20 de fevereiro de 2019
A Comissão Arns, formada por 20 personalidades, entre eles seis ex-ministros de Estado, será lançada nesta quarta-feira (20), na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. O objetivo do grupo é monitorar ameaças de retrocessos em conquistas nas áreas dos direitos humanos e civis asseguradas pela Constituição de 1988. O grupo manifesta preocupação com a agenda anti-direitos humanos do governo Bolsonaro.
O nome é uma homenagem ao cardeal D. Paulo Evaristo Arns (1921-2016), franciscano que foi referência na defesa de direitos humanos e dos mais pobres, opositor ativo da ditadura militar.
O ex-ministro de Direitos Humanos no governo Lula, Paulo Vannuchi, que integra a Comissão, lembrou que desde 1988 o Brasil avançou na criação de mecanismos de proteção aos direitos humanos nos governos democráticos, mas que agora esses direitos estão sob ataque.
“Do ano passado para cá, o ataque aos direitos humanos virou um programa de governo no discurso do presidente eleito, que se coloca contra os direitos humanos. Esse ataque gera novas resistências. A Comissão Arns nasce reunindo pessoas com opiniões diferenciadas nas questões político-partidárias, mas que estão unidas no respeito e na exigência de que o Brasil não volte atrás nesses avanços. Vamos trabalhar pressionando o poder público e denunciando junto à imprensa e aos organismos nacionais e internacionais”, afirmou
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