1.07.2020

Lewandowiski: Bolsonaro era o candidato da operação Lava-Jato


Para o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowiski, a Lava Jato foi muito seletiva e contribuiu para a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder. Ele afirmou que a Operação Lava Jato foi seletiva porque não pegou as “oligarquias de maneira ampla e abrangente”, não a toa que um dos homens fortes da Operação Lava-Jato, confessou em entrevista a Globo News, que Bolsonaro era o candidato da operação.
O Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse em entrevista ao jornal El País, que a Operação Lava Jato foi uma operação seletiva.
“Foram extremamente seletivas, elas não foram democráticas no sentido de pegar os oligarcas de maneira ampla e abrangente”. disse Lewandowski sobre a Lava Jato.

Para o ministro, “essa avaliação episódica que certas operações produziram pode se mostrar no futuro próximo realmente uma falácia”.
Não seria novidade, com tantos exemplos de parcialidade da operação. Até um juiz que era apoiador  fiel de Moro, escreveu em artigo na Folha de São Paulo, que Moro perdeu a imparcialidade que é muito cara a um juiz, quando aceitou um cargo no governo Bolsonaro.
Um Procurador da Lava Jato já até disse, em um programa da Globo News, que no segundo turno de 2018, Bolsonaro era o “candidato da operação”.
    Bolsonaro que foi beneficiado com a prisão do ex-presidente Lula. Pois Lula, liderava todas pesquisas eleitorais, mesmo preso.
    O reconhecimento que a Lava Jato é seletiva por parte de Lewandowski, trará também outros setores do Judiciário a repensar.
    Lewandowski ainda comentou sobre as revelações da Vaza Jato, divulgadas pelo The Intercept e das relações de Moro, enquanto juiz com os Procuradores da Lava Jato.

    “As revelações do The Intercept são gravíssimas, denúncias que precisam ser apuradas e que, diga-se, até o momento não foram desmentidas. Agora, o Supremo já corrigiu certos desmandos que ocorreram, não só no âmbito da operação Lava Jato, mas também em outros juízos, de 1º e 2º graus”, disse o Ministro.
    Lewandowski fala sobre a correção que o STF fez no caso das conduções coercitivas e da exigência de mais provas e não apenas uma delação, para poder condenar ou denunciar um réu.
    Lewandowski também elogiou o juiz de garantias, que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro:
    ”Esse é um avanço extraordinário. Eu sempre pugnei para que o juiz de garantia fosse adotado. Eu diria até que é um passo além daquilo que nós implantamos quando estivemos à frente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que foram as audiências de custódia. Demos cumprimento ao um dispositivo da Convenção Americana de Direitos Humanos, que estabelece que qualquer pessoa presa tem que ser imediatamente levada à frente de um magistrado, de um juiz. Por meio de uma resolução do CNJ ficou determinado que qualquer pessoa presa em flagrante deve ser encaminhada, no prazo de 48 horas, a um juiz. ”
    Não faltam ”indícios” de uma inclinação política da Operação Lava Jato, um dos maiores símbolos disso, é Moro no Ministério da Justiça do governo Bolsonaro.

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