Cientistas anunciam a eficácia, em humanos, de um imunizante para o controle do tipo 1 da doença. Além disso, a ciência apresenta novos remédios e até a criação de pâncreas artificial
Monique Oliveira, de Chicago (EUA)Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, anunciaram na última semana um passo importante em direção à primeira vacina contra a diabetes. Os cientistas criaram um imunizante que se mostrou eficaz para controlar, em humanos, o tipo 1 da doença, que ocorre porque o sistema imunológico do próprio corpo passa a atacar as células beta, situadas no pâncreas, que fabricam a insulina. O hormônio permite a entrada, nas células, da glicose circulante na corrente sanguínea. Com menos insulina, há um acúmulo de açúcar no sangue, o que caracteriza a diabetes. O outro tipo, o 2, é resultado de alterações promovidas principalmente pela obesidade.
Interromper a destruição comandada pelo corpo é um dos objetivos perseguidos por cientistas em todo o mundo. Recentemente, a Diabetes UK, entidade inglesa de combate à doença, anunciou um ambicioso projeto de pesquisa em busca de uma vacina com esse propósito. Por essa razão, o feito dos americanos foi saudado. “Pela primeira vez temos evidência da eficácia de uma vacina em humanos. É um passo significativo em direção a um mundo sem diabete tipo 1”, afirmou Karen Addington, especialista inglesa.
CARDÁPIO
Teixeira cuida da alimentação para evitar crises de hipoglicemia
O pâncreas artificial é dotado de um sensor e um software acoplados a uma bomba de insulina e promove a liberação do hormônio de acordo com a necessidade. Dessa forma, diminui o risco de crises de hipoglicemia, um dos reveses mais comuns no controle da doença. “Alguns médicos até demoram a receitar a insulina, de tão complicado que pode ser sua aplicação”, diz o médico Freddy Eliaschewitz, de São Paulo, presente no encontro americano. O administrador de empresas Luiz Carlos Teixeira, 63 anos, de São Paulo, toma cuidado para não sofrer com o problema. “Procuro me alimentar bem”, diz.
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Diabetes tipo 1 – É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.- See more at: http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-1#sthash.h4vL4c4z.dpuf
O que é Diabetes tipo 1?
Sinônimos: Diabetes insulino-dependenteO diabetes tipo 1 é uma doença que dura a vida toda (crônica), na qual são observados altos níveis de açúcar (glicose) no sangue.Causas
O diabetes tipo 1 pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, é mais comumente diagnosticado em crianças, adolescentes e adultos jovens.A insulina é um hormônio produzido no pâncreas por células especiais, chamadas células beta. O pâncreas se encontra atrás do estômago. A insulina é necessária para levar o açúcar do sangue (glicose) às células, onde fica armazenado e, depois, é utilizado para gerar energia. No diabetes tipo 1, as células beta produzem pouca ou nenhuma insulina.Sem insulina suficiente, a glicose se acumula no sangue em vez de ir para as células. O corpo não consegue usar essa glicose para gerar energia. Isso leva ao aparecimento dos sintomas do diabetes tipo 1.A causa exata do diabetes tipo 1 é desconhecida. Ela é provavelmente uma doença autoimune. Uma infecção ou algum outro fator pode fazer com que o corpo erroneamente ataque as células do pâncreas que produzem insulina. Esse tipo de doença pode ser transmitido de geração em geração.Exames
O diabetes é diagnosticado através dos seguintes exames de sangue:- Nível de glicose no sangue em jejum o diabetes será diagnosticado se o nível for maior do que 126 mg/dL por duas vezes
- Nível aleatório de glicose no sangue (sem jejum) - poderá ser diabetes se o nível for maior do que 200mg/dL e ocorrerem sintomas como aumento da sede e da micção e cansaço (deve ser confirmado com um exame em jejum)
- Teste oral de tolerância à glicose - o diabetes será diagnosticado se o nível de glicose for maior do que 200 mg/dL após 2 horas
- Normal: menor do que 5,7%
- Pré-diabetes: entre 5,7% e 6,4%
- Diabetes: maior ou igual a 6,5%
O teste de cetonas também pode ser solicitado. O teste de cetonas é realizado usando uma amostra de urina ou sangue. O teste de cetonas pode ser realizado:- Quando o nível de açúcar no sangue for maior do que 240 mg/dL
- Durante uma enfermidade como pneumonia, ataque cardíaco ou derrame
- Quando ocorrerem episódios de náusea ou vômito
- Durante a gravidez
Os seguintes testes ou exames ajudarão o médico a monitorar o diabetes e prevenir suas complicações- Verifique a pele e os ossos nos pés e pernas.
- Verifique se os pés estão ficando dormentes
- Verifique a pressão arterial pelo menos uma vez por ano (a pressão arterial ideal deve ser de 130/80 mm/Hg ou menos).
- Faça seu teste de hemoglobina glicada A1c a cada 6 meses se o diabetes estiver controlado
- do contrário, faça a cada 3 meses.
- Faça os exames de colesterol e triglicerídeos anualmente (o nível de colesterol LDL deve estar abaixo de 70-100 mg/dL).
- Faça exames anuais para verificar a função renal (microalbuminúria e creatinina sérica).
- Consulte o oftalmologista pelo menos uma vez ao ano ou mais se apresentar sinais de doença ocular em consequência do diabetes.
- Consulte o dentista a cada 6 meses para um exame e limpeza gerais. Informe seu dentista que você é diabético.
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