Moro cometeu quatro tipos de crimes ao atuar na Lava Jato, afirma juíza
RBA –Segundo representante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, ministro incorreu em abuso de autoridade, improbidade administrativa, prevaricação e formação de quadrilha. Ato hoje em São Paulo protesta contra a atuação do ministro
Moro: crimes estão relacionados com a forma como o
ex-juiz conduziu e interferiu nas investigações da operação para depois
julgar e prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
impedindo-o de participar das eleições
São Paulo – A atuação do ex-juiz e atual
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na operação Lava
Jato envolve quatro crimes. É o que afirma a juíza do Trabalho e
integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD)
Raquel Braga, que divulgou hoje (19) vídeo sobre o tema em sua página no
Facebook.
Raquel explica que esses crimes estão
relacionados com a forma como o ex-juiz conduziu e interferiu nas
investigações da operação para depois julgar e prejudicar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo-o de participar das
eleições presidenciais do ano passado.
“O primeiro crime é o abuso de autoridade,
quando testemunhas são conduzidas coercitivamente, como no caso do
Lula, sem o convite, sem intimação e não se negam a depor”, diz Raquel.
O outro crime que deve ser apurado, segundo ela, é o de improbidade administrativa.
O funcionário público e o agente político, como é o caso do Moro, não
pode do seu ato de ofício auferir vantagens. “Moro, com o processo
contra o Lula, eivado de nulidades, o afastou das eleições. E Bolsonaro
eleito, escolhe Moro como ministro da Justiça e promete a ele um cargo
para o Supremo Tribunal Federal”, afirma.
Outro crime, ainda, é o de prevaricação.
“No caso João Santana, Moro retarda a denúncia do Ministério Público,
deixando as peças sob o seu controle, sem enviar para o Supremo Tribunal
Federal”, diz a juíza.
E, por fim, também a ser investigada é a formação de quadrilha,
com a constituição de uma instituição que inicialmente tinha capa de
viés pedagógico, mas no fim almejava auferir lucros. “Portanto, a cada
vazamento, essa questão de palestras, de pagamentos se torna mais
grave”, alerta Raquel.
A edição do vídeo faz parte da estratégia de divulgação da campanha #MoroMente,
lançada pela ABJD para chamar a sociedade brasileira para discutir
sobre o comportamento ilegal do ministro, como também dos procuradores
do Ministério Público Federal que atuaram na operação. Na noite desta
segunda-feira, a associação realiza ato de protesto contra o ministro, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo.
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