12.12.2017

Ficar sentado muitas horas por dia não engorda, revela estudo

Embora não cause aumento do peso, ficar sentado por muito tempo ainda está relacionado a diversos riscos para a saúde, como diabetes e problemas cardíacos

Segundo um novo estudo publicado no periódico científico Sports Medicine, passar muitas horas por dia sentado, seja no escritório ou no sofá de casa assistindo TV, pode causar diversos problemas para a saúde, mas o ganho de peso não é um deles. Nesses casos, o sedentarismo mostrou-se insignificante em relação à composição corporal e à obesidade.

O estudo

Pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, revisaram outros 23 estudos que investigaram os efeitos do comportamento sedentário na composição corporal e no risco de obesidade entre adultos. Todos os estudos analisados levaram em conta a frequência com a qual os participantes praticavam exercícios físicos, uma vez que a prática tem estreita relação com a perda de peso.
Segundo a equipe de pesquisa, os estudos mostraram uma pequena, inconsistente e pouco significativa associação entre o comportamento sedentário, de ficar muitas horas por dia sentado, com o aumento de peso.

Riscos ainda maiores

Os cientistas perceberam que as pessoas sedentárias realmente tinham maiores circunferências de cintura: um aumento de 0,02 milímetro para cada hora diária em que o indivíduo passava sentado por mais de cinco anos. No entanto, esse resultado foi considerado insignificante pelos pesquisadores.
Ainda assim, isso não quer dizer que passar muito tempo sentado não ofereça riscos à saúde. “Os resultados mostram que os efeitos nocivos desse comportamento provavelmente não são causados pelo aumento de peso em si, mas por outros indicadores”, explicou Meredith Peddie, principal autora do estudo, ao Medical News Today.
Para eles, os riscos associados ao tempo excessivo em que se passa sentado durante o dia, na verdade, podem estar relacionados ao aumento dos níveis de glicose e triglicerídeos no sangue, o que explica a relação do sedentarismo com o aumento dos riscos de diabetes, pressão alta, problemas cardíacos e câncer apontada em estudos anteriores.
 
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