Os medicamentos orexígenos (estimuladores do apetite) em uso clínico no Brasil são: agentes progestacionais, agentes corticosteróides e derivados. Todos são drogas de primeira linha, ou seja, são a primeira opção para o tratamento da síndrome da anorexia e caquexia em câncer e aids. Fazem parte dos progestágenos, como são chamados os agentes progestacionais, o acetato de megestrol e o acetato de medroxiprogesterona (1,2).
Acetato de megestrol (AM) é um derivado sintético, ativado por via oral, do hormônio progesterona. Este é o medicamento mais estudado dentre os orexígenos. Pode induzir o apetite pela estimulação do neuropeptídeo-Y (NPY), presente no cérebro e secretado pelo hipotálamo, com capacidade de estimular o apetite; e pela inibição de citocinas pró-inflamatórias, como interleucina 1 (IL-1), IL-6 e fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa). Tanto o NPY quanto as IL e o TNF podem levar à caquexia pela diminuição da ingestão alimentar direta ou por meio de mediadores anorexígenos, como leptina e serotonina. Os agentes corticosteróides incluem a prednisolona e a dexametasona. Seus mecanismos de ação envolvem a inibição da síntese ou da liberação de citocinas pró-inflamatórias, citadas acima. Ou seja, estimulam o consumo alimentar e diminuem o gasto de energia (1,2).
Referência (s)
1. Waitzberg DL. Síndrome Anorexia/Caquexia em Câncer: Abordagem Terapêutica. São Paulo: Bristol-Myers Squibb Farmacêutica; s.d.
2. Waitzberg DL, De Nardi L, Ravacci G, et al. Síndrome da Anorexia e Caquexia em Câncer: Abordagem Terapêutica. In: Waitzberg DL, editor. Dieta, Nutrição e Câncer. São Paulo: Editora Atheneu; 2004. p. 334-52.
Autor: Camila Garcia Marques
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