A presidente eleita Dilma Rousseff, deposta por um golpe
parlamentar liderado por políticos presos ou acusados de corrupção, irá
denunciar o assalto à democracia brasileira na mais prestigiada
universidade do mundo, a de Harvard, nos Estados Unidos, neste sábado;
"Convidada por Harvard e pelo MIT, Dilma abordará em sua palestra a
crise econômica e a democracia no Brasil, e os impactos das políticas
que vem sendo implementadas após o Golpe de 2016, que a afastou do
governo", informa a assessoria da presidente deposta; "Dilma deve
reiterar suas críticas ao governo Temer, que considera ilegítimo e
representa um retrocesso na agenda de redução das desigualdades. No
périplo pelos Estados Unidos, Dilma visita as Universidades de Columbia e
New School, em Nova York, e mais Princeton", diz ainda a nota; enquanto
Dilma é recebida com tapete vermelho mundo agora, líderes
internacionais mantêm distância do golpista Michel Temer
Leia, abaixo, nota da assessoria de Dilma:
A presidenta eleita Dilma Rousseff vai proferir uma conferência sobre os desafios e as perspectivas do Brasil, neste sábado, às 13 horas, na Universidade de Harvard, em Boston (EUA), onde ocorre o evento anual Brazil Conference – Harvard – MIT/2017. O encontro foi idealizado para debater os problemas do Brasil e seu papel no mundo. A conferência reúne, nos dias 7 e 8 de abril, referências no campo político, econômico, jurídico, empresarial, com diversas visões e áreas para refletir em torno dos eixos da imaginação, das fundações, do mundo e das pessoas.
Convidada por Harvard e pelo MIT, Dilma abordará em sua palestra a crise econômica e a democracia no Brasil, e os impactos das políticas que vem sendo implementadas após o Golpe de 2016, que a afastou do governo. A conferência será mediada por Frances Hagopian, cientista político de Harvard, estudioso sobre processos de democratização.
Ela volta a Boston em 22 de abril, quando faz a conferência de abertura da Latin American Conference, também em Harvard. Nesse intervalo, atenderá a convites para diálogos, palestras, entrevistas e conferências em diversas universidades e instituições norte-americanas e internacionais. Dilma ainda manterá contatos com brasileiros que vivem nos Estados Unidos e atuam na denúncia ao golpe parlamentar.
Com diferentes enfoques, pesquisadores e pensadores sediados nos Estados Unidos, como o historiador Sidney Chaloub e o brasilianista James Green, promovem encontros e pauta de discussões sobre o tema da democracia no Brasil. A ideia é explicar o que levou o país à crise política e o agravamento da crise econômica que colocou o país em recessão nos últimos dois anos.
Dilma também se encontrará com grupos e personalidades dos movimentos sociais, como a filósofa feminista Nancy Fraser (The New School), que denunciou o impeachment sem crime de responsabilidade nos Estados Unidos. Ela tem criticado a agenda neoliberal do governo golpista do Temer, que havia sido paralisada desde a eleição de Lula em 2003, e aprofundou a crise.
Dilma deve reiterar suas críticas ao governo Temer, que considera ilegítimo e representa um retrocesso na agenda de redução das desigualdades. No périplo pelos Estados Unidos, Dilma visita as Universidades de Columbia e New School, em Nova York, e mais Princeton.
Em Providence, a presidenta deposta visita a Universidade de Brown, que compõe hoje um dos centros de ebulição de ideias para mudanças sociais. Em 18 de abril, Dilma participa de debate na Universidade George Washington e se reúne na American University, uma antiga instituição criada para acolher com educação os negros no processo pós revolução americana do final do século 18. Ela retorna a Boston para a Conferência sobre a América Latina e faz palestra na Universidade de Howard
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