Ronda Rousey, que nocauteou a brasileira Bethe Correia no sábado, vive dias de glória na cidade
Rio - Um nocaute avassalador na noite de
sábado e um domingo de estrela no Maracanã lotado. Bastou para a
lutadora americana Ronda Rousey se tornar a celebridade do momento
no Rio de Janeiro. E como boa visitante, nesta segunda-feira foi dia de
passear no Cristo Redentor, tirar mais fotos, dar mais autógrafos e ver
sua fama na cidade ir às alturas. No Corcovado, fez quase tanto sucesso
quanto o cartão-postal. Posou para fotos com funcionários, comprou
pingente do Redentor, bombou nas redes sociais.
“Antes de o Estado monopolizar a violência através das polícias, as pessoas resolviam tudo na briga”, diz Roberto Albergaria.
O professor Neuber Costa, também praticante de lutas, por sua vez, se preocupa com o que acontece fora dos ringues e lembra que o “verdadeiro lutador tem de aprender a dominar seus impulsos”.
No Morro do Vidigal, o boxeador Raff
Giglio, que mantém ali um projeto social de inclusão pelo esporte há 22
anos, já tem 30 meninas aprendendo a dar os primeiros socos. E todas já
têm a americana como modelo. “Tem menino que acha que menina não tem
coragem ou que todas são Patricinhas. Nada disso. Nós também podemos ser
lutadoras que nem a Ronda”, disse a pequena Ana Clara Freitas, de
apenas 10 anos.
Incentivador das meninas, Raff Giglio lembra que o MMA,
assim como o boxe e as demais lutas, são também uma forma de inclusão
social. Palavras de quem forma há anos gerações de boxeadores campeões.
“As mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço, mostrando que
são capazes”, conta Raff.
A explosão do MMA, sigla em inglês para Artes
Marciais Mistas, que para os leigos é uma espécie de luta livre (que de
livre não tem nada), sobretudo entre as mulheres, traz novamente à tona
a discussão sobre o limite entre esporte e violência.
O antropólogo Roberto Albergaria associa
o esporte à época dos gladiadores romanos e diz que a espécie humana é a
mais violenta que existe. E que não há muita novidade nisso.“Antes de o Estado monopolizar a violência através das polícias, as pessoas resolviam tudo na briga”, diz Roberto Albergaria.
O professor Neuber Costa, também praticante de lutas, por sua vez, se preocupa com o que acontece fora dos ringues e lembra que o “verdadeiro lutador tem de aprender a dominar seus impulsos”.
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