8.23.2016

O retrato da covardia


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Pense comigo: Um País luta por anos para conquistar a honra de sediar uma olimpíada. Disputa com grandes potências mundiais, e consegue. Na época Lula era o Presidente, e sua liderança, confiança e coragem foram decisivos para a conquista. Todos nós sabemos disso. Todos sem exceção sabem. No entanto seu nome jamais foi falado. Nenhuma autoridade brasileira, nenhuma grande rede de TV, nenhum jornal lembrou durante as olimpíadas que, sem ele, não existiria Rio 2016.
Dilma Rousseff, como ministra e como Presidenta, trabalhou muito para que o Brasil realizasse um evento de sucesso. Todos sabem que ela controlava pessoalmente os cronogramas, as metas e o andamento dos projetos para que tudo desse certo. Rio 2016 foi um sucesso. O nome de Dilma não foi citado. Não foi lembrado por ninguém.
Lula e Dilma tiveram seus nomes e protagonismos apagados da história da Rio 2016. Nas inúmeras retrospectivas nas TVs, suas imagens foram proibidas nas edições. Nos coquetéis e eventos, sequer fotos suas poderiam estar nos ambientes. Nos protocolos do governo interino seus nomes foram banidos.
O constrangimento foi a marca da presença dos representantes dos países que vieram ao Brasil. No coquetel que antecedeu a cerimônia de abertura, perguntavam insistentemente por Lula e Dilma. Muitos se reuniram com eles durante diferentes momentos na preparação dos jogos. Queriam vê-los, abraçá-los, agradecer. Mas suas presenças eram proibidas. Seus nomes, ignorados.
A vaia durante os 8 segundos envergonhados de Temer não deixou dúvidas: há algo muito errado acontecendo no Brasil.
No encerramento, pela primeira vez, ninguém veio. O primeiro-ministro japonês, por obrigação, por ser o próximo país-sede, teve que estar presente. Até agora tenta entender quem é esse indivíduo que não teve coragem de comparecer no encerramento do maior evento esportivo do mundo, que o Brasil é o anfitrião, porque tem medo do seu próprio povo. Temer é o retrato da covardia. O mundo sente vergonha por nós.

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