O
cientista mais importante do Brasil, Miguel Nicolelis, avalia, em entrevista
exclusiva ao jornalista Alex Solnik, que o presidente interino Michel Temer é
um fantoche nas mãos de dois grupos: "a ala de gângsters que quer escapar
da Lava Lato" e ainda "o grupo que pretende destruir a soberania
nacional"; ele diz que a ciência brasileira está ameaçada e critica
duramente as medidas que estão sendo tomadas por um governo provisório, que vão
na direção contrária ao que a população escolheu nas urnas; “um governo que era
para ser interino, num período de transição, não poderia estar tomando a
magnitude das decisões que está tomando sem ter uma legitimidade eleitoral”;
leia a íntegra
Por
Alex Solnik
Considerado
um dos vinte cientistas mais importantes do mundo, Miguel Nicolelis é o cientista
brasileiro número um. Detentor de um sem número de prêmios internacionais e
autor de trabalhos publicados nas principais revistas científicas
internacionais, membro da Academia de Ciência da França e da Academia de
Ciência do Vaticano ele concebeu um mecanismo revolucionário através do qual um
paraplégico é capaz de se movimentar com a força do seu pensamento, o que o
tornou no brasileiro com mais chances de receber, nos próximos anos, um Prêmio
Nobel.
Nessa
entrevista exclusiva ao 247, concedida em São Paulo, pouco antes de embarcar
para os Estados Unidos onde dirige um laboratório de Neurologia na Universidade
de Duke ele afirma que a situação do pais “é assustadora” e que “um governo que
era para ser interino, num período de transição, não poderia estar tomando a
magnitude das decisões que está tomando sem ter uma legitimidade eleitoral”.
Diz,
também que nem ele nem ninguém sabe qual será o futuro do Instituto
Internacional de Neurologia que dirige em Natal nem o que vai acontecer daqui
para a frente com a ciência no Brasil que ganhou impulso inédito nos últimos 12
anos.
Para
ele, há dois grupos envolvidos no golpe: “uma classe de gangsters que quer
escapar da cadeia, e outra que tem uma agenda de destruição da soberania
nacional”. “O Brasil está nas mãos de
uma máfia”, adverte. Considera Michel Temer não um líder de massas, mas um
“fantoche local”, incapaz de fazer um discurso em praça pública, mas não
acredita que ele tenha sido espião americano, como aventou o wikileaks: “É
muito medíocre para ser arregimentado por uma potência”.
O
que você está achando disso tudo que está acontecendo no Brasil? Eu vi uma foto
hoje que eu fiquei chocado. Sabe qual foi a primeira pessoa que o novo ministro
da Educação recebeu?
Eu
vi...
O
que é isso? O que está acontecendo aqui? Você consegue entender?
Evidentemente
que eu não tenho uma bola de cristal para saber... mas que é surreal, é
surreal. É muito assustador. Veja bem, todo aquele protesto contra o governo
que estava legitimamente eleito para desembocar nisso e as pessoas parece que
ainda não se deram conta no que desembocou.
Eu
ouvi ontem o Michel Temer. Ele usa umas expressões que eu nunca ouvi antes...
“ao depois”, por exemplo...
Ele
adora uma mesóclise...eu não sei o que é isso, de onde ele tira isso daí...
Que
cérebro é esse?
Eu
não estou nem preocupado com o português dele... eu estou preocupado é com a
sanha... um governo que era para ser interino, num período de transição, não
poderia estar tomando as decisões, a magnitude das decisões que eles estão
tomando sem ter uma legitimidade eleitoral. Eles estão desmontando o país, com
uma sanha neoliberal, tentando impingir ao Brasil uma agenda que foi rejeitada
em quatro eleições presidenciais.
Não
é nem neoliberal, é a agenda da direita mais retrógrada...
Meu
receio é que existem dois golpes misturados um com o outro. O golpe de uma
classe de gangsters que está tentando escapar da cadeia, que é o primeiro nível
do golpe, representado principalmente por setores do PMDB, mas tem o segundo
bloco, que tem basicamente uma agenda de destruição da soberania nacional. Com
a entrega não só de recursos naturais e de “assets” do estado, mas o total
desmantelamento da indústria, da ciência, da educação, de tal maneira que o
Brasil se perpetue como um estado vassalo. Eu acho que são dois blocos
misturados e a briga intestina que nós estamos vendo na imprensa e nesses
vazamentos todos é porque existem facções uma brigando com a outra.
Essas
gravações que estão aparecendo mostram um mundo caótico...
E
ninguém sabe quem vaza, porque vaza, qual a razão, de onde vem, quais são as
agendas que estão escondidas...
Você
acha que uma situação como essa pode durar?
Não,
acho que a instabilidade é muito grande. E quando você vê as declarações você
tem vários níveis de envolvimento aí que geram, que estão começando a gerar uma
insatisfação que não vai ser mantida dentro dos palácios e das instituições. As
pessoas comuns estão começando a se revoltar a um nível que há muito tempo não
se via aqui. Porque ninguém mais confia em nada. As últimas revelações desses
grampos são assustadoras. Fazem você ter uma visão dos bastidores dessas
instituições, que eu acho que ninguém imaginava que pudesse ser tão baixo.
O
que se depreende dos grampos é que o Renan é o dono da cocada preta...ele sabe
da Dilma, do Lula, manda o Temer ficar calado...e ele é um cara que já
renunciou ao Senado em 2008...
Ah,
o Renan já renunciou ao Senado?
Sim,
foi aquele escândalo denunciado pela ex-amante dele... quem pagava as contas
dela era uma empreiteira e ele inventou que o dinheiro vinha de gado que ele
vendeu...
Eu
não me lembrava disso,... eu estava fora do Brasil...
O
caso Mônica Velloso...
Ah,
agora lembrei...
Ele
responde ainda a esses processos no STF...
E
esse é o presidente do Senado, para você ter uma ideia...
E
é o substituto eventual do presidente provisório...
E
o que mais me assustou, na minha opinião, foram os comentários feitos ao
Supremo...é a primeira vez, eu acho, que na história de crises da política
brasileira que o nome do Supremo é jogado no meio disso tudo. E o Supremo está
calado. Ele não se manifesta. É assustador. E se a declaração que foi atribuída
a Dilma for verdadeira, de que o presidente do Supremo foi lá só para conversar
sobre aumento é assustador.
E
são assustadores os comentários...”o Supremo é uma merda”... parece jogador de
futebol falando do adversário, ou pior...
É
um linguajar chulo... é um comportamento de gangster... a sensação que dá é que
o Brasil nesse instante está nas mãos de uma gang mesmo... de uma máfia... e
essa máfia conseguiu perpetuar o golpe por interesses próprios, mundanos de se
livrar das acusações... mas tem alguém que está querendo aproveitar o golpe para
outros fins... que são setores do PSDB, claramente, alinhados com interesses
estrangeiros que a gente nem sabe quais são ainda, tentando desmantelar tudo o
que foi construído no sentido de fazer o Brasil ser um protagonista no mundo.
Você
consegue entender o papel do Serra, que é um expoente desse setor?
Eu
não consigo entender... nunca entendi, mas sempre combati... ele é uma das
pessoas mais danosas da política brasileira... não gosto nem de me referir a
ele...
Qual
é a relação dele com a frenologia?
Hahaha...
eu não acredito na frenologia, então não posso...traçar essa correlação. Não
posso traçar, não.
Depois
que ele foi atingido na cabeça por aquela bolinha de papel ele degringolou...
Ah,
sim... ele se internou... mas bola de papel não gera trauma craniano...
Você
acha que aquilo afetou os neurônios dele?
Aquilo
foi uma das coisas mais lamentáveis possíveis. Eu conto, inclusive uma
história, no meu novo livro, que quando eu escrevi um artigo no “Viomundo”,
durante a campanha presidencial de 2010, que foi muito comentado falando, né,
que como é que uma eleição presidencial ficava reduzida a debates religiosos, o
Serra tentando imputar a Dilma coisas que ela não falava sobre o aborto e
tal... esse artigo alguém aqui do Brasil... eu tinha acabado de ser eleito para
a Academia de Ciência da França e logo depois para a Academia de Ciência do
Vaticano, uma surpresa, porque eu não sou cató0lico, não sou religioso, né...e,
impressionantemente, esse artigo foi traduzido daqui do Brasil para o inglês,
pro italiano e foi enviado para sites da extrema direita católica americana e
italiana que não só organizaram ataques nos Estados Unidos contra mim por causa
desse artigo... foram 30 mil sites religiosos que começaram a me atacar achando
que eu estava defendendo o aborto, coisas assim, e eu não estava falando nada
disso...e eu recebi uma visita da inquisição porque esses católicos de direita
foram me visitar lá na Universidade de
Duke querendo saber se eu tinha escrito mesmo esse barato, porque não era
compatível com a fé cristã, coisa que eu nunca professei, né...e aí queriam que
eu renunciasse à Academia do Vaticano, o que eu não fiz...eu falei: “se vocês
me elegeram agora vocês têm que me aguentar, vocês sabiam quem vocês estavam
elegendo, uma vez que o papa fala, o papa falou” e eu fiquei, desde então...
desde 2010 eu estou no limbo...e isso aqui prova o grau de ódio das pessoas...
Tem
isso também nos Estados Unidos?
Tem.
Não, eles ligaram... foi um brasileiro que fez a conexão com esse pessoal...
E
esses evangélicos no Brasil? Agora eles têm um ministério.
Esse
é que é o problema.
E
o ministério da Ciência e da Tecnologia que agora fundiram com Comunicações? O
que você achou?
Ninguém
sabe de nada. É uma perfeita incógnita. Está todo mundo sem ter a menor
noção...os cientistas... a Unicamp está em greve...mas, de modo geral os
cientistas não estão se manifestando... É uma coisa estranha que acontece aqui
no Brasil, não sei o que é...
O
que tem a ver Ciência com Comunicações?
Não
tem nada a ver e evidentemente isso não leva a nada... o Brasil teve um
desenvolvimento espetacular nos últimos doze anos, eu também publiquei no meu
livro a figura dos recursos da ciência desde 2003 até 2013, que foi um
crescimento histórico, e vários programas históricos, institutos nacionais de
ciências, ciência sem fronteira, que não existiam, mudaram o perfil da ciência
brasileira. Mas agora estão todos ameaçados.
Como
é que vai ficar o teu instituto em Natal?
Ah,
ninguém sabe, ninguém tem a menor ideia. Nós estamos nesse momento sem ter a
menor noção do que o futuro vai ser.
Eu
não estou acreditando...
É
uma insegurança completa... é como se fosse um flashback do passado...
É
pior... eles são piores que os militares...
Sim...
Porque
naquela época tinha gente de direita culta...
Sim...
Hoje,
não; é uma direita inculta e bárbara...é uma escória disposta a queimar livro e
tudo o mais.
Exatamente...
Quando
eu vi o ministro da Educação recebendo em audiência oficial o Alexandre Frota...que
é um jogador de futebol americano e ator de filmes pornô...
É
realmente uma coisa meio medieval... Estamos vendo um troço que parece meio
medieval...
É
uma caça às bruxas...
São
coisas que eu nunca imaginei ver no Brasil de novo.
E
a Dilma parece que está numa prisão domiciliar.
Bom,
eu não sei, porque ela está certamente com um esquema de segurança necessário
com a rigidez que está. Ela está entrando e saindo.
Mas
quem entra e quem sai do Alvorada é controlado pela segurança do Temer e não
pela segurança dela...
É
controlado... exatamente...
Parece
que o Sergio Etchegoyen foi escalado para isso: para vigiar a Dilma.
Essa
é outra indicação que ninguém entendeu nada.
Vigiar
a Dilma, vigiar os movimentos sociais...
O
Temer tem grande receio que ela se encontre com os senadores, porque ela pode
... o curioso, como disse a imprensa internacional é que o Brasil é um país tão
surreal que a presidente afastada supostamente por alguma irregularidade é
recebida por milhares de pessoas ovacionando o nome dela e o presidente
interino não consegue sair de casa.
Você
viu ele dizendo ontem que ele sabe governar porque já tratou com bandidos?
É...
isso é incrível. O que que ele quer dizer com isso?
Pois
é. “Eu tratava com bandidos. Então eu sei governar”.
O
problema é que a gente não sabe a que classe de bandidos ele está se referindo.
Se são os amigos dele...
Pois
é... quem são esses bandidos? É tudo muito estranho.
O
que é mais difícil entender é o fato de que todo país passa por recessão
econômica, todos os governos cometem erros que têm que ser corrigidos ao longo
do tempo, agora, logo na primeira recessão que o Brasil passou depois do melhor
período de desenvolvimento da história do país a facilidade com que os meios de
comunicação lavaram a mente das pessoas para que elas esquecessem tudo o que
aconteceu de bom...
É
impressionante...
É
impressionante... é assustador... mostra claramente que a educação brasileira
está muito longe de atingir o seu objetivo. Você não consegue ter realmente um
país democrático se as pessoas podem ser manipuladas tão facilmente por três ou
quatro veículos de informação, que deixaram de ser de informação há muito
tempo, que são veículos de propaganda política.
Principalmente
a Globo, porque a Globo convocava as pessoas para irem às ruas...
Ela
está começando a ter um “blowback”, não só aqui dentro do Brasil, mas lá fora,
porque escancarou claramente para o mundo quem domina a informação no Brasil e
qual tipo de domínio é. Isso está fazendo uma diferença brutal neste momento.
É
um monopólio trágico!
Monopólio
de informação já é antidemocrático no momento atual por definição.
É
o Big Brother!
É.
Exatamente.
É
o Big Brother real. “Façam isso agora”! “Vão para as ruas de verde-e-amarelo”!
Isso
é outra coisa muito triste, porque os símbolos nacionais foram sequestrados. O
Hino Nacional... as cores do Brasil... eu tinha um avatar no twitter com a
camisa da seleção de muitos anos atrás, de antes da Copa e eu removi, porque eu
não queria ser confundido com o simbolismo que foi dado.
Exatamente
como no regime militar...
Realmente
mudou completamente o espírito do uso desses símbolos, por isso eu acho que nós
temos que resgatá-los... a gente não pode permitir que eles sejam sequestrados
dessa maneira pela extrema-direita. O problema é que você não tem no Brasil, o
que é muito perigoso, você não tem um espaço de diálogo, as pessoas não estão
abertas a debater racionalmente. Se você começa a defender as políticas
governamentais do PT, por definição você está defendendo o PT, defendendo os
“bandidos”... então, não tem espaço. É uma radicalização que está acontecendo
também nos Estados Unidos, mas que eu vejo ela muito mais danosa e perigosa
aqui.
É
porque lá parece existir uma noção de democracia.
Mais
ou menos... existe, mas o americano médio tem um pouco mais de apego ao
país...lá não existe o complexo de vira-lata que existe aqui, onde tudo não
presta...a gente sentiu muito isso na época da Copa do Mundo...a gente fazendo
um esforço medonho para fazer tudo funcionar e a gente foi tratado como
bicho...
O
que aconteceu? Era para o paraplégico dar o pontapé inicial da Copa, mas ele
ficou ali na lateral do campo...
Nós
fomos varridos junto pelo furacão... nada podia funcionar na Copa do Mundo...a
imprensa de São Paulo começou a atacar o governo, e quando viu que o nosso
projeto poderia dar algum tipo de suporte à Copa do Mundo, como deu, fora do
Brasil, porque foi muito bem recebido fora do Brasil e também no Brasil, fora
de São Paulo... Nós tínhamos planejado tudo para ter três a cinco minutos,
fazer um troço super anunciado... a pessoa ia parar a cerimônia e anunciar no
alto-falante... Mas à medida que o tempo foi caminhando e a demonstração foi
ganhando corpo e noticiário internacional, a imprensa aqui de São Paulo começou
a nos atacar e a Fifa começou a tentar tirar o destaque...a ponto de... eles
tinham me convidado inicialmente para ir à conferência de imprensa alguns dias
antes da Copa do Mundo, para contar ao mundo o que iria acontecer na abertura e
no final das contas eu fui desconvidado, não me avisaram da conferência de
imprensa. Mas a questão foi a seguinte: não só nós fizemos, foi notícia no
mundo inteiro, os pacientes continuaram a trabalhar com a gente, há dois anos
já e eles estão melhorando, estão tendo melhora neurológica, ou seja, estamos
publicando trabalhos sobre isso, o projeto foi um sucesso, só que aqui tudo é
razão para achincalhamento...tem um grupo de pessoas aqui cuja ignorância é
total. Então, as pessoas não têm a menor noção do que é uma pessoa com dois
terços do corpo paralisado ficar lá de pé e usando o cérebro para controlar uma
máquina que nunca tinha sido construída, que foi construída em dezoito meses,
para dar o chute e sentir a bola que é algo que um paraplégico não consegue
fazer. Então, é muito duro fazer essas coisas no Brasil porque existe um número
muito grande de pessoas que trata tudo com achincalhamento...com falta de
cuidado... como se fosse torcida de futebol, sabe? As pessoas não têm o
menor... é difícil até de dizer... é uma ignorância muito grande! E tinha
cientistas do mundo inteiro aqui. Vieram trabalhar de graça pelo projeto, pelo
Brasil. Eu estou há dois anos viajando pelo mundo inteiro, contando essa
história e que eu conto um pouco no livro e vou contar num outro livro que eu
estou escrevendo só sobre a Copa do Mundo para mostrar ao mundo inteiro o que
foi a loucura, o trabalho e também a pressão a que a gente foi submetido aqui
por gente que... Folha de S. Paulo, Estado de S.Paulo, Veja não entendem nada
de ciência e se autodenominam críticos de ciência sem nunca ter feito um
experimento na vida. Mas o grau é muito baixo, esse é o problema. Ninguém nota
os prêmios internacionais que a gente ganhou por causa do projeto. Só falam as
besteiras típicas de gente extremamente ignorante. É o preço que se paga...
Escuta...
a cabeça de um cara de direita é diferente da de um cara de esquerda? Você já
se debruçou sobre isso?
Não,
eu nunca estudei, nunca fiz esse tipo de estudo e acho que nunca ninguém fez,
não acredito que exista nada...não dá para dizer nada...
Às
vezes as pessoas são de direita sem saber...
O
problema grave é a total ignorância histórica de ler notícias com uma visão
crítica. As pessoas estão se transformando em replicadoras de notícias veiculadas
na imprensa sem se preocupar em checar se as notícias são verdadeiras, uma vez
que a gente não pode mais confiar na imprensa local. As pessoas não têm mais
espírito crítico, isso é que não está sendo ensinado. É muito fácil enganar
qualquer pessoa, porque qualquer coisa falada na imprensa é assumida como
verdade. Não tem direito de defesa, não tem nada. Nós estamos vendo a
pulverização do direito de defesa no Brasil.
Nesse
momento, por exemplo, a Dilma é ignorada pela imprensa local.
A
grande imprensa não dá espaço nenhum para ela.
É
como se ela não existisse mais...
Em
qualquer lugar do mundo, nas condições atuais, ela teria voz.
Claro,
ela é a presidente legitima.
Ela
é a presidente, exato, então a visão dela e a versão dela teriam que ser
ouvidas continuamente. Mas ela foi completamente removida do noticiário. E o
curioso é que cada vez mais isso está mostrando para as pessoas que não há como
acreditar no noticiário. E a credibilidade dos meios de comunicação está sendo
destruída, lentamente, pelas mãos deles mesmos.
Fora
a destruição das lideranças que está havendo. Não existe líder de coisa alguma.
Você acha que o Michel Temer é um líder?
Claro
que não, imagina! Líder que usa mesóclise no século XXI! Ele me lembra o
Jânio. Mas o Jânio era muito mais
inteligente, mais esperto, muito melhor manipulador das massas. Ele só lembra o
Jânio por causa da mesóclise.
Ele
é incapaz de dar um abraço em alguém do povo...
Não,
ele é incapaz de fazer um discurso numa praça com milhares de pessoas... então
ele não tem representatividade. Mas ele é só um fantoche mesmo. Quem está por
trás dele é que está mandando...
Mas
quem é que está por trás dele?
Ah,
essa é a pergunta de 1 milhão de dólares! Essa ninguém sabe responder.
Circulou
uma especulação do wikileaks de que ele foi espião americano...
É,
mas não acredito que seja por aí, não. Acho que ele é um fantoche local.
Existem outros fantoches que são agentes de outros interesses internacionais.
Mas ele é um fantoche local, na minha opinião.
Ele é muito pequeno para qualquer potência estrangeira investir nele.
Pequeno
em todos os sentidos...
Os
caras lá fora são espertos...não vão arregimentar um cara tão medíocre como ele.
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