Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de
Princeton, nos Estados Unidos. afirma que o excesso de estímulo
visual, como o da bagunça, atrapalha a nossa capacidade de prestar
atenção em uma atividade só.
O estudo foi realizado graças a uma parceria entre o Instituto de Neurociência e o Departamento de Psicologia da universidade e mostrou que o ambiente bagunçado também limita a capacidade do nosso cérebro de processar informações e guardá-las na memória. Essa condição leva ao estresse, à distração e à irritação.
Esses eram os sintomas que a empresária Juliana percebia ao procurar uma roupa para ir trabalhar. Com metade das peças em caixas, ela até tentava encontrar uma blusa que combinaria com a calça, mas surgia uma saia no meio e ela acabava se esquecendo da tal blusa. O que ficava era a frustração e o cansaço quando o dia estava apenas começando.
Mesmo que existam pessoas que digam "da minha bagunça eu entendo" ou "eu sei onde está qualquer coisa que precisar", o psiquiatra explica que, como o ambiente de trabalho é coletivo, mesmo que a sua bagunça não atrapalhe o dono dela, o colega ao lado pode ser prejudicado sem se dar conta disso.
Ele fala, ainda, que essa perturbação não se limita a encontrar um objeto específico no meio da desordem, mas o fato de que a bagunça em si é o que causa da poluição visual e, consequentemente, da distração.
O estudo foi realizado graças a uma parceria entre o Instituto de Neurociência e o Departamento de Psicologia da universidade e mostrou que o ambiente bagunçado também limita a capacidade do nosso cérebro de processar informações e guardá-las na memória. Essa condição leva ao estresse, à distração e à irritação.
Esses eram os sintomas que a empresária Juliana percebia ao procurar uma roupa para ir trabalhar. Com metade das peças em caixas, ela até tentava encontrar uma blusa que combinaria com a calça, mas surgia uma saia no meio e ela acabava se esquecendo da tal blusa. O que ficava era a frustração e o cansaço quando o dia estava apenas começando.
"A energia que a bagunça exige do nosso cérebro acaba por cansá-lo mais
rápido", afirma a psiquiatra e psicoterapeuta Luciana Gioia de Deus,
especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria. A médica usa
como exemplo o próprio processo de se vestir.
"Em um guarda-roupa bagunçado, a gente olha, mas não consegue encontrar com facilidade aquilo que procura. Se, ao contrário, estiver tudo arrumado, é só bater o olho que o cérebro já localiza e decide o que vestir. É uma economia de energia cerebral que pode ser aproveitada em outras atividades do dia a dia", compara.
"Em um guarda-roupa bagunçado, a gente olha, mas não consegue encontrar com facilidade aquilo que procura. Se, ao contrário, estiver tudo arrumado, é só bater o olho que o cérebro já localiza e decide o que vestir. É uma economia de energia cerebral que pode ser aproveitada em outras atividades do dia a dia", compara.
Essa relação entre
bagunça e concentração vale tanto para o ambiente doméstico quanto o
profissional. A diferença, no caso do escritório, fica por conta da
maior exigência de produtividade.
"Quanto mais estímulo visual, mais dificuldade o cérebro vai ter de se concentrar no que é mais importante na ocasião. Não precisa nem ser o ambiente de trabalho todo. A mesa já pode ser suficiente para atrapalhar", diz o psiquiatra Duílio Antero de Camargo, coordenador do Grupo de Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
"Quanto mais estímulo visual, mais dificuldade o cérebro vai ter de se concentrar no que é mais importante na ocasião. Não precisa nem ser o ambiente de trabalho todo. A mesa já pode ser suficiente para atrapalhar", diz o psiquiatra Duílio Antero de Camargo, coordenador do Grupo de Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Mesmo que existam pessoas que digam "da minha bagunça eu entendo" ou "eu sei onde está qualquer coisa que precisar", o psiquiatra explica que, como o ambiente de trabalho é coletivo, mesmo que a sua bagunça não atrapalhe o dono dela, o colega ao lado pode ser prejudicado sem se dar conta disso.
Ele fala, ainda, que essa perturbação não se limita a encontrar um objeto específico no meio da desordem, mas o fato de que a bagunça em si é o que causa da poluição visual e, consequentemente, da distração.
Ordem na bagunça
Depois de meses com caixas distribuídas por cômodos da casa, a
empresária Juliana decidiu que era hora de colocar ordem na bagunça. A
missão era se livrar do excesso e fazer tudo caber no guarda-roupa da
casa nova.
"Mesmo ainda estando no meio do meu processo de reorganização, saber onde está cada coisa já facilita e me livra do estresse matinal ao me vestir. Hoje, consigo bater o olho e saber tudo o que tem no armário e saber o que eu quero".
"Mesmo ainda estando no meio do meu processo de reorganização, saber onde está cada coisa já facilita e me livra do estresse matinal ao me vestir. Hoje, consigo bater o olho e saber tudo o que tem no armário e saber o que eu quero".
"Organização é sinônimo de qualidade de vida", diz a organizadora
pessoal Valéria Duarte. Segundo ela, o mais comum é a pessoa não saber
por onde começar. "Faltam concentração e plano de ação, além do
conhecimento das técnicas e das ferramentas certas para colocar tudo no
lugar; não só de uma de forma otimizada, mas que a própria pessoa possa
mantê-la no dia a dia", diz Valéria. Mas, segundo ela, o esforço vale a
pena: "O ganho de tempo e qualidade de vida são os principais
benefícios", incentiva a organizadora.
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