5.09.2018

Caso Marielle na OEA




O Brasil foi questionado na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre violações dos direitos humanos no âmbito da intervenção militar federal no Rio de Janeiro e pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes. A sessão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA foi realizada ontem (8), em Santo Domingo na República Dominicana.
Os questionamento foram encaminhados por representantes da sociedade civil brasileira e reiterados pela CIDH. Sobre a intervenção militar no Rio de Janeiro, o Brasil foi questionado pela natureza da operação, que seria vedada pela Constituição Federal. A falta de transparência e as violações aos direitos humanos na operação também foram questionadas.
No caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o Brasil foi questionado pela demora nas investigações. Ocorrido há mais de 50 dias, o duplo assassinato ainda não foi esclarecido. A audiência deste caso teve a participação da viúva de Marielle, Mônica Benício.
“Viemos aqui para reafirmar que a execução de Marielle não será instrumentalizada para o recrudescimento das bárbaras políticas que a executaram. Não toleraremos nem mais um dia da falsa narrativa à guerra às drogas, do confronto armado que esconde o profundo comprometimento dos agentes dos estados, perpetuando arranjos lucrativos do tráfico de drogas e de armas. A farsa não se sustentará em nome de Marielle”, afirmou Mônica.
Pela sociedade civil, participaram as entidades Justiça Global, Conectas, Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), Terra de Direitos, Redes da Maré e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
O Estado Brasileiro  enviou representantes do Ministério de Relações Exteriores, Ministério de Direitos Humanos, Advocacia Geral da União, Secretaria Nacional de Juventude e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.
Com informações do Brasil de Fato.

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