A Mesa de Negociação Permanente da Fiocruz reuniu-se na tarde da última segunda-feira (11), com participação da presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, e da pesquisadora da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, Marília Santini, para tratar pautas de interesse dos trabalhadores durante a pandemia de Covid-19, apresentadas pela Direção do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN). A presidente da Fundação enfatizou a importância de valorizar e reconhecer o empenho de todos os trabalhadores da instituição que atuam nas mais diversas frentes de combate ao novo coronavírus.
Primeiro tema a ser pautado, a demanda em relação à ampliação dos testes em trabalhadores foi contextualizada e debatida tecnicamente. Marília explicou que a estratégia atual de testes restritos a sintomáticos vem sendo ampliada, mas detalhou argumentos científicos e limitações que nesse momento ainda impedem a testagem em massa na instituição, incluindo os assintomáticos. Ainda assim, informou que somando as coletas realizadas pelo INI, desde março, com as do Nust, iniciadas em abril, cerca de 1080 trabalhadores já haviam sido testados.
A pesquisadora explicou que apesar das dificuldades logísticas, necessidade de insumos específicos e dos poucos estudos em relação a assintomáticos e pacientes com sintomas leves na literatura, a capacidade de coleta diária e os requisitos para testagem vêm se expandindo gradativamente e os protocolos têm sido revisados e rediscutidos periodicamente.
Temas decorrentes do novo coronavírus também são tratados
Na sequência, o presidente da Asfoc-SN apresentou uma série de outros pontos de pauta, como distribuição de equipamentos de proteção para servidores, terceirizados e bolsistas em atividades presenciais; diretrizes políticas durante a pandemia que ameaçam os servidores com cortes de seus proventos; desdobramentos da obra do novo hospital de referência da Fiocruz; situação da FioSaúde e outros temas correlatos.
Em relação à Instrução Normativa nº 28, de 25 de março de 2020, que prevê a suspensão temporária de benefícios de servidores em regime de trabalho remoto durante a pandemia, como o corte de insalubridade, Juliano afirmou que a Presidência abriu uma agenda com o Ministério da Saúde, manifestando preocupação com a medida e justificando com embasamento técnico a manutenção dos benefícios, destacando o papel da Fiocruz no enfrentamento à Covid-19. Até o momento os servidores da Fundação não foram impactados pela medida, mas a Cogepe e outras instâncias da Presidência seguem em tratativa com o governo com vistas a evitar futuras perdas aos trabalhadores.
Sobre o uso de equipamentos de proteção, Juliano ratificou o esforço da Presidência e atuação da Cogepe para que todos que estejam em trabalho presencial recebam equipamentos que lhes permitam exercer suas respectivas funções. As máscaras estão sendo adquiridas e distribuídas pela Fundação, contudo, ele salientou que as empresas terceirizadas também devem ser fiscalizadas e cobradas pela distribuição dos itens e que também é necessária a adesão e conscientização dos próprios trabalhadores em relação à necessidade de uso dos equipamentos.
Novos desdobramentos
Por fim, uma série de outras demandas apresentadas pela Asfoc-SN serão pautadas em reuniões específicas entre a VPGDI, Cogepe e Sindicato nos próximos dias. Como a situação dos trabalhadores de vetores – que já foi discutida em reuniões anteriores e caminha para um acerto –, as condições de trabalho de profissionais que atuavam na cantina do quiosque do campo de futebol e recuperação do próprio espaço de esporte e lazer – estrutura que foi demolida para a construção do novo centro hospitalar –, a possibilidade de retomada do projeto da passarela entre Campus e expansão como forma de amenizar as perdas de vagas de estacionamentos da obra e possibilidade de construção do novo centro esportivo também no terreno da expansão, além do pedido de um balanço por parte da Direção da Fio-Saúde, relatando sua atual situação em consequência da pandemia.
Os temas que serão tratados como desdobramento da reunião devem ser pautados novamente na próxima mesa. Ao se despedir da reunião em virtude da necessidade de participação em outros compromissos, já perto do fim da atividade, a presidente da Fiocruz enfatizou a importância da instância: “a agenda da Mesa de Negociação Permanente é de relevância para a Presidência”, ressaltou, destacando o papel da Vice-Presidência de Gestão, que integra a Mesa representando a instituição. Participaram, ainda, o presidente e a vice-presidente do Sindicato, Paulo Garrido e Mychelle Alves, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira, o assessor da VPGDI, Juliano Lima, a coordenadora-geral da Cogepe, Andréa da Luz e a secretaria da Mesa, Lucina Matos.
ASFOC - Sindicato Nacional
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