10.01.2009

Formas de contágio e de tratamento da hepatite A, B e C

VÍRUS - Quais as formas de contágio e de tratamento da hepatite A, B e C?
As hepatites virais são importante problema de saúde pública no mundo. No Brasil, pelo menos 70% da população já teve contato com o vírus da hepatite A e 15% com o vírus da hepatite B. Os casos crônicos de hepatite B e C devem corresponder a cerca de 1% e 1,5% da população brasileira, respectivamente. A maioria dessas pessoas desconhece seu estado de portador e continua transmitindo a doença.

A principal via de contágio hepatite A é a fecal-oral; por contato inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. O prognóstico é muito bom e a evolução resulta em recuperação completa.

A transmissão do vírus da hepatite B se faz principalmente pela via sexual. A transmissão vertical (de mãe para filho) também é causa frequente de disseminação do HBV. Metade dos casos crônicos desse tipo de hepatite evolui para doença hepática avançada (cirrose e câncer de fígado).

Não é possível identificar a via de infecção da hepatite C. São consideradas populações de risco indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993, usuários de drogas intravenosas, usuários de cocaína inalada, pessoas com tatuagem, piercing ou que apresentem outras formas de exposição percutânea. A transmissão sexual é menos frequente e ocorre em pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco (sem uso de preservativo). A transmissão vertical é rara, quando comparada à hepatite B.

Não existe tratamento específico para as formas agudas das hepatites virais. O tratamento tem pouca influência no curso natural da doença. Como norma geral, recomenda-se repouso até praticamente a normalização dos exames, liberando-se progressivamente o paciente para atividades físicas.

Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente sem apetite. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por seis meses no mínimo e, preferencialmente, por um ano.

Estima-se que um terço dos casos de hepatite crônica necessitará de tratamento. Sua indicação baseia-se no grau de acometimento do fígado. O principal marcador de lesão hepática são os exames laboratoriais. Pacientes assintomáticos e com exames normais devem ser avaliados clinicamente e laboratorialmente a cada seis meses. Dados reproduzidos sob permissão do Programa Nacional de Hepatites Virais (Ministério da Saúde).


Fonte: Folha de Londrina PR

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