd mudou a Bio [biografia] e sumiu com o Mestrado em Harvard?".
A pergunta de @bobjackk se refere ao fato da descrição do perfil anterior do Deltan no twitter incluir no currículo o título de Mestre em Direito por Harvard e, na descrição atual do seu perfil, esse título de Mestre em Direito por Harvard ter sumido.
Deltan está convocado a demonstrar, cabalmente, a existência do título de Mestre em Direito por Harvard. Se não provar a existência do título, cometeu crime que o faz incompatível com a função de procurador da República.
Deltan tem a obrigação de demonstrar, de maneira documentalmente incontroversa, que a formação acadêmica em Harvard não é uma farsa tal qual a farsa jurídica que ele e o Moro montaram para tirar Lula do caminho da instalação da barbárie no Brasil.

LULA CONSTRÓI FRENTE AMPLA COM PDT E PSB

Eduardo Matysiak/Ricardo Stuckert

5.23.2019

Lula pede a libertação de líder oposicionista na Argélia

A campanha internacional pela libertação da secretária-geral do Partido dos Trabalhadores (PT) da Argélia, norte da África, Luisa Hanune, ganhou um importante reforço com o gesto do presidente Lula, desde a sua prisão em Curitiba.
Luisa foi candidata a presidente da República por três vezes – a primeira mulher argelina a candidatar-se a esse posto em 2004 -, e deputada por cinco mandatos consecutivos após 1997. Ela foi colocada abusivamente em “prisão provisória” por ordem do Tribunal Militar de Blida, onde compareceu para prestar depoimento como testemunha. Uma apelação lhe foi negada no último dia 20.
Luisa é acusada de “conspiração para prejudicar a autoridade de um comandante militar” e de “conspiração para mudar o regime”. São acusações absurdas em meio a extraordinária mobilização popular neste país muçulmano, onde, todas as sextas-feiras desde 22 de fevereiro, milhões de homens e mulheres tomam as praças e ruas (terça-feira é o dia das passeatas estudantis), com a bandeira de “fora o regime”.
Como disse uma nota de solidariedade da Comissão Executiva Nacional do PT, em 12 de maio, “a relação com a brutalidade contra a Luisa é evidente!”.
De sua parte, Luisa Hanune, que também é co-coordenadora do Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos, havia chamado, desde o final de 2017, à defesa de Lula contra a perseguição que lhe move a Justiça brasileira.
O importante gesto de Lula agora, confirma que não há fronteiras entre os povos, e que nem as grades das prisões podem abalar a solidariedade militante entre os oprimidos.
Em Brasília, o deputado Vicentinho (PT-SP) pediu audiência ao embaixador da Argélia para pedir a libertação de Luisa, em nome de uma delegação de partidos (PT, PCdoB, PSB, PSOL e outros) e entidades (CUT, MST, UNE, CMP etc.).
Circula um abaixo-assinado internacional e moções também são enviadas às autoridades argelinas – a Assembléia da República de Portugal votou um pedido de libertação de Luisa – além de centenas de personalidades, parlamentares e partidos de vários países.

Moro diz que 'lamenta' decisão da Câmara de tirar Coaf da Justiça

Conselho de amigo: Foda-se enquanto tiver tempo.

O ministro agradeceu aos 210 deputados que votaram pela permanência do Coaf na alçada da Justiça

Moro diz que 'lamenta' decisão da Câmara de tirar Coaf da Justiça
Oministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, lamentou nesta quinta-feira, 23, a decisão da Câmara dos Deputados de retirar o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) da jurisdição de seu ministério e enviá-lo para a pasta da Economia.Em seu Twitter, o ministro agradeceu aos 210 deputados que votaram pela permanência do Coaf na alçada da Justiça. "Sobre a decisão da maioria da Câmara de retirar o COAF do Ministério da Justiça, lamento o ocorrido. Faz parte da democracia perder ou ganhar. Como se ganha ou como se perde também tem relevância. Agradeço aos 210 deputados que apoiaram o MJSP e o plano de fortalec
imento






Na noite desta terça-feira, 22, a Câmara aprovou, por 228 a 210, a medida provisória
 da reforma administrativa, que reestruturou a organização do governo. Entre as
 medidas, a redução de 29 para 22 ministérios.ara manter transferir o Coaf da Justiça 
para a Economia, parlamentares justificaram que em vários países o órgão de
inteligência financeira é vinculado ao Ministério da Economia e não faria sentido
 o Brasil mantê-lo na Justiça apenas
 para agradar a Moro.
O resultado foi mais uma demonstração de força do Centrão 
- DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade. Dos 118 parlamentares desses 
partidos na sessão desta quarta-feira, 87 votaram contra Moro. Outros
 89 votos foram dados por deputados da oposição (PT, PSOL, PSB, PCdoB e PDT).
Por outro lado, todos do PSL, PV, Podemos, PHS, PMN, Cidadania e Novo
 votaram com o governo. Já o PSDB ficou dividido: foram 21 a favor de 
Moro e 5 contra. Um dos principais articuladores do Centrão, o líder do PP
 na Câmara, Arthur Lira (AL), se limitou a dizer que o "placar fala por si".
Apesar da derrota do Coaf, o governo conseguiu evitar a recriação de 
ministérios. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP),
 evitou tratar o resultado como derrota e indicou que o Planalto não
 deve tentar revertê-lo no Senado. "É do processo democrático. Agora, 
é bola para a frente", disse

Lama de Barão de Cocais (MG) pode atingir 10 mil pessoas em 3 cidades


Estudo da Vale sobre impacto de rompimento de barragem mostra que possibilidade de mortes, destruição de pontes e inundação na área urbanizada

Além de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo estão na rota

Além de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo estão na rota

Márcio Neves/R7
O estudo de impacto do rompimento da barragem Sul Superior, da mineradora Vale, em Barão de Cocais, a 93 km de Belo Horizonte, aponta para a morte de moradores e "inundação generalizada de áreas rurais e urbanas" em três municípios, além de possíveis interrupções de estradas e problemas com abastecimento de água e de luz.
O estudo, que no meio técnico do setor é conhecido como "dam break", relata ainda possibilidade de "danos estruturais em pontes e travessias importantes nos municípios atingidos". Além de Barão de Cocais, os municípios a serem afetados pela lama são Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Nas três cidades, a população que precisará ser retirada de casa para não ser levada pela lama ultrapassa 10 mil pessoas, sendo 6.052 em Barão de Cocais, 2.444 em São Gonçalo do Rio Abaixo e 1.700 em Santa Bárbara. O total de moradores nos três municípios é de aproximadamente 73,8 mil pessoas, sendo 32 mil em Barão de Cocais, 31 mil em Santa Bárbara e 10,8 mil em São Gonçalo do Rio Abaixo. As três cidades já passaram por simulados de evacuação.
Em Barão de Cocais, o meio-fio de algumas ruas foi pintado de laranja para indicar que será invadido pelo rejeito da Vale. Há pinturas em nove bairros, incluindo o centro e a avenida principal da cidade. O foco são áreas mais baixas, adjacentes ou às margens do Rio São João, que corta o município. A possível rota da lama fez até o fórum e uma escola municipal da cidade mudarem de lugar. A prefeitura estima que 3 mil edificações seriam atingidas.
Segundo o estudo de "dam break", a lama também vai devastar áreas de preservação permanente "nas faixas marginais ao leito dos cursos de água". O relatório prevê "assoreamento de cursos de água a jusante, com deposição de rejeitos no leito e planícies de inundação e possível alteração da calha principal".
O "dam break" diz que haverá "inundação generalizada de áreas rurais e urbanas com graves potenciais de danos estruturais e perda de vidas humanas, especialmente no distrito de Socorro e nos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo", além de "problemas relacionados ao abastecimento de água nas comunidades ribeirinhas e irrigação nas regiões abastecidas", com "possíveis interrupções nos acessos locais de terra, rodovias, linha de transmissão e fornecimento de energia"
Nos distritos de Socorro, Tabuleiro e Piteira, os três próximos à barragem, cerca de 450 pessoas já foram retiradas de suas casas. O estudo diz também que ocorrerá "alteração ou remoção da camada vegetal e do habitat, remoção do solo de cobertura, deposição de rejeitos e demais prejuízos a fauna e flora características da região".
Histórico
A barragem Sul Superior teve nível de segurança elevado a 3, que indica risco iminente de ruptura, em 22 de março, depois que uma auditoria se negou a emitir laudo de segurança para a estrutura. No dia 13, a empresa informou às autoridades que o talude da mina da represa poderia desmoronar, ocasionando abalo sísmico que poderia fazer com que a Sul Superior se rompesse.
O estudo foi feito pela empresa Potamos, a pedido da Vale, e entregue nesta terça-feira, 21, ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), por determinação judicial, depois que a Promotoria julgou insuficiente relatório anterior de impacto fornecido pela mineradora. O MP-MG informou que o estudo foi juntado ao processo e "dará ciência do conteúdo aos órgãos de Estado para que avaliem se os planos emergenciais apresentados pela Vale em juízo estão adequados ao pior cenário possível em caso de rompimento da barragem".
Caso não apresentasse o estudo, a Vale seria multada em R$ 300 milhões. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.