A luteína e a zeaxantina funcionam como uma espécie de óculos de sol naturais.
Todo mundo já ouviu dizer que cenoura faz bem para a vista. Isso porque ela é a principal fonte de betacaroteno, um precursor da vitamina A, cujos poderes antioxidantes são conhecidos desde a década de 80. Pois bem, a substância perdeu o posto de menina-dos-olhos dos oftalmologistas para outros dois nutrientes – a luteína e a zeaxantina. Os últimos estudos indicam que são as principais aliadas na prevenção e no tratamento da degeneração macular. Com 3 milhões de vítimas no Brasil, a doença é a principal causa de cegueira de pessoas com mais de 60 anos.
As propriedades das duas substâncias vieram à tona graças à descoberta de que elas estão presentes em quantidades abundantes numa das estruturas mais nobres dos olhos – a mácula, situada no centro da retina e responsável pela visão central. Constatou-se também que, nos pacientes com degeneração macular, a concentração de luteína e zeaxantina é bastante reduzida. Doses extras dos nutrientes evitam a evolução do mal, preservando a visão de doentes em estágio inicial. A luteína e a zeaxantina funcionam como uma espécie de óculos de sol naturais, protegendo a mácula dos raios mais nocivos. Além disso, como o betacaroteno, são antioxidantes, que preservam a saúde das células maculares.
Os carotenóides são uma família de compostos abundantemente encontrados na natureza, sendo os responsáveis pela cor da maioria das frutas e vegetais que comemos todos os dias, a qual pode variar desde o amarelo até o vermelho vivo. Dos mais de 600 carotenóides existentes na natureza, aproximadamente 20 estão presentes no plasma humano e tecidos, e não mais que 6 em quantidades elevadas: alfa - caroteno, beta-caroteno, beta -criptoxantina, licopeno, luteína e zeaxantina. O corpo humano não é capaz de produzir estas substâncias e depende da alimentação para adquiri-las. Os carotenóides têm sido assunto de interesse da comunidade científica há muitos anos devido ao fato que muitos deles se convertem em vitamina A no organismo. Mais recentemente pesquisas têm demonstrado que os carotenóides atuam como antioxidante, protegendo as células dos danos oxidativos e, conseqüentemente, reduzindo o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas.
Luteína e zeaxantina são os únicos carotenóides encontrados na região central da retina (mácula lútea), onde a acuidade visual é aguçada, por isso a importância dessas substâncias.
Um estudo, coordenado pelos pesquisadores do Departamento de Oftalmologia da Harvard Medical School e do Medical College da Geórgia, demonstrou o importante papel da luteína e da zeaxantina na manutenção da distribuição celular do epitélio pigmentário da retina(RPE), responsável pelo bom funcionamento das células fotorreceptoras (cones e bastonetes).
O descompasso no funcionamento deste complexo pode levar à degeneração das células e, conseqüentemente, à redução da acuidade visual.
Luteína e a zeaxantina atuam como filtros solares internos, protegendo a mácula ocular dos efeitos da luz ultravioleta. Os carotenóides aumentam a densidade do pigmento macular e atuam ainda como antioxidantes”.
Os médicos recomendam a prevenção como melhor tratamento para doenças, levando em conta a qualidade de vida dos pacientes e o custo e benefício dessa. No caso da DMRI* este conceito é ressaltado pela ausência de cura para essa doença que, se não tratada adequadamente, pode levar à cegueira
Curiosidades
Idade: a DMRI úmida geralmente ocorre em indivíduos acima de 50 anos.
Genética: foi identificado um vinculo hereditário e, por isso, a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) recomenda que os pacientes que têm familiares que sofrem de DMRI façam, a cada dois anos, um exame de retina.
Tabagismo: aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia, têm mais que o dobro do risco de desenvolver DMRI úmida.
Hipertensão: os indivíduos hipertensos têm um risco até 45% maior de DMRI úmida do que os normotensos.
IMC alto: indivíduos com alto índice de massa corpórea (IMC igual ou maior que 31) podem aumentar a chance de desenvolvimento da DMRI úmida em até 68%.
DMRI úmida unilateral: 40% dos casos de NCS (núcleo coclear superior) unilateral progridem para NCS bilateral, em um período de 5 anos.
A DMRI* é a maior causa da perda indolor da visão central e a principal causa de cegueira em pessoas acima de 50 anos, atingindo cerca de 30 milhões de pessoas no mundo. A doença ocorre em duas formas: atrófica (seca) e exsudativa (úmida). A forma seca está associada com a atrofia da retina central ou mácula, área dos olhos utilizada para atividades que requerem uma visão mais apurada, como ler, dirigir ou reconhecer fisionomias. A forma exsudativa é causada pelo crescimento anormal de vasos sangüíneos, também conhecido como neovascularização coroidal (CNV) ou angiogênese ocular sob a mácula. Esses vasos derramam fluído e sangue e podem causar um tecido cicatricial (fibrose) que destrói a mácula. O resultado é a deterioração da visão num período que pode variar de meses até anos.
A DMRI é desenvolvida por fatores nutricionais, histórico familiar, fumo, excessiva
exposição à luz solar, hipertensão arterial e doença cardiovascular. Os pacientes podem apresentar sintomas indolores e de pequeno impacto. Outros casos podem apresentar muita dificuldade para ler e reconhecer rostos
Que resultados foram encontrados em estudos clínicos e epidemiológicos com Luteína e Zexantina?
Dois grandes estudos epidemiológicos mostraram uma correlação estatisticamente significativa entre um menor risco de DMRI e uma alta ingestão de luteína e zeaxantina (Seddon et al., 1994) ou aumento da concentração plasmática destes dois carotenóides (EDCC, 1993).
Qual é a quantidade de carotenóides que devemos ingerir? É possível atingir a quantidade indicada somente com a alimentação?
Estimativas de recomendações de consumo (com base nos estudos epidemiológicos atualmente disponíveis):Luteína + Zeaxantina:6 mg/ dia (5 Luteína : 1 Zeaxantina).
Estudos Clinícos
Estudo 1: Pesquisas mostram que a Luteína, usada como suplemento dietético, pode prevenir a degeneração macular causada pelo envelhecimento. Num estudo conduzido por Pande et al, a zeaxantina mostrou ser capaz de proteger a retina contra o peroxinitrito, um radical livre formado pela combinação de radicais de superóxido e de óxido nítrico (Pande AK, et al, "Do carotenoids protect the retina against peroxynitrite?" Investigative Ophtalmology & Visual Science, 1997; 38: 5355 (Abstr 1658-B451)
Estudo 2: 2 pacientes receberam um suplemento de 30 mg/dia de ésteres de Luteína, por 140 dias. A densidade de seus pigmentos maculares começou a aumentar após 20 dias. O aumento médio foi de 39 e 21%. A quantidade de radiação UV azul que chegava aos foto-receptores foi reduzida em 30-40% (Landrum JT, et al, "A one year study of the macular pigments: the effect of 140 days of a lutein supplement", Experimental Eye Research, 1997: 65: 57-62).
Estudo 3: 5 pacientes receberam 30 mg/dia de ésteres de Luteína por 150 dias. A densidade do pigmento macular aumentou em ambos os olhos de três dos pacientes (Landrum JT, et al, "A 1-year study on the effect of supplementation with lutein on the macular pigment" The FASEB Journal, 1997; 11: 2588)
Estudo 4: constatou que as concentrações séricas de Luteína e Zeaxantina estavam significantemente mais baixos em pacientes com doença de Crohn .
Estudo 5: efeitos protetores contra o câncer de pulmão foram constatados para Luteína e Zeaxantina. (Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2000 Apr; 9 (4) 357-65).
Estudo 6: publicado em março de 2000 verificou melhora média de 0,7 dB na acuidade visual, e a área visual média melhorou em 0,35 dB. Melhoras começaram de 2 a 4 semanas após o início da suplementação, numa dosagem de 40 mg/dia por 9 semanas, seguida de 20 mg/dia.
Todo mundo já ouviu dizer que cenoura faz bem para a vista. Isso porque ela é a principal fonte de betacaroteno, um precursor da vitamina A, cujos poderes antioxidantes são conhecidos desde a década de 80. Pois bem, a substância perdeu o posto de menina-dos-olhos dos oftalmologistas para outros dois nutrientes – a luteína e a zeaxantina. Os últimos estudos indicam que são as principais aliadas na prevenção e no tratamento da degeneração macular. Com 3 milhões de vítimas no Brasil, a doença é a principal causa de cegueira de pessoas com mais de 60 anos.
As propriedades das duas substâncias vieram à tona graças à descoberta de que elas estão presentes em quantidades abundantes numa das estruturas mais nobres dos olhos – a mácula, situada no centro da retina e responsável pela visão central. Constatou-se também que, nos pacientes com degeneração macular, a concentração de luteína e zeaxantina é bastante reduzida. Doses extras dos nutrientes evitam a evolução do mal, preservando a visão de doentes em estágio inicial. A luteína e a zeaxantina funcionam como uma espécie de óculos de sol naturais, protegendo a mácula dos raios mais nocivos. Além disso, como o betacaroteno, são antioxidantes, que preservam a saúde das células maculares.
Os carotenóides são uma família de compostos abundantemente encontrados na natureza, sendo os responsáveis pela cor da maioria das frutas e vegetais que comemos todos os dias, a qual pode variar desde o amarelo até o vermelho vivo. Dos mais de 600 carotenóides existentes na natureza, aproximadamente 20 estão presentes no plasma humano e tecidos, e não mais que 6 em quantidades elevadas: alfa - caroteno, beta-caroteno, beta -criptoxantina, licopeno, luteína e zeaxantina. O corpo humano não é capaz de produzir estas substâncias e depende da alimentação para adquiri-las. Os carotenóides têm sido assunto de interesse da comunidade científica há muitos anos devido ao fato que muitos deles se convertem em vitamina A no organismo. Mais recentemente pesquisas têm demonstrado que os carotenóides atuam como antioxidante, protegendo as células dos danos oxidativos e, conseqüentemente, reduzindo o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas.
Luteína e zeaxantina são os únicos carotenóides encontrados na região central da retina (mácula lútea), onde a acuidade visual é aguçada, por isso a importância dessas substâncias.
Um estudo, coordenado pelos pesquisadores do Departamento de Oftalmologia da Harvard Medical School e do Medical College da Geórgia, demonstrou o importante papel da luteína e da zeaxantina na manutenção da distribuição celular do epitélio pigmentário da retina(RPE), responsável pelo bom funcionamento das células fotorreceptoras (cones e bastonetes).
O descompasso no funcionamento deste complexo pode levar à degeneração das células e, conseqüentemente, à redução da acuidade visual.
Luteína e a zeaxantina atuam como filtros solares internos, protegendo a mácula ocular dos efeitos da luz ultravioleta. Os carotenóides aumentam a densidade do pigmento macular e atuam ainda como antioxidantes”.
Os médicos recomendam a prevenção como melhor tratamento para doenças, levando em conta a qualidade de vida dos pacientes e o custo e benefício dessa. No caso da DMRI* este conceito é ressaltado pela ausência de cura para essa doença que, se não tratada adequadamente, pode levar à cegueira
Curiosidades
Idade: a DMRI úmida geralmente ocorre em indivíduos acima de 50 anos.
Genética: foi identificado um vinculo hereditário e, por isso, a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) recomenda que os pacientes que têm familiares que sofrem de DMRI façam, a cada dois anos, um exame de retina.
Tabagismo: aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia, têm mais que o dobro do risco de desenvolver DMRI úmida.
Hipertensão: os indivíduos hipertensos têm um risco até 45% maior de DMRI úmida do que os normotensos.
IMC alto: indivíduos com alto índice de massa corpórea (IMC igual ou maior que 31) podem aumentar a chance de desenvolvimento da DMRI úmida em até 68%.
DMRI úmida unilateral: 40% dos casos de NCS (núcleo coclear superior) unilateral progridem para NCS bilateral, em um período de 5 anos.
A DMRI* é a maior causa da perda indolor da visão central e a principal causa de cegueira em pessoas acima de 50 anos, atingindo cerca de 30 milhões de pessoas no mundo. A doença ocorre em duas formas: atrófica (seca) e exsudativa (úmida). A forma seca está associada com a atrofia da retina central ou mácula, área dos olhos utilizada para atividades que requerem uma visão mais apurada, como ler, dirigir ou reconhecer fisionomias. A forma exsudativa é causada pelo crescimento anormal de vasos sangüíneos, também conhecido como neovascularização coroidal (CNV) ou angiogênese ocular sob a mácula. Esses vasos derramam fluído e sangue e podem causar um tecido cicatricial (fibrose) que destrói a mácula. O resultado é a deterioração da visão num período que pode variar de meses até anos.
A DMRI é desenvolvida por fatores nutricionais, histórico familiar, fumo, excessiva
exposição à luz solar, hipertensão arterial e doença cardiovascular. Os pacientes podem apresentar sintomas indolores e de pequeno impacto. Outros casos podem apresentar muita dificuldade para ler e reconhecer rostos
Que resultados foram encontrados em estudos clínicos e epidemiológicos com Luteína e Zexantina?
Dois grandes estudos epidemiológicos mostraram uma correlação estatisticamente significativa entre um menor risco de DMRI e uma alta ingestão de luteína e zeaxantina (Seddon et al., 1994) ou aumento da concentração plasmática destes dois carotenóides (EDCC, 1993).
Qual é a quantidade de carotenóides que devemos ingerir? É possível atingir a quantidade indicada somente com a alimentação?
Estimativas de recomendações de consumo (com base nos estudos epidemiológicos atualmente disponíveis):Luteína + Zeaxantina:6 mg/ dia (5 Luteína : 1 Zeaxantina).
Estudos Clinícos
Estudo 1: Pesquisas mostram que a Luteína, usada como suplemento dietético, pode prevenir a degeneração macular causada pelo envelhecimento. Num estudo conduzido por Pande et al, a zeaxantina mostrou ser capaz de proteger a retina contra o peroxinitrito, um radical livre formado pela combinação de radicais de superóxido e de óxido nítrico (Pande AK, et al, "Do carotenoids protect the retina against peroxynitrite?" Investigative Ophtalmology & Visual Science, 1997; 38: 5355 (Abstr 1658-B451)
Estudo 2: 2 pacientes receberam um suplemento de 30 mg/dia de ésteres de Luteína, por 140 dias. A densidade de seus pigmentos maculares começou a aumentar após 20 dias. O aumento médio foi de 39 e 21%. A quantidade de radiação UV azul que chegava aos foto-receptores foi reduzida em 30-40% (Landrum JT, et al, "A one year study of the macular pigments: the effect of 140 days of a lutein supplement", Experimental Eye Research, 1997: 65: 57-62).
Estudo 3: 5 pacientes receberam 30 mg/dia de ésteres de Luteína por 150 dias. A densidade do pigmento macular aumentou em ambos os olhos de três dos pacientes (Landrum JT, et al, "A 1-year study on the effect of supplementation with lutein on the macular pigment" The FASEB Journal, 1997; 11: 2588)
Estudo 4: constatou que as concentrações séricas de Luteína e Zeaxantina estavam significantemente mais baixos em pacientes com doença de Crohn .
Estudo 5: efeitos protetores contra o câncer de pulmão foram constatados para Luteína e Zeaxantina. (Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2000 Apr; 9 (4) 357-65).
Estudo 6: publicado em março de 2000 verificou melhora média de 0,7 dB na acuidade visual, e a área visual média melhorou em 0,35 dB. Melhoras começaram de 2 a 4 semanas após o início da suplementação, numa dosagem de 40 mg/dia por 9 semanas, seguida de 20 mg/dia.
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