1.11.2019

FILHO DE BOLSONARO QUER APOLOGIA DE REGIME MILITAR EM LIVROS DIDÁTICOS

Escroto esse cara.

DIA 10/01/2019

Eduardo Bolsonaro, filho do novo presidente da República, não parece satisfeito com o cargo de deputado federal. Depois da eleição do pai, ele tem se empenhado em externar suas vontades em todos os campos da administração pública.
Por isso, nos bastidores do poder, em Brasília, já é chamado de "príncipe regente".
Nesta quinta-feira, ele publicou no Twitter mensagens em que defende a Ditadura Militar e critica os livros didáticos que apresentam a verdade histórica.
Afirmou:
- Se continuarmos no nosso marasmo os livros escolares seguirão botando assassinos como heróis e militares como facínoras. (...) Os militares saíram em 1985 e até hoje vejo matérias na imprensa mentido sobre o que foi aquele período, só p/ enaltecer a PTzada".
Na verdade, o deputado desconsidera centenas de estudos acadêmicos e farto material jornalístico que provam as atrocidades cometidas pelos militares que tomaram o poder por meio de um golpe, em 1964.
Segundo as comissões da verdade, mais de 200 mil brasileiros foram perseguidos durante os 21 anos de vigência do regime de terror.
Foram prisões arbitrárias, sessões de torturas, estupros e assassinatos. Oficialmente, 434 brasileiros foram mortos pelas forças de repressão. Entre os presos e torturados há dezenas de crianças, como prova o livro "Infância Roubada". Link abaixo.
O deputado Bolsonaro, um amante de armas, segue a visão extravagante de seu pai acerca do regime de exceção. Em diversas entrevistas, o capitão reformado afirmou que a "Ditadura matou pouco" e defendeu a prática da tortura.
Pai e filho consideram que a manifestação da verdade histórica se constituiu em doutrinação comunista.
No processo de desconstrução dos métodos educativos baseados no humanismo e nas relações solidárias, o governo de extrema-direita publicou no dia 2 de janeiro um edital que orienta a publicação de livros escolares.
Nesta versão, suprimiu exigências como o compromisso com a agenda da não violência contra as mulheres e a promoção das culturas quilombolas e dos povos do campo. Também eliminou a exigência de referências bibliográficas.
A repercussão foi tremendamente negativa e o Ministério da Educação decidiu anular a nova versão do edital. Procurando safar-se da responsabilidade, o ministro colombiano Ricardo Vélez-Rodriguez afirmou que o polêmico documento era obra da gestão Temer.

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