7.06.2008

Variedade da maconha pode elevar risco de psicose

Londres - Uma pesquisa do King's College de Londres sugere que pessoas que usam a variedade mais forte da maconha, conhecida como skunk, têm mais risco de sofrer com problemas como psicose do que as que usam as formas mais suaves da droga, segundo informa nesta quinta-feira a BBC Brasil.

O estudo, do Instituto de Psiquiatria do King's College, analisou 317 pessoas. Desse grupo, os usuários skunk mostram que tinham 18 vezes mais chances de sofrer um episódio de psicose do que usuários de maconha. A pesquisa também informou que as pessoas que usam o skunk têm mais chances de usarem maconha todo dia.

Entre as pessoas que usaram o skunk, as que tiveram um episódio psicótico tinham duas vezes mais chances de ter usado maconha por mais tempo, chances três vezes maiores de ter usado a droga diariamente e 18 vezes mais chances de ter usado skunk. O skunk é três vezes mais forte do que a maconha convencional e, atualmente na Grã-Bretanha, entre 70% e 80% das apreensões são de skunk.

Di Forte afirmou que, se os resultados preliminares forem comprovados, a crescente disponibilidade de skunk no mercado será uma preocupação. Paul Morrison, que também participou da pesquisa afirmou que o skunk tem níveis mais altos de THC, o que causa os sintomas psicóticos, e níveis baixos de outro composto chamado canabidiol, que parece proteger os usuários do efeito do THC.

As provas da ligação entre maconha e doenças psicóticas como a esquizofrenia têm sido inconsistentes em diferentes estudos sobre o assunto. No começo de 2008, o conselho que faz recomendações sobre abuso e classificação de drogas na Grã-Bretanha, do qual David Nutt é membro, concluiu que provavelmente existe uma ligação entre os dois, mas ainda não está claro se esta ligação ficará mais forte à medida que o uso do skunk fica mais comum.

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