9.19.2021

Recuo de Bolsonaro tem como objetivo blindar a família miliciana.

 

Olá! Depois de brigar com todo mundo e fazer as pazes, Jair deu uma semana de tranquilidade ao Brasil. Mas com a popularidade em queda e uma economia em marcha à ré, ninguém sabe se a trégua será duradoura.

 

.De férias com o ex. A carta que Bolsonaro psicografou de Temer acalmou temporariamente o mercado e pôs mais uma vez um freio no impeachment - com o recuo do PSDB, do PSD,  do general Mourão, e até do STF, que deu um arrego para a família. A dúvida é se o passo atrás no golpismo vai durar ou se é apenas mais uma trégua passageira. Em primeiro lugar, a estratégia de Bolsonaro em apostar em sua torcida mais radical e fiel, os “patriotas”, diminuiu suas margens de manobra. Ao contrário do que se esperava, nem os militares e nem os PMs aderiram publicamente à setembrada. Nesse cenário, a versão de que o recuo pelas mãos de Temer foi o ato genial de um estadista não convenceu e a popularidade do capitão caiu imediatamente nas redes e continua caindo na opinião pública em geral. Além disso, muita energia e dinheiro foram investidos no sete de setembro e não será fácil repeti-lo. Por isso, Tânia de Oliveira aposta que agora Bolsonaro deverá deixar de lado o STF e se concentrar em combater Lula, o PT e a esquerda. O problema é que a paz não depende só dele e talvez seja tarde para esse reposicionamento. Será que Temer, o mercado, o STF e o Congresso acreditam que é possível uma pactuação séria? Um dos fatores centrais é que Bolsonaro  não apenas não tem ferramentas à disposição, como não faz a menor ideia de como salvar a economia, que segue rumo ao descontrole. A confiança, num cenário como esse, é uma qualidade indispensável. Algo que Bolsonaro não tem. Para piorar, a crise política é justamente a oportunidade para os seus aliados mais próximos realizarem seus sonhos: Arthur Lira por mais dinheiro, Augusto Aras ainda sonhando com o STF, e Michel Temer ninguém ainda sabe bem a que veio.

MST

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