8.10.2017

J&F teme que colaboração de Funaro comprometa delação da empresa

A delação de Lucio Funaro preocupa os executivos da J&F. Eles passaram os últimos dias fazendo um pente-fino em todos os documentos que têm sobre o relacionamento que mantiveram com o doleiro para entregar ao Ministério Público Federal. O temor é que Funaro se lembre de algo que tenha passado despercebido por eles e que comprometa toda a delação da empresa. 

LEMBRANÇAS
Depois de fazer acordo de colaboração, um delator não pode alegar lapsos de memória para explicar eventuais omissões nas informações que deu às autoridades, sob pena de ter todo o acordo desfeito. 


NOTA FISCAL
Um dos documentos que a J&F entregará ao MPF é o recibo de R$ 600 mil, correspondente a parcela do "mensalinho" que a empresa diz ter pago a Funaro. Os desembolsos eram justificados por serviços de consultoria. Seria um dos raros casos de propina com nota fiscal da delação da empresa. 


NO PAPEL
E depois do fracasso na negociação da Eldorado Celulose com a chilena Arauco, a J&F passou a considerar a possibilidade de negociar com empresas chinesas que já manifestaram interesse pela empresa. 


ANTIGA TURMA
Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Fernando Henrique Cardoso tiveram longa conversa na tarde de terça (8), no apartamento do ex-presidente, no bairro de Higienópolis, em São Paulo.



Da reunião participaram também o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), e o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). 

EM BUSCA
Na pauta, entre outros assuntos, a sucessão de 2018. Fernando Henrique Cardoso admitiu que o PSDB passa por uma crise e precisa se "reencontrar".


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Raquel Cunha/TV Globo/Divulgação

NO PARAÍSO
Sergio Guizé está no Jalapão, em Tocantins, onde grava cenas da próxima novela das 21h da TV Globo, "O Outro Lado do Paraíso" de Walcyr Carrasco; o ator interpretará Gael, personagem principal da trama 


PODE FALAR
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin arquivou um processo por injúria que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) moveu contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Na votação do afastamento de Dilma Rousseff, Braga chamou o colega de "gângster" e disse que "o que dá sustentação à sua cadeira cheira a enxofre." Para Fachin, o deputado não pode ser punido por ter imunidade parlamentar.

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