Nascemos todos, certo, com uma enorme
bagagem genética. Carregamos em nós traços, expressões, modos de ser daqueles
que nos antecederam. Mas à partir daí, saímos em busca de identidade.
Nossos primeiros espelhos são nossos
pais, a família, aos quais nos jogamos de braços abertos, sem questões. É a
confiança que se instala desde a mais pequena idade. Julgamos que se nossos
pais fazem, podemos fazer, pois eles devem saber o que é bom ou não. Crianças
imitam, quando ainda não sabem construir sozinhas. A linguagem é a maior prova
disso.
Nem todo mundo tem essa consciência e
nem se dá conta do peso da responsabilidade que ela acarreta. Achamos que a
vida forma as pessoas, mas nos esquecemos que somos os primeiros espelhos nos
quais elas se refletem.
E nós que queremos o melhor para os
nossos filhos, que sejam bons, grandes e bem sucedidos na vida, somos a pedra
fundamental do que eles serão mais tarde. Nossas atitudes em relação à família,
nossos valores, nossa maneira de gerir os problemas e aprender a lidar com
eles, tudo isso vai ficando naqueles pelos quais somos responsáveis. É como se
fôssemos adiante, com uma lanterninha, mostrando o caminho, que eles seguem,
misturando assim o que veem a essa bagagem que já vêm carregando e formam assim
a própria personalidade.
Depois, vêm os amigos, a escola, o meio
em que se frequenta. Tudo isso vai espelhando e formando o eu de cada um e isso
continua vida à fora, mesmo na idade adulta.
Somos todos pessoas importantes para
outras pessoas e podemos influenciá-las positiva ou negativamente. Amigos são
grandes espelhos.
Daí a importância de sermos pessoas
boas, honestas, pacientes, corajosas, espelhos nos quais outros poderão se
olhar e se encontrar.
É preciso refletir sobre isso: que tipo
de espelho estamos sendo para nossos filhos, nossos grupos de amigos, trabalho
e sociedade em que frequentamos? Somos do tipo "faça o que eu digo, mas
não faça o que eu faço?" Bom é lembrar que muito mais que de palavras e
conselhos, as pessoas ouvem e vêm exemplos.
Cristo deveria ser o maior espelho de
toda a humanidade. Ele falou sim, mas muito mais que isso, viveu, calou,
mostrou, fez. Nos refletindo nEle, evitaríamos muitos dos desastres pelos quais
atravessamos. Seríamos, assim, espelhos refletindo o bem, para o bem daqueles
que amamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário