Levar dinheiro ou comprar moeda fora são melhores opções, dizem analistas
Afonso Ferreira
Do UOL, em São Paulo (SP)
Do UOL, em São Paulo (SP)
Viajar para o exterior com moeda estrangeira na bagagem ou trocar o
dinheiro no país de destino são as opções mais baratas para os
viajantes, segundo analistas financeiros consultados pelo UOL.
Isso porque o governo elevou na última sexta-feira (27) a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 0,38% para 6,38% em operações com cartões de débito pré-pagos, cheques de viagem (traveller checks) e saque de moeda estrangeira no mercado externo.
Para quem viaja para o exterior até o final da primeira semana de janeiro e ainda não comprou moeda estrangeira, a opção mais vantajosa é levar dinheiro em papel, segundo o diretor de câmbio da TOV Corretora, Stéfano Burstin.
De acordo com Burstin, o dinheiro em papel é a opção mais barata para o viajante que tem pouco tempo para comprar a moeda estrangeira. Veja outras opções para compras no exterior.
"Ao cotar moeda estrangeira em espécie nas casas de câmbio, além da manutenção do IOF em 0,38% para a operação, o viajante tem a possibilidade de barganhar e conseguir taxas ainda menores do que a de um cartão de crédito, por exemplo", diz.
No entanto, se o valor em espécie ultrapassar o equivalente a R$ 10 mil, será necessário preencher uma declaração de bens disponível no site da Receita Federal.
O diretor da corretora afirma, ainda, que a segurança no caso do "dinheiro vivo" é menor.
"O viajante terá de andar com quantias elevadas nos bolsos e, caso seja vítima de assalto, perderá o dinheiro. Os cartões pré-pagos e de crédito, por outro lado, permitem o bloqueio e a emissão de segunda via sem custos para o consumidor."
Neste caso, o viajante ficaria livre da cobrança do IOF, de acordo com Dana. "Esse é um imposto brasileiro. Em muitos países, ele não existe, mas o turista fica sujeito às regras de câmbio e taxas locais", afirma.
A operação, porém, exige cuidado. Segundo o economista, em países situados fora da União Europeia, América do Sul e Estados Unidos, as casas de câmbio podem não aceitar o real. Além disso, elas podem não ter disponível no dia o valor correspondente em moeda local.
"Pode acontecer de o turista chegar na casa de câmbio com R$ 5.000 e ela não ter o valor em moeda corrente disponível para realizar a troca", diz.
Dana declara que, para minimizar os riscos, o viajante deve pesquisar na internet casas de câmbio no país de destino e fazer cotações nelas. "Dessa forma, ele consegue saber se o real é aceito e qual o estabelecimento que oferece as melhores condições de câmbio."
Segundo ele, as operadoras de cartões de débito pré-pagos foram pegas de surpresa pelo governo e podem criar benefícios para os usuários com o intuito de manter o produto atrativo.
"Seria uma forma de aumentar a competitividade do cartão pré-pago no mercado e amortecer o impacto da elevação do IOF. Se as operadoras desses cartões não fizerem nada, vão perder muitos clientes."
Isso porque o governo elevou na última sexta-feira (27) a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 0,38% para 6,38% em operações com cartões de débito pré-pagos, cheques de viagem (traveller checks) e saque de moeda estrangeira no mercado externo.
Para quem viaja para o exterior até o final da primeira semana de janeiro e ainda não comprou moeda estrangeira, a opção mais vantajosa é levar dinheiro em papel, segundo o diretor de câmbio da TOV Corretora, Stéfano Burstin.
De acordo com Burstin, o dinheiro em papel é a opção mais barata para o viajante que tem pouco tempo para comprar a moeda estrangeira. Veja outras opções para compras no exterior.
"Ao cotar moeda estrangeira em espécie nas casas de câmbio, além da manutenção do IOF em 0,38% para a operação, o viajante tem a possibilidade de barganhar e conseguir taxas ainda menores do que a de um cartão de crédito, por exemplo", diz.
No entanto, se o valor em espécie ultrapassar o equivalente a R$ 10 mil, será necessário preencher uma declaração de bens disponível no site da Receita Federal.
O diretor da corretora afirma, ainda, que a segurança no caso do "dinheiro vivo" é menor.
"O viajante terá de andar com quantias elevadas nos bolsos e, caso seja vítima de assalto, perderá o dinheiro. Os cartões pré-pagos e de crédito, por outro lado, permitem o bloqueio e a emissão de segunda via sem custos para o consumidor."
Trocar dinheiro no exterior elimina o IOF
Para o economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana, há também a possibilidade de levar dinheiro nacional para o exterior e trocá-lo pela moeda local em uma casa de câmbio.Neste caso, o viajante ficaria livre da cobrança do IOF, de acordo com Dana. "Esse é um imposto brasileiro. Em muitos países, ele não existe, mas o turista fica sujeito às regras de câmbio e taxas locais", afirma.
A operação, porém, exige cuidado. Segundo o economista, em países situados fora da União Europeia, América do Sul e Estados Unidos, as casas de câmbio podem não aceitar o real. Além disso, elas podem não ter disponível no dia o valor correspondente em moeda local.
"Pode acontecer de o turista chegar na casa de câmbio com R$ 5.000 e ela não ter o valor em moeda corrente disponível para realizar a troca", diz.
Dana declara que, para minimizar os riscos, o viajante deve pesquisar na internet casas de câmbio no país de destino e fazer cotações nelas. "Dessa forma, ele consegue saber se o real é aceito e qual o estabelecimento que oferece as melhores condições de câmbio."
Cartões pré-pagos poderão ter benefícios e ganhar competitividade
Já para quem está com viagem marcada a partir do dia 13 de janeiro, Burstin declara que vale a pena esperar mais um pouco para comprar a moeda estrangeira.Segundo ele, as operadoras de cartões de débito pré-pagos foram pegas de surpresa pelo governo e podem criar benefícios para os usuários com o intuito de manter o produto atrativo.
"Seria uma forma de aumentar a competitividade do cartão pré-pago no mercado e amortecer o impacto da elevação do IOF. Se as operadoras desses cartões não fizerem nada, vão perder muitos clientes."
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