7.11.2013

Atos buscam mudança na legislação trabalhista e reforma política

Dia Nacional de Lutas tem atos realizados em todo o país.
Um dos pedidos é a redução da jornada de trabalho para 40 horas.

Do G1 São Paulo
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Movimentos sindicais realizam protestos nesta quinta-feira (11), Dia Nacional de Lutas, em diversos pontos de São Paulo. Apesar de cada grupo ter reivindicações específicas para suas categorias, as centrais sindicais também fecharam a defesa de mudanças na legislação trabalhista. O pedido para a realização do plebiscito sobre a reforma política também foi lembrado por parte dos manifestantes.

Ao menos oito sindicatos e cinco grupos não ligados a partidos participam dos atos. A manifestação foi convocada há algumas semanas pelas centrais sindicais, principalmente pela internet, para pedir, entre outras coisas, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. Os atos são planejados na esteira da onda de manifestações realizadas em junho no país.

A pauta das centrais sindicais prevê redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salários; fim do PL 4330, que trata da terceirização; fim do fator previdenciário; destinação de 10% do PIB para a educação e de 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) reivindica o plebiscito da reforma política, mas o tema não é consensual entre as centrais. O presidente da CUT, Vagner Freitas, cobrou do Congresso a votação das reivindicações dos trabalhadores e a reforma política. "Não podemos deixar os congressistas fazerem o que quiser. Queremos o plebiscito. O Congresso precisa ouvir os trabalhadores, eles não podem engavetar nossas reivindicações. Se não formos ouvidos, faremos outra greves como hoje", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, encerrou a manifestação desta quinta, durante o Dia Nacional de Lutas, com críticas aos protestos realizados desde junho, convocados pelas redes sociais e por outros movimentos. "Aqui não tem mascarado. Lutamos contra a ditadura com o rosto limpo, mostrando a cara. Agora, vamos para a Avenida Paulista seguir esse movimento."

Miguel Torres, vice-presidente da Forca Sindical e presidente da União Sindical diz que atos no país inteiro foram um sucesso e mais do que o programado e que nenhuma autoridade ainda procurou os sindicalistas para negociar. Foi um grande sucesso no Brasil inteiro, bem maior do que esperávamos", afirmou.

Apoio às paralisações
A Central Sindical e Popular (CSP – Conlutas) informou que sindicatos dos metroviários, bancários, metalúrgicos, funcionários públicos federais, judiciários federais, Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Correios e construção civil “decidiram a favor da paralisação”.

A postura também é compartilhada por integrantes do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, que afirmou que enviou representantes para integrar os protestos, mas que não deverá interromper a sua operação para não afetar os passageiros do transporte público nesta quinta.
A CSP-Conlutas também informou que deverão estar no movimento representantes da Assembleia Nacional de Estudantes (Anel), do Movimento Passe Livre (MPL), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento Sem-Terra (MST) e da Luta Popular

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