Muita gente tem dúvida sobre a cor da pele da atriz Camila Pitanga, que revelou ser constantemente questionada sobre ser negra ou não. Em conversa com a revista Marie Claire, ela desabafou sobre o assunto.
“As pessoas me perguntavam porque eu dizia que era negra. Era como se [não se reconhecer como negra] fosse uma saída, uma solução… Eu não consigo nem dar nome a isso, porque na verdade isso é racismo”, disse.
Ela estreou recentemente a série “Aruanas”, original do Globoplay, na qual interpreta a vilã Olga, e na entrevista, fez ainda um desabafo sobre o atual governo Bolsonaro, dizendo: “Esse atual governo é a destruição”.
Feminista, ela se orgulha pelo fato de “Aruanas” ser estrelada e produzida por mulheres e se tratar de uma produção ambientalista. Além dela, a trama conta ainda com nomes como os de Taís Araújo, Débora Falabella e Leandra Leal.
Confira o vídeo:
Camila Pitanga desabafa sobre Domingos Montagner
Camila Pitanga voltou a falar sobre a morte de Domingos Montagner, em 2016, quando os dois protagonizavam a novela “Velho Chico”. Ela revelou que ainda não conseguiu superar a morte do ator e falou sobre isso com a revista Marie Claire.
“Lido com essa dor até hoje”, desabafou. Sobre como começou o desespero, ela explicou: “Quando nadamos em direção ao grande leito do rio, percebi, numas pedras, uma marolinha. Mas minha preocupação era com as pedras”.
“Falei: ‘Domingos, acho melhor voltar’, porque fiquei com medo de a gente se machucar. No que a gente tentou voltar, a gente nadava, mas não conseguia sair do lugar. Ao invés de tentar lutar contra a correnteza, nadei para o lado, em direção às pedras”, disse.
“Falei: ‘Vem pra cá, é tranquilo’. Mas o Domingos me olhava e não falava nada. Voltei à pedra. Duas vezes tentei buscá-lo, mostrando que não tinha perigo, mas ele dizia que não conseguia. Na verdade, ele falou muito pouco”, relatou a atriz.
“Na última vez que eu voltei à pedra, Domingos olhou muito grave, com um misto de… E ali eu entendi o perigo. Ele submergiu uma vez. Voltou. Não foi uma coisa desesperada. Ele fez um gesto assim de como quem diz: ‘não vai dar’, e não falou mais. Submergiu'”, disse.
“Lembro de me bater, querendo me acordar. Comecei a chamar as pessoas no meu campo de visão. Tinha dois jovens, para quem eu gritei, que vieram num barquinho, e começamos a busca”, disse a atriz.
“Intimamente eu entendia que talvez a gente não o encontrasse. Depois passei o dia inteiro no meu quarto, de onde dava para ver o rio. Foi uma agonia. Após o acidente, fiquei dois dias em casa, com a minha família, meus amigos todos me cuidando”, refletiu.
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