10.01.2009

Radicais livres e antioxidantes?

O que são os radicais livres e antioxidantes?

Radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron.

Uma parte do oxigênio que respiramos se transforma em radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento. Deve ser lembrado os radicais livres também tem um papel importante atuando no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tônus dos "músculos lisos".

Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno - são ingeridos.




Que alimentos tem maior poder antioxidante?:

Pesquisadores da USDA nutrition center na Tufts University, em Boston, estão testando quais alimentos tem maior poder antioxidante. Para isto, Dr. Ronald Prior e seus colegas, mediram a capacidade de absorção de radicais livres dos alimentos. O problema é que os testes foram feitos com os alimentos comprimidos em tubos. Eles ainda não descobriram como testar o poder antioxidante no corpo humano.

Os pesquisadores descobriram que os vegetais e frutas com maior poder antioxidante são os listados na tabela abaixo:

Repolho / Morango / Beterraba / Ameixa / Pimenta vermelha
Laranja / Brócolis / Uva / Espinafre
Maçã Batata / Tomate / Milho / Banana / Pêra / Melão

Exercícios físicos produzem radicais livres?

Dr. Kenneth Cooper, em seu livro "Revolução Antioxidante" (Editora Record, 1994), descreve duas maneiras pelas quais os radicais livres são produzidos durante exercícios físicos.

A primeira está ligada aos exercícios exaustivos nos quais há um aumento de 10 a 20 vezes no consumo de oxigênio no corpo. O enorme bombeamento de oxigênio através dos tecidos desencadearia a liberação de radicais livres. Para se evitar isto, Cooper recomenda praticar os exercícios entre 65-80% da sua freqüência cardíaca máxima.

A outra forma de produção de radicais livres durante os exercícios está ligada ao processo que é conhecido como isquemia-reperfusão. Quando os exercícios físicos intensos são praticados, o fluxo sangüíneo é desviado dos órgãos não diretamente envolvidos para os músculos em atividade. Assim, uma parte do corpo irá passar por uma deficiência de oxigênio. Ao término do exercício há reperfusão, quando o sangue retorna aos órgãos que estiveram privados. Este processo foi associado à liberação de grandes quantidades de radicais livres. Verificamos então a importância do desaquecimento, ou volta à calma

Então atletas sofrem mais a ação dos radicais livres?

Não necessariamente! É verdade que pesquisas detectaram que seções de exercícios provocam um aumento na ação dos radicais livres. Mas Edmund Burke, Ph.D., salienta, em sua coluna para o site da Endurox, alguns pontos importantes a se considerar nestas pesquisas.

Primeiro é que a ação dos radicais livres aumenta apenas temporariamente voltando depois ao nível normal. Outro ponto importante, geralmente despercebido, é que em pessoas bem treinadas o aumento da ação dos radicais livres devido ao exercício é bem menor. Isto se deve ao fato de que atividade física regular aumenta os níveis de enzimas que destroem os radicais livres.

Uma demonstração disto é o estudo realizado pela Universidade de Tubingen na Alemanha. Homens treinados e não treinados realizaram um teste de intensidade progressiva em esteira ergometrica até a exaustão. O dano ao DNA nas células brancas no sangue foi significativamente menor nos homens treinados. Deve-se lembrar que os treinados correram por mais tempo e por isso consumiram mais oxigênio (International Journal of Sport Medicine, 1996, 17 : 397-403).

Os exercícios de baixa/moderada intensidade combatem os radicais livres?

Sim. Segundo o Dr. Kenneth Cooper os exercícios entre 65-80% da sua freqüência cardíaca máxima tem importância fundamental no combate aos radicais livres. Sem eles as defesas internas de seu organismo contra os radicais livres ficam fragilizadas.

Que quantidade de vitaminas devemos ingerir para combater os radicais livre?

A maior parte dos médicos e nutricionistas segue as recomendações de quantidades diárias de vitaminas (RDA) do departamento de agricultura do governo americano (USDA).

Entretanto as superdoses de algumas vitaminas têm o aval de pesquisadores de renome como o cientista americano Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química em 1954 (e da Paz oito anos mais tarde). Pauling se auto prescreveu 10 gramas diários de vitamina C, equivalentes a duzentos copos de suco de laranja. Já o Dr. Kenneth Cooper recomenda um coquetel antioxidante diário a base de vitaminas para combater a ação danosa dos radicais livres.

O beta-caroteno é uma espécie de vitamina A desmontada que o corpo só monta quando tem necessidade. Senão, elimina suas sobras, o que não faz com a vitamina A que é altamente tóxica. Por isso, cuidado para não adquirir suplementos de vitamina A, mas sim de beta-caroteno.

Na verdade, é nebulosa a área entre o necessário à saúde e os excessos nocivos. Os adversários das megadoses argumentam que o corpo humano não precisava mais do que poucos miligramas de vitamina C por dia, sendo o excesso eliminado pela urina.

O médico americano Stephen Lawson, diretor do Instituto Linus Pauling de Pesquisas, rebate dizendo que a vitamina C leva seis horas até ser eliminada, de modo que durante esse período ela fica ativa, circulando pelo sangue. Sendo assim a melhor estratégia ao se tomar suplemento de vitamina C é fracionar a ingestão em doses menores ao longo do dia.

O Instituto Nacional do Saúde, nos Estados Unidos, revelou que o hábito de comer vegetais ricos em vitamina C diminui 13% o risco de enfartes. Se esse bom hábito for somado a comprimidos da mesma vitamina, a incidência despenca 37%. Não se sabe a dose extra exata para se obter esse efeito preventivo. Mas a dúvida não apaga o fato: 37% menos chance de se morrer do coração.

Com relação à vitamina E, Liz Applegate , nutricionista consultora da Runner's World, lembra que vários estudos já demonstraram que a ingestão diária de 400 UI protege os atletas dos danos oxidativos provocados pelo treinamento de longa distância. Como nutricionista ela adoraria afirmar que é possível obter 400 UI pela alimentação mas reconhece que isto é muito difícil.

Fonte: Corpo & Saúde

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