Mundo sofreu aumento de extremos climáticos na década passada
Informação é de relatório da Organização Meteorológica Mundial, da ONU. Número de mortes em desastres climáticos cresceu 20% entre 2001 e 2010.
Em 2005, o furacão Katrina destruiu a cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos (Foto: AFP/arquivo)
Segundo informações da Reuters, todos os anos da década, exceto 2008, estiveram entre os dez mais quentes já registrados desde 1850. O ano de 2010 foi o mais quente de todos. O número de dias com recordes de temperatura máxima também superou amplamente os recordes de mínimas.
A agência da ONU informa que o número de vítimas de extremos climáticos como as ondas de calor que atingiram a Europa em 2003 e a Rússia em 2010, furacões como o Katrina, nos Estados Unidos, e ciclones, como o Nargis em Mianmar, aumentou 20% em relação à década anterior (1991-2000), totalizando 370 mil mortes entre 2001 e 2010.
Segundo a organização, as inundações foram os eventos extremos mais frequentes na década.
O texto diz que muitos desses eventos climáticos podem ser explicados por variações naturais - secas e tempestades excepcionais aconteceram ao longo de toda a história -, mas que o aumento das emissões humanas de gases do efeito estufa também contribuiu.
“O clima se aqueceu consideravelmente entre 1917 e 2010 e o ritmo do aumento das temperaturas em 10 anos, sobre os períodos 1991-2000 e 2001-2010, não tem precedentes”, comentou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, à AFP.
“As concentrações crescentes de gases de efeito estufa, que retêm o calor, estão transformando nosso clima, com as mudanças que isso implica para o meio ambiente e os oceanos”, acrescentou Jarraud.
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