Aids, doença que afeta quase 37 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 40 mil novos casos por ano no Brasil. Apesar de ainda não existir cura para a doença, o país é referência mundial no enfrentamento desse grave problema de saúde pública, oferecendo tratamento e medicamento para prevenção gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Farmanguinhos é um parceiro estratégico do Ministério da Saúde nos esforços para garantir o sucesso da política de acesso universal aos antirretrovirais.
De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério em 27/11, foram notificados 926.742 casos de HIV/Aids no Brasil desde o início da epidemia, em 1980. Graças à garantia do tratamento, houve uma queda de 16% no número de óbitos nos últimos cinco anos. Farmanguinhos foi pioneiro na produção pública de antirretrovirais ao fabricar, no final da década de 90, a zidovudina. A partir de então, ampliou seu portfólio e passou a desempenhar um papel essencial para assistência aos pacientes. Atualmente, a instituição é o principal produtor desta categoria de medicamentos no país.
A lista é composta por sete produtos voltados para o tratamento da doença: Atazanavir, Lamivudina, Nevirapina, Zidovudina, Lamivudina+Zidovudina, tenofovir+lamivudina e Efavirenz. Este último é o primeiro caso de licenciamento compulsório realizado no país (2008). Na ocasião, o medicamento era vendido a preços exorbitantes ao Ministério da Saúde, que, após longa negociação sem sucesso com o laboratório detentor da patente, decidiu conceder licença para que Farmanguinhos pudesse fabricá-lo.
Pílula da Prevenção – Hoje, dez anos após esse episódio, a unidade continua atuando estrategicamente. A partir deste ano, o Instituto poderá também ofertar o Entricitabina+Tenofovir, usado na Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP). Trata-se de um esquema de prevenção que consiste no uso diário do comprimido, que funciona como como uma barreira contra o vírus. Os especialistas alertam que quem utiliza esse esquema não deve abrir mão do uso de preservativos, inclusive para evitar outras infecções sexualmente transmissíveis.
A produção do Entricitabina+Tenofovir por Farmanguinhos será viabilizada por uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) envolvendo a unidade e as empresas nacionais Blanver e Nortec. Segundo o diretor Jorge Mendonça, além de garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a iniciativa vai gerar economia aos cofres públicos, o que contribui para a ampliação do acesso ao medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é de que a distribuição comece no primeiro semestre do ano que vem. Conheça o PrEP Brasil.
Desta forma, quase 20 anos após a produção do primeiro antirretroviral, Farmanguinhos reafirma seu compromisso com a saúde pública brasileira, oferecendo cobertura tanto ao tratamento da doença como na prevenção à infecção por HIV.
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