2.03.2015

Mentira tem pernas curtas. Venina tem muito que explicar

Justiça Federal retoma depoimentos da Operação Lava Jato nesta terça

Seis ações penais tramitam contra acusados de corrupção na Petrobras.
Testemunhas de acusação começaram a ser ouvidas na segunda (2).

Rosanne D'Agostino Do G1 PR
Venina entrevista Fantástico (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Depoimento de Venina da Fonseca é um dos
mais aguardados. Ela tem que explicar muita coisa. 
A Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, retoma nesta terça-feira (3) as audiências de depoimento das testemunhas de acusação de seis processos da Operação Lava Jato, sobre corrupção na Petrobras. A previsão é que as audiências comandadas pelo juiz Sergio Moro se estendam por duas semanas, ouvindo testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público Federal (MPF).
No segundo dia de audiência, serão ouvidas testemunhas arroladas no processo que envolve executivos da Engevix.
Estão previstos os depoimentos da funcionária da Petrobras Venina Velosa da Fonseca, dos executivos da Toyo Setal Augusto Ribeiro e Júlio Gerin, do sócio do laboratório Labogen Leonardo Meirelles e da contadora Meire Bomfim, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef.
Venina da Fonseca era gerente executiva da Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras e foi subordinada do ex-diretor Paulo Roberto Costa, réu no processo. Ela diz que alertou a diretoria e a presidente da empresa, Graça Foster, sobre as irregularidades em contratos da estatal.
A funcionária foi transferida para a Ásia após denunciar o esquema de corrupção e, posteriormente, foi afastada. O depoimento de Venina é um dos mais aguardados.
São réus no processo:
- Alberto Youssef (suspeito de liderar o esquema de corrupção)
- Carlos Alberto Pereira da Costa (representante formal da GFD Investimentos, pertencente a Alberto Youssef e réu em outros processos ligados a Lava Jato)
- Carlos Eduardo Strauch Albero (diretor da Engevix)
- Enivaldo Quadrado  (ex-dono da corretora Bônus Banval, que atuava na área financeira da GFD e réu em outros processos ligados a Lava Jato)
- Gerson de Mello Almada (vice-presidente da empreiteira Engevix)
- Luiz Roberto Pereira (ex-diretor da Engevix)
- Newton Prado Júnior (diretor da Engevix)
- Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras)
- Waldomiro de Oliveira (dono da MO Consultoria)
Dos nove réus nesta ação, dois estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba – Alberto Youssef e Gerson de Mello Almada. Paulo Roberto Costa está em prisão domiciliar, no Rio de Janeiro, enquanto os demais respondem em liberdade.
Na segunda-feira (2), foram ouvidos os executivos da Toyo Setal Augusto Ribeiro Mendonça Neto e Júlio Grein de Almeida Camargo, delatores que assinaram acordo de delação premiada, e o delegado da PF Márcio Anselmo.
A sétima etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada em novembro de 2014 e culminou na abertura de seis ações penais contra executivos de empreiteiras, além de ex-diretores da estatal e pessoas acusadas de operar o esquema de pagamentos de propina.
Os executivos são ligados às empresas Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, OAS, Camargo Corrêa e UTC.

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