. A nanotecnologia está chegando aos medicamentos. Esta
tecnologia está baseada na capacidade de se construir estruturas com
átomos para realizar funções mecânicas e físicas na dimensão da
bilionésima parte do metro ou milionésima do milímetro.
Estruturas moleculares
A ideia do uso da nanotecnologia nos medicamentos é a de envolver as substâncias medicamentosas em nanocápsulas que teriam afinidades por estruturas moleculares específicas. Por exemplo, o Instituto de Tecnologia em Fármacos da Farmanguinhos, órgão da Fundação Oswaldo Cruz, ligado ao Ministério da Saúde, anunciou o início de uma pesquisa sobre um fármaco usado no controle da esquistossomose (barriga d´água). A microcápsula atômica liberaria o medicamento praziquantel apenas quando em contato com o parasita Schistosoma. Essa estratégia diminuiria a quantidade de medicamento administrado e as consequentes reações adversas, aumentando a eficácia do tratamento. Esse mesmo raciocínio instiga os pesquisadores a produzir medicamentos que só atuem nas células cancerígenas, sem todos os inconvenientes do uso dos antineoplásicos.
Vantagens
Outro laboratório brasileiro pretende lançar, brevemente, medicamentos envolvidos em nanocápsulas. Ambos os medicamentos são produtos dermatológicos. Essa estratégia evitaria eventual absorção para o sangue, das substâncias administradas na pele. Um dos medicamentos, a finasterida, é um derivado de hormônio usado na alopecia (queda de cabelo) que pode produzir impotência quando circula pelo sangue. O outro é um anestésico local que, quando absorvido, pode apresentar arritmia cardíaca. As nanocápsulas também apresentam a vantagem de retardar a liberação, permanecendo mais tempo disponível na derme, diminuindo o número de aplicações necessárias.
Essa capacidade das partículas nanométricas em liberar controladamente o medicamento, evita picos de dosagem que ocorrem com os remédios convencionais. Toda vez que se faz uso de medicamento, por exemplo, pela via oral, a quantidade circulante no sangue aumenta muito, decaindo conforme a eliminação vai ocorrendo pelo fígado ou rins. Os medicamentos, ao serem liberados continuamente pelas nanocápsulas, mantêm concentrações sanguíneas constantes, diminuindo riscos de intoxicação.
Fonte: cim@unisantos.br
Estruturas moleculares
A ideia do uso da nanotecnologia nos medicamentos é a de envolver as substâncias medicamentosas em nanocápsulas que teriam afinidades por estruturas moleculares específicas. Por exemplo, o Instituto de Tecnologia em Fármacos da Farmanguinhos, órgão da Fundação Oswaldo Cruz, ligado ao Ministério da Saúde, anunciou o início de uma pesquisa sobre um fármaco usado no controle da esquistossomose (barriga d´água). A microcápsula atômica liberaria o medicamento praziquantel apenas quando em contato com o parasita Schistosoma. Essa estratégia diminuiria a quantidade de medicamento administrado e as consequentes reações adversas, aumentando a eficácia do tratamento. Esse mesmo raciocínio instiga os pesquisadores a produzir medicamentos que só atuem nas células cancerígenas, sem todos os inconvenientes do uso dos antineoplásicos.
Vantagens
Outro laboratório brasileiro pretende lançar, brevemente, medicamentos envolvidos em nanocápsulas. Ambos os medicamentos são produtos dermatológicos. Essa estratégia evitaria eventual absorção para o sangue, das substâncias administradas na pele. Um dos medicamentos, a finasterida, é um derivado de hormônio usado na alopecia (queda de cabelo) que pode produzir impotência quando circula pelo sangue. O outro é um anestésico local que, quando absorvido, pode apresentar arritmia cardíaca. As nanocápsulas também apresentam a vantagem de retardar a liberação, permanecendo mais tempo disponível na derme, diminuindo o número de aplicações necessárias.
Essa capacidade das partículas nanométricas em liberar controladamente o medicamento, evita picos de dosagem que ocorrem com os remédios convencionais. Toda vez que se faz uso de medicamento, por exemplo, pela via oral, a quantidade circulante no sangue aumenta muito, decaindo conforme a eliminação vai ocorrendo pelo fígado ou rins. Os medicamentos, ao serem liberados continuamente pelas nanocápsulas, mantêm concentrações sanguíneas constantes, diminuindo riscos de intoxicação.
Fonte: cim@unisantos.br
Remédio inteligente Uma equipe de cientistas, engenheiros e médicos dos Estados Unidos afirma estar entusiasmada com os primeiros resultados do primeiro medicamento anticâncer produzido com nanotecnologia.
A
droga, chamada BIND-014, é o primeiro de uma classe conhecida como
medicamentos inteligentes que entra na etapa de testes clínicos em
humanos.
O nanomedicamento foi projetado para o tratamento de tumores sólidos, e atua em conjunto com drogas já usadas em quimioterapia.
Medicamento programável
O
estudo mostrou a capacidade do BIND-014 para alcançar um receptor
expresso em tumores, de forma a aumentar a concentração dos medicamentos
quimioterápicos sobre o tumor.
O maior
entusiasmo vem do fato de que o tratamento com o nanomedicamento
aumentou notavelmente a eficácia, a segurança e as propriedades
farmacológicas do fármaco quimioterapêutico sozinho, o docetaxel
(Taxotere).
"O BIND-014 demonstrou, pela
primeira vez, que é possível produzir medicamentos com propriedades
orientadas e programáveis, capaz de concentrar o efeito terapêutico
diretamente no local da doença, potencialmente revolucionando como as
doenças complexas, como o câncer, podem ser tratadas," disse o Dr. Omid
Farokhzad, da Universidade de Harvard.
"As
tentativas anteriores de desenvolver nanopartículas direcionáveis não
conseguiram chegar à etapa de estudos clínicos em humanos devido à
dificuldade de projetar e dimensionar uma partícula que seja capaz de
chegar ao local, ficar por longo tempo no organismo, fugir da resposta
imunológica e liberar a droga de forma controlada," explica o Dr. Robert
Langer, coautor do estudo.
Efeitos do nanomedicamento
Segundo
a equipe, o nanomedicamento gerou uma concentração elevada da droga
quimioterápica sobre o local do tratamento - um aumento de 100 vezes do
docetaxel presente no plasma sanguínea ao longo de 24 horas.
Isto produziu uma eficácia substancialmente maior, além da diminuição dos efeitos colaterais da quimioterapia.
Foi observado também um aumento de até 10 vezes na concentração intratumoral do quimioterápico.
Nanomedicina
Os
pesquisadores observam que, embora a ciência e a tecnologia do BIND-014
tenha-se baseado no mecanismo de ação do docetaxel, os indícios são de
que o nanomedicamento altera significativamente os efeitos biológicos da
própria droga, em virtude de mudanças fundamentais em sua farmacologia,
incluindo grandes aumentos na concentração no local do tratamento.
A
pesquisa e o desenvolvimento do primeiro medicamento com nanotecnologia
inaugura a chamada nanomedicina, representando a culminância de mais de
uma década de pesquisas.
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