8.15.2009

Reinvenção do raio X

Miniaturização de raio X permitirá associação de diagnóstico e tratamento.
Radioterapia poderá ser aplicada no local exato onde é necessária.

Descobertos a mais de 110 anos, os raios X praticamente não mudaram em todo esse tempo. Mas essa tecnologia, presente em nosso dia a dia, pode estar prestes a mudar.

Wilhelm Rontgen descobriu que existia um tipo de raio ainda não conhecido enquanto estudava condução elétrica em tubos com vácuo. Esses raios eram capazes de fazer aparecer os ossos quando atravessavam o corpo humano.

Por sua descoberta, ele recebeu o prêmio Nobel em 1901. Os aparelhos de raios X de lá para cá continuam seguindo o mesmo princípio científico. O aquecimento de filamento dentro de um tubo à vácuo gera elétrons, atinge um eletrodo e esse choque emite os raios X.

Os aparelhos evoluíram na forma e na capacidade de emitir sequências de raios e captá-los de forma computadorizada (a tomografia computadorizada).

Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, pode trazer essa tecnologia ao mundo dos chips. Em vez de aquecer um filamento de metal, o cientista Otto Zhou propõe que inúmeros nanofilamentos promovam a emissão de elétrons por efeito de campo.
A nova tecnologia permitirá a criação de aparelhos muito menores do que os que existem hoje em dia.

Essa técnica também permitirá que em vez de um gerador de raios X que roda em volta do corpo do paciente na tomografia computadorizada atual, vários emissores sejam colocados sob a forma de anel.
Esses novos aparelhos poderão gerar imagens de forma muito mais rápida do que hoje.

Por exemplo, uma tomografia do coração inteiro poderá ser feita dentro do intervalo de um só batimento cardíaco. Outras aplicações deverão ocorrer no campo da radioterapia onde atualmente se faz o exame diagnóstico e depois o tratamento. Essa miniaturização permitirá a associação de diagnóstico e tratamento. A radioterapia poderá ser aplicada no local exato onde é necessária. Um modelo experimental já está sendo desenvolvido pela Universidade em associação com uma empresa alemã.

Globo.com

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