4.15.2008

Ecstasy a droga que destrói o cérebro.

O que é e quais são os perigos do ecstasy
Droga gera destruição de neurônios, perda de memória e dificuldade de realizar tarefas.
A sociedade brasileira cada vez mais é confrontada com os problemas causados pela utilização de drogas ilícitas e sua relação com a violência. Entre as drogas, a maconha e a cocaína são sempre citadas, porém um problema que vem crescendo e não recebe tanta atenção é a utilização das drogas sintéticas, como o ecstasy.

O que é o ecstasy?
O ecstasy é uma droga sintética, ou seja, não deriva de substâncias naturais e sim é fabricada em laboratórios. O nome técnico do ecstasy é 3,4 metilenodioximetanfetamina ou MDMA. Nas ruas recebe o nome de "e", "droga do amor", "XTC" e outros.

Desenvolvida na Alemanha no início do século XX, nos anos 1970 alguns psiquiatras começaram a usar o ecstasy como medicamento. Em 1985 a droga foi proibida nos Estados Unidos, porém já havia sido apresentada às pessoas.

O ecstasy atua diretamente no cérebro, alterando a função de substâncias que fazem a ligação entre as células nervosas, os neurotransmissores. A droga também faz a pressão arterial, a temperatura corporal e a freqüência cardíaca aumentar.

Pesquisas realizadas com animais mostraram que o ecstasy é capaz de destruir as células das regiões do cérebro onde atua. Em seres humanos embora não existam pesquisas sobre a destruição cerebral, por razões óbvias, os exames clínicos dos consumidores de ecstasy, comprovam a possibilidade de lesões cerebrais aos usuários.

A droga, habitualmente é ingerida sob a forma de comprimidos com uma ação que dura em torno de três horas, não sendo incomum a busca pela próxima dose assim que o efeito passa.

A ação do ecstasy no corpo
Os efeitos sobre os órgãos do corpo podem ser divididos entre aqueles a curto prazo e a longo prazo, sendo que agora falaremos sobre os efeitos agudos da droga. A ação primária do ecstasy é sobre o cérebro, que utiliza substâncias chamadas de neurotransmissores para enviar informações entre as células, comandando assim nosso corpo.

O ecstasy age diretamente sobre os neurônios que utilizam a serotonina como neurotransmissor. A serotonina é um dos neurotransmissores que agem sobre as emoções como: agressão, sexualidade, dor, sono e humor. Daí a conotação de ser uma droga que facilitaria as relações entre as pessoas.

Logo após a ingestão do comprimido, os efeitos mais imediatos são sobre o sistema cardiovascular, com o aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, o que pode levar a complicações em indivíduos que tenham algum problema no coração.

A droga também age sobre o mecanismo de regulação de temperatura do corpo, e como muitas vezes é utilizada em momentos de exercício físico intenso como por exemplo, dançar por várias horas, a elevação da temperatura pode levar até mesmo á falência de órgãos como o fígado, rins e coração.

Os sintomas psicológicos mais comuns incluem, confusão, depressão, ansiedade severa, alterações de sono e abstinência da droga. Os sintomas podem ocorrer durante o uso, logo após e até mesmo, dias ou semanas depois do consumo da droga.

Os efeitos a longo prazo do ecstasy
A droga causa efeitos rapidamente após a ingestão do comprimido e também traz conseqüências a longo prazo, todas ligadas à ação da substância no cérebro.

O MDMA age diretamente sobre os neurônios, principalmente os que utilizam um neurotransmissor conhecido como serotonina. As evidências científicas apontam para uma destruição desses neurônios, impossibilitando a transmissão dos sinais elétricos dentro do sistema nervoso central.

Algumas dificuldades aparecem na realização de estudos sobre as conseqüências do ecstasy, desde o simples fato de que as pessoas que utilizam drogas não são facilmente recrutadas para estudos científicos até mesmo por que os usuários não utilizam sómente um tipo de droga de cada vez.

Os efeitos já conhecidos do MDMA incluem a perda de memória que pode ser transitória ou de média duração, e a dificuldade de realizar tarefas simples. Os estudos dos cérebros de animais submetidos ao ecstasy em doses equivalentes a dos humanos mostram que as áreas atingidas pela droga são destruídas.

Existe a necessidade de se realizar estudos prolongados para conhecer os efeitos do ecstasy após décadas de seu uso -- o que ainda não aconteceu, já que o boom dessa droga tem em torno de 20 anos.

O mais importante é reconhecer que a droga está em nossa sociedade e estabelecermos programas de orientação que consigam atingir os jovens, com linguagem e estratégias que permitam sua conscientização. Essa é uma tarefa de todos nós, procurar informação correta e isenta e reparti-la com a sociedade.

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