Papa diz que protestos no País são justos e de acordo com Evangelho
A Jornada Mundial da Juventude ocorrerá no Rio de Janeiro, no final do mês de julho
A Jornada Mundial da Juventude ocorrerá no Rio de Janeiro, no final do mês de julho
O
papa Francisco, que virá ao Brasil no próximo dia 22 para participar da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, disse que as
manifestações que estão ocorrendo por todo o País são justas e de acordo
com o Evangelho, segundo informações do jornal El País.
De acordo com reportagem do periódico, o Pontífice tem
se informado diretamente dos protestos em curso nas ruas brasileiras,
com massiva participação dos jovens, e deve inclusive se referir às
manifestações em seu discurso na JMJ, segundo fonte “confiável” do
correspondente do El País.
O papa Francisco já teria escrito seu discurso quando
foi informado, pessoalmente, por prelados brasileiros sobre as
manifestações e atos de violência registrados no País. O primeiro a se
encontrar com o pontífice no Vaticano foi o arcebispo do Rio de Janeiro,
Dom Orani João Tempesta.
Há 15 dias, foi a vez do arcebispo de São Paulo, dom
Cláudio Hummes, conversar com o Papa, seguido finalmente pelo cardeal
Raymundo Damasceno de Assis, presidente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), que declarou apoio às manifestações, desde que
pacíficas. O documento produzido pela CNBB estaria nas mãos do papa
Francisco, segundo o periódico.
Dom Cláudio Hummes, após seu encontro com o Pontífice,
disse a um grupo de católicos no Colégio São Bento que a “mensagem de
Cristo está em sintonia com essas reivindicações do povo”, segundo o El País, e acrescentou que “por isso devem estar presentes. O povo, de fato, está vivendo o Evangelho”.
O cardeal afirmou que não teme que as manifestações
possam manchar a visita do Papa ao Brasil, e inclusive transmitiu ao
Pontífice que os protestos não estão relacionados com sua visita, e sim
contra o governo.
Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre
março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à
Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das
passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.
O grandeza do protesto e a violência dos confrontos
expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o
Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos.
Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já
inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa
do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos
em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta
um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e
significados de um movimento popular singular na história brasileira
desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos
aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
Papa Francisco no Brasil
Com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países.
Com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países.
O evento marca também a primeira grande visita
internacional do papa Francisco desde sua nomeação como líder máximo da
Igreja Católica, em 13 de março desde ano. O Pontífice chega ao Rio de
Janeiro na tarde do dia 22 de julho, com retorno a Roma previsto para o
dia 28. Sua agenda no Brasil contempla a visita à comunidade de
Varginha, no complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio, e ao Hospital
São Francisco de Assis. Além disso, terá um encontro com a sociedade no
Theatro Municipal, no centro da cidade, e ao Santuário de Aparecida, em
São Paulo. O ponto alto fica por conta de duas grandes celebrações na
praia de Copacabana, na zona sul do Rio, nos dias 25 e 26.
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