Em
alguns momentos, apesar de todos os problemas, percalços e riscos que a
profissão envolve, fazer jornalismo dá muita alegria. Para nós do Intercept, este mês é um deles: nos últimos dias, assistimos ao nosso trabalho render uma sequência de impactos de tirar o fôlego.
Na
semana passada, a Nayara Felizardo contou em reportagem como a “rainha
da quentinhas” Idalina Mattos, cuja empresa fornece refeições para 14
prisões do Ceará, lucra milhões com superfaturamento e fraudes (ela
atenderia a unidades que nem foram construídas e a outras que já
fecharam). Dois dias depois, no dia 8, o Ministério Público do Ceará
instaurou um inquérito para apuração do caso, citando a matéria do
Intercept.
No
dia seguinte, o Conselho Federal da OAB aprovou o pedido para
investigar a atuação da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. A ação é
resultado direto de denúncia da Agência Pública e do Intercept, baseada
nos documentos do acervo da #VazaJato que recebemos de uma fonte
anônima, que revelou o envolvimento e a forte influência de quadros do
FBI na força-tarefa paranaense da operação. O líder da Lava Jato em
Curitiba, Deltan Dallagnol, recebeu pouco depois, dia 9, o prazo de 15
dias para explicar ao Conselho Nacional do Ministério Público as
relações com o departamento americano de investigação.
E
esta semana soubemos do impacto na vida de centenas de professores: a
startup de reforço educacional “Alicerce”, que tem Luciano Huck como
sócio e garoto-propaganda, anunciou que irá manter toda a equipe de
educadores trabalhando — com carga horária mínima — pelo menos até
janeiro. Em abril, matéria nossa assinada por Hyury Potter revelou que
dezenas de profissionais da Alicerce foram dispensados, via Whatsapp
(!), após o fechamento das escolas, devido à pandemia. A matéria gerou
um bafafá imediato e forçou a Alicerce e Huck a se posicionarem. A
startup também anunciou um auxílio financeiro para os professores
produzirem material pedagógico. Será que tudo isso teria acontecido sem a
reportagem?
Em
meio à avalanche de notícias ruins que temos visto diariamente, são
essas histórias transformadoras que nos motivam a continuar acreditando
no jornalismo. Se
você gosta do trabalho do Intercept e quer nos ver mudando vidas por
meio de investigações como essas, deixe a gente saber: apoie hoje, como
você puder!
Estamos
no meio de uma campanha importantíssima: nossa meta é conseguir juntar
R$ 300 mil mensais para garantir nossos planos para o resto do ano. Só
faltam 14 dias e R$ 12 mil. Você pode nos ajudar?
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