Mais de 5 milhões de alunos realizam as provas neste fim de semana
O Inep não divulgou quantos e nem as identidades dos alunos que foram flagrados. Também não anunciou em que Estados o episódio ocorreu. O Enem está sendo aplicado em 2011 em 14 mil locais de prova a 5,3 milhões de estudantes.
Segundo as regras do Enem, o uso de qualquer aparelho eletrônico é proibido e os aparelhos devem ser desligados e entregues aos aplicadores antes do início da prova. O exame teve início às 13h e termina às 18h30. Neste sábado, os participantes responderam a 90 questões de ciências humanas e da natureza. No domingo, as provas são de linguagens e matemática, além da redação.
Os primeiros estudantes que fizeram a prova do Enem na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), no Bairro Prado Velho, em Curitiba, começaram a deixar as salas por volta das 15 horas. "Achei que estava fácil", disse Daniela Guedes, de 18 anos. Ela quer entrar na Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Administração, curso para o qual já está aprovada nos vestibulares da própria PUC e da Universidade Positivo. Mesmo que não passe na federal, ela espera que a nota do Enem ajude a abater a mensalidade em outra faculdade. Apesar de não ter observado nenhum problema, ela acentuou que estava com medo. "É uma prova cansativa e fiquei com medo de ter que realizar tudo de novo", afirmou. No ano passado, erros de impressão no caderno de provas obrigaram o Ministério da Educação a submeter diversos alunos a novas provas.
Atrasos provocaram violência
Como é tradicional no Enem e nas provas de vestibular, muitos alunos se atrasaram. Alguns, por falta de atenção. O estudante Vinícius Valarelli, de 17 anos, chegou às 13h02 para prestar a prova do Enem e já encontrou o portão fechado, em Sorocaba, interior de São Paulo. Ele disse ter confundido o local da prova. "A escola tem duas unidades e achei que era na outra", alegou. Outros foram atrapalhados por condições inesperadas, como o trânsito. Um acidente na avenida Marquês de São Vicente, zona oeste de São Paulo, provocou lentidão e fez diversos candidatos perderem a prova no câmpus da Unip da avenida Hermano Marchetti, na Lapa, também zona oeste da capital paulista. Revoltados, cerca de cem jovens forçaram a porta da universidade, com gritos e pontapés. Um dos vidros da porta quebrou e fiscais chamaram a polícia para conter os estudantes. "É uma sacanagem fazerem isso com a gente", disse Andrei Handrey, de 23 anos, que pretendia disputar uma vaga de Publicidade e Propaganda por meio do ProUni. Por volta de 13h30, a situação já estava sob controle.
Em Campos Belos, interior de Goiás, um candidato (não identificado) que chegou atrasado tentou entrar no local de prova com a ajuda de um delegado e um promotor de justiça local. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o delegado Thiago da Silva chegou a dar voz de prisão à funcionária do consórcio que aplica a prova após ela ter se negado a deixar o estudante entrar às 14h30. Os portões foram fechados às 13h (horário de Brasília) em todo o país. Segundo o MEC, o delegado alegou que o aluno tinha direito a “livre trânsito”. O inscrito chegou a entrar no local, mas a prova dele foi anulada. O ministério informou que irá entrar com uma representação por abuso de autoridade contra o promotor e o delegado na Justiça Federal.
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