França, Itália e Portugal negaram aterrissagem de aeronave oficial
Terra
“O governo brasileiro expressa sua indignação e repúdio ao
constrangimento imposto ao presidente Evo Morales por alguns países
europeus, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por
seu espaço aéreo, depois de haver autorizado seu trânsito”, afirma um
trecho da nota atribuída à presidente brasileira.
Autoridades bolivianas informaram que o avião de Morales teve que
ser desviado a Viena na terça-feira à noite, depois que França, Itália e
Portugal negaram o pedido de entrada em seu espaço aéreo.
“O constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia,
mas a toda América Latina. Compromete o diálogo entre os dois
continentes e possíveis negociações entre eles. Exige pronta explicação e
correspondentes escusas por parte dos países envolvidos nesta
provocação”, diz Dilma em outro trecho.
“Causa surpresa e espanto que a postura de certos governos europeus
tenha sido adotada ao mesmo momento em que alguns desses mesmos
governos denunciavam a espionagem de seus funcionários por parte dos
Estados Unidos, chegando a afirmar que essas ações comprometiam um
futuro acordo comercial entre este país e a União Europeia”, acrescenta a
presidente.
A governante brasileira se solidarizou com o presidente do país
vizinho e se comprometeu a encaminhar “iniciativas em todas instâncias
multilaterais, especialmente em nosso continente, para que situações
como essa nunca mais se repitam”.
Para essa quinta-feira, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul)
convocou uma reunião emergencial a ser realizada em Cochabamba, na
Bolívia. Quem representará o governo brasileiro é o secretário-geral do
Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Santos.
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