Seleção fatura o título no Maracanã e mostra aos rivais que tem potencial para recuperar o posto de melhor do mundo
Rio - O Brasil deu uma lição na
Espanha. Empurrado pela torcida que lotou o Maracanã e com uma postura
perfeita, a Seleção venceu por 3 a 0, neste domingo, e conquistou a Copa
das Confederações pela quarta vez na história. O título representa o
resgate do futebol brasileiro. Primeiramente com a população do país. O
apoio da torcida foi fundamental em todos os jogos na competição. A
festa no Maraca foi apenas a coroação para a trajetória no torneio. E o
mais importante: a seleção brasileira mostrou evolução em campo e que
pode repetir o roteiro na Copa do Mundo e buscar o hexa.
A torcida no Maracanã foi um capítulo
à parte desde o Hino Nacional até a hora de gritar "é campeão". Foi o
combustível ideal para os jogadores, que não decepcionaram. Os
torcedores retribuíram com orgulho e com gritos de "O campeão voltou". E
sobrou até para a Espanha, que teve de ouvir "olé" da torcida
brasileira. Os campeões do mundo, por sinal, viram a série de 29 jogos
oficiais ser quebrada.
A estratégia brasileira foi perfeita. A
marcação por pressão no começo da partida atrapalhou a saída de bola da
Espanha. Os campeões do mundo não conseguiram jogar. Os brasileiros se
multiplicaram em campo e sufocaram os espanhóis. E o talento do país do
futebol falou mais alto. O poder de decisão de Fred e Neymar fez a
diferança. O camisa 9 mostrou seu faro de artilheiro. E o craque do
Barcelona demonstrou aos seus futuros companheiros que tem potencial de
sobra: arrancadas, dribles e gol.
O JOGO
O primeiro tempo começou da melhor
forma possível para a seleção brasileira. Logo no primeiro minuto, Fred,
caído, completou para o gol e abriu o placar. A estratégia do Brasil
era clara: pressionar a saída de bola da Espanha. A tática dava
resultado. Os europeus encontravam dificuldade em tocar. A Seleção se
aproveitou e quase ampliou. Fred ajeitou de calcanhar para Oscar, que
chutou rente à trave direita de Casillas.
O Brasil não diminuiu o ritmo e
conseguiu manter a marcação por pressão. Paulinho roubou a bola perto da
entrada da área da Espanha e tentou por cobertura. Casillas se
recuperou a tempo e evitou um golaço. A Espanha tinha dificuldade em
criar e teve de arriscar de fora da área. Julio Cesar salvou chute de
Iniesta.
Festa da seleção brasileira no Maracanã
André Mourão / Agência O Dia
André Mourão / Agência O Dia
A Seleção recuou estrategicamente para
apostar no contra-ataque. Em um deles, Neymar deixou Fred na cara do
gol, mas o atacante do Fluminense chutou em cima de Casillas. A resposta
da Espanha foi com Pedro finalmente quando os atuais campeões do mundo
conseguiram acelerar o jogo. O atacante do Barcelona surgiu livre na
direita e tocou na saída de Julio Cesar, mas David Luiz salvou quase que
em cima da linha.
O cenário ficou ainda melhor para a
Seleção. Novamente em contra-ataque, Oscar tocou para Neymar. O atacante
chutou com força, sem chances para Casillas: 2 a 0. Na comemoração, o
craque foi para a torcida: sinal claro de união entre os jogadores e os
torcedores.
O segundo tempo começou da mesma forma
que a etapa inicial: gol do Brasil. Neymar fez corta-luz em passe de
Hulk. A bola foi para Fred. Com um chute de primeira, o atacante fez 3 a
0. Foi o quinto gol de Fred na Copa das Confederações, artilheiro ao
lado de Fernando Torres.
A Espanha teve chance de diminuir. Marcelo fez
pênalti em Jesús Navas, que havia entrado no lugar de Mata. Sergio
Ramos, porém, cobrou para fora. O Brasil apostava nos contra-ataques.
Casillas teve de sair da área duas vezes para conter as investidas
brasileiras. O panorama para a Seleção ficou ainda melhor aos 23
minutos. Piqué deu um carrinho em Neymar e foi expulso.O domínio brasileiro continuou em campo. Com tranquilidade, o Brasil tocou a bola e provou para a Espanha que tem potencial para recuperar o posto de melhor do mundo.
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