O ministro do STF Gilmar Mendes divulgou uma nota para explicar sua
declaração de que o Exército se associou a um "genocídio" na gestão da
pandemia do coronavírus. "Não atingi a honra do Exército, da Marinha ou
da Aeronáutica", disse. "Apenas refutei e novamente refuto a decisão de
se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de
saúde"
"Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros", disse.
O ministro lembrou que o Brasil já tem mais de 72 mil mortos por Covid-19 e "nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde".
"Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela COVID-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas", acrescentou.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica emitiram uma nota repudiando "veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes, contra o Exército brasileiro (...)".
De acordo com a plataforma Worldometers, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de confirmações (1,8 milhão) e mortes (72 mil) por Covid-19, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 3,4 milhões de casos e 138 mil óbitos.
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